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sexta-feira, 8 de abril de 2011

Basta

Esse comentário foi postado no Blog da Rádio itatiaia (a de maior audiência em Belo Horizonte) pelo professor Leonardo Augusto Dutra Luz, 8 de Abril de 2011 ás 4:07.

Basta!
Cansei de ser omisso, cansei de viver à margem, alheio ao caos que me circunda. Cansei de viver calado e esquecer as tragédias como quem esquece um filme. O que a nossa sociedade está se tornando? Onde estão nossos valores morais? Onde está a família? A hierarquia? O respeito com o direito do próximo? Todos querem tirar vantagem de alguma maneira, ninguém se importa com a lei, a lei é uma comédia e a realidade é uma tragédia. Os valores se invertem, o lar se desfaz, a tecnologia e a informação rápida corrompe mais do que instrui, ninguém percebe o quão impaciente e ávido de ganhar alguma vantagem está o ser humano. As religiões estão muito preocupadas com a salvação, em vender um céu, em lutar contra demônios invisíveis em inserir regras e cabrestos nos fieis e muito pouco fazem para a melhoria do todo, do mundo. De que adianta louvar a Deus e jogar lixo na rua, não dar seta ao mudar de faixa de trânsito, xingar o motorista do lado se ele comete o menor ato falho, de que adianta estudar, formar em uma entidade de ensino superior apenas pelo mero pretexto de conseguir estabilidade no trabalho e conforto material. Onde estão os sábios? Onde estão os cultos? Onde estão os verdadeiros apóstolos da renovação de valores? Ser moral e correto hoje em dia é sinônimo de idiotia, de chacota. CANSEI de ficar calado, à margem de tudo. Sou professor, ensino língua estrangeira, educo o ser para que ele interaja com o mundo, tenha acesso a cultura mundial em uma linguagem universal, minha ferramenta de trabalho e a comunicação e, não posso me calar frente ao caos de desinformação vivido por nós. Cada dia que passa a sociedade fica mais insensível, menos generosa, menos humana. O reino animal mostra-se muito mais evoluído em organização social do que nós humanos falidos. A arte não importa mais, a música foi banalizada e, quando não exaltam o sexo, exaltam a violência. Rimas pobres e ritmos repetidos e pífios. Tudo nos violenta. Evoluímos tecnologicamente a galopes. Celulares, computadores, automóveis e etc. Mas, e a internet, não posso deixar de fechar esse desabafo sem mencionar esse maravilhoso e, por que não dizer, maior conquista humana de todos os tempos, mas que a roda, a eletricidade e biomedicina e tantos outros, a internet ao mesmo tempo em que salva, mata. Educa e corrompe, alivia angústias e denigre, aproxima e afasta, informa e exclui. Os tempos são chegados, e estão aí, para qualquer um que queria ter “olhos de ver” como disse a maior consciência que esse planeta acolheu. O Cristo, pode até ser banalizado pelos doutores do conhecimento, da ciência da tecnologia, mas a sua mensagem social de ordem respeito ao próximo, disciplina, viver harmonicamente e com o necessário para nossa manutenção, tem que ser lembrada e analisada como única solução para essa chaga aberta em nosso meio. O ser humano precisa despertar para os valores morais da vida, precisa frear os seus impulsos, seus excessos. A política Brasileira, digo a Brasileira porque quero lavara a nossa roupa suja, vive um mundo a parte da realidade. São pessoas, na sua grande maioria, despreparadas, corruptas, sem a menor compaixão pelas causas dos menos favorecidos, e que, legitimados pelo voto e autenticados pela vontade popular, chegam ao poder com sua ânsia de juntar, ganhar, levar vantagem. Se fartam num banquete abundante e relegam aos cães umas poucas migalhas que, mesmo sendo migalhas, lhes é difícil reparti-las. Não estou julgando essas pessoas, elas não são eternas, passarão, o mesmo destino que tem o corpo físico de um pobre flagelado tem o corpo de um nobre político abastado. Eu não vendo a minha dignidade, eu não jogo lixo na rua, eu dou passagem no trânsito e tenho paciência com quem erra, eu devolvo o troco errado, eu espero a minha vez, eu me alimento apenas do que meu corpo necessita e não jogo comida fora, eu exerço a minha cidadania, então, é em nome dessa cidadania que escrevo. O ser humano, desde os primórdios, sempre registrou suas impressões do mundo, sejam elas em pinturas rupestres sejam em pedras, papiros ou blogs.Eu escrevo, porque essas palavras ficarão gravadas em algum lugar e, futuramente, não serão necessários arqueólogos desenterrarem nada para tentar entender o que passamos, o que sentimos. Eu, Leonardo, tenho um nome, uma identidade, um CPF, eu existo no mundo, eu pago impostos, eu abasteço com gasolina a um preço abusivo e pornográfico sem questionar a refinaria, o imposto do governo, eu exerço a minha passividade, minha impotência, porque respeito a ordem, ordem essa que atrasa o progresso. Eu penso, e exerço meu direito de pensar. Eu escuto os noticiários e comentarias do rádio mineiro, que pensam como eu, que levantam suas vozes, que representam a vontade do povo sem exigir nada em troca, nos ensinam a ser dignos, honestos, verdadeiros cidadãos de bem, esquecidos por muitos, lidos e ouvidos por uma minoria. Mas eu não, eu, Leonardo, professor, Brasileiro, homem que pensa me junto a vocês nessa Luta, minha indignação não pode fica presa dentro do meu quarto ou meu carro. Minhas palavras, ainda que não sejam sábias, são de um cidadão que se cansou da omissão, que assume sua inércia e quer se mover, se eu conseguir melhorar a mim mesmo, já me dou por satisfeito, serei um a menos a macular essa nação.