Era dia dos professores do ano de 2020, o nascimento do ICL. O Eduardo Moreira me emocionou em suas palavras e eu caí como patinho no discurso de 10% de desconto para o sócio fundador do ICL. Paguei a mensalidade de 1 ano do Instituto Conhecimento Liberta porque acredito que o conhecimento liberta, que acredito que um dos problemas que temos que superar para nos libertarmos é o Oligopólio Cartelizado dos meios de comunicação, encabeçado (mas não solitário) pela Rede Globo, porque acredito que se eu trabalhasse no mercado financeiro e percebesse a pervessidade que essas instituições produzem com as operações compromissadas eu teria a mesma reação que o Eduardo Moreira teve.
Eu tenho o certificado de Membro fundador assinado pelo Eduardo e pelo Jessé.
Meus olhinhos brilharam com a esperança que eu queria ter com o tal projeto. Não vou aqui ficar choramingando e expor o porque eu fiquei só nesse primeiro ano mesmo, as outras três vezes que chegou o aviso que eu teria que renovar a assinatura eu recusei.
Depois de ver alguma repercusão sobre o debate promovido pelo ICL no seu 4º aniversário, fui acompanhar depois de algum tempo que não os via.
O debate foi:
O QUE A ESQUERDA DEVE FAZER PARA RECUPERAR O ESPAÇO PERDIDO? ICL DEBATE
https://www.youtube.com/live/-xJ3Zv1-ahE
com Manuela D’ávila, Marcia Tiburi, Renato Freitas, Jones Manuel, Jessé Souza, Lindbergh Farias e Eduardo Moreira para o debate “O que a Esquerda deve fazer para recuperar o espaço perdido?”.
O discurso se esperança no futuro do Eduardo foi o mesmo de quatro anos antes, mas não cabe mais depois desses quatro anos.
Enquanto eu assistia eu recebi num grupo de watsApp não político, tipo grupo de família um meme com a foto do Lula carregando um monte de fio de Luz que dizia:
"Motivo do apagão em São Paulo".
Isso é quase inacreditável.
Eu respondi o Meme com um início de uma notícia:
A privatização da Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo (Sabesp) foi concluída em 23 de julho de 2024, com a venda de 32% das ações da empresa.
O governo paulista encerrou nesta segunda-feira (22) a privatização da Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo (Sabesp) contabilizando uma perda de pelo menos R$ 4,5 bilhões aos cofres estaduais. O valor é quase um terço dos R$ 14,8 bilhões arrecadados com a privatização.
A direita no poder faz a política da direita, sabendo que vai dar errado, sabendo que só eles vão lucrar e quando dá errado põe a culpa no Lula.
O Lula no poder faz a política da direita,sabendo que vai dar errado, sabendo aqueles que somente vão lucrar e quando dá errado recebe toda a culpa.
No Debate descobri que a vice-do-vice-do-vice do Haddad/2018, a Manu está sem partido. Toda vez que ela falava alguma coisa só me vinha na cabeça o vídeo do Tatto no Tocco sobre ela:
https://www.youtube.com/watch?v=CuJ8_iKYw_Q
Ela perguntou no meio do debate qual é o papel da esquerda na tal frente-ampla contra o Bolsonaro. Se a esquerda não disputa espaço nem dentro da frente ampla, deixando de ser uma frente ampla passando a ser só uma frente com direita, como encarar a população e pedir para recuparar espaço perdido?
O caso é que depois de 4+4+4+2+4(em processo) se dizendo de esquerda e fazendo a política daqueles que se dizem polarizar, o que vai acontecer com o espaço da esquerda é ver as privatizações das instituições públicas continuarem em progresso e o Lula levando a culpa em todos os Memes dos grupo de watsApp.
O Jones Manuel foi aquele que continuou batendo na tecla mais simples de todas que podemos fazer para sair dessa encalacrada:
Como é que o maior SUS do mundo, que demanda remédio, médicos, materiais, vacinas consegue ter 100 bilhões de defict com o exterior dando emprego para Chines, Russos e cubando deixando os brasileirinhos aqui com os empregos informais de aplicativo?
A minha contribuição sobre o que a esquerda poderia fazer para recuperar o espaço perdido eu tentei informar: É unir a esquerda. é a Esquerda, se unir a esquerda e realizar o papel da esquerda e ocupar algum espaço.
Então vamos unir a esquerda!!!
* Quem propôs Autonomia ao Banco central para lá, Quem vociferar contra para cá.
* Quem prefere usar o dinheiro público para criar a maior entidade privada de ensino para lá, os responsáveis pelas melhores escolas públicas de ensino básicas para cá.
* Quem veta a auditoria Cidadã da dívida pública para lá, quem se comprometeu com ela publicamente para cá.
* Quem nomeia Henrique Meireles presidente do Banco Central para lá, quem é contra para cá.
* Quem escreve cartinha aos (banqueiros) brasileiros para lá. Quem nega o teto de gastos em plena Globo news para cá.
* Quem se preocupa com as questões identitárias, religiosas e sexuais para lá, quem pauta a economia aqui. (Olha a guerra híbrida!)
Eu não quero nossa população desunida, num embate doentio e sem sentido. Eu advogo a união. Eu quero a unidade.
Quero a unidade de toda a população brasileira que ame e queira bem a essa nação. (Nação é a união entre o país fisicamente falando com sua população e todas suas posses e riquezas).
Quero a unidade entre toda a população que reconheça que a miséria impera nesse país, que se importe com os 14 milhões de desempregados, com os 30 milhões de informais, com os 60 milhões de endividados, que desejam que esse quadro seja apenas transitório e queiram arregaçar as mangas e superar a miséria e a desigualdade presente no país mais desigual do mundo.
Quero a unidade com as pessoas que sabem que somos a 9ª mais rica economia do mundo(medido pelo tal PIB - Produto Interno Bruto, termo que provavelmente você já ouviu), porém somos o 79º país que melhor dá condições de vida a sua população (o tal IDH - Índice de Desenvolvimento Humano, termo esse que possivelmente você não esteja tão familiarizado ) e quero a unidade com todos que preferem chegar primeiro no top 10 do IDH do que no TOP 5 do PIB (se como efeito colateral do primeiro o segundo acontecer, melhor ainda!!).
Quero a unidade com toda a população que ao ver uma dívida pública enorme, dizem preferir auditar essa dívida para saber o que tem de ilegalidade nela, antes de continuar pagando sem questionar. No início do milênio quando fizeram essa pergunta para milhões de brasileiros 95% deles disseram que querem que seja cumprida a constituição de 1988(sabe aquela, que as criancinhas... snif... as criancinhas desse país... snif) e seja feita a auditoria cidadã da dívida pública. Já imaginou uma unidade dessa?! 95% da população?! Nem iria chamar de unidade, iria chamar de dezena!
Quero a unidade de todas as pessoas que desejam superar a miséria do país e que concordem que o melhor caminho para isso é um Projeto Nacional de Desenvolvimento. (QUÊÊ?!?!)
Calma...
Projeto significa não fazer a primeira coisa que vier na cabeça e sim discutir planos, metas, ações, prêmios, punições, financiamento, quem faz o que, quem paga o quê. Uma palavra simples que é usada e praticada no mundo inteiro, que se contrapõe a ideia de que é melhor deixar as mãos mágicas do livre do mercado atuar onde bem entender.
Nacional significa que todo esse pensar, esse planejamento seja em prol da nação, entenda nação como a união entre o lugar geográfico do país, sua população e suas posses. Você faz parte da nação, o carro que você comprou com um doído financiamento, sua casa que você construiu suando sangue para cimentar tijolo por tijolo também; a Petrobrás que encontrou petróleo debaixo da água, da areia e do sal do mar, fez isso com dinheiro público dessa população, também faz parte da nação. A Embraer, a principal empresa fabricante de aeronaves de médio porte, que conseguiu chegar lá com muito sangue, suor e dinheiro público também.
E o Desenvolvimento é o mesmo D do IDH, Índice de Desenvolvimento Humano, significa educar, empregar, enricar e dar qualidade de vida a população dessa nação.
Portanto quero a unidade de todos que acreditam num Projeto Nacional de Desenvolvimento.
Inclui aí todos nacionalistas, trabalhistas e empregadores brasileiros que sonham saúde, educação, segurança, transporte e estradas públicas de qualidade.
Quero também a unidade com todos os negros (ou não) que acreditam que os negros devem ter oportunidades iguais na sociedade; a unidade com todas as mulheres (ou não) que acreditam que as mulheres não podem ser exploradas, violentadas, mortas, estupradas e nem abandonadas em caso de gravidez indesejada; a unidade de todos os jovens(ou não) da periferia que mesmo aceitando a diária do traficante(já que é a única oportunidade) preferiam estar em uma das 82 melhores escolas públicas do país, praticando seu desenvolvimento(verdadeiro). Quero a unidade de todos gays (que isso, rapaz!), tá bom, de todos os(as) LGBTs (ou não) que querem estudar, trabalhar e criar família como qualquer outro ser-humano também deseja.
Até porque se é verdade aquela narrativa de que o atual presidente venceu as eleições devido a equivocada prevalência das pautas identitárias no debate público, como consequência é verdade que será nesse público que estará a solução, a saída dessa encalacrada que entramos. Na unidade que almejo cada uma dessas pessoas já estarão conscientes de que se no Brasil a miséria tem cor (ela é negra), gênero(é o feminino), idade (jovem) e preferencia sexual(LGBTs), então O Projeto Nacional de Desenvolvimento que pretende superar a miséria e a desigualdade terá como principais beneficiados os negros, as mulheres, os jovens e os LGBTs! Deveria ser eles os primeiros a entrar na unidade.
Quero a unidade de todas as pessoas que já enxergaram que enquanto toda a economia produtiva brasileira está indo para o vinagre, o setor que está explodindo de ganhar dinheiro é o Oligopólio Cartelizado dos Bancos, que drenam o dinheiro da sociedade com as taxas de juros mais altas do que qualquer agiota europeu ou norte-americano, além disso ainda deixam o dinheiro que não conseguem emprestar para a sociedade nas operações compromissadas no Banco Central, dando prejuízos Over-Night para toda a sociedade e, além disso, não pagam nada de impostos quando retiram seus dividendos. Naquela disputa Capital especulativo X Capital produtivo, quero a unidade com todos aqueles que estão do lado do capital produtivo. (Sei que isso exclui o Oligopólio cartelizado dos meios de comunicação financiados por aquele Oligopólio Cartelizado dos bancos, mas também eu teria que deixar alguém de fora da unidade, né? Não cabe todo mundo em uma unidade)
Sonho com o dia em que essa unidade toda estiver gritando em manifestações no meio das praças e avenidas públicas: "O déficit público está no Banco Central e não na previdência"
Quero essa unidade coesa, ninguém larga a mão de ninguém, lutando como uma garota (ou como uma mãe solteira), mas não deixa o banco entrar. Banco aqui só entra pagando imposto de lucros e dividendos. De preferencia todas as parcelas atrasadas desde que o FHC revogou o imposto.
Essa unidade estou dentro. Estão comigo?
P.S.1) O Cacete do título é só um pedaço de pau.
P.S.2) O Cacete do título está aí só por causa daquele estudo feito por especialista de que tendo Cacete no título aumenta em 125x o número de pessoas que vão ler o texto e podem entrar na unidade. E não sou eu quem vou contrariar os estudiosos, cacete!
O assunto do dia hoje no Oligopólio Cartelizado dos meios de comunicação, no SBT, na Globo, na Record, na Bandeirantes, no Facebook, no Twitter, no instagram (a chamada grande mídia no Brasil são cinco famílias e uma igreja) foi um só:
A morte de Silvio Santos aos 93 anos.
Bombardeado por momentos da vida do grande personagem, por várias risadas, marchinhas de carnaval (achei de mal gosto a brincadeira com "a Pipa do vovô não sobe mais"), quedas em tanque dágua e em tapete vermelho,além da queda na tentativa de entrar no meio do Oligopólio Carteleizado dos bancos, vou escrever uma história fictícia.
Desses 93 anos de vida dedicado ao Brasil (apesar de ter casa também nos Estados Unidos e buscar de lá sucessos para copiar por aqui) vou pinçar 10 dias dentre esses 93 anos e fazer um execício de imaginação.
Em 1989, por 10 dias Silvio Santos tornou-se candidato a presidemte do Brasil, na primeira eleição depois de quase trinta anos sem que o brasileiro tenha a experiência de escolher o seu líder, além da falta de forma na hora de escolher o voto o brasileiro teve a complicação de ter tido uma eleição com diversos nomes para ser escolhido um,
nomes como Enéas Carneiro, Fernando Gabeira, Mário Covas, Aureliano Chaves, Paulo Maluf, Roberto Freire, Ronaldo Caiado, Ulysses Guimarães, Leonel Brizola, Lula, Fernando Collor e o (in) esquecível Corrêa, aquele que depois da negativa do Aureliano Chaves de ceder sua candidatura para o Silvio Santos, foi ele quem abriu mão da sua candidatura para abrir as portas para o nosso já saudoso apresentador participar das eleições.
Silvio Santos era um dos poucos ainda que conseguiam comprar briga com a Globo e vencer de vez em quando. Lembram quando a Globo (que recebia dos estúdio hollydianos os filmes americanos para que a emissora venda aqui o american style life e firamndo assim a relação império-colônia inclusive na mente do brasileiro) iria estreiar o filme Rambo em sua programação, o Silvio Santos colocou no mesmo horário o filme Rambo 2 (2x melhor, 2x mais ação, 2x mais emocionante dizia a chamada no SBT) e para garantir que o filme começasse no mesmo horário, ficou uma tela de espera no SBT esperando que a novela da globo acabasse... E a Globo pôs dois capítulos um depois do outro, deixando assim mais de uma hora a tela de espera com a chamada Rambo 2 na tela do SBT. Pode falar que não foi vantagem para o SBT, mas tem que reconhecer que o Silvio santos não recuava da briga.
Vamos só relembrar que a Globo aproveitou a baixa cidadania do brasileiro, o baixo treinamento em eleição, para decidir e entregou aquela eleição para o Fernando Collor, o Caçador de marajás, aqueles dois LL voando igual o super-homem só trocando as cores Azul/vermelho por verde/amarelo, naquela edição para o Jornal nacioanl do último debate Lula/Collor.
Vamos lembrar também o outro candidato que enfretava de peito aberto a Globo, e vencia algumas vezes. Leonel Brizola era genro do João Gulart, o Jango, presidente retirado após o golpe de 1964, meses depois que o Jango enfrentou as multinacionais americanas ao decretar a lei das multinacionais, que poderia remeter a sua matriz 150% do valor investido no nosso país.
Foi por isso (e não pela desculpa esfarrapada de que ele abandonou o país) que ele foi retirado a força da presidencia do Brasil. Após isso Leonel Brizola foi governador do Rio Grande do Sul e lá ele estatizou a empresa elétrica, multinacional americana, Bond & Share enfrentando assim a mentalidade Império-colônia que os americanos tinham como objetivo implantar por aqui durante os mais de 20 anos de ditadura militar.
Depois disso Leonel Brizola se tornou o único brasileiro eleito para governar dois estados brasileiros diferentes, na segunda vez foi o estado do Rio de Janeiro, onde fica a sede da Globo.
Como governador, alem de levar a frente o projeto educacional de Darcy Ribeiro com os CIEPS, escolas integrais públicas de qualidade apelidade de Brizolões, ele agiu para retirar a transmissão do Carnaval da globo e passar para a Manchete e conseguiu aquele histórico direito de resposta para o Jornal Nacional lida pelo Cid Moreira.
Leonel Brizola seria a melhor continuidade para o desenvolvimento brasileiro interrompido no governo de João Gulart.
Vamos lembrar que Leonel Brizola ficou em terceiro lugar naquela eleição por 0,6% atras do segundo lugar Lula, que não tinha nenhum histórico de vencer a Globo em algum momento da vida e base eleitoral em São Paulo.
E vamos imaginar que o TSE não tivesse impugnado a candidatura do Silvio Santos. Candidato que ao cantar "Doutor, eu não me engano: meu coração é corinthiano!" iria dividir os votos do outro corintiano que estava na disputa, o Lula.
Quem votava Leonel Brizola dificilmente desistira do seu voto consiente de melhor continuidade do Governo João Gulart para um animador de auditório populista. Quem iria fica em dúvida era aqueles que estava votando no animador de assembléias de greve do ABC.
Vamos imaginar que ao disputar a presidencia Silvio Santos tivesse tirado 1% a mais dos votos de Lula em comparação dos votos que retiraria de Brizola, que tinha seu votos nos Rios: o de Janeiro e o Grande do Sul.
Vamos imaginar que Silvio Santos conseguisse votos suficientes para ficar em terceiro, passando o Lula, mas ficando abaixo do Brizola, que ficaria em segundo e chegasse no segundo turno com o Super herói verde amarelo caçador de marajá, candidato da Globo.
Vamos imaginar como os debates Brizola X Collor em como o Brizola iri amassar o coitado e despreparado do Collor quando estivessem mano a mano sem a proteção da Globo.
Vamos imaginar que ao vencer as eleições ao invés da campanha de privatização começada pelo Collor, continuada por Fernando henrique, Lula, Dilma, Temer e Bolsonaro iriamos ter uma onde de Brizolões públicos pelo Brasil todo.
Ao invés de confisco da poupança dos brasileiros iriamos ter a auditoria dos contratos da antiga Dívida externa, atual dívida pública e os fraudulentos papéis que retiram do Brasil desde da ditadura metade do valor arrecadado.
Iriamos melhorar a educação e a cidadania brasileira para que 30 anos após não ficarmos encalacrados na escolha de dois populistas dóceis ao objetivo americano de implementar a cultura império-colônia no Brasil.
Lamento muito a perda de hoje do maior comunicacador que nasceu nesse país explorado.
Lamento muito por você Silvio santos, por não ter dado certo aquela sua canditatura. Você poderia ter sido o Herói do Brasil além de só o maior comunicador nascido por aqui.
"Quatro Cantos de Um Mundo Redondo", o novo lançamento musical de Humberto Gessinger, estará disponível em todas as plataformas digitais, bem como em LP e cassete pela Deck Disc.
O álbum conta com 10 músicas gravadas entre Porto Alegre e Estocolmo, na Suécia. As canções "NO DELTA DOS RIOS", "ESPANTO" e "VAGA SEMELHANÇA" foram gravadas pelo Power Trio, composto pelo próprio HG, Rafa Bisogno (bateria) e Felipe Rotta (guitarra), repetindo nas gravações o mesmo poder e talento que acompanhamos ao vivo nos shows.
A canção "AEIOU", de autoria do saudoso Bebeto Alves, apresenta o vocal luxuoso de Duca Leindecker e a guitarra de Marcelo Corsetti, longevo parceiro de Bebeto. Com Fernando Petry no baixo, Diego Dias nos teclados e Luigi Vieira na bateria, formou-se um quarteto para gravar "TOXINA" e "UM BRINDE".
No já tradicional "Trio Acústico", encontramos novamente Nando Peters com seu baixo upright e Paulinho Goulart no acordeon, contribuindo para as músicas "A NOITE INTEIRA", "COMEÇA TUDO OUTRA VEZ" (parceria com Roberta Campos) e "MAIS QUE SOMBRAS".
A faixa "FEVEREIRO 13", dedicada à filha Clara, conta com participação da própria. A canção foi gravada no lendário estúdio Atlantis em Estocolmo, lar do grupo ABBA e local de gravação de outros grandes nomes da música mundial, como Led Zeppelin, Genesis, Roxette, The Hives, entre outros.
“Quatro Cantos de Um Mundo Redondo” chega as plataformas digitais em 26 de Setembro.
01 ESPANTO
ESPANTO
(Humberto Gessinger)
Irradiação Fóssil (Universal MGB)
Por que o espanto?
Tô bem no meu canto
E o outono é uma bela estação
Cabelos brancos
Dentes amarelos
O contrário é só ilusão
Por que o espanto?
Não é pra tanto!
Quem vê um santo
Com pés de barro
Vê o que quer: viés de confirmação
Se a cabeça bate dentro do peito
O afeto afeta a razão
Por que o espanto?
Não é pra tanto!
Por que o espanto?
Não é pra tanto!
Tudo bem, segue o jogo
Tudo bem, separa o joio do trigo
Tudo bem, segue o jogo
Tudo bem, cuidado com o fogo, amigo
Por que o espanto?
Não é pra tanto!
Por que o espanto?
Não é pra tanto!
Vida que segue
Segue o jogo
Nos quatro cantos
De um mundo redondo
E frágil
02 - No Delta Dos Rios
No Delta Dos Rios
(Humberto Gessinger)
Irradiação Fóssil (Universal MGB)
Vai por mim, nada pode dar errado
A não ser o que pode dar errado
Mas isso nós sabemos desde a pré-história
E desde que se saiba tudo se transforma
Vai por mim, estarei por ti se der errado
Vai por mim, estarei aqui, braços abertos
Tudo certo, tudo certo
Tudo certo
Quando o zagueiro se lança numa aventura
E o lateral avança sem cobertura
O maestro quebra a batuta e rasga a partitura
Será ouro de tolo? Será um touro Miura?
Ouro de tolo? Touro Miura?
Vai por mim, estarei por ti se der errado
Vai por mim, estarei aqui, braços abertos
Tudo certo, tudo certo
Tudo certo
Quando chega a hora, ninguém segura
Água mole em pedra dura
Abre as asas, fura a bolha, abala as estruturas
No delta dos rios nasce a nova cultura
No delta dos rios, no delta dos rios
03 - A.E.I.O.U
A.E.I.O.U
(Bebeto Alves)
Warner Chappell Music
Reescrever
Todos os sentidos, significados
De toda e qualquer palavra
Geografia desse pensamento
Reescrever desde menino
O pó da terra, o sol do mato
O céu azul anil
O afeto que se encerra em nosso peito
Reescrever o AEIOU
De dó, acorde primeiro
Acorde primeiro
Acorde primeiro
Recuperar
Retornar-se
Reescrever-se
AEIOU, AEIOU
AEIOU
04 - Toxina
Toxina
(Gessinger)
Irradiação Fóssil Prod. Art. e Arquitetura Ltda. (Universal Pub. MGB)
Tenso, tenso, ele insiste
Ranço, ranço, não desiste
Eu Penso, logo evito
O tiroteio, prato cheio pro algoritmo
Tiozão tóxico, esteta da treta
Vive nas cavernas de outro planeta
Tiozão tóxico, esteta da treta
Direto das cavernas de outro planeta
Online
Sempre atrás
de um mal maior pra dar barato
Chato, chato
Prato cheio pro algoritmo
Faniquito
Favorito do algoritmo
Tiozão tóxico, esteta da treta
Vive nas cavernas de outro planeta
Agarrado nos últimos centavos do passado
Apavorado com o tic-tac acelerado
Soterrado na areia da ampulheta
Tiozão tóxico, esteta da treta
Esteta da treta online
05 - Um Brinde
Um Brinde
(Humberto Gessinger)
Irradiação Fóssil Prod. Art. e Arquitetura Ltda. (Universal Pub. MGB)
Um brinde (Um brinde)
A tudo de ruim (Como assim?)
Que ficou pra trás (Agora sim!)
Um brinde
A tudo de ruim
Que ficou pra trás
Neblina
Cortina de fumaça
Trágica trapaça
Derrubaram o farol
Um brinde
Ao fim de um pesadelo
Nuvens pesadas
Marcha da insensatez
Um brinde
Ao fim de uma era
Bora, galera
A espera acabou
Um brinde
A tudo que ficou pra trás
Um brinde
Ao nascer do sol, nosso farol
Um brinde
A tudo que ficou pra trás
Um brinde
Ao nascer do sol, nosso farol
Um brinde, um brinde, um brinde
Um brinde, um brinde, um brinde
Um brinde
Um brinde
06 Fevereiro 13
Fevereiro 13
(Gessinger)
Irradiação Fóssil (Universal MGB)
Te desejo
Tudo de bom e necessário
Tú mereces
Tudo de bom e necessário
Gosto desse papo de lugar de fala
E sobre como as luzes da cidade
Atrapalham os pássaros
O final dos tempos
É só um sinal dos tempos
Te desejo um futuro leve e cintilante
Tú mereces
Tudo de bom e necessário
Que o teu mundo seja sempre pequeno
Tão pequeno quanto é grande a tua alma
Estocolmo é um porto alegre
Transatlântico é nosso amor
Todo dia é algum aniversário
Muito além do calendário
12 peixes no aquário
Em qualquer fuso horário
Tudo de bom…
07 - A Noite Inteira
A Noite Inteira
(Gessinger)
Irradiação Fóssil (Universal MGB)
A gente poderia
Conversar a noite inteira
Mas amanhã é segunda-feira
Eu tenho contas a pagar
Eu tenho que apagar a luz
Eu quero estar dormindo
Quando o despertador tocar
A gente poderia conversar a noite inteira
Falando sério só de brincadeira
Mas eu quero dormir um sono profundo
Eu quero estar em outro mundo
Quando o sol raiar
A gente poderia
Conversar a noite inteira
Poderia até deixar
A luz acesa a noite inteira
Mas, por favor, esqueça
Eu quero tirar da cabeça
Tudo que mereça atenção
A gente pode conversar
Sobre o que há de mais sagrado
E ao mesmo tempo
Cometer os maiores pecados
Pode falar de liberdade
Sem sair da prisão
Pode falar sobre o céu
Sem tirar os pés do chão
08 - Vaga Semelhança
Vaga Semelhança
(Humberto Gessinger)
Irradiação Fóssil (Universal MGB)
A distância que eu venci
E o rastro que ficou
Guardam entre si
Vaga semelhança
Se a conta não fechar
Antes de fechar o bar
Concordo em discordar
Das nossas lembranças
Pontos de vista
Contos de fadas
Ponto de fuga
Encontro das linhas
Lá no fim da estrada
A cidade em que eu nasci
E aquela que nasceu em mim
Guardam entre si
Vaga semelhança
O império encolheu
Colheu o que plantou
Do que havia só restou
Vaga semelhança
Pontos de vista
Contos de fadas
Há um ponto cego
Encontro de egos
Que não leva a nada
O mapa e a cidade
O fato e a lembrança
Guardam entre si
Vaga semelhança
09 - Mais Que Sombras
Mais Que Sombras
(Gessinger / Peters)
Irradiação Fóssil (Universal MGB) / Direto
Ao menos temos pôr do sol
Mesmo que seja por tabela
Quando o prédio envidraçado
Que faz sombra de manhã
Reflete o sol pela janela
Ao menos temos um ao outro
Mesmo que seja por tabela
Quando a bateria morre
Nasce um rosto refletido
Na escuridão da tela
Pra esquecer
Como estamos longe do ideal
Pra saber
De onde vem a nossa sede
E entender
Que as sombras na parede
Não somos nós
Somos mais que sombras
Não somos nós
Somos mais que sombras
Não somos nós
10 - Começa Tudo Outra Vez
Começa Tudo Outra Vez
(Roberta Campos / Gessinger)
Roma Editora (Deck) / Irradiação Fóssil Prod. Art. e Arquitetura Ltda. (Universal Pub. MGB)
Quando olho pra você
Seus olhos têm tanto a me dizer
Espera aí, te busco no portão
Te levo pela mão, me abrace por favor
Se sente no sofá, te faço um café
Eu canto pra você, te faço uma canção
Te dou meu coração pra você me guardar
Depois que a noite terminar
O dia vai nascer você nos meus braços
Depois que a gente acordar
Começa tudo outra vez
Quando olho pra nós dois em paz
Nas fotos de um mural
Esqueço onde estou
De onde vim, como cheguei
Quem foi que nos fotografou
Eu vejo o dia clarear e o que vem depois
Quando olho pra nós dois
Sorrindo no mural
Entre contas a pagar
Compromissos a esquecer
Tele-entregas a chamar
Medos a vencer
Ainda temos um ao outro pra sonhar
Um brinde: Em paz versão 2023 / 2024
Em Paz
Humberto Gessinger
Há quem faça contas
Há quem vá as compras
Quando mais um ano chega ao fim
Hora de escrever cartões
Hora de rever os planos
Mais um ano chega ao fim
Quem venha em paz
O ano que vem
Que venha em paz
O que o futuro trouxer
Cai a neve na vitrine
E a gente derrete ao sol
Neste natal tropical
Os cachorros da vizinhança vão latir
Sob fogos de artifício
Pensarão que é o fim
Mas será só o início
Quem venha em paz
O ano que vem
Que venha em paz
O que o futuro trouxer
Há quem ignore o calendário
Há quem fique de olho no horário
Quando mais um ano chega ao fim
Quem venha em paz
O ano que vem
Que venha em paz
O que o futuro trouxer
Humberto Gessinger apresenta sete inéditas no álbum 'Quatro cantos de um mundo redondo'
No disco solo, programado para 26 de setembro, artista gaúcho também regrava música do conterrâneo Bebeto Alves e reaviva composição que deu para Serguei nos anos 1990.
Terceiro álbum solo gravado por Humberto Gessinger em estúdio com músicas inéditas (ou o quarto se contabilizado o disco Humberto Gessinger Trio editado em 1996), Quatro cantos de um mundo redondo tem lançamento programado para 26 de setembro. O disco reúne 10 músicas gravadas em trio, em quarteto e em formato solo pelo artista gaúcho.
No álbum, Gessinger apresenta sete músicas inéditas de lavra própria – como Fevereiro 13, Espanto, No delta dos rios, Toxina e Um brinde – e grava pela primeira vez A noite inteira (1991), música que compôs em 1990 e que cedeu para o primeiro álbum do lendário roqueiro Serguei (1933 – 2019), além de rebobinar Começa tudo outra vez (2021), parceria com a artista mineira Roberta Campos apresentada pela cantora há dois anos no álbum O amor liberta (2021) em gravação feita com o próprio Gessinger.
Fora da seara autoral, Gessinger celebra o legado do conterrâneo Bebeto Alves (1954 – 2022) – nome importante do rock gaúcho falecido em novembro – com registro de A E I O U (1983), música composta por Bebeto e lançada pelo autor há 40 anos no álbum ao vivo Notícia urgente (1983). Duca Leindecker pôs voz na gravação de A E I O U.
O repertório do álbum Quatro cantos de um mundo redondo também inclui a música Mais que sombras – parceria de Gessinger com o baixista Nando Peters (“Escrevi para a música de Peters uma letra inspirada no sol que entra pela janela do meu estúdio pela manhã e, no fim da tarde, retorna refletido na fachada de vidro do prédio em frente ao meu”, detalha Gessinger) – e Vaga semelhança, música em que Gessinger versa sobre a subjetividade da memória, apontando a distância entre fato e lembrança.
Gravado entre estúdios de Porto Alegre (RS), cidade natal do artista, o álbum Quatro cantos de um mundo redondo tem faixa feita no histórico estúdio Atlantis, em Estocolmo, na Suécia. Trata-se de Fevereiro 13, música composta por Gessinger para a filha Clara, residente na cidade sueca.
Sucessor do EP de remixes Água Gelo Vapor (2021) na discografia solo do artista, o álbum Quatro cantos de um mundo redondo tem edições previstas em LP e cassete pela gravadora Deck. O disco foi masterizado por Fábio Roberto no estúdio Tambor, na cidade do Rio de Janeiro (RJ).
Multi-instrumentista, Gessinger toca baixo nas músicas gravadas em power trio (completado pelo guitarrista Felipe Rotta e pelo baterista Rafa Bisogno), manuseia violão e viola caipira nas faixas feitas com trio acústico (com Nando Peters no baixo e Paulinho Goulart no acordeom) e pilota guitarra de 12 cordas nas músicas formatadas em quarteto integrado por Diego Dias (teclados), Fernando Petry (baixo) e Luigi Vieira (bateria).
O álbum Quatro cantos de um mundo redondo será promovido por Humberto Gessinger com turnê pelo Brasil que parte de Porto Alegre (RS), cidade que abriga o show programado para 30 de setembro no Auditório Araújo Vianna.
Quatro Cantos de Um Mundo Redondo saiu no final de setembro
FERNANDO BARTMANN/DIVULGAÇÃO/JC
Em sintonia com estes aspectos artísticos e pessoais, Humberto fala: "Sete das dez músicas, eu compus no último ano". Além destas, existem duas músicas que ele já havia escrito há mais tempo. Sobre a mais recente, Humberto detalha: "Escrevi Fevereiro 13 para minha filha, Clara, que foi estudar em Estocolmo".
Clara acabou ficando por lá, arranjou emprego e se casou com um sueco, o que obriga Humberto e a mulher, Adriane Sesti, a irem pelo menos uma vez por ano visitar a filha. "Quando as coisas começaram a se encaminhar profissional e emocionalmente para a Clara na Suécia, comecei a estudar a cultura escandinava e fiquei fascinado". Mas, apesar da admiração pelo país nórdico - "Uma civilização que compreende bem como é viver de forma coletiva" -, ele descarta qualquer possibilidade de mudança: "Acho que seria muito difícil morar longe da língua materna."
O novo disco traz duas novas parcerias no currículo de Humberto. A primeira com Roberta Campos e uma outra com Nando Peters, que toca baixo no trio acústico. Humberto também gravou AEIOU, uma canção de Bebeto Alves (que faleceu em novembro do ano passado) e que ele considera figura fundamental para música gaúcha feita a partir dos anos 70. Nesta nova versão, Humberto convidou dois amigos – dele e de Bebeto – para participar da gravação, Duca Leindecker, nos vocais, e Marcelo Corsetti, na guitarra. “Essas músicas compõem o primeiro bloco de lançamento. Elas traçam uma linha interessante entre passado e presente, cidade e mundo. Pouca Vogal e AEIOU”, diz Gessinger.
Marcelo Corsetti vê pontos de confluência entre os trabalhos de Humberto Gessinger e o de Bebeto Alves. “Ele foi um grande parceiro, um incentivador e um divulgador de muito do que Bebeto produziu e, por tabela, o que nós do Blackbagual, fizemos”, conta, recordando que a proximidade surgiu em 2009 quando foi feito o documentário sobre Bebeto, Mais uma Canção. “Ele sempre esteve presente em nossa história, dividindo as composições e o palco no Milonga Orientao e, às vezes, simplesmente nos prestigiando, num canto da plateia, como um ouvinte atento”.
“O Humberto é genial, fora da curva. Um cara que sabe escolher as notas e as palavras, dentro e fora de suas canções, como ninguém”, elogia Duca Leindecker, que nos últimos anos sempre esteve próximo de forma pessoal e artística de Humberto. “Tive a sorte de formar um duo com ele e compartilhar ideias e soluções musicais, sempre aprendendo muito”. Duca também destaca o que considera mais importante nessa troca musical. “Acho que o mais legal da nossa parceria é valorizar as nossas diferenças abrindo espaço para o melhor de cada um. Sou muito grato pela sua amizade e generosidade”.
Em outra linha, Juarez ressalta ainda que Humberto soube ampliar seus horizontes musicais, buscando pontos de contato com artistas que pareciam distantes, como os músicos Luiz Carlos Borges e Renato Borghetti. “Dessa maneira, ele manteve os admiradores daquele tempo das bandas de rock e conseguiu criar um novo público”.
“Para mim, ele sempre foi um ídolo. O Humberto tem um aspecto que talvez nunca tenha sido totalmente reconhecido, o grande instrumentista que ele é. Desde os primeiros momentos, lá com os Engenheiros, ele já se mostrava um cara com uma visão musical acima do nível estabelecido no mundo em que circulava”, elogia Corsetti, lembrando que depois de sete anos de convites Humberto aceitou gravar uma música instrumental em seu disco de 2022. “Foi uma grande alegria, pois eu não buscava o cara que é uma estrela, e sim o grande contrabaixista/guitarrista/ gaitista/pianista/violeiro que ele é”.