Quando uma goleada de 9 X 2 é maior que uma de 14 X 3 ?!
Simples assim: Quando a goleada de 9 X 2 é verdadeira e a goleada de 14 X 3 é falsa.
Vamos introduzir o assunto:
Esse moço aí fala a maior parte do tempo daquele 6x1, até então, maior goleada no clássico Atlético X Cruzeiro no século XXI.
Ele contesta tanto a goleada de 9x2 em 1927 quanto a goleada de 14x3 em 1921.
O Interessante é que ele contesta o 9x2 dizendo que a única fonte é o recorte de um jornal velho que usa fonte arial e que a fonte arial nasceu em 1982. Pediu alguma fonte confiável.
O recorte de jornal é esse:
Percebam que não é um jornal da época.
É um jornal Estado de Minas, que foi inaugurado em 7 de março de 1928(portanto não noticiou esse jogo) e está lá no cabeçalho: "Centenário do Galo - Faltam 5 dias".
Portanto esse jornal foi de 2008 numa série de reportagens em homenagem ao centenário atleticano. O que explica a fonte arial.
Tem a imagem do jornal Diário de Minas da época, a imagem é outra:
Não tem fonte arial e o Atlético se escrevia Athletico.
É só uma notinha, sem foto, o resto da imagem é montagem, está disponível na página Galo Digital:
http://www.galodigital.com.br/enciclopedia/192721_Palestra_It%C3%A1lia-MG_2_x_9_Atl%C3%A9tico
Em 2012, o estado de minas de novo mostrou a partida nas suas páginas:
http://www.mg.superesportes.com.br/app/noticias/futebol/atletico-mg/2012/11/27/noticia_atletico_mg,235714/maior-goleada-da-historia-do-classico-mineiro-um-9-a-2-completa-85-anos.shtml
O moço do vídeo fala que a notícia surgiu depois dos 6x1, plantada pela imprensa, para rebater o fato dos 6x1.
Não é uma verdade. A notícia pode ter sido renascida/requentada depois desse clássico, mas ela já existia. No ano de 1981 a revista placar fez uma reportagem de 4 páginas sobre o clássico Atlético X Cruzeiro, lá cita o 9x2 e não faz nenhuma menção aos 14x3.
https://books.google.com.br/books?id=vVSanqz-W_4C&pg=PA60&dq=9x2+atl%C3%A9tico&hl=pt-BR&sa=X&redir_esc=y#v=onepage&q=9x2%20atl%C3%A9tico&f=false
Depois disso em seção de cartas dos leitores a revista respondeu sobre a maior goleada 9x2 em clássicos, essa é de 1986
https://books.google.com.br/books?id=trTODwky4osC&pg=PA5&dq=9x2+atl%C3%A9tico&hl=pt-BR&sa=X&redir_esc=y#v=onepage&q=9x2%20atl%C3%A9tico&f=false
e essa é de 1999.
https://books.google.com.br/books?id=vcYoxo4DW9IC&pg=PT23&dq=9x2+atl%C3%A9tico&hl=pt-BR&sa=X&redir_esc=y#v=onepage&q=9x2%20atl%C3%A9tico&f=false
Portanto o argumento que é uma notícia plantada para responder aos 6x1 cai por terra.
É uma história conhecida desde sempre. Por todos aqueles torcedores mais atentos.
A novidade é que apareceu uma goleada de 14x3 do cruzeiro, até então desconhecida.
Apareceu uma foto de jornal. Envelhecida. Sem outras fontes confiáveis...
Da mesma forma que o moço do vídeo fala sobre o 9x2.
Mas pelo menos ele é coerente, não confia também nos 14x3.
Existem outras fontes sobre o 9x2:
No Blog do Chico Maia, um conhecido atleticano dono de jornal, mostra um depoimento de um dos jogadores(isso já depois da polêmica acontecer):
http://blog.chicomaia.com.br/2015/02/03/o-relato-de-um-astro-do-cruzeiro-que-jogou-nos-9-a-2-pro-galo-em-1927/
A ESPN também já mostrou o resultado:
O blog Jornalheiros lista todos os Atléticos e Cruzeiros até 2009.
Lá consta o 9x2. E não consta o 14x3
http://jornalheiros.blogspot.com.br/2010/02/historia-atletico-x-cruzeiro.html
Recentemente a Placar(novamente) listou as maiores goleadas entre clássicos regionais(fez isso na ocasião da goleada 6x1 do Corinthians sobre o São Paulo.)
http://revistaplacar.uol.com.br/noticias/futebol-nacional/corinthians-faz-maior-goleada-da-historia-dos-classicos-contra-o-sao-paulo.phtml#.Vydiz9IrLDc
Lá consta o 9x2. E não consta o 14x3.
O Blog Atlético X Cruzeiro http://atleticoxcruzeiro.blogspot.com.br/ que lista os resultados Atlético X Cruzeiro até 2009 (portanto é anterior aos 6x1, portanto anterior à polêmica)...
Lá consta o 9x2. E não consta o 14x3.
No Blog Almanaque do Cruzeiro
que tem todos os resultados atualizados sempre (o último foi em março de 2016 e o resultado está lá)
Lá consta o 9x2. E não consta o 14x3.
O site rsssfbrasil, (RSSSF signigica The Rec.Sport.Soccer Statistics Foundation) uma fundação internacional com o objetivo de levantamentos históricos de resultados esportivo, com braços em diversos países e participam vários membros de vários estados brasileiros, quando listam todos os jogos do Clube Atlético Mineiro de sua história desde 1909: http://www.rsssfbrasil.com/miscellaneous/matatlmg.htm
Lá consta o 9x2. E não consta o 14x3.
http://futebolemnumeros.blogosfera.uol.com.br/2015/04/05/as-maiores-goleadas-aplicadas-e-sofridas-pelos-grandes/
Portanto lá consta o 9x2. E não consta o 14x3.
Na página Campeões do futebol, mostram também todos os jogos do Atlético desde 1909 e adivinhem...
http://www.campeoesdofutebol.com.br/atleticomg_jogos3.html
http://www.campeoesdofutebol.com.br/atleticomg_jogos4.html
Lá consta o 9x2. E não consta o 14x3.
O Blog Atletico X Cruzeiro Raridades, reproduz um caderno especial do jornal Hoje em Dia dedicado exclusivamente a historia dos 90 anos do clássico. Uma matéria poucos meses antes da goleada de 6x1. Na matéria constava que a vitória do Cruzeiro para cima do Galo com o placar mais elástico era 5x0. Pouco depois a equipe celeste fez história e deixou a matéria obsoleta.
http://atleticoxcruzeiroraridades.blogspot.com.br/2011/04/90-anos-de-rivalidade.html
Lá consta o 9x2. E não consta o 14x3.
Na página oficial do Atlético Mineiro, na parte de história, linha do tempo, quarta bolinha, tem um ítem chamado Rei dos Clássicos.
Fala que o Atlético ganhou o primeiro Clássico com o Vila Nova, ganhou o primeiro clássico contra o América e não fala nada sobre o primeiro Atlético x Cruzeiro. Vocês imaginam porque, né?! O primeiro clássico Atlético X Cruzeiro(na época Palestra Itália) foi vencido pelo Cruzeiro 3x0.
Na página do Atlético não iria exaltar essa proeza. Mas em compensação eles falam da maior goleada, 9x2 em 1927 e falam da única final de outro campeonato que não seja mineiro da duas equipes, a copa do Brasil de 2014 vencida pelo Atlético.
Não fala nada sobre o primeiro clássico.
Mas também não inventa uma história que não aconteceu.
A história até pode ser contada e re-contada.
Mas não pode ser escrita e re-escrita.
Rei de Clássicos
Em 1912, o Atlético venceu o Villa Nova-MG, em amistoso que marcou o 1º jogo do confronto conhecido como o "Clássico mais antigo do Estado". Quase dois anos mais tarde, o Galo venceu o América-MG, por 2 a 0, inaugurando o duelo que durante muito tempo foi conhecido como o "Clássico das Multidões". Em 1927, o Atlético aplicou a maior goleada da história do confronto que iria se tornar o clássico mais importante do futebol mineiro, ao vencer o Cruzeiro-MG (antigo Palestra Itália), por 9 a 2. Na foto, Saíd marca de cabeça para o Galo.Em 2014, ocorreu a 1ª decisão de um título nacional entre as equipes e o Galo venceu os dois jogos, sagrando-se campeão da Copa do Brasil.
O superclássico Atlético MG x Cruzeiro, completa 90 anos de história
Publicado em 9 de mai de 2011
30/04/2011
Ídolos das torcidas dos dois grandes clubes de Minas Gerais, Reinaldo, ex-atacante do Atlético Mineiro, e Raúl Plassmann, ex-goleiro do Cruzeiro, comentaram sobre a importância do clássico mineiro entre os dois maiores times do estado. Apesar da rivalidade, ambos apontaram o Cruzeiro como favorito para o duelo.
"O Cruzeiro me parece melhor, um time mais organizado, mais inteiro. Por isso eu acredito que esteja melhor que o Atlético, que ainda está em formação. Mas no clássico a gente vai tirar a dúvida de quem está melhor", disse Reinaldo.
"O Cruzeiro veio muito bem, largou com goleadas e isso dá uma força muito grande. O Cruzeiro no momento é o melhor time do Brasil", afirmou Plassmann.
30/04/2011
Ídolos das torcidas dos dois grandes clubes de Minas Gerais, Reinaldo, ex-atacante do Atlético Mineiro, e Raúl Plassmann, ex-goleiro do Cruzeiro, comentaram sobre a importância do clássico mineiro entre os dois maiores times do estado. Apesar da rivalidade, ambos apontaram o Cruzeiro como favorito para o duelo.
"O Cruzeiro me parece melhor, um time mais organizado, mais inteiro. Por isso eu acredito que esteja melhor que o Atlético, que ainda está em formação. Mas no clássico a gente vai tirar a dúvida de quem está melhor", disse Reinaldo.
"O Cruzeiro veio muito bem, largou com goleadas e isso dá uma força muito grande. O Cruzeiro no momento é o melhor time do Brasil", afirmou Plassmann.
Ídolos das torcidas dos dois grandes clubes de Minas Gerais, Reinaldo, ex-atacante do Atlético Mineiro, e Raúl Plassmann, ex-goleiro do Cruzeiro, comentaram sobre a importância do clássico mineiro entre os dois maiores times do estado. Apesar da rivalidade, ambos apontaram o Cruzeiro como favorito para o duelo.
"O Cruzeiro me parece melhor, um time mais organizado, mais inteiro. Por isso eu acredito que esteja melhor que o Atlético, que ainda está em formação. Mas no clássico a gente vai tirar a dúvida de quem está melhor", disse Reinaldo.
"O Cruzeiro veio muito bem, largou com goleadas e isso dá uma força muito grande. O Cruzeiro no momento é o melhor time do Brasil", afirmou Plassmann.
Portanto mais de uma, várias e várias fontes, algumas cruzeirense, algumas isentas de outros estados, algumas isentas e estrangeiras, todas mostram o 9x2 do ano de 27.
Agora, o mesmo argumento, que só existe uma foto de um jornal antigo e nenhuma outra fonte, vale para o 14X3.
Olha a tal foto! (de novo)
Todas as outras notícias que encontrei sobre os 14x3, todas baseadas nessa bendita foto!!
Como dá para saber hoje o que aconteceu na década de 20?!
Só se fizéssemos uma pesquisa minuciosa nos jornais da época, que deve ter somente nas bibliotecas que assinavam jornais da época e guardam até hoje os exemplares...
Será que alguém já fez isso?!
E não é que já fez?!
Rogério Othon Teixeira Alves fez uma Dissertação apresentada ao Programa Interdisciplinar de Pós-Graduação em Estudos do Lazer – Mestrado em Estudos do Lazer da Universidade Federal de Minas Gerais, como requisito parcial para obtenção do título de Mestre em Lazer.
A LUCTA DOS TITANS
A invenção da rivalidade entre Clube Atlético Mineiro e a Sociedade
Sportiva Palestra Itália: 1921 - 1942
Veja o Resumo e toda a pesquisa:
RESUMO
A proposta deste estudo foi compreender a construção histórica da rivalidade nos jogos
entre o Clube Atlético Mineiro e a Sociedade Sportiva Palestra Itália, na cidade de Belo
Horizonte, de 1921 até 1942. Procuramos entender como se teceu essa rivalidade e
como a fundação dessas equipes de futebol modificou o espaço e a dinâmica da cidade.
Por se tratar de um estudo histórico, nos fundamentamos, principalmente, nos estudos
de modernidade de Nicolau Sevcenko e nos trabalhos que, de alguma forma, tiveram o
futebol e a cidade de Belo Horizonte como tema de investigação. Tais estudos foram os
de Euclides Couto, Georgino Souza Neto, Letícia Julião, Rodrigo Moura, Raphael
Rajão, Marilita Rodrigues e Kellen Vilhena. Adotamos os jornais como fonte de
pesquisa, trabalhamos com periódicos da temporalidade pretendida e de anos anteriores
no intuito de subsidiar a construção do texto. Ao final, 231 reportagens jornalísticas
foram utilizadas. Tais documentos foram encontrados no Arquivo da Imprensa Oficial
do Estado de Minas Gerais, na Coleção Linhares da Universidade Federal de Minas
Gerais e na Hemeroteca Histórica da Biblioteca Pública Luiz de Bessa. Percebemos que
o crescimento exponencial dos espectadores nos seus jogos, a expectativa pré-jogos
trazida pelos jornais e, principalmente, o relato dos jogos, subsidiaram o entendimento
para qualificar essa partida como um clássico do futebol de Belo Horizonte.
Compreendemos que os jogos de futebol foram um dos espaços encontrados para o
povo se aglomerar e socializar. Com o tempo, a simples assistência das arquibancadas
evoluiu para o pertencimento clubístico, e esses torcedores tiveram nas camisas do
Atlético e do Palestra um dos representantes da rivalidade local.
Palavras-chave: futebol, rivalidade, Atlético Mineiro, Palestra Itália.
Lá consta o 9x2. E não consta o 14x3.
Uma teoria empírica que indica a existência do 9X2.
Em 2011 houve a histórica goleada de 6X1 do Cruzeiro para cima do Galo, maior goleada no clássico no século XXI.
O que aconteceu depois?!
Os brios atleticanos ficaram a flor da pele.
O Atlético a partir daquele resultado jogou pela sua honra, com atenção e coração.
Foi vice-campeão brasileiro em 2012.
Campeão da Libertadores em 2013.
Campeão da Copa do Brasil em 2014.
Está narrado nesse estudo que aconteceu o mesmo com o Palestra Itália que levou a goleada de 9x2.
A partir de então com os brios feridos, atenção e coração, não perderam um campeonato nos três anos que seguiram a goleada... O Palestra conseguiu ser tri-campeão antes do Atlético apesar do Galo ser 20 anos mais velho...
Tudo por causa daqueles 9x2.
E essa foto de jornal do Diário de Minas de 1921, mostrando os 14X3, hein?!
Que história é essa?!
Revista Placar, versão on-line (agora off-line) conta essa história:
Eu salvei a imagem já que o link da reportagem não existe mais, pois a revista Placar é do grupo abril, que está numa pindaíba danada, demitindo gente numa crise de credibilidade danada, o site da revista passou a integrar a uol do grupo folha...
Já abordei o assunto da crise de credibilidade da abril aqui: Meias verdades (Democratização da mídia)
Já abordei sobre esse Oligopólio Cartelizado das mídias aqui: Uma visão liberal sobre as grandes manifestações pelo país. (Os Oligopólios cartelizados)
Porém aqui, em um cache comunitário da internet, a matéria ainda está salva (não sei por quanto tempo, por isso salvei a imagem) https://archive.is/Of1ig
Esse site "Passion Libertadores", nascido em 2013 hoje virou "Passion futebol" e o link da notícia do 9x2 está aí:
https://www.pasionfutbol.com/noticias/El-dia-que-Atletico-Mineiro-arraso-a-Cruzeiro-por-9-2-20140315-0038.html
E aqui os comentários de usuários com a notícia dos 14X3:
https://www.pasionfutbol.com/fanaticos/Cruzeiro-x-Atletico-MG---A-maior-goleada-da-historia-do-classico-20140322-0023.html
https://www.pasionfutbol.com/fanaticos/Sigue-la-polemica-La-mayor-goleada-en-el-clasico-de-Minas-Gerais-20140316-0022.html
Aqui e aqui são os desmentidos no mesmo site sobre a notícia:
https://www.pasionfutbol.com/fanaticos/NOTA-DE-CONDENA-20140316-0027.html
https://www.pasionfutbol.com/fanaticos/La-farsa-Cruzeiro-nunca-gano-14---3-sobre-Atletico-Mineiro-20140316-0033.html
Mas a foto está aí!! Como explica-la?!
Me estranha o fato do Atlético não estar escrito Athletico, como naquela notinha mostrada de 1927...
E usando a estratégia do Cruzeirense do vídeo, a fonte também não é a mesma!...
Outra coisa que estranha e que todas as fontes/blogs que noticia esse resultado usando essa foto, todas foram escritas depois de 2011, quando começou a polêmica!!
TODAS!!
http://gutovictorino.blogspot.com.br/2015/01/cruzeiro-venceu-o-atletico-por-14-x-3.html
http://sports-net14.blogspot.com.br/2014/03/cruzeiro-x-atletico-mg-maior-goleada-da.html
http://cruzeirotorcedorofc.blogspot.com.br/2014/05/a-maior-goleada-do-cruzeiro-sobre-o.html
Junqueira, Valponi, Carneira, Tunga, Cambon, Avelino, Gabardo, Nascimento, Romeu, Carrazzo e Imparato.
Esse é o time da foto, apesar da notícia falar que é Scarpelli, Henriqueto, Polenta, Grande, Kalin, Checchino, Pederzoli, Parizi, Nani, Attilio e Armandinho.
Porque os Palmeirenses?!
Porque eles conhecem essas fotos aí da notícia...
A foto do time que está em cima é do Palestra Itália... Mas o Palestra Itália errado...
O Palestra Itália paulista que mudou o nome para Palmeiras e não para Cruzeiro.
A foto dos dois caras que estão aí embaixo, esse loirinho parece muito com um cara que já jogou com a camisa do Atlético/MG... Como era o nome dele mesmo?!... é.... é...
Ah!! Lembrei!! Ademir da Guia!!
Esse time da foto aí de cima não é o Cruzeiro, não ganhou do Galo de 14X3, mas sim, é verdade que participou da maior goleada da história de um clássico!!
Foi campeão paulista de 33, na campanha venceu o Corinthians por 8x0, até hoje a maior goleada daquele clássico... É lembrado com louvor pelos palmeirenses...
Olha aí...
http://palmeirasonline.com/palestra-enfia-8-no-corinthians-em-tarde-de-romeu/
Mas não será os palmeirenses que erraram e usaram uma foto do Cruzeiro para ilustrar sua campanha?!
Ué?!
Os palmeirenses todos?!
http://www.palmeiras.com.br/noticias/ler/1760-ha-80-anos-palestra-aplicava-maior-goleada-da-historia-no-rival--8-a-0
https://www.youtube.com/watch?v=10lgayCRQ5g&t=5m45s
http://palmeirasonline.com/campeao-paulista-1933/
http://renato-curse.blogspot.com.br/2012/02/palmeiras-um-pioneiro-no-futebol.html
Nessa apresentação de Slides feita por um palmeirense tem essa foto e mais algumas!!...
E essa outra foto aí embaixo? Não é a cara do Ademir da Guia?!
Mas o Ademir da Guia não jogou na década de 20 e nem de 30... Aliás ele nasceu em 1942... O que ele faria aí numa notícia de 1921 sobre a goleada de 14X3, logo abaixo do time de 33?!
Esse ao lado dele será que é o Djalma Dias, pai do Djalminha?!?
Será que é?! Ademir da Guia e Djalma Dias jogaram juntos....
Nesta linha de ataque de 1964, vemos, partindo da esquerda, Ademar Pantera, Servílio, Tupãzinho, Ademir da Guia e Gildo. Crédito: site palestrinos.com.br.
https://tardesdepacaembu.wordpress.com/tag/campeao-paulista-de-1963/page/2/
Parece... É ou não é?!?!
O que você acha?!
Djalma Dias?!
Não!!! Não é!!!
Errou!!!
Tcharam!!!
http://terceirotempo.bol.uol.com.br/que-fim-levou/ademir-da-guia-1630#photo-297
http://terceirotempo.bol.uol.com.br/que-fim-levou/nilo-1500#photo-12
Ademir da Guia, à esquerda, ao lado do saudoso Nilo no estádio Palestra Itália. A foto do querido Sarkis é de 1963
Esse ao lado do Divino chama-se Nilo! Um ponta esquerda que jogou no Palmeiras e no América do Rio, aquele time que tem três torcedores: O José Trajano, o Romário e o pai do Romário!!
(Brincadeirinha kombi de torcedores do América/RJ...)
Depois ele jogou no América Mineiro Também...
Outro time que só tem três torcedores: O Fernando Ângelo, o Ulbaldo e o Zé...
(Brincadeirinha kombi de torcedores do América/MG...)
A foto tirada em 1963 no estádio Palestra Itália.
Nilo Alves da Cunha, o Nilo, ponta-esquerda campeão carioca de 1960 pelo América, morreu no dia 20 de dezembro de 2006, em Nilópolis (RJ).
Ele, que estava aposentado como jogador e como funcionário do Departamento de Tráfego do Jornal do Brasil, o JB, deixou um filho.
Começou a carreira no Bonsucesso do Rio, onde atuou pela primeira vez ao lado do goleiro Ari (os dois ainda seriam juntos campeões cariocas pelo América). Ele veio para o Palmeiras na mesma transação que trouxe Djalma Dias para o Palestra Itália, em 1962.
Pelo Palmeiras, Nilo atuou entre os anos de 1963 e 1964, realizou 50 jogos (33 vitórias, 13 empates e 4 derrotas) e marcou 16 gols. Depois do Verdão, Nilo foi para o América Mineiro e no Coelho atuou ao lado do zagueiro Aldemar.
O ex-ponta era conhecido por ter um "canhão" no pé esquerdo. Um gol de falta marcado "do meio da rua" no Botafogo do goleiro Manga, no Maracanã, não sai da memória dos americanos.
http://terceirotempo.bol.uol.com.br/que-fim-levou/nilo-1500
====
Caramba!! Filh@D@Put@!!!
Montagem descarada e grosseira!!
Mentira deslavada!!!
E será que ele imaginou que usando a foto do Ademir da Guia, grande craque conhecido que já vestiu a camisa do Galo ele iria nos enganar?!
O que?!
O que você disse?!?!
Ademir da Guia, o Divino, nunca vestiu a camisa do Galo?!
Como não?! Está duvidando de mim?!
Acha que estou mentindo???
Acha que eu faço montagens?!??!
Olha aí....
http://terceirotempo.bol.uol.com.br/que-fim-levou/ademir-da-guia-1630#photo-175
http://terceirotempo.bol.uol.com.br/que-fim-levou/ademir-da-guia-1630#photo-206
Foi só um jogo amistoso em Muzambinho-MG e Ademir da Guia, no centro, vestiu a gloriosa camisa do Atlético-MG. À direita na foto está Jorge do Zé Ernesto (via site terceiro tempo)
Eu não falei que o Ademir da Guia foi ídolo do Galo...
Falei apenas que ele já tinha vestido a camisa do Galo...
Não menti e nem fiz montagens...
Para falar a verdade descobri isso enquanto procurava a foto do Ademir da Guia, do desconhecido que descobri ser o Nilo e daquele garotinho que até agora não sei quem é... Quem souber diga nos comentários... Hoje ele já deve ter passado dos 60 anos...
E a partir de agora vou, quando alguém me aparecer com essa montagem descarada dos 14X3, vou passar a ganhar uma aposta qualquer, pois eu vou apontar o dedo para o Ademir da Guia, vou falar que esse craque que já vestiu a camisa do Galo, o cara vai duvidar, eu vou apostar e ganhar a aposta!!
Hahahahahahahaha
Rssrsrsrsrsrsrsrsrsrsr
KKKKKKKKKKKK
Agora falando sério. O futebol é um esporte onde você tem 33% de ganhar, 33% de chances de perder e 34% de chances de empatar. O futebol moderno tem como novidade o domínio financeiro que desequilibra essas porcentagens. Futebol é coisa séria!... Meche com paixões.
Não dá para ficar inventando histórias.
Porque inventar histórias?!...
Esse post já cumpriu a sua missão de desmascarar a mentira,
a partir de agora é só provocações... podem desconsiderar:
Mas eu mereço, né?! Depois dessa pesquisa toda...
No Brasil existem 12 grandes times.
4 no Rio, 4 em São Paulo, 2 em Minas e 2 gaúchos. Todos sabem quais são...
O torcedor cruzeirense gosta de referir ao Atlético como time pequeno...
A psicologia explica isso...
O cara que não está satisfeito com o tamanho do seu próprio TIME, aponta o dedo para o TIME do outro, fala que ele é pequeno para sentir-se mais confortável com o tamanho do seu TIME.
Eu, particularmente, estou satisfeito com o tamanho do meu TIME.
Ele me dá alegrias e me faz sentir emoções, e não preciso dizer que Cruzeiro e Flamengo são pequenos para sentir-me confortável...
Histórico! Épico! Galo Campeão da Copa do Brasil 2014!
Aconselho você, torcedor cruzeirense, ao invés de inventar histórias, vá louvar o chute do Elivélton contra os peruanos... Vá louvar o desobediente Joãozinho que bateu a falta na frente do Nelinho contra os argentinos... Vá louvar o chute do Geovane no meio da barreira nos minutos finais contra os paulistas...
Vá dizer que no primeiro clássico, mesmo sendo um time principiante, mesmo o adversário sendo favorito por ser um time já veterano, ganhou de 3x0...
Não precisa roubar a façanha dos outros.
Ou você não está satisfeito com o tamanho do seu TIME?!
Ou não tiveram conquistas suficientes e precisam se gabar do que não fizeram?!
Criem vergonha na cara!
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Não deixem de ver também a Palestra no TEDx Nova Lima de Guilhermina Abreu:
Eu Acredito!!! Eu Acredito!!! Eu Acredito!!!
Eu Acredito | Guilhermina Abreu | TEDxNovaLima
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Vou colocar mais dois pontos diferentes:
Uma matéria que desabona o Atlético/MG: A história do Cidinho "Bola nossa", um juiz trapaceiro, atleticano que roubava para o Galo. Desonestidade. O futebol não é isso e deve ser combatido.
E a listagem dos Posts que acompanha o escândalo do futebol brasileiro e as CPIs sobre a máfia do futebol.
Nós torcedores, de todas as equipes, de todas as arquibancadas, gerais ou cadeiras, de todos programas sócios-torcedor, temos que nos unir para extirpar do futebol esses bandidos, escrotos, ladrões, corruptos e fraudadores que aproveitam da nossa nobreza, da nossa atenção para o que acontece dentro das quatro linhas e metam a mão no nossos bolsos e nos bolsos dos nossos clubes para se enriquecerem ilegalmente.
Vamos parar de criar mentiras na internet e combater esses corruptos safados!!
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https://globoesporte.globo.com/futebol/times/atletico-mg/noticia/90-anos-do-9-a-2-historias-e-registros-do-polemico-classico-que-sim-existiu.ghtml
90 anos do 9 a 2: histórias e registros do polêmico clássico que, sim, existiu
GloboEsporte.com revela detalhes da maior goleada de todos os tempos do confronto entre os rivais Atlético-MG e Cruzeiro (na época, Palestra Itália), que completa nove décadas nesta 2ª feira
90 anos do 9 a 2: histórias e registros do polêmico clássico que, sim, existiu 90 anos do 9 a 2: histórias e registros do polêmico clássico que, sim, existiu
Por Guilherme Frossard, de Belo Horizonte
27/11/2017 08h02 Atualizado 27/11/2017 14h27
Como um clássico que teve o incrível placar de 9 a 2 ficou tanto tempo sem ser comentado entre os torcedores de Atlético-MG e Cruzeiro, praticamente entrando em pauta apenas em 2011? Por que ainda há, especialmente na torcida celeste, um rumor de que a partida nunca existiu? Quem foram os heróis atleticanos e quem foi Mário de Castro, autor de dois gols no jogo e dono da melhor média de gols de um jogador na história do Alvinegro? Como, por que, quando e onde o jogo aconteceu? Como a imprensa noticiou a partida na época? O duelo dos arquirrivais de Minas com o placar mais extenso da história completa 90 anos nesta segunda-feira, e o GloboEsporte.com produziu uma reportagem especial para contar tudo isso com detalhes - que você, até agora, provavelmente não conhecia.
O JOGO
Em 1927, Atlético-MG e Palestra Itália (fundado em 1921 e que se transformou em Cruzeiro apenas no ano de 1942) disputavam o Campeonato da Cidade, então com 11 clubes. Eram oito de Belo Horizonte, dois de Nova Lima e um de Sabará. A competição foi disputada no formato de pontos corridos, mas tinha duas fases. Na primeira, todos se enfrentaram em turno único. Na segunda, os quatro melhores jogaram entre si, também em turno único, para decidir o campeão. O título estava entre Atlético-MG, Palestra Itália, América-MG e Villa Nova. É válido ressaltar que, na época, o futebol em Belo Horizonte era amador. A profissionalização veio anos depois, já na década de 1930. Os jogadores tinham - ou estudavam para ter - profissões fora do esporte. Isso porque não existia a opção "jogador de futebol" como carreira. Não dava para ganhar a vida jogando bola: era um hobbie. O futebol não dava um centavo sequer aos seus protagonistas.
Pois bem: na fase final do estadual, que ainda não era nomeado Campeonato Mineiro, Atlético-MG e Palestra Itália se enfrentaram pela segunda vez na competição. A primeira vez havia sido na fase inicial, com vitória atleticana por 4 a 2. No dia 27 de novembro de 1927, no penúltimo jogo do campeonato, a goleada aconteceu. No campo do América-MG, na Avenida Paraopeba - hoje Augusto de Lima - o Galo derrotou o Palestra por 9 a 2. A escalação do Alvinegro teve Oswaldo "Perigoso", Hugo, Chiquinho, Brant, Franco, Ivo, Said, Jairo, Getulinho, Mário de Castro "Orion" e Getúlio. O Palestra entrou em campo com Geraldo, Porfírio, Rizzo, Para-Raio, Nininho, Osti, Nani, Bengala, Piorra, Ninão e Armandinho. A partida era disputada em dois tempos de 40 minutos, e não 45 como hoje em dia. Os gols atleticanos foram marcados por Getúlio, Mário de Castro (2), Said (3) e Jairo (3). Ninão, com dois gols, descontou para os palestrinos.
Com o resultado, o Atlético-MG - que já tinha vencido o Villa Nova na fase final - garantiu o título. Foi o terceiro caneco estadual do Galo (havia vencido em 1915 e 1926), o primeiro bicampeonato consecutivo, interrompendo a série do decacampeonato mineiro do América-MG, de 1916 a 1925. O Galo jogou a última partida, contra o próprio Coelho, apenas para "cumprir tabela", já que o título estava garantido. Perdeu por 3 a 2 - a única derrota no campeonato.
O NOTICIÁRIO
A reportagem fez uma pesquisa na Biblioteca Pública Estadual Luiz de Bessa, na Praça da Liberdade, em Belo Horizonte, em busca de conteúdos jornalísticos da época que comprovam e detalham a partida, o 9 a 2. Foram encontrados registros em quatro jornais: "Correio Mineiro", "Diário de Minas", "Minas Geraes" e "Diário da Manhã". Com o vocabulário característico da época, os periódicos descreveram o jogo com detalhes muito interessantes.
A expectativa
Dois dos quatro jornais que colocaram o jogo em pauta fizeram isso antes mesmo dele acontecer. Quem fez o pré-jogo com mais entusiasmo foi o "Correio Mineiro", que publicou notas diárias desde a quarta-feira da semana da partida, sem falhar nenhum dia. Quarta, quinta, sexta e sábado com notas curtas e convidativas.
"De acordo com a tabella organizada pela Liga Mineira, terá logar domingo próximo, no campo do Barro Preto, o encontro ente os clubs Athletico e Palestra em disputa do campeonato da cidade. Este jogo é o penúltimo, sendo o último disputado entre os clubs Athletico e America, ambos possuidores de quadros magnificos. O encontro do próximo domingo decidirá da sorte do alvi-negro, pois, vencedor o Athletico, este não terá mais dúvida, ficando garantido na leaderança da tabella. Caso sahia vencedor o Palestra, o America fica em boa collocação para o jogo final com o seu antigo rival. Pelo exposto vê-se que os ultimos jogos de campeonato são de máxima importancia. Os tres quadros (Atlético, Palestra e América) que vão disputar o resto do campeonato estão em perfeita forma, não se podendo fazer prognostico sobre quem recahirão os louros da victoria" - transcrição na íntegra, com a ortografia original da época, da nota publicada pelo "Correio Mineiro" na quarta-feira, dia 23 de novembro de 1927. Continuou no dia seguinte.
"Continua despertando grande enthusiasmo nos circulos desportistas da Capital, o encontro de domingo, entre os Clubs Athletico e Palestra, no campo deste, em prosseguimento do campeonato da serie A, da Liga Mineira. (...) Ambos os clubs estão se empenhando em treinos rigorosos, sendo de se esperar uma boa partida domingo" - disse a publicação de quinta do "Correio Mineiro".
"Os concorrentes que são possuidores de esquadras possantes e exercitadas, vão apresentar em campo os seus teams com elementos novos, sendo de se esperar um bom jogo, vista tratar-se de dois rivaes, fortes e leaes. O Palestra, que conta com elementos como Odilon e Osti, para só falar nos novos, está em condições de enfrentar a forte esquadra athleticana, que é um dos melhores conjuntos desta capital" - disse a nota de sexta-feira do "Correio Mineiro".
"E finalmente amanhã, que os apreciadores do futeból vão apreciar uma boa partida entre os quadros dos clubs Athletico e Palestra, no campo deste. (...) A prova dos primeiros quadros (*) será às 15 horas em ponto. As senhoras e senhoritas não pagarão entradas" - publicou o "Correio Mineiro" no sábado, véspera do jogo.
(*) Primeiros quadros eram os times principais. Antes, às 13h, houve um jogo preliminar dos chamados segundos quadros - equivalentes aos times reservas, já que não havia substituição. O Atlético-MG também venceu: por 3 a 2.
Além do "Correio Mineiro", quem também repercutiu a partida antes de a bola rolar foi o "Diário de Minas". O jornal publicou uma nota curta na quarta-feira, dia 23.
"A nossa capital assistirá, domingo próximo, a uma bella partida de futebol, a ser travada entre as galhardas equipes do Club Athletico Mineiro e Sociedade Sportiva Palestra Italia. São bem conhecidos do publico bellorizontino as duas valentes esquadras locaes, para que externemos sobre as mesmas o nosso juizo critico. Diremos apenas que será um jogo empolgante, e pensamos que está dito tudo" - resumiu a curiosa publicação.
A repercussão
Domingo a bola rolou, os gols saíram aos montes, os amantes de futebol em Belo Horizonte compareceram ao campo do América-MG (e não ao campo do Palestra, como diziam as publicações anteriores à partida). Tudo transcorreu na mais perfeita ordem, e a vida seguiu. Segunda-feira, naquela época, não era dia de circulação de jornal. Os periódicos com os informes do clássico foram parar nas mãos dos leitores apenas na terça. O GloboEsporte.com encontrou e separou três publicações do dia 29 de novembro de 1927 para exemplificar a repercussão da goleada.
Começando pelo "Minas Geraes", a publicação foi extensa. Duas colunas praticamente inteiras em letras miúdas contavam os detalhes da partida. O título, curiosamente, não destacou a goleada, e sim o bicampeonato alvinegro: "O Athletico Mineiro levanta, pela segunda vez, o campeonato da cidade". Abaixo alguns trechos da publicação do "Minas Geraes".
"O nosso mundo desportivo teve, anteontem, uma de suas melhores tardes, com o 'match' entre o Club Athletico Mineiro e a S. S. Palestra Italia, para a disputa da semi-final do campeonato da cidade. Jogo de grande responsabilidade para ambos os contendores, o encontro de domingo foi, como se esperava, muito renhido, apresentando lances de grande emoção. As archibancadas e logares adjacentes do 'stadium' do America F. C., onde se verificou a lueta, achavam-se repletos de 'torcedoras', salientando-se o elemento feminino, cuja 'torcida', commandada pelas senhoritas Nenem Alluoto e Horizontina Federiel, respectivamente, rainha e grã-duqueza dos sports de Bello Horizonte, foi das mais calorosas e enthusiasticas. Pela segunda vez, coube ao Club Athletico Mineiro, com o resultado da movimentada pugna de domingo, o titulo de campeão de Bello Horizonte"
Pedaço do jornal Pedaço do jornal
A partir daí o jornal começa a descrever o jogo com uma espécie de "lance a lance", na ordem cronológica dos fatos. Por fim, conclui: "Com mais alguns ataques do Athletico, termina o jogo, às 16h50, com o seguinte resultado: Athletico (9), Palestra (2)".
O "Correio Mineiro" - o mesmo que fez reportagens nos quatro dias que antecederam o jogo - publicou uma matéria completa detalhando a conquista do título pelo Atlético-MG. Começou com uma descrição geral do ambiente e do confronto de domingo.
"Em disputa do campeonato da cidade, encontraram-se, domingo, as aguerridas esquadras dos clubes Athletico e Palestra. Tratando-se do penultimo jogo do campeonato do corrente anno, de que era um dos concorrentes o ponteiro da tabella (Atlético-MG), a atenção geral foi despertada para o encontro que se dizia sensacional. E o campo do America, local do embate, apanhou colossal assistencia (torcida), que applaudiu, com delirante enthusiasmo, os jogadores das suas côres predilectas. As gentis e graciosas torcedoras não faltaram à disputa do importante prelio, comparecendo em grande numero ao campo, dando a este animação extraordinaria e agradavel aspecto. A torcida masculina, como sempre, esteve firme no campo do alvi-verde, torcendo pelo clube de sua predilecção. E, não obstante os boatos que correram pela cidade, não se registrou nenhum 'sururu' (briga)" - introduziu o "Correio Mineiro".
Depois disso, o jornal faz uma breve menção ao jogo preliminar, dos times reservas, e emenda com as escalações dos times principais e do árbitro, o Sr. José Avelino. Na sequência, o "Correio Mineiro" faz como o "Minas Geraes" e publica uma espécie de "lance a lance" do jogo, que termina desta forma: "E sem mais nada digno de interesse, o juiz apitou, dando por fim o jogo, às 16h50, com o seguinte resultado: Athletico (9), Palestra (2)".
O "Correio Mineiro" dá sequência à completa cobertura com uma avaliação positiva do árbitro: "O Sr. José Avelino apitou bem a partida, demonstrando, às vezes, desconhecer as novas regras de futeból. De vez em quando, batia, a qualquer pretexto, a bola no centro do campo. Manda a justiça, porém, dizer que o Sr. José Avelino foi um juiz energico e, sobretudo, honesto".
Na sequência há uma avaliação sobre os dois times, com destaques individuais de cada lado, seguida de um texto sobre a comemoração do Atlético-MG e de sua torcida.
Pedaço do jornal Pedaço do jornal
"Terminando o jogo, a torcida do Athletico, entregou-se às mais expansivas manifestações (...) pela victoria do seu clube. Foram erguidos vivas ao Athletico, ao Dr. Leandro de Moura Costa, presidente do clube vencedor, e ao Correio Mineiro. Às 19 horas, no restaurante Guarany, foi offerecido um jantar aos vencedores do jogo de domingo, tomando parte no ágape aos 22 jogadores triumphadores, e Dr. Moura Costa, e varios athleticanos veteranos. O jantar decorreu em um ambiente de cordialidade, sendo trocados varios brindes" - concluiu a matéria extensa do "Correio Mineiro" sobre o campeão mineiro de 1927.
Por fim, há o registro da extensa matéria do "Diário da Manhã", também publicada no dia 29, terça-feira. O periódico usou o seguinte título: "O Athletico, ante-hontem, obteve linda e facil victoria sobre o Palestra". O subtítulo: "Depois de haverem resistido no primeiro tempo, os palestrinos deixaram-se abater fragarosamente".
"Seria injusto da nossa parte, se não realçassemos a linda victoria do Athletico Mineiro, obtida domingo ultimo, sobre a valorosa esquadra do Palestra Italia. Com a nossa independencia do costume e reconhecida imparcialidade, não podemos deixar de fazer elogiosas referencias à magnifica actuação dos vencedores de ante-hontem, que, souberam durante toda a pugna, se empregar com tenacidade bastante, fazendo-se merecedores da victoria alcançada. (...) A tarde sportiva de ante-hontem, no campo do America, não foi má. Lá estiveram as torcidas dos dois clubs que se encontraram, não faltando o enthusiasmo que sempre provocam as grandes pelejas de football" - disse a publicação do "Diário da Manhã".
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Antes de entrar no "lance a lance", comum nos três jornais que reportaram a partida na terça-feira seguinte, o "Diário da Manhã" fez um resumo das razões que levaram o Atlético-MG à vitória com larga folga.
"Mais solido e articulado, não foi dificil ao Athletico abater o Palestra Italia, cujo team, além de aparecer integrado com dois elementos secundarios (reservas), desorientou-se por completo, empregando um jogo violento e prejudicial, que lhe valeu a derrota. O team preto e branco deve especialmente a victoria, à magnifica atuação de sua linha atacante, devendo-se accrescentar que tambem alguns jogadores do Palestra collaboraram nesse triumpho, pois tiveram uma marcação defeituosa e auxiliaram mal o ataque, à excepção do centro médio Osti, que, pelo menos, nesse particular, portou-se com alguma habilidade" - resume o "Diário da Manhã".
A RIVALIDADE DA ÉPOCA
O Palestra Itália foi fundado em 1921. O Atlético-MG já existia desde 1908, e o América-MG desde 1912. Galo e Coelho eram os grandes rivais de Belo Horizonte. O duelo entre os dois era chamado de "clássico das multidões". A história começou a mudar justamente com o início da trajetória do Palestra, que rapidamente alcançou relevância e sucesso no cenário estadual, começando, ainda na década de 1920, a aparecer como o principal rival do Atlético-MG - e a tirar um pouco do protagonismo e dos holofotes do América-MG.
Há também um pesquisador que estudou justamente a rivalidade entre Atlético-MG e Palestra Itália (entre 1921 e 1942, quando o Palestra virou Cruzeiro). É Rogério Othon, mestre em Estudos do Lazer pela Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) e professor da Universidade Estadual de Montes Claros (Unimontes). Rogério escreveu a pesquisa "A Lucta dos Titans", com a história da rivalidade entre os dois clubes. O GloboEsporte.com conversou com ele para entender qual era o grau de "concorrência" entre Atlético-MG e Palestra Itália em 1927 (o ano do 9 a 2). Ele explica que o momento marca o início do enfraquecimento do América-MG e a consolidação do Palestra - depois Cruzeiro - como grande força do estado ao lado do Atlético-MG.
- É uma rivalidade que nasceu na década de 1920. Sei que há muita discussão entre as duas torcidas sobre esse jogo, mas é verdade: ele aconteceu. Não só aconteceu, como foi um jogo muito importante. Marcou o primeiro bicampeonato do Atlético-MG, e ele seria muito importante, não só por ser o primeiro, mas também por marcar o fim da hegemonia americana depois do decacampeonato (1916-1925). No ano seguinte (ao 9 a 2), 1928, o Palestra Itália chegou com uma pegada mais profissional. Eles tinham sido vice-campeões por seis vezes, de 1922, um ano após a fundação, a 1927. Em 1926 e 1927, o Atlético-MG foi campeão. Em 1928, 1929 e 1930, o Palestra Itália foi, pela primeira vez, campeão mineiro. Não só campeão, mas tricampeão. Ele foi buscar jogadores que atuavam no Palestra Itália de São Paulo, hoje o Palmeiras, trouxe um técnico de fora e conseguiu transformar o Palestra Itália numa equipe imbatível por três anos.
O fortalecimento do Palestra, portanto, era contínuo. Os resultados em campo provavam isso. O América-MG ia perdendo força em Minas Gerais, e a rivalidade entre alvinegros e palestrinos crescia.
- O 9 a 2 é muito importante por isso. Não só o placar elástico, demonstrando a superioridade do Atlético-MG naquele ano, como também a rivalidade que se instauraria entre as duas equipes, marcando o início da decadência do América-MG, que não teria mais os dias de glória tão amplos. Isso foi amplamente divulgado na imprensa da época. Marca uma rivalidade que, em pouco tempo, se tornará centenária, entre o Clube Atlético Mineiro e o Palestra Itália, depois Cruzeiro. Posso afirmar que a rivalidade entre Atlético-MG e Palestra Itália é algo que nasce e se consolida na década de 1920 em função dos seus jogos, da ida dos torcedores aos jogos, em grande quantidade, até da própria violência que existia nas arquibancadas dos estádios da época e, principalmente, dos resultados obtidos tanto por Atlético-MG, quanto por Palestra. O América-MG era tido como a grande equipe no início dos campeonatos, mas foi arrefecendo o seu poderio futebolístico com o passar do tempo - concluiu Rogério.
O PALCO
Hoje em dia, o torcedor da capital mineira é acostumado a ver os jogos no Mineirão e no Independência, estádios com grande capacidade de público e boa estrutura. Em 1927, Belo Horizonte estava engatinhando na infraestrutura do futebol. Até 1923, para se ter ideia, o único estádio gramado da capital mineira era o do Prado Mineiro, que havia sido construído para corridas de cavalo. A década do 9 a 2 coincide com o momento em que os clubes começam a planejar e construir seus próprios estádios. O primeiro foi o América-MG.
Para entender melhor o cenário dos "palcos da bola" de Belo Horizonte, o GloboEsporte.com conversou com o professor Georgino Neto, doutor em Estudos do Lazer pela UFMG e membro do Grupo de Estudos Sobre Futebol e Torcidas (Gefut). Uma das suas pesquisas na área é voltada justamente para os antigos estádios de Belo Horizonte. Com base nela, ele explica.
- É legal a gente fazer uma diferenciação entre campo e estádio. O Atlético tinha um campo onde é o Minascentro hoje, em frente ao Mercado Central. Mas não era um estádio. Era um terreno onde o Atlético treinava, mas não era um campo que a Liga usava para o campeonato da cidade, que depois virou Campeonato Mineiro. Até 1923, o principal estádio usado pela Liga, que era gramado, com arquibancada e geral, era o Prado Mineiro, que foi construído para corridas de cavalo. Mas o pessoal do futebol se apropriou dele quando o Prado faliu. Em 1923, o América pegou o terreno que tinha onde é hoje o Mercado Central, onde tinha um campo, e constriu o estádio, inaugurado em 1923. Seria, naquele momento, o melhor estádio da cidade. Tinha uma capacidade muito maior de público do que o Prado. Maior para a época, claro: eram cinco mil pessoas. Mas naquele mesmo ano de 1923 o Palestra inaugurou o começo do seu estádio, que no momento era chamado de Estadinho do Palestra. Era bem modesto em 1923, depois ele foi reformado e ficou bem maior. Também era na Paraopeba. Esse Estadinho do Palestra era onde, hoje, é o clube social do Cruzeiro, na (avenida) Augusto de Lima. Você tinha esses dois estádios. O Atlético só passou a ter um estádio mesmo em 1929, onde hoje é o Diamond Mall. Esse era o desenho dos estádios na capital na década de 1920.
O clássico do dia 27 de novembro, portanto, como indicam as reportagens dos dias que antecederam o jogo, estava previsto para o "Estadinho do Palestra", mas teve o local alterado devido ao grande apelo e proporção que o evento ganhou. Optaram por jogar no campo do América-MG, o melhor da cidade à época, com estrutura para receber mais torcedores.
MUDANÇA DRÁSTICA
De 27 de novembro de 1927 até 4 dezembro de 2011 (data em que o Cruzeiro goleou o Atlético-MG por 6 a 1, no Brasileirão de 2011) se passaram exatamente 84 anos e sete dias. Nesse período, quase nada se falou sobre o 9 a 2. Por que? O GloboEsporte.com conversou com outro especialista no assunto. Marcelino Rodrigues é professor da Faculdade de Letras da UFMG e tem um amplo estudo sobre as narrativas históricas do futebol mineiro. Ou seja, sobre tudo o que foi contado sobre o futebol no estado desde os primórdios. Ele explica que houve, em relação ao jogo de 1927, uma ressignificação e uma mudança drástica na relevância do jogo a partir de 2011.
- A história começou a ser falada depois do 6 a 1. Isso porque o passado é sempre reinventado na perspectiva do presente, a partir dos interesses do presente. Os acontecimentos são ressignificados. É o que aconteceu com o 9 a 2. Depois do 6 a 1, o 9 a 2 ganhou um outro significado, uma outra relevância. Começou a ser um acontecimento relevante do passado, que deveria ser lembrado, rememorado, por ter sido a maior goleada. Não há dúvida, aconteceu. Mas o lance sobre as narrativas do passado é isso: o acontecimento em si não é importante por si só. O acontecimento só é importante quando está inserido em uma narrativa, em uma rede de significados. É o que dá sentido a ele, importância, valor. Essa rede, em relação ao 9 a 2, não existia. Só existiu depois do 6 a 1. Ou seja: o passado foi reinventado. O jogo aconteceu, mas, como dizia Nelson Rodrigues: "O fato em si vale pouco ou nada". O jogo em si não vale por si só. Ele vale dentro da história. E a história é o que se conta. A gente sempre reinventa a história a partir dos nossos interesses atuais, da nossa visão de mundo. Toda narrativa está carregada de interesse, de intenção. Do ponto de vista da linguagem, não existe completa imparcialidade. O fato é pouco. O que acontece é pouco. O que a gente entende do passado é muito mais do que o que definitivamente aconteceu. A gente sabe que aquilo está dentro de uma rede. O fato só existe dentro da interpretação.
Na prática, portanto, o 9 a 2 foi "resgatado" da memória em função da rivalidade, em função da necessidade do torcedor atleticano contra-argumentar com o rival na discussão sobre goleadas históricas. O jogo sempre esteve na história dos clubes, mas antes de 2011 não tinha um grande apelo. Passou a ter, a partir do 6 a 1 de 2011 e foi ressignificado, ampliado no contexto da rivalidade.
O TRIO MALDITO E MÁRIO DE CASTRO
Dos nove gols marcados pelo Atlético-MG no clássico do dia 27 de novembro de 1927, oito foram de autoria de um dos integrantes do "Trio Maldito". Eram os três atacantes do Galo: por Said, Jairo e Mário de Castro, todos já falecidos. O último a partir para o "andar de cima'' foi Mário de Castro, em 30 de abril de 1998, aos 92 anos. O GloboEsporte.com visitou a casa da família do histórico artilheiro que, além de fazer dois gols no 9 a 2, marcou outros 193 com a camisa alvinegra. Ele ostenta a melhor média de gols de um atacante na história do clube: 1,95 por partida (195 gols em 100 jogos). Segundo o Atlético-MG, inclusive, é a maior média de gols conhecida entre atletas de futebol do Brasil em todos os tempos.
A casa, que fica no bairro Nova Granada, é recheada de elementos históricos da vida de Mário de Castro. Era doutor! Assim como Jairo, seu parceiro de ataque, cursou medicina em Belo Horizonte. Natural de Formiga, viajou para Belo Horizonte com o intuito de estudar. O futebol entrou no caminho, mas por pouco a história de Mário não teria, como plano de fundo, as cores verde, preto e branco.
- Ele contava que quando veio de Formiga para Belo Horizonte, chuteira era uma coisa muito difícil, não tinha chuteira para vender. Ele ganhou uma chuteira de um amigo, mas veio sem cadarço. Com muita habilidade ele arrumou alguns arames e foi fechando, amarrando a chuteira. E foi jogar no América com essa chuteira. Chegou lá, e o técnico do América começou a pegar no pé dele. “Você não tem nem chuteira, o que veio fazer aqui?”. Ele foi embora, foi jogar no Atlético. Quando ganhou o campeonato de 1927, começou a fazer gol atrás de gol, E o América foi atrás dele. Aí ele negou. “Não. O primeiro lugar que bati foi lá, mas vocês não me quiseram, porque nem chuteira eu tinha”. Ficou uma mágoa - conta Andréa de Castro, dentista e neta do ex-artilheiro.
O episódio mostra o quão orgulhoso era o doutor Mário de Castro. E não foi só em relação ao América-MG que o orgulho falou mais alto. Mário teve a oportunidade de ser o primeiro jogador de um clube mineiro a disputar uma Copa do Mundo (de 1930) pela Seleção Brasileira. Recusou. Também teve a chance de se profissionalizar e atuar no Fluminense. Não quis. O foco era a medicina.
- Ele foi o primeiro jogador de Minas Gerais a ser convocado para a Seleção. Ia disputar a Copa de 1930, mas não quis ir, porque ia ficar como reserva do Carvalho Leite, que era do Botafogo. Depois fizeram dois jogos para ver qual dos dois era melhor. Nos dois jogos, meu avô marcou cinco gols, o Carvalho Leite marcou três. Mostrou que meu avô, Mário de Castro, era melhor. Também seria um dos primeiros jogadores a ser comprado. O Fluminense esteve em Belo Horizonte querendo comprar o passe dele. Fizeram uma proposta, mas ele estava estudando e focado na medicina. O objetivo era a medicina, era ser médico. Ele fez uma contraproposta absurda. Queria o dobro do que foi proposto e queria ganhar 500 contos de réis por gol. Como fazia muito gol, o Fluminense não aceitou a proposta.
Com base nas histórias, Andréa descreve o falecido avô. Apaixonado por futebol? Muito! Afinal, fazia de graça.
- Eles jogavam de forma amadora. Era um ajudando o outro. O "Trio Maldito" fez muitos jogos, teve muito sucesso. Eles jogavam por amor à camisa. Era puramente por amor, porque não recebiam nada.
As características vão aparecendo conforme o papo - regado a um bom café - também avança. Além de artilheiro, apaixonado e orgulhoso, Mário de Castro, o Orion, também era travesso. Aliás, que papo é esse de Orion? Andréa explica.
- O apelido dele “Orion” é porque a mãe dele (que ficou em Formiga) não aceitava que jogasse futebol. Um amigo sugeriu: “Vamos colocar seu nome de trás para frente”. Era para ser “Oriam”, mas a torcida não entendia e começou a gritar “Orion”. Era para ser Oriam, que seria Mário de trás para frente. Ele era "danado". Gostava de uma farra. Gostava de uma pinguinha, de uma cerveja. Muitas vezes jogou com uma ressaca grande. E fazia muitos gols assim mesmo! Não tinha concentração, treino, nada. Ia na cara e na coragem. E teve uma média de quase dois gols por jogo. Imagina o que faria hoje com toda a infraestrutura e apoio.
Mas... e o 9 a 2?
A história de Mário de Castro é um território espetacular para o lúdico, para a diversão do apaixonado pelo futebol. Os "causos" são infinitos, mas, voltando ao assunto original, ao assunto que aumenta ainda mais a relevância de Mário de Castro: e o 9 a 2? O que ele falava do jogo? Segundo a família, não falava muito, só quando era "cutucado".
- O meu pai era cruzeirense, sempre brincava com ele. Quando o Cruzeiro ganhava do Atlético, meu avô falava: já ganhei de vocês de muito mais (risos). Sempre frisava isso. Ele marcou dois gols, mas ajudou nos outros gols com passes, jogadas. Ele contribuiu muito - conta Andréa, orgulhosa.
O Atlético-MG tem - e sempre teve - ciência da relevância de Mário de Castro na história da entidade. Prova disso é a imagem dele como a primeira no muro de ídolos na sede do clube no bairro de Lourdes, onde a Sra. Vanda de Castro, filha do ex-goleador, exibe com orgulho uma camisa comemorativa usada por Robinho, em 2017, com o nome do pai (veja na foto acima).
Os ídolos se vão, mas o legado fica. De um lado, vencedor naquela ocasião, o Atlético-MG de Mário de Castro, Jairo, Said e companhia. Do outro, Ninão, Nininho e toda uma geração forte que serviu de base para o crescimento do Palestra, hoje Cruzeiro. As recordações, sempre vivas, ajudam a manter forte o futebol mineiro. Afinal, o clássico já é quase centenário. E vem história por aí...
https://www.mg.superesportes.com.br/app/noticias/futebol/atletico-mg/2017/11/27/noticia_atletico_mg,444011/atletico-9-x-2-palestra-placar-mais-elastico-do-classico-faz-90-anos.shtml
Atlético 9 x 2 Palestra: placar mais elástico do clássico mineiro completa 90 anos
Até hoje, torcedores e jogadores alvinegros provocam os celestes por goleada
Roger Dias /Estado de Minas
Tulio Santos/EM/D.A Press
Existem resultados que ficam na memória dos torcedores por gerações. Mas há um que definitivamente entrou na história do Atlético, ajudando a consolidar a rivalidade quase centenária com o Cruzeiro. A emblemática goleada aplicada pelo Galo por 9 a 2, que completa 90 anos nesta segunda-feira, não só foi o placar mais elástico do clássico mineiro como também ganhou a enciclopédia do futebol no estado, numa época em que o profissionalismo estava longe para ser consolidado. Até hoje, torcedores e até mesmo os jogadores alvinegros fazem referência ao placar e provocam os celestes pelo massacre de 1927.
O triunfo ocorreu no campo do América – que abrigaria o Mercado Central – e teve episódios curiosos. Antes, o supersticioso presidente atleticano, Leandro Castilho de Moura Costa, proibiu que os fotógrafos fizessem a foto da equipe, com medo de que desse azar. Num período em que a disputa era limitada às quatro linhas, jogadores das equipes jantaram juntos no restaurante Guarany, no Centro. E as diretorias trocaram telegramas cordiais. Ainda Palestra, o Cruzeiro parabenizou os alvinegros pela vitória.
A goleada se tornou o auge da bela campanha atleticana. O time conquistou o então inédito bicampeonato mineiro contando com seu primeiro grande esquadrão. O grupo foi liderado pelo Trio Maldito. Mário de Castro, Jairo e Said balançaram as redes 459 vezes. Na partida, o trio foi responsável por oito dos nove gols atleticanos – o outro foi de Getúlio. Ninão marcou duas vezes para o Palestra.
Anos depois, Ninão declarou que os atletas celestes queriam evitar novo título do América e por isso não se esforçaram para tentar frear a goleada. Os dois títulos alvinegros encerraram de vez a hegemonia do Coelho, que conquistou por 10 vezes consecutivas o Estadual (de 1916 a 1925).
Terceiro maior artilheiro da história alvinegra, com 195 gols, Mário de Castro ainda é muito lembrado entre torcedores e familiares. “Ele foi um jogador amador, mas contribuiu para que o futebol se fortalecesse e se solidificasse. Os títulos e as vitórias que ele conseguiu contribuíram para o crescimento da torcida e do time”, afirma a neta do artilheiro, Andrea de Castro. “Não chegamos a vê-lo jogando, mas a família valoriza muito esse feito”, diz Vanda de Castro, de 78 anos, filha de Mário.
Curiosamente, o artilheiro abriu mão de jogar pela Seleção Brasileira na Copa do Mundo de 1930. Além de tratar uma lesão, se negou a ser reserva de Carvalho Leite, craque do Botafogo. Com as pretensões de obter um diploma, o Trio Maldito sempre se opôs à profissionalização do futebol. A exemplo de Mário, Jairo se formou em medicina. E Said teve graduação em direito.
O historiador Emerson Maurílio, coordenador do Centro Atleticano de Memória, ressalta que o 9 a 2 foi um marco para que o alvinegro se consolidasse como força no estado: “Foi um período-chave na história do clube porque interrompeu a hegemonia do América, numa época da popularização do futebol em Belo Horizonte e de crescimento do público. O 9 a 2 significou a conquista do primeiro bicampeonato mineiro do clube, com o melhor ataque do Atlético em todos os tempos”.
Mário pendurou as chuteiras pelo Atlético em 1931, aos 26 anos. De acordo com Vanda, ele desistiu devido a um incidente: “Um dos últimos jogos dele foi em Nova Lima. Não fez quase nada no primeiro tempo e a torcida começou a gritar seu nome, provocando. No segundo tempo, jogou muito, fez dois gols e virou para 4 a 3. Deu uma briga de torcidas e um rapaz foi baleado. Ele ficou chateado, pegou as coisas e foi embora”. A filha se refere à vitória sobre o Villa Nova, em que o artilheiro balançou as redes três vezes, depois encarando o Palestra na decisão e fechando com o título para de fato se despedir dos gramados. Ele se formou em medicina na capital mineira e retornou para Formiga, sua terra natal. (RD)
No campo do América
Inaugurado em 1923, o estádio funcionava hoje onde se situa o Mercado Central, na região central de Belo Horizonte. O América contou com parceria de sócios para arcar com os custos. A arquibancada ocupava o lado esquerdo da Avenida Paraopeba, hoje Augusto de Lima. Curiosamente, a área foi demolida sem ter um nome.
Atlético 9 x 2 Palestra Itália
Atlético: Perigoso; Chiquinho e Brant; Franco, Ivo, Hugo, Getulinho e Getúlio; Mário de Castro, Jairo e Said
Palestra Itália: Geraldo; Rizzo, Pararraio, Porfírio e Osti; Piorra, Nani, Bengala e Nininho; Ninão e Armandinho
Data: 27/11/1927
Competição: Campeonato Mineiro (fase final)
Local: Estádio do América
Gols: Said 11 e 19, Ninão 22 e Said 46 do 1º; Mário de Castro 12, 16, Jairo 21, Ninão 25 e Jairo 26 e 31 e Getúlio 37 do 2º
Árbitro: José Avelino
Público: 4.000
https://www.mg.superesportes.com.br/app/noticias/futebol/atletico-mg/2017/11/27/noticia_atletico_mg,444012/atletico-9-x-2-palestra-veja-como-o-jogo-repercutiu-em-1927.shtml
Atlético recebeu até 'parabéns' do Palestra pelo 9 a 2; veja como a goleada repercutiu nos jornais de 1927
Maior goleada da história do clássico contra completa 90 anos nesta segunda
João Vitor Marques /Superesportes
‘Existiu ou não’? Entre torcedores de Atlético e Cruzeiro, o histórico ‘9 a 2’ é motivo de desentendimentos e brincadeiras. Afinal, a maior goleada do clássico - conquistada pelo clube alvinegro - não foi, obviamente, televisionada e ocorreu há 90 anos, completados nesta segunda-feira. Para relembrar a partida, o Superesportes buscou registros daquele 27 de novembro por meio de jornais publicados em 1927.
Os gols de Said (3), Jairo (3), Mário de Castro (2) e Getúlio não apenas fizeram com que o ‘Athletico’ registrasse a maior goleada da história do clássico. O triunfo sobre o então ‘Palestra Itália’ valeu o título do ‘campeonato da cidade’ por antecipação.
“Pela segunda vez, coube ao Club Athletico Mineiro, com o resultado da movimentada pugna de domingo, o título de campeão de Bello Horizonte”, publicou a edição número 10 do ‘Minas Geraes’, distribuída em 28 e 29 de novembro daquele ano.
O Atlético ainda enfrentaria o América. A partida, entretanto, já não valia o título da competição, de acordo com as publicações da época.
Que história é essa?
A goleada sofrida gerou uma reação na diretoria do Palestra Itália que atualmente seria considerada, no mínimo, inusitada. De acordo com o ‘Diário de Minas’, o Atlético recebeu uma mostra de ‘cordialidade esportiva’ vinda do adversário após a partida. A rivalidade entre os clubes ainda não era tão acirrada.
“A S. S. Palestra Itália, enviou, ante-ontem, à tarde, o seguinte telegramma ao presidente do C. Athletico Mineiro:
Dr. Moura Costa. Nome directoria felicito Athletico Mineiro brilhante victoria hoje.
(a) Arcelus, secretario.”, publicou o jornal, que também noticiou a resposta do presidente atleticano.
‘Club Athletico Mineiro agradece gentileza telegramma felicitações victoria hontem e aperta affectuosamente a mão digno e leal adversario.
(a) Moura Costa, presidente.’
‘Facilidade’
O jogo de domingo ganhou maior destaque no ‘Diário da manhã’ de terça-feira. Na seção ‘Diário Sportivo’, o jornal ressaltou a ‘facilidade’ com que o time alvinegro derrotou o adversário no campo do América.
“O Athletico, ante-ontem, obteve linda e fácil victoria sobre o Palestra. Depois de terem resistido no primeiro tempo, os palestrinos deixaram-se abater fragarosamente’, publicou o ‘Diário’.
Na matéria, que ocupou três colunas da página destinada aos esportes, o jornal descreve a partida. O ‘Trio Maldito’, formado por Mário de Castro, Jairo e Said, foi o destaque da goleada. O primeiro tempo terminou com vitória alvinegra por 2 a 1. A etapa final, entretanto, reservou mais sete gols do Atlético e apenas um do Palestra.
ARQUIVO ESTADO DE MINAS
CLIQUE NA IMAGEM PARA LER EM TAMANHO REAL (acervo EM)
Torcida feminina
De acordo com os jornais da época, 4 mil pessoas foram ao campo do América para acompanhar a partida. A grande presença de mulheres foi destaque no ‘Correio Mineiro’, que abordou o tema de forma controversa. Ao invés de ressaltar apenas a torcida, a publicação escolheu falar também sobre ‘graciosidade’ e ‘gentileza’.
“As gentis e graciosas torcedoras não faltaram à disputa do importante preão, comparecendo em grande número ao campo, dando a este animação extraordinária e agradável aspecto”, publicou.
A torcida feminina também foi destacada pelo Minas Geraes. Logo no terceiro parágrafo do texto, a publicação cita duas presenças ilustres.
“As archibancadas e logares adjacentes do ‘stadium’ do América F. C., onde se verificou a lucta, achavam-se repletos de ‘torcedores’, salientando-se o elemento feminino, cuja ‘torcida’, commandada pelas sonhorinhas Nenem Alluoto e Horizontina Federiel, respectivamente, rainha e grã-duqueza dos sports de Bello Horizonte, foi uma das mais calorosas e enthusiasticas”.
ARQUIVO ESTADO DE MINAS
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Comemoração e superstição
A seção ‘Jogos e Desportos’ do ‘Correio Mineiro’ de 29 de novembro deu espaço a algumas curiosidades relacionadas ao jogo. De acordo com a publicação, o então presidente do Atlético, Leandro Castilho de Moura Costa, deu uma mostra de superstição.
Segundo o relato, o fotógrafo de uma revista da época quis ‘bater uma chapa dos dois quadros’. As fotografias das equipes são comuns hoje em dia, especialmente em jogos decisivos. O presidente atleticano, entretanto, não gostou muito da ideia.
“Quando o photographo ia bater a chapa do quadro athleticano, o dr. Moura Costa, ilustre presidente do Athletico, interveio. Não queria que o seu quadro se deixasse photographar. Dava azar. O quadro perderia. Depois do jogo, sim. Deixaria bater a chapa”, publicou o jornal.
Dito e feito. A foto só foi tirada depois da vitória. O ‘Correio Mineiro’ também aproveitou para registrar o jantar no antigo restaurante ‘Guarany’ por conta da vitória alvinegra.
Atlético 9 x 2 Cruzeiro
Atlético: Perigoso, Chiquinho, Brant, Franco, Ivo, Hugo, Getulinho, Said, Jairo, Mário de Castro e Getúlio
Cruzeiro: Geraldo, Rizzo, Para-raio, Porfírio, Osti, Nininho, Piorra, Nani, Ninão, Bengala e Armandinho
Gols: Said (3), Mário de Castro (2) e Jairo (3) e Getúlio; Ninão (2)
Data: 27/11/1927
Árbitro: José Avelino
Público: 4 mil
Estádio: Campo do América
Motivo: Campeonato da Cidade
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Cidinho "bola nossa"
Para com isso rapaz! O seu time é o único caso no mundo de "proprietário" de um plantel de juizes.
Leia e fique corado de vergonha:
Cidinho - O juiz "Bola Nossa"
Revista Placar
Durante anos o Atlético Mineiro se beneficiou da paixão de alguns juizes, especialmente para ajuda-lo. Não ter seu busto entronizado na sede de Atlético Mineiro é a grande mágoa de Cidinho. Não pertencer ao Conselho do clube é a queixa de Geraldo Fernandes. Não ser chefe da sua torcida é a reclamação de João Felix Junior. Suportar a fama de Quim-Quim Carijó chega a decepcionar Joaquim Gonçalves. Estes juizes reclamam uma recompensa do Atlético pelos anos de apito fiel. Todos confessam sua paixão pelo clube, mas juram também que jamais recebera dinheiro para ajudar o clube. Era um caso de amor desinteressado.
Nos 25 anos como juiz, Cidinho – Alcebíades de Magalhães Dias – escapou de muitos linchamentos e ganhou o apelido de Bola Nossa devido ao seu amor pelo Atlético Mineiro. Ele mesmo conta esta história – "Atlético e Botafogo jogavam na inauguração do estádio do Cruzeiro em 1949. Afonso e Santo Cristo disputavam a bola para saber de quem era o lateral. Quando o beque do Atlético me perguntou de quem era a bola, deixei escapar uma frase que me acompanhou para o resto da vida – É nossa, Afonso, a bola é nossa".
OentO entusiasmo foi tão grande que Santo Cristo saiu sorrindo e contou aos companheiros. Augusto Rocha, jornalista de O Veneno, ouviu tudo e no dia seguinte conseguiu vender mais de 2000 exemplares em Belo Horizonte com a seguinte manchete – O Galo pariu um rato.
Cidinho confessa que sempre foi assim desde do começo quando trocou o cargo de repórter da extinta Folha de Minas pelo apito parcial. Sua primeira atuação importante foi em um Atlético e América, jogo chave para decisão do titulo de 1945. E Cidinho relata – "Na primeira falta expulsei o ponta do América Fernandinho. A torcida do Atlético aplaudiu e eu me senti realizado".
Por causa da derrota, que lhe valeu a perda do campeonato, o America nunca perdoou Cidinho. Chegou a liderar, com o Cruzeiro, um movimento para expulsa-lo da Federação, mas não conseguiu. O Atlético era muito forte.
Por causa da derrota, que lhe valeu a perda do campeonato, o America nunca perdoou Cidinho. Chegou a liderar, com o Cruzeiro, um movimento para expulsa-lo da Federação, mas não conseguiu. O Atlético era muito forte.
Por causa do Atlético, Cidinho tem o que talvez seja recorde mundial de trabalho em campo, quando Asas e Sete, dois times extintos, jogaram durante três horas e dez minutos, no campo do Cruzeiro. –"Ajeitei a situação para que o gol não saísse. O vencedor ia jogar três dias depois com o Atlético, e o negócio era cansar o adversário".
Num jogo entre Bela Vista e Siderurgica, cujo resultado interessava ao Atlético, Cidinho quase foi linchado em Sete Lagoas. O juiz queria o empate e os time queria a vitória. Venceu o juiz. Ele quase morreu. Entrou nos vestiários do Bela Vista e se enfiou no saco de camisas. O massagista do Siderúrgica não conseguiu encontra-lo. Outra vez em Barão de Cocais, Cidinho marcou um pênalti (?) contra o Metalusina aos 40 minutos do segundo tempo. O Atlético venceu com aquele gol, mas o juiz ficou no meio do campo cercado pela policia e só saiu as 3 horas madrugada. E só saiu vestido de cigana, conseguindo enganar a população enfurecida.
Num jogo entre Bela Vista e Siderurgica, cujo resultado interessava ao Atlético, Cidinho quase foi linchado em Sete Lagoas. O juiz queria o empate e os time queria a vitória. Venceu o juiz. Ele quase morreu. Entrou nos vestiários do Bela Vista e se enfiou no saco de camisas. O massagista do Siderúrgica não conseguiu encontra-lo. Outra vez em Barão de Cocais, Cidinho marcou um pênalti (?) contra o Metalusina aos 40 minutos do segundo tempo. O Atlético venceu com aquele gol, mas o juiz ficou no meio do campo cercado pela policia e só saiu as 3 horas madrugada. E só saiu vestido de cigana, conseguindo enganar a população enfurecida.
Geraldo Fernandes da Silva, outro juiz atleticano, é mais comedido em sua confissão: " Sempre estive ao lado da massa, mas nunca prejudiquei os adversários". No entanto, Antonio da Cunha Lobo, presidente do Cruzeiro em 1947, afirma que Geraldo foi responsável pelo bicampeonato atleticano naquele ano, valçidando um go em impedimento contra o então forte Vila Nova. Com a vitória do Atlético, o Cruzeiro perdeu as esperanças no titulo. Houve reunião do Conselho Deliberativo, protestos, ameaças do Cruzeiro. Mas tudo acabou com Geraldo Fernandes prestigiado na Federação Mineira.
O mesmo aconteceu com João Felix Junior num América x Atlético em 1950, quando a torcida viu o primeiro clássico no velho Estádio Independência.
- Foi falta ou impedimento ? Perguntou o atacante Vaguinho do América.
E João Felix virava constantemente a palma da mão. Não entendendo, Vaguinho voltou a perguntar e foi expulso por desrespeito a autoridade.
O juiz queria dizer que a bola era do Atlético, pois em sua mão estavam pintadas as cores do Atlético. Quando esta reportagem foi feita, João Felix Junior trabalho no Departamento de Futebol do Atlético como prêmio de consolação, quando foi obrigado a largar o apito depois de uma intensa campanha do América.
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Outro dia discutindo sobre as manifestações do dia 15, sobre crise do governo e a corrupção da Petrobrás eu perguntei a ele se tinha acompanhado a CPI da Dívida Pública. Então ele me respondeu: Eu lá estou falando de CPI?! Não me lembro de ter falado de CPI nenhuma! Estou falando da roubalheira... A minha intenção era dizer que apesar de ter durado mais de 9 meses e de ter uma importância ímpar nas finanças do país, a nossa grande mídia pouco citou que houve a CPI e a maioria da população ficou sem saber dela e do assunto... Portanto não quis fugir do assunto... é o mesmo assunto: é a política, é a mídia, é a corrupção, são as eleições, é a Petrobras, a auditoria da dívida pública, democracia, a falta de educação, falta de politização, compra de votos, proprina, reforma política, redemocratização da mídia, a Vale, o caso Equador, os Bancos, o mercado de notícias, o mensalão, o petrolão, o HSBC, a carga de impostos, a sonegação de impostos,a reforma tributária, a reforma agrária, os Assassinos Econômicos, os Blog sujos, o PIG, as Privatizações, a privataria, a Lava-Jato, a Satiagraha, o Banestado, o basômetro, o impostômetro, É tudo um assunto só!...
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Depoimento do Lula: "Nunca antes nesse país..." (O país da piada pronta)
- Foi falta ou impedimento ? Perguntou o atacante Vaguinho do América.
E João Felix virava constantemente a palma da mão. Não entendendo, Vaguinho voltou a perguntar e foi expulso por desrespeito a autoridade.
O juiz queria dizer que a bola era do Atlético, pois em sua mão estavam pintadas as cores do Atlético. Quando esta reportagem foi feita, João Felix Junior trabalho no Departamento de Futebol do Atlético como prêmio de consolação, quando foi obrigado a largar o apito depois de uma intensa campanha do América.
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Sobre CBF/Globo/Corrupção no futebol/Acompanhando a CPI do Futebol:
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Eu te disse! Eu te disse! Mas eu te disse! Eu te disse! K K K
A prisão do Marin: FBI, DARF, GLOBO, CBF, PIG, MPF, PF... império Global da CBF... A sonegação do PIG... É Tudo um assunto só!!
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Do apagão do futebol ao apagão da política: o Sistema é o mesmo
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Outro dia discutindo sobre as manifestações do dia 15, sobre crise do governo e a corrupção da Petrobrás eu perguntei a ele se tinha acompanhado a CPI da Dívida Pública. Então ele me respondeu: Eu lá estou falando de CPI?! Não me lembro de ter falado de CPI nenhuma! Estou falando da roubalheira... A minha intenção era dizer que apesar de ter durado mais de 9 meses e de ter uma importância ímpar nas finanças do país, a nossa grande mídia pouco citou que houve a CPI e a maioria da população ficou sem saber dela e do assunto... Portanto não quis fugir do assunto... é o mesmo assunto: é a política, é a mídia, é a corrupção, são as eleições, é a Petrobras, a auditoria da dívida pública, democracia, a falta de educação, falta de politização, compra de votos, proprina, reforma política, redemocratização da mídia, a Vale, o caso Equador, os Bancos, o mercado de notícias, o mensalão, o petrolão, o HSBC, a carga de impostos, a sonegação de impostos,a reforma tributária, a reforma agrária, os Assassinos Econômicos, os Blog sujos, o PIG, as Privatizações, a privataria, a Lava-Jato, a Satiagraha, o Banestado, o basômetro, o impostômetro, É tudo um assunto só!...
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Sobre o caso HSBC (SwissLeaks):
Acompanhando o Caso HSBC I - Saiu a listagem mais esperadas: Os Políticos que estão nos arquivos.
Acompanhando o Caso HSBC II - Com a palavra os primeiros jornalistas que puseram as mãos na listagem.
Acompanhando o Caso HSBC III - Explicações da COAF, Receita federal e Banco Central.
Acompanhando o Caso HSBC V - Defina: O que é um paraíso fiscal? Eles estão ligados a que países?
Acompanhando o Caso HSBC VI - Pausa para avisar aos bandidos: "Estamos atrás de vocês!"...
Acompanhando o Caso HSBC VII - Crime de evasão de divisa será a saída para a Punição e a repatriação dos recursos
Acompanhando o Caso HSBC VIII - Explicações do presidente do banco HSBC no Brasil
Acompanhando o Caso HSBC IX - A CPI sangra de morte e está agonizando...
Acompanhando o Caso HSBC X - Hervé Falciani desnuda "Modus-Operandis" da Lavagem de dinheiro da corrupção.
Sobre o caso Operação Zelotes (CARF):
Acompanhando a Operação Zelotes!
Acompanhando a Operação Zelotes II - Globo (RBS) e Dantas empacam as investigações! Entrevista com o procurador Frederico Paiva.
Acompanhando a Operação Zelotes IV (CPI do CARF) - Apresentação da Polícia Federal, Explicação do Presidente do CARF e a denuncia do Ministério Público.
Acompanhando a Operação Zelotes V (CPI do CARF) - Vamos inverter a lógica das investigações?
Acompanhando a Operação Zelotes VI (CPI do CARF) - Silêncio, erro da polícia e acusado inocente depõe na 5ª reunião da CPI do CARF.
Acompanhando a Operação Zelotes VII (CPI do CARF) - Vamos começar a comparar as reportagens das revistas com as investigações...
Acompanhando a Operação Zelotes VIII (CPI do CARF) - Tem futebol no CARF também!...
Acompanhando a Operação Zelotes IX (CPI do CARF): R$1,4 Trilhões + R$0,6 Trilhões = R$2,0Trilhões. Sabe do que eu estou falando?
Acompanhando a Operação Zelotes X (CPI do CARF): No meio do silêncio, dois tucanos batem bico...
Acompanhando a Operação Zelotes XII (CPI do CARF): Nem tudo é igual quando se pensa em como tudo deveria ser...
Acompanhando a Operação Zelotes XIII (CPI do CARF): APS fica calado. Meigan Sack fala um pouquinho. O Estadão está um passo a frente da comissão?
Acompanhando a Operação Zelotes XIV (CPI do CARF): Para de tumultuar, Estadão!
Acompanhando a Operação Zelotes XV (CPI do CARF): Juliano? Que Juliano que é esse? E esse Tio?
Acompanhando a Operação Zelotes XVI (CPI do CARF): Senhoras e senhores, Que comece o espetáculo!! ("Operação filhos de Odin")
Acompanhando a Operação Zelotes XVII (CPI do CARF): Trechos interessantes dos documentos sigilosos e vazados.
Acompanhando a Operação Zelotes XVIII (CPI do CARF): Esboço do relatório final - Ainda terão mais sugestões...
Acompanhando a Operação Zelotes XIX (CPI do CARF II): Melancólico fim da CPI do CARF. Início da CPI do CARF II
Acompanhando a Operação Zelotes XX (CPI do CARF II):Vamos poupar nossos empregos
Acompanhando o Governo Michel Temer
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