Site Oficial: http://www.cesweb.org/
A CES (Consumer Electronics Show) é uma feira anual realizada em Las Vegas que reúne as principais apostas do mercado de tecnologia. A edição de 2013 conta com mais de 3 mil empresas de 150 países, incluindo grandes fabricante como Microsoft, Samsung e Sony, que apresentam suas novidades. O evento aconteceu entre os dias 8 e 11 de janeiro.
Grandiosa, mas pouco inovadora
Tradicional feira de eletrônicos de consumo de Las Vegas perde importância com ausência
de algumas gigantes do mercado e falta de lançamentos. TVs 4k foram as grandes novidades
Este ano, porém, a CES, realizada na semana passada em Las Vegas (Estados Unidos), não apresentou praticamente nenhuma revolução. |
No ano passado, a Consumer Electronics Show (CES), principal feira de tecnologia de consumo do planeta, apresentou como grandes novidades a introdução dos ultrabooks (novo conceito de computadores portáteis idealizado pela Intel) no mercado, a consolidação dos tablets como aparelho queridinho de uma nova geração de usuários, com o lançamento de dezenas de modelos alternativos ao caro iPad (da Apple), smartphones cada vez mais inteligentes e rápidos, além das grandes telas de TV de altíssima definição com imagens 3D ainda mais realistas.
Este ano, porém, a CES, realizada na semana passada em Las Vegas (Estados Unidos), não apresentou praticamente nenhuma revolução. No fundo, as empresas presentes usaram a feira basicamente para mostrar alguma evolução em produtos já criados e conhecidos. Novidades mesmo, só melhorias em tais produtos propiciadas em muito graças à evolução na indústria de processadores. Diante disso, o caminho das fabricantes continua sendo o da busca por aparelhos mais finos e leves, mais rápidos e potentes e capazes de economizar energia.
Novidade mesmo e grande exemplo dessas melhorias mostradas na CES foram os televisores, equipamentos que geralmente são destaque na feira e que todos os anos dão o tom de beleza e grandeza do evento, ao integrarem os maiores e mais bem montados estandes dos centros de exposições de Las Vegas. Nomes como Panasonic, Samsung, Sony, Sharp e LG montaram espaços gigantescos e bem parecidos para exibir modelos de TVs enormes (com telas entre 55 e 85 polegadas) e com resolução de 4K (3.840 x 2.160 pixels), de altíssima qualidade. Boa parte dos modelos mostrados deve chegar ao mercado este ano, mas o difícil vai ser achar gente disposta a pagar os preços que serão cobrados. O modelo Sony de 84 polegadas, por exemplo, não sairá por menos de US$ 25 mil.
Relevância Na realidade, a falta de grandes novidades em produtos e em novas tecnologias mostra que a CES está perdendo relevância a cada ano. Robert Enderle, presidente da consultoria Enderle Group e já veterano na feira, é um dos especialistas que acham isso e aponta a debandada de empresas importantes, que preferem apostar em eventos próprios para lançar suas criações, como um dos motivos dessa queda. Este ano, por exemplo, a Microsoft não abriu a CES, algo que fazia desde 1999, e não participou da feira com a presença de outras edições. A Apple foi uma das primeiras a investir em eventos próprios, ainda nos anos 80. Ainda de acordo com o consultor, a CES vem tendo de lidar com a concorrência de feiras menores, mas que têm foco específico, como é o caso da Mobile World Congress, que ocorre em fevereiro em Barcelona (Espanha) para fabricantes de smartphones e tablets (entre outros produtos de mobilidade), e a E3, geralmente em junho, em Los Angeles (Estados Unidos), dirigida ao universo dos games.
Apesar de tudo isso, a CES ainda é uma grande feira de tecnologia, que deslumbra quem entra nos pavilhões de exposição ao mostrar grandiosos estandes e revelar belas imagens que o mundo todo acompanha. E é um espaço que a cada ano ganha a adesão de pequenas empresas, de startups que poderão definir as próximas inovações da indústria de eletrônicos. Democraticamente, a feira abre espaço para que essas empresas possam exibir, em igualdade de condições com as grandes, o que estão fazendo em termos de pesquisas e desenvolvimento de produtos.
Definição à 4ª potência
Destaque da CES, tecnologia 4K oferece
resolução quatro vezes maior que a de um aparelho full HD e é a aposta
das fabricantes de TVs para 2013. Modelos 8K também estão na pauta
Kazuhiro Tsuga, presidente da Panasonic, e Joe Taylor, executivo para a América do Norte, apresentam opção da empresa 4K de 56 polegadas |
No que depender de grandes fabricantes de televisores, o full HD está com os dias contados. A próxima aposta da indústria é o 4K, ou ultra HD (ultra-alta definição, em tradução livre). Depois de alguns anos sendo exibida em forma de protótipos em eventos de eletrônicos mundo afora, a tecnologia é a próxima aposta das grandes fabricantes e foi um dos destaques da Consumer Electronics Show (CES) de 2013, a principal feira de tecnologia de consumo do planeta, realizada na semana passada em Las Vegas (Estados Unidos).
O 4K, ou ultra HD, aumenta em quatro vezes o número de pontos de uma imagem, tornando-as mais nítidas e detalhadas. Uma televisão em 4K tem resolução de 3.840 x 2.160 pixels, enquanto o padrão full HD exibe apenas 1.920 x 1.080 pixels. Na CES 2013, os grandes nomes da indústria de televisão exibiram vários aparelhos com a tecnologia, ainda a preços impraticáveis para boa parte do mercado, mas com promessas de produtos mais acessíveis em tempo similar ao que ocorreu para a popularização das TVs HD.
A Sony, que já havia lançado uma televisão 4K de 84 polegadas no Brasil pela bagatela de R$ 100 mil, apresentou mais dois modelos, de 55 e 65 polegadas. Ambas utilizam LED e um motor gráfico, que converte imagens full HD em 4K, além de oferecer imagens 3D e acesso Wi-fi. Não há especificações sobre preços, apesar de a companhia dizer que elas devem ser apenas um pouco mais caras do que os aparelhos full HD topo de linha do mercado. Os japoneses vão investir também em uma linha de filmes em blu-ray masterizados para a nova resolução.
A Samsung apostou no tamanho: o modelo S9 terá aparelhos de 85 e de 110 polegadas, em uma moldura de metal onde ficará o sistema de som. Assim como os modelos da Sony, os aparelhos terão um processamento gráfico que converte as imagens de alta definição para o 4K. As televisões da fabricante sul-coreana contarão ainda com um processador de quatro núcleos e um sistema de interação de voz com base no S Voice, o Siri do Galaxy S III.
Já a LG, que igualmente anunciou uma televisão 4K no Brasil, por R$ 45 mil, entra na briga com mais dois aparelhos, de 55 e 65 polegadas. Os modelos também contarão com conversor de full HD para a nova resolução. A Sharp mostrou um televisor de 60 polegadas com taxa de atualização de 240hz, 3D e Wi-fi. Até a companhia chinesa Hi-Sense, que fabrica modelos intermediários e herdou o espaço da Microsoft na feira, apresentou televisores mais avançados com a tecnologia de ultradefinição.
E vem aí a 8K Enquanto o 4K dá os primeiros passos para se tornar uma tecnologia viável para o mercado, as fabricantes também deram algumas ideias sobre os rumos dos padrões que devem vir depois. O sucessor natural é o 8K, que tem resolução quatro vezes maior que a do 4K – ou seja, uma imagem 16 vezes mais nítida do que a de uma tela full HD. A Sharp, que já havia mostrado protótipos desse tipo de televisor na CES do ano passado, prometeu comercializar um aparelho de 85 polegadas com 8K, mas nem se atreve a divulgar preços.
Outro padrão que as fabricantes preveem para as televisões do futuro está em aplicar a tecnologia Oled (diodos orgânicos que emitem luz), já utilizada nas telas de smartphones, em um aparelho com resolução 4K. Na CES, LG e Panasonic apresentaram equipamentos com a tecnologia, com modelos de 55 e 56 polegadas. Por sua vez, a Sony, durante sua palestra para jornalistas especializados e convidados, exibiu um protótipo, cuja demonstração apresentou um erro em pleno palco, chegando a frustrar as expectativas dos participantes do encontro.
Tudo conectado
Uma feira de produtos eletrônicos de consumo sim, mas que mostra ano a ano que a internet é que vai comandar tudo. Na CES 2013, a internet das coisas, ou seja, equipamentos comuns que se conectam entre si, se firmou como uma tendência irreversível. Viajando pelos produtos apresentados, dá para se ter ideia de como poderá ser uma casa do futuro.
Para a sala, por exemplo, todas as TVs apresentadas pelos fabricantes oferecem recursos de conexão à internet (diretamente ou por meio de outro equipamento), e com o controle remoto o morador vai poder comandar várias funções da casa. Já para o quarto, um relógio (HAPIwatch) exibido mostra durante os dias as horas, mas à noite analisa a qualidade do sono da pessoa, além de medir situações de estresse e os batimentos cardíacos. Já um simulador de roupas instalado no corpo, da LG, ajuda na hora de experimentar modelos guardados no armário. E para a iluminação, um interruptor chamado WeMo Light Swicht possibilita o controle das luzes por meio de um smartphone equipado com Android.
A cozinha é um ambiente que tem merecido atenção especial.
A Samsung apresentou uma
geladeira equipada com sistemas Linux conectada ao Evernote (aplicativo que ajuda usuários a lembrar de tarefas). Assim, a dona de casa poderá, por exemplo, anotar pelo eletrodoméstico suas listas de compra. Outro equipamento interessante criado para o ambiente é um forno que roda Android. É o Dacor Discovery IQ Wall Oven, com tela de sete polegadas, que se conecta à internet e pode ser controlado pelo celular. E chamou muito a atenção o garfo HAPIfork, que monitora a quantidade e a velocidade das garfadas, manda as informações para o celular do usuário de forma a orientá-lo sobre os erros cometidos. E para o banheiro, a balança Smart Body Analyser apresentada, além de conferir o peso, fornece informações sobre massa de gordura, qualidade do ar e batimentos cardíacos.
Já para as áreas externas da casa, o Flower Power foi um aparelho mostrado que mede a quantidade de umidade da terra de forma a dizer quando é preciso aguar as plantas. Os dados são enviados via aplicativo próprio para iOS. Também os carros se mostram cada dia mais inteligentes e conectados. As maiores novidades apresentadas nessa área foram em aplicativos criados particularmente para sistemas de bordo. A Ford, por exemplo, aproveitou a feira para convidar desenvolvedores a criar apps inovadores que permitam inovar cada vez mais os sistemas de bordo dos veículos.
CES continua crescendo, mas perde relevância a cada ano
No meu primeiro ano, o grande hype eram as TVs 3D. Ano passado, o foco eram os tablets e ultrabooks. Neste ano, podemos destacar as incríveis TVs com resolução Ultra HD (4K), mas de uma forma geral, não houve nada especialmente marcante.
"Árvore" de ultrabooks no estande da Intel (Foto: Nick Ellis / TechTudo)
O que está acontecendo com a CES é uma tendência mundial com relação a grandes eventos. Já faz algum tempo que as grandes empresas de tecnologia deixaram de lançar seus principais produtos em grandes feiras, como a de Las Vegas, e passaram a criar seus próprios eventos, sobre os quais contam com controle total. A precursora deste movimento foi a Apple, que tem o hábito de lançar seus principais produtos em eventos próprios, e que decidiu abandonar a Macworld alguns anos atrás, esvaziando completamente o evento que havia criado para demonstrar suas criações. Vale destacar que a última participação oficial da Apple na CES foi em 1992, quando John Sculley subiu ao palco para apresentar o Newton.
Quem também prefere realizar um evento próprio é a Samsung, que realiza seu Samsung Fórum todos os anos em cada continente, reunindo a imprensa mundial. Muitas empresas também estão optando optado por lançar seus aparelhos topo de linha na Mobile World Congress (MWC) em Barcelona, um evento que tem crescido de importância e relevância a cada ano, algo que pode ser explicado por ele ser dedicado a um único nicho.
CES 2013 (Foto: Fabricio Vitorino/TechTudo)
Como os próprios números comprovam, a CES não está perdendo força, muito pelo contrário, mas em termos de qualidade e relevância das inovações apresentadas, a perda gradual que acontece a cada ano é inegável. A tendência é que a CES continue crescendo, mas acabe se tornando apenas um grande evento de vendas, nos quais os fornecedores encontram seus distribuidores. Eu pretendo continuar a cobrir a CES nos próximos anos, mas já sem maiores expectativas.
Empresa americana apresenta ‘superTV’ 4K de 110 polegadas na CES 2013
TV de 110 polegadas tem resolução 4K e custa R$ 612 mil (Foto: Reprodução / Engadget)
Segundo o site Engadget, a imagem parece "realmente boa" em uma televisão imensa como essa, que oferece ângulos de visão de 180 graus e cores bem vibrantes. Não há dúvida de que o formato 4K é a grande aposta das fabricantes para 2013. As empresas apresentaram muitos modelos com esta resolução na feira e a tendência é de que eles comecem a se popularizar em breve.
No caso deste modelo norte-americano, a TV apresentada na CES ainda era um tipo de protótipo, com a parte traseira inacabada e com muitas placas e circuitos aparecendo. A expectativa é de que as primeiras unidades para venda estejam disponíveis somente em um ou dois meses.
TV 4K da Westinghouse, com 110 polegadas; um monstro de TV (Foto: Reprodução / Engadget)
Mas se por um lado a resolução e o tamanho da tela chamam a atenção positivamente, o preço do aparelho não vai deixar muita gente satisfeita. Para quem quiser adquirir uma "superTV" como essa, será necessário desembolsar uma pequena fortuna: incríveis US$ 300 mil (R$ 612 mil, aproximadamente), e ela só será vendida por meio de pedidos especiais a partir do fim do primeiro trimestre.
Os cinco destaques tecnológicos da CES 2013
James Della Valle - Revista Veja.
A Consumer
Electronics Show 2013 (CES), a maior feira de tecnologia do mundo,
começa nesta terça-feira (8) e termina no dia 11 (sexta-feira), em Las
Vegas (EUA) - Getty Images
Tela flexível, da Samsung
A sul-coreana Samsung apresentou seu protótipo de tela flexível e sensível ao toque: Youm. Com foco em dispositivos como tablets e smartphones, a companhia afirmou que a tecnologia pode “revolucionar” o mundo da tecnologia móvel. “Nossa equipe foi capaz de fabricar uma tela de alta resolução com plástico extremamente fino em lugar de vidro. Se cair no chão, não quebra”, disse Brian Berkeley, vice-presidente do setor de telas de Samsung durante a apresentação.Project Shield, da nVidia
O Shield representa a tentativa da americana nVidia – conhecida por desenvolver processadores móveis e placas de vídeo avançadas – para entrar no mercado de consoles portáteis. O dispositivo, com tela multitoque de 5 polegadas, vem acoplado a um joystick tradicional para melhorar a experiência do jogador. Ele traz um chip Tegra 4 e roda o sistema operacional Android, do Google. “O Shield foi criado por engenheiros da nVidia que adoram jogar e imaginaram uma nova maneira de fazer isso”, disse Jen-Hsun Huang, CEO da empresa, durante apresentação do portátil.Carros sem motoristas, da Audi
A montadora alemã Audi também aderiu à tecnologia que dispensa motoristas. Durante a CES, a companhia apresentou um modelo do seu carro A7 com diversas modificações que possibilitam o controle do veículo através de smartphones e tablets. Basta ativá-lo com a ajuda de um aplicativo e esperar até que ele chegue até você. Guiado por lasers, o protótipo é capaz de identificar possíveis obstáculos ao seu redor. O sistema também utiliza informações de scanners localizados na rua, criados especialmente para auxiliar na condução automática do carro.Steam Box: o console da Valve
A Valve ficou conhecida no mercado por ter lançado dois games: Half-life e Team Fortress. Os títulos ajudaram a empresa a crescer e criar o sistema de distribuição digital de jogos conhecido como Steam. Após firmar sua posição nesse mercado, a companhia decidiu dar mais um passo ao criar um console capaz de rodar todos os títulos presentes em sua plataforma de distribuição – exclusiva para computadores. O projeto Steam Box, apresentado na CES, pode ser o incentivo que os desenvolvedores necessitam para apostar ainda mais nos games para PC.TVs da Samsung
As TVs de ultradefinição, conhecidas como 4K, charam muita atenção na CES em 2013. Mas os modelos da série Easel, da sul-coreana Samsung, mereceram destaque pelo tamanho e design. A companhia apresentou versões de 85, 95 e 110 polegadas, que ficam penduradas em uma armação metálica – o que permite o ajuste de ângulo por parte do usuário. Nos próximos meses, a mais barata, com 85 polegadas, poderá ser encontrada no mercado por preços a partir de 30.000 dólares.Entrevista: Jen-Hsun Huang, CEO da NVIDIA
Conversamos com o executivo responsável pela NVIDIA, uma das empresas que mais se destacaram na CES 2013.(Fonte da imagem: Baixaki/Tecmundo)
Entre as empresas que trouxeram novidades para a CES 2013, certamente uma das que mais se destacaram no evento deste ano foi a NVIDIA. A companhia apresentou o Tegra 4, o Shield e o Grid, mostrando projetos ambiciosos e lançamentos importantes para os próximos anos.
Em uma coletiva restrita a poucos membros da imprensa internacional, o Tecmundo conversou com Jen-Hsun Huang, CEO da NVIDIA. Ele falou sobre as expectativas da empresa para os próximos anos e apontou os caminhos de desenvolvimento que a indústria deve seguir em um futuro breve.
Tegra 4: evolução natural
Criar tecnologias de aperfeiçoamento gráfico sempre foi uma das principais diretrizes da NVIDIA. Por conta disso, o foco no desenvolvimento de hardware que permita imagens com qualidade cada vez melhor continuará presente nos próximos investimentos da companhia.(Fonte da imagem: Baixaki/Tecmundo)
O principal avanço que o Tegra 4 traz para os smartphones é a capacidade de capturar imagens em HDR em questão de segundos. “Uma imagem HDR trabalha com duas fotografias, uma superexposta e outra subexposta. Por conta dessa demora entre os dois disparos, agilidade em fotos HDR não era possível até então”, explica.
“O Tegra 4 permitirá reduzir esse tempo, dando ainda mais força para a era da fotografia computacional. Nesse caso, a GPU é utilizada para fazer rapidamente uma fusão entre as duas imagens”, afirmou. Jen-Hsun confirmou ainda que a NVIDIA levará um novo Tegra para o mercado a cada ano, numa evolução natural e contínua.
Shield não é um concorrente para os consoles
Depois da apresentação do Shield, na CES 2013, muitos ficaram com a impressão de que pela primeira vez a NVIDIA estaria disposta a bater de frente com as empresas fabricantes de consoles. Jen-Hsun deixou claro que esse não é o objetivo.(Fonte da imagem: Baixaki/Tecmundo)
“Pense em um smartphone Galaxy S3. Você pode ler livros nele? Pode. E por qual motivo você acaba preferindo um tablet para consumir esse tipo de conteúdo? Por duas razões: primeiro para preservar a bateria do smartphone e segundo porque aquele não é o dispositivo perfeito para isso, mas o tablet é”, explicou.
Com o Shield, a NVIDIA espera que os consumidores sejam capazes de criar a mesma analogia, mas para games. “Você pode jogar em um Galaxy S3? É claro que sim. Mas apostamos que as pessoas vão querer um dispositivo voltado para esse fim, com um controle mais acessível, e é visando esse público que apostamos no Shield”, completa.
Hardware e software caminhando juntos
Essa será também a primeira vez que a NVIDIA terá o seu próprio hardware dialogando com um software próprio. Esse sistema em questão é o Grid, que permitirá o acesso via Shield (um dispositivo com Android puro) a jogos para PC, inclusive os disponíveis em sua conta no Steam.(Fonte da imagem: Baixaki/Tecmundo)
“Estamos levando para um portátil a experiência de poder jogar seus games preferidos para PC, podendo a qualquer momento também projetá-los na TV. Essa integração é algo inédito até então”, define o CEO.
Para o futuro, Jen-Hsun já projeta as próximas versões do Shield, que deverão apresentar melhorias de hardware e software, mas sem deixar de lado tudo aquilo que você já comprou. “No Shield 3, por exemplo, você ainda terá todo o seu conteúdo acessado no Shield 1, porque isso é para sempre”, defende.
Como exemplo contrário ele cita o PlayStation 3, da Sony: por ser um console dedicado, com o passar do tempo os jogos antigos deixam de ter compatibilidade, fazendo com que o consumidor acumule jogos que não poderão ser utilizados novamente.
Resumo: conferência da NVIDIA na CES 2013
A abertura das apresentações não poderia ser melhor. Repleta de surpresas, descubra o que a NVIDIA andou aprontando na CES deste ano.No início, o taiwanês começou falando sobre o crescimento e a disseminação cada vez mais concisa da computação em nuvem, também conhecida como cloud computing. Para ele, esse conceito de acessar conteúdos de diferentes lugares já não é mais uma tendência — e sim um fato —, citando alguns casos de sucesso, como o iTunes da Apple.
Servidores da pesada!
Essa introdução serviu como uma brecha para que o presidente da NVIDIA jogasse ao público a ideia de que, além de músicas, filmes e podcasts, os jogos também seriam conteúdos de muito interesse para quem usufrui da computação em nuvem.Após realizar algumas menções para o fato já conhecido de que os PCs possuem maior poder de processamento gráfico do que os consoles, Huang revelou a primeira novidade da noite: o NVIDIA Grid.
(Fonte da imagem: Reprodução/Tecmundo)
O equipamento consiste em uma arquitetura de streaming de games, ou seja, ele viabiliza que você jogue seus títulos de diferentes computadores – evitando aquela velha complicação de que a sua máquina não possui a configuração necessária para rodar os games mais pesados da atualidade.
Outro ponto positivo disso é que os jogadores podem continuar a jogatina do ponto em que pararam sem ter que ficar carregando arquivos de save em pendrives, por exemplo. Embora a ideia não seja algo realmente novo, essa solução da NVIDIA espanta pela capacidade de processamento, graças a um rack com 20 Grid – o que corresponde a 200 teraflops (ou 700 Xbox 360).
Como demonstração, Jen-Hsun Huang executou o game Trine 2 através da nuvem, com o suporte do Grid, e o resultado agradou a quem estava no evento.
Tegra 4 veio para arrebentar
Em seguida, dessa vez sem tantas delongas, o CEO da empresa anunciou o tão esperado Tegra 4. A quarta geração do processador para equipamentos portáteis chegou para tentar desbancar a concorrência com 72 núcleos de processamento gráfico e 4 núcleos da CPU A15, além de um modem 4G LTE embutido.Com o seu novo componente, a NVIDIA espera provar que é possível ir além do que consiste o atual potencial de processamento dos gadgets. No quesito velocidade, o Tegra 4 parece ser um páreo duro para a concorrência. Em um teste, um tablet com o novo processador bateu com facilidade o poderoso Nexus 10.
(Fonte da imagem: Reprodução/Tecmundo)
Enquanto o produto da Google levou 50 segundos para abrir 25 páginas únicas da internet e com tráfego pesado de dados, o equipamento dotado do Tegra 4 fez o mesmo processo em apenas 27 segundos. Além disso, esse mesmo aparelho superou o Kindle Fire HD, o Droid DNA e o iPad 4.
Mais do que apenas melhorias em velocidade de processamento de dados, todo esse poder do Tegra 4 também pode trazer benefícios para outros componentes dos eletrônicos, como a câmera. Usando um protótipo de tablet, Huang mostrou que a CPU é capaz de interferir na qualidade de captura de imagem, promovendo movimentos mais rápidos do obturado – o que diminui a exposição à luz e promove imagens mais fiéis.
O CEO da NVIDIA revelou que as arquiteturas adotadas atualmente operam com uma velocidade que gira em torno de 2 segundos por frame. Com o “one shot HDR“ oferecido pelo Tegra 4, essa taxa chega a 0,2 segundo por frame (valor 10 vezes menor). O orador exibiu algumas comparações, e a nitidez promovida por esse mecanismo foi aparente.
Meio tempo mais morno
Lá pelos meados da apresentação, os assuntos abordados ficaram um pouco mais mornos. Jen-Hsun Huang comentou brevemente sobre o bom retorno e relativo sucesso do Tegra Zone, o serviço da empresa pelo qual você pode descobrir e saber mais sobre os melhores jogos para Android otimizados para seu smartphone com processadores da NVIDIA.Além disso, ele comentou, também de maneira mais sucinta, o avanço do modem de comunicação de dados i500 – o qual é capaz de realizar até 1,2 trilhões de operações por segundo. O fato de ser 40% menor do que os componentes convencionais também foi destacado pelo taiwanês.
A surpresa da noite
Enfim, surgiu a grande surpresa da noite: o Projeto Shield. O protótipo é um console portátil que visualmente é uma mistura dos controles do Xbox 360 com o do Wii U. Todavia, em seu cerne, ele executa o Android – embora a princípio ele esteja sendo desenvolvido para plataformas abertas e não tenha restrições de ser adotado por outras.Não foram revelados valores ou sequer previsões de lançamento, afinal ele ainda é um protótipo. Mesmo assim, o Shield impressionou por sua robustez e parece que vai dar trabalho para o Nintendo 3DS e PlayStation Vita.
(Fonte da imagem: Reprodução/Tecmundo)
Além de contar com o Tegra 4, esse dispositivo tem baterias com duração prolongada (promovendo jogatinas ainda mais longas), um sistema de áudio desenhado especificamente para ele com o chamado Custom Bass Reflex, botões e gatilho aprimorados para proporcionar maior precisão e sensibilidade e tela multitouch de 5 polegadas com resolução de 720p.
Outros atrativos do Shield ficam por conta da carcaça traseira personalizável, a possibilidade de permitir partidas online entre dois jogadores de forma muito fluida e a integração com computadores, possibilitando que o usuário acesse arquivos e jogos – inclusive aqueles adquiridos pelo Steam.
No momento da demonstração desse recurso, Jen-Hsun Huang passou apuros, pois a funcionalidade não queria operar corretamente. Quando ele estava quase desistindo, o seu colaborador e assistente no palco conseguiu fazer com que o Shield realizasse a conexão desejada. Ao fim, o CEO da NVIDIA disse que o futuros dos jogos é “wide open”, ou seja, você joga contra outro jogadores, e os demais amigos podem assisti-los.
Videogames da CES 2013 querem fazer gamer de PC jogar na TV
Computadores voltados para jogos trocam teclado e mouse pelo joystick.
Videogames da feira serão rivais do PlayStation, Xbox e Wii.
Os novos 'videogames' que prometem rivalizar com os atuais consoles (Foto: Divulgação)
Eles não têm a mesma popularidade do PlayStation 3, do Xbox 360 e do
Wii, mas os computadores voltados para quem joga games prometem
abandonar o teclado, o mouse e o monitor e passar a usar joystick e a TV
– e, às vezes, nem isso.Na feira de tecnologia Consumer Electronic Show (CES) 2013, a fabricante de placas de vídeo para computadores Nvidia apresentou o Shield, um portátil que promete unir a precisão de um joystick com a mobilidade de um console portátil; o Piston, um mini-PC, quer levar o serviço de compra de games digitais para computadores Steam para a TV; a fabricante de acessórios Razer apresentou um tablet com manoplas e botões para jogar games com maior precisão; e a Archos apresentou um portátil com sistema Android com controles em um design que lembra o PlayStation Vita.
O G1 montou uma lista com os videogames que podem rivalizar com os consoles de Sony, Microsft e Nintendo:
Detalhe da disposição de botões do Project
Shield, videogame que é o próprio joystick
(Foto: Divulgação)
1 – Shield, da NvidiaShield, videogame que é o próprio joystick
(Foto: Divulgação)
Apresentado como um videogame portátil, o Shield, da criadora de placas gráficas Nvidia, quer ser uma opção para os gamers de PC jogarem longe do computador. Ele é um console portátil no formato de um joystick – o design lembra o controle do Xbox 360 – com todos os botões de ação e com uma tela sensível ao toque de cinco polegadas. Esta tela se fecha para facilitar o transporte do videogame.
O Shield usa o novo processador para dispositivos móveis da Nvidia, o Tegra 4. O poder do chip, segundo a empresa, permite criar jogos para o sistema Android, usado no dispositivo, com qualidade suficiente para se equipararem aos títulos do PS Vita.
O grande destaque, contudo, é a possibilidade de jogar os games que o usuário tem instalados no PC na telinha do Shield. Por meio de uma rede local sem fio – em princípio, não é possível jogar os games de PC à distância, por meio de internet – os games são processados no computador e a imagem é enviada para o portátil. Desse modo, o aparelho já nasce com uma grande biblioteca de títulos que podem ser jogados normalmente. Mas, para poder usar esta função, é necessário ter uma placa de vídeo da companhia instalada no computador.
A Nvidia não revelou o preço e a data de lançamento do Shield, apenas que ele chega ao mercado ainda em 2013.
'Project Shield' é videogame portátil da fabricante de placas Nvidia (Foto: Divulgação)
Piston quer levar games de PC, comprados no
Steam, para a TV (Foto: Divulgação)
2 – Piston, da ValveSteam, para a TV (Foto: Divulgação)
A criadora da loja virtual de jogos para PC Steam e dos jogos "Half-Life" e "Portal" quer ter um videogame próprio – com o nome de Steam Box, segundo rumores – que, obviamente, rode a sua plataforma de compras e seus jogos na televisão. A empresa não anunciou o tal console, mas apresentou o Piston, na CES 2013.
Criado em parceria com a empresa Xi3, o videogame, na verdade, é um computador muito pequeno mas com configurações poderosas para rodar os jogos mais modernos de PC no televisor, conectando-o por meio de um cabo HDMI. Os mais fanáticos podem atualizar o aparelho com componentes mais atuais com o passar do tempo. Ele tem sistema operacional Linux, mas a Valve diz que o usuário poderá instalar o sistema que desejar. As configurações do Piston não foram reveladas.
Gabe Newell, fundador da Valve, diz que ele não será o único aparelho da empresa. Ele disse em entrevista ao site "The Verge" que conversa com diversas fabricantes para que, ainda em 2013, outros dispositivos Steam Box sejam lançados. O objetivo, segundo ele, é ter um console que tenha preços competitivos.
O Piston em detalhes - será possível conectar periféricos tradicionais de PC (Foto: Divulgação)
Detalhe de um dos lados do controle do
tablet Edge (Foto: Divulgação)
3 – Edge, da Razertablet Edge (Foto: Divulgação)
Um dos principais pontos negativos de se jogar games em tablets é que os toques na tela não oferecem a mesma precisão de um joystick, e os dedos atrapalham a visão da ação. O Edge, da Razer, quer mudar este cenário apresentando dois manches nas laterais do tablet com botões e manoplas para controlar os jogos.
De acordo com a fabricante, o Edge tem tela de 10 polegadas sensível ao toque, usa processador Intel e placa gráfica da Nvidia. Em vez do sistema Android, ele usa Windows 8, podendo rodar desde os jogos mais simples da Windows Store até os títulos de PC tradicionais. Para garantir que o tablet seja portátil, os controles podem ser desacoplados.
A Razer venderá dois modelos do Edge: o "padrão", com processador Intel i5, placa gráfica Nvidia GT640M LE GPU, 4 GB de RAM e um disco SSD de 64 GB para armazenamento; e o "Pro", com processador Intel i7, placa Nvidia GT640M LE GPU, 8 GB de RAM e disco SSD de 128 GB ou 256 GB. Os dois modelos estarão disponíveis nos Estados Unidos e no leste da Ásia no primeiro trimestre de 2013 com preços a partir de US$ 1 mil.
Tablet Edge é voltado para gamers (Foto: Divulgação)
GamePad da Archos é feio, mas roda toda a
biblioteca de games para Android (Foto: Divulgação)
4 – GamePad, da Archosbiblioteca de games para Android (Foto: Divulgação)
O menos conhecido, e mais feio, dos videogames da CES é o GamePad. Com uma tela de 7 polegadas sensível ao toque e botões para controlar os jogos, ele lembra o PS Vita, portátil da Sony. Entretanto, roda sistema Android, rodando os milhares de jogos da loja virtual do Google.
Ele possui um processador modesto, com 1,5 GHz e dois núcleos, inferior aos concorrentes, mas a Archos acredita que os controles possam ser o diferencial do dispositivo. Por conta disso, foi desenvolvido um sistema que mapeia automaticamente os jogos voltados para telas sensíveis, levando os comandos que seriam usados ao tocar na tela para os direcionais e botões.
O aparelho deve chegar aos EUA no início de 2013 por cerca de US$ 200.
Imagem do Ouya, console de plataforma
aberta (Foto: Divulgação)
Após arrecadar US$ 9 milhões no site de financiamentos Kickstarter, o Oya se tornou realidade. O aparelho que também roda o sistema Android e jogos da loja Google Play chega em março de 2013 aos EUA e será vendido por US$ 100.
Ele é um pequeníssimo videogame que é conectado à TV e tem um controle sem fio. Ele será equipado com o chip Tegra3 de quatro núcleos da Nvidia, tem 1 GB de RAM e 8 GB de memória interna.
Além dos jogos, o aparelho, que entre os desenvolvedores estão Ed Fries, ex-executivo da Microsoft e Yves Behar, do projeto "um notebook por criança", roda filmes e músicas.
Controle do videogame GameStick; o console,
ao ser guardado, fica acoplado na parte inferior
do joystick (Foto: Divulgação)
A fabricante de acessórios eletrônicos PlayJam anunciou o GameStick, videogame do tamanho de um pen drive e é conectado no televisor na entrada HDMI – para imagem e energia – e tem um controle sem fio para controlar os games.
Ele roda sistema Android e roda os games da loja Google Play, para smartphones e tablets, na TV. Após jogar, o controle se abre e mostra um espaço para guardar o videogame. O joystick possui a conexão sem fio Bluetooth.
O GameStick roda sistema operacional Android Jelly Bean, tem um processador Amlogic de dois núcleos e deve ser vendido por cerca de US$ 80. A previsão da PlayJam é lançar o videogame em abril caso alcance US$ 100 mil de fundos em um site de investimentos.
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