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sexta-feira, 30 de dezembro de 2016

Adeus 2016(Volte para as profundezas de onde veio). Feliz 2017.



Milonga do Xeque-Mate
Humberto Gessinger

Um peão no tabuleiro
Um cavalo em disparada
Na caçamba da pick up
As lembranças da estrada

Quatro torres no castelo
Um lamento em cada canto
Quatro rodas tracionadas
Para sempre por enquanto

Afinal quem é a peça
E quem é o jogador?
Quem perdeu a sua chance
Qual foi o lance vencedor?

Um movimento: Xeque-mate
Silêncio esclarecedor
Poeira levantando
Levando o ronco do motor

Grito preso na garganta
Canta o rádio da pick up
Procurar outros destinos
Pra que a vida não escape

Afinal quem é a peça
E quem é o jogador?
Quem perdeu a sua chance
Qual foi o lance vencedor?

Um rei, uma rainha
Defendendo seu reinado
Cada um com sua cor
Sua corte, seu quadrado

Numa noite sem tamanho
Um rebanho no abate
Olho no retrovisor
Agora fora de combate

Afinal quem é a peça
E quem é o jogador?
Quem escolhe o caminho
Quem caminha ao sabor

Dos ventos e tempestades
Do movimento das marés
Da força da gravidade
Que nos prende pelos pés

Afinal quem é a peça
E quem é o jogador?
De quem era o coração
Conservado em isopor?

A mão que move o destino
Peça que move o jogador
Oferece o mate amargo
Pra matar a solidão

Pra matear ali solito
Gosto amargo da distância
Até que a vida nos separe
Da nossa humilde arrogância

Quem se joga nesse jogo
Faz da regra liberdade
Faz valer o seu valor
Quem se joga de verdade

Afinal quem é a peça
E quem é o jogador?
Quem perdeu a sua chance
Qual foi o lance vencedor?

Afinal quem é a peça
E quem é o jogador?
Quem perdeu a sua chance
Quem fez o lance vencedor?

Afinal quem é a peça
E quem é o jogador?

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Começo o post, como ano passado, com uma música do Humberto Gessinger...
Talvez represente bem esse ano...
Quem é a peça?
Quem é o jogador?

A diferença é sendo jogador, você escolhe qual é o próximo passo do caminho que você tem que seguir para conquistar a vitória. 

Sendo peça você também dá o próximo passo, porém quem escolheu esse movimento foi outro protagonista que não você.

Quem é a peça?
Quem é o jogador?

A mão que move o destino
Peça que move o jogador

A música do Humberto Gessinger sugere que de vez em quando quele que você acha que é um jogador é apenas uma peça movida pelo verdadeiro jogador que você achava que era uma peça...


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Como Epílogo de um ano que podemos chamar "dos diabos" temos a morte de Carrie Fisher, a Princesa Leia de 'Star Wars', levando em consideração o público inicial desse blog (antes de começar o "Especial: É tudo um assunto só", quando eu percebi que eu teria de deixar de ser peça e virar um jogador de alguma forma ), formado por Nerds como eu, a princesa Leia é um ícone!

5 razões para entender por que a Princesa Leia é um ícone pop

O público do Blog mudou um pouquinho, antes com média de 1000 visitas por mês, agora(nos últimos 4 meses) com média de 8000 visitas, não posso falar que tenho um público Nerd.

Para 2017, pensei em separar o É tudo um assunto só, do JogosDinheiroInternet.
Pelo menos um site separado ele vai ter:

https://sites.google.com/view/etudoumassuntoso

Separar o blog ainda não...
Para evitar aquele efeito bolha da internet, já alertado pelo Rafinha Bastos, pelo Ano Zero, pelo Gregório Duvivier e pela comunidade Nerd que entende de como funciona os algorítimos de pesquisa do Google e a linha do tempo do facebook.
É bom ter um local que misture tudo.
Vou então manter o blog na tentativa de "furar bolhas" e separar o "É tudo um assunto só", num site só dele para melhor organização apenas.

Ao final do ano de 2015, apesar da catástrofe do Vale do Rio Doce, da ainda ameaça de golpe, do cenário de crise econômica e política do país eu entrei o ano de 2016 com bastante esperança, como mostra o post
http://jogosdinheirointernet.blogspot.com.br/2015/12/feliz-natal-prospero-ano-ano-2015-2016.html.

Naquele post eu comemorava as 30.000 visualizações do Blog no ano e me mostrava otimista com o ano que começava...

Esse ano, mais que dobrei as visualizações, para 69.000, e estou me sentindo péssimo.
Nem aquele otimismo normal de fim de ano me contagiou...

Nesse ano passei a adotar essa imagem:

como símbolo do "Especial: É tudo um assunto só"

Esse 2016 deveria voltar para as profundezas dos infernos de onde ele veio e levar esse meu pessimismo junto...

2016 podemos chamar do ano que poderia ter sido, mas não foi...
Não esperem de mim o mesmo que fez o Rafinha Bastos, que ficou rebolando para encontrar fatos positivos para o ano de 2016. Eu pessoalmente estou sentindo-me péssimo...


Décadas e décadas de espera e finalmente o futebol brasileiro ganhou medalha de ouro nos jogos olímpicos.
Poderia ser considerado o fato do ano, se não fosse um ano tão atribulado.

Depois de décadas de carreira, várias indicações derrotadas, Leonardo di Caprio finalmente ganhou o Oscar de melhor ator pelo filme O Resgate, que não foi nem o seu melhor filme, nem sua melhor atuação, mas foi a que te deu finalmente o Oscar...
Poderia ser considerado o fato do ano, se não fosse um ano tão atribulado.

http://jogosdinheirointernet.blogspot.com.br/2016/01/lista-de-indicados-ao-oscar-2016-ficha.html
http://jogosdinheirointernet.blogspot.com.br/2016/02/vencedores-oscar-2016-comentarios.html

No dia seguinte ao Oscar do Di Caprio, foi um dia 29 de fevereiro (todo ano de Olimpíadas possui o dia 29 de fevereiro), muita gente aproveitou o dia extra do ano para celebrar o dia Feliz sem a Rede Globo (#FelizSemGlobo)
Poderia ser considerado o fato do ano, se não fosse um ano tão atribulado.

Como tinha previsto um vidente a um ano atrás, caiu um avião com um time de futebol e a equipe inteira morreu, 71 vítima entre jogadores atuais, veteranos, jornalistas, comissão técnica e tribulação. A maior tragédia do futebol e do esporte brasileiro de todos os tempos.
Poderia ser considerado o fato do ano, se não fosse um ano tão atribulado.
http://jogosdinheirointernet.blogspot.com.br/2016/11/amos-vamos-chape-melhores-imagens-e.html

Podemos falar também que foi neste ano que os Estados Unidos escolheu um personagem dos Simpsons para governar seu país(a maior potência econômica, bélica e influência cultural do mundo) por (pelo menos)4 anos.
Poderia ser considerado o fato do ano.

Com 50 anos de idade, fazendo ginástica de baixo impácto na piscina morreu de ataque cardíaco o cantor mineiro Vander Lee.
Poderia ser considerado o fato do ano.

http://jogosdinheirointernet.blogspot.com.br/2016/08/morre-aos-50-anos-o-cantor-vander-lee.html

Pessoalmente eu senti mais essa morte do que a da princesa Leia. Ou do David Bowie, Umberto Eco, Fidel Castro, Prince, George Michel, Elki Maravilha ou outras personalidades que morreram em 2016
( http://noticias.uol.com.br/album/2016/12/27/mortes-de-2016.htm )

No ano de 1990, a cantora Patrícia Marx que na época chamava-se apenas Patrícia, lançou uma música chamada "Meus ídolos" citando 4: Michel Jackson, Prince, George Michel e Tom Cruise.


O Michel Jackson já tinha ido. Esse ano foram mais dois... Sobrou só o Tom Cruise.


Ela própria, Patrícia Marx, minha "ídala" de infância, foi uma das personagens do ano.
Recentemente na sua conta do Facebook ela anunciou que está se separando e no meio do ano ela deu uma forte entrevista, primeiro na Veja, depois várias em vários lugares, revelando que foi assediada por produtores e apresentadores enquanto ainda criança...



Outra morte marcante nesse ano, repercutida aqui nesse espaço foi a morte do policial civil mineiro Lucas Gomes Arcanjo, encontrado suicidado na sua casa, depois de três tentativas de assassinato, depois de sua irmã ser alvo de tentativa de assassinato...
Ele nas redes sociais denunciava vários esquemas de corrupção de gente graúda.
O Post informando a morte dele foi parar no Especial: É tudo um assunto só...

http://jogosdinheirointernet.blogspot.com.br/2016/03/in-memorian-lucas-gomes-arcanjo.html

E para terminar a seção de pessoas que o ano de 2016 levou embora e que foi repercutida aqui com muito pesar (e que também foi parar no Especial: É tudo um assunto só) foi do Economista Adriano Benayon, no dia 11/05, no dia exato em que foi revogado o voto popular e iniciou depois de mais de 2 décadas, mais um governo sem voto popular no Brasil. No post que repercuti sua morte eu disse "que escolheu esse emblemático dia para ir... (não sei se foi ele quem escolheu ou quem foi...)"

http://jogosdinheirointernet.blogspot.com.br/2016/05/tres-decepcoes-num-dia-so.html
http://jogosdinheirointernet.blogspot.com.br/2016/05/in-memorian-adriano-benayon.html

E escolhi a música Dom Quixote para representar a luta que ele escolheu em vida.
Esse é outro que escolheu ser um jogador ao invés de continuar sendo peça...

Mas o que ficará para os livros de histórias para nós brasileiro é aquele histórico circo de horrores do dia 17/04/2016.

Aquele golpe ao vivo, num domingo a tarde, no lugar do Faustão, animado pelo Eduardo Cunha, com certeza foi o auge do ano e é o que ficará para a história nacional.
O primeiro golpe transmitido ao vivo, o de 64 foi gravado o áudio, mas não foi transmitido ao vivo.
Até porque os atores não estavam unicamente na Câmara...

http://jogosdinheirointernet.blogspot.com.br/2016/04/golpe-ao-vivo-valeu-cunha-circo-de.html

Talvez esse show de horrores seja o maior motivo para esse sentimento de pessimismo que o ano de 2016 deixou.



Relendo agora o que escrevi no dia seguinte, na depressão e tristeza do momento, termino meu texto assim:

"O tempo dirá quem está certo...."

A dúvida seria sobre o futuro da nação, que vinha-se desenhando via ameaças caso o golpe fosse consumado.
Eu duvidava da queda também do Eduardo Cunha, que deu-se pouco mais de um mês depois do serviço concluido através de uma liminar do STF do Teori Zavaski:

" Como sabemos, o regime democrático, analisado na perspectiva das delicadas relações entre o Poder e o Direito, não tem condições de subsistir, quando as instituições políticas do Estado falharem em seu dever de respeitar a Constituição e as leis, pois, sob esse sistema de governo, não poderá jamais prevalecer a vontade de uma só pessoa, de um só estamento, de um só grupo ou, ainda, de uma só instituição. Na realidade, impõe-se, a todos os Poderes da República, o respeito incondicional aos valores que informam a declaração de direitos e aos princípios sobre os quais se estrutura, constitucionalmente, a organização do Estado."

http://jogosdinheirointernet.blogspot.com.br/2016/05/tres-numa-noite-so.html

Eu duvidava que isso aconteceria, mas o Juca Kfouri no mesmo sentimento de tristeza escreveu:

"É bem possível que, como aconteceu com Dilma Rousseff que não governou desde que foi reeleita porque a oposição não deixou, Michel Temer também não governe porque os movimentos sociais não deixarão.

 Protestos, greves, ocupações, manifestações, é de se prever que o país continue convulsionado, num cenário nada propício a botar ordem na casa."

As ocupações ocorreram, estão aí até hoje e foram minimizadas com a queda do Cunha.
Com o Renan, aí não... Esse Senador que na Odebrecht tem o apelido de Justiça, esse é mais difícil.

Aí vem aquele questionamento do Humberto na música que escolhi para abrir o Post:
Quem é a peça? Quem é o jogador?
Eu achava que o Eduardo Cunha era um dos jogadores, e foi até que proferiu o voto Sim para o Impeachment com a frase:
"Que Deus tenha a misericórdia desse País"

E depois do trabalho feito... virou peça...
Peça nas mãos de qual jogador?

Não sei a resposta ainda, somente palpites.
http://jogosdinheirointernet.blogspot.com.br/2016/09/a-pls-2042016-junto-com-pec-241-2016.html


Talvez possamos dividir o ano entre antes e depois desse circo de horrores do golpe ao vivo...
(Como fez o Paulo Henrique Amorim)


Dias antes desse auge, era dia de um jogo do Galo na Libertadores, foi vazado vários áudios do Lula, seus advogados e incluindo conversa com a presidenta(e) afastada Dilma Rousseff.

Nesse dia não teve novela, o jornal nacional durou todo o horário da novela, invadiu o início do jogo da Libertadores e o Oligopólio Cartelizado dos meios de comunicação não transmitiu o primeiro gol do Galo que foi no início do jogo...

No dia seguinte eu escrevi aqui que não era hora de sair tirando conclusões, era hora de ouvir os acontecimentos com atenção para poder contar a historia depois:

http://jogosdinheirointernet.blogspot.com.br/2016/03/muito-parecido-porem.html

Nesse post eu mostro o dia que o Ex-marido da Patrícia Pilar, saiu de madrugada para defender o irmão que estava sendo hostilizado na porta de casa depois de meia-noite, uma das muitas e muitas manifestações violentas ocorridas durante o ano...
Eu tenho divulgado as histórias que esse cearense nascido em São Paulo tem contado nas universidades, rádios e TVs públicas pelo país a fora, e a novidade é que eu tenho que parar de falar essa última frase. Reforço o  "universidades, rádios e TVs públicas", porque são os únicos espaços que aqueles que são contra os Oligopólios Cartelizados da Mídia e dos Bancos tem para contar suas histórias e esse ano ele deu entrevista na Globo, vejam só!!
Claro, só depois do golpe consumado.

http://jogosdinheirointernet.blogspot.com.br/2016/06/atualizado-as-historias-do-ex-marido-da.html
http://jogosdinheirointernet.blogspot.com.br/2016/06/ciro-gomes-x-spotniks-round-two.html
http://jogosdinheirointernet.blogspot.com.br/2016/08/ano-zero-atualizacao-de-julho-do-post.html
http://jogosdinheirointernet.blogspot.com.br/2016/10/atualizacao-do-post-as-historias-do-ex.html
http://jogosdinheirointernet.blogspot.com.br/2016/11/roda-viva-da-politica-nacional.html

 Antes ainda desse dia, o ex-presidente-e-futuro-preso Lula foi levado coercitivamente para depor em um aeroporto! A história foi meio mal contada, dizem que ele seria levado para Curitiba, mas a intervenção e a grita de alguns impediram ele de tomar o voo, então foi "entrevistado", quer dizer, tomado o seu depoimento alí no aeroporto mesmo. "Coincidentemente" foi no dia seguinte de uma matéria da Isto é mostrando parte da Delação premiada do Delcídio do Amaral. que depois foi integralmente mostrado pelo Ministro do STF Teori Zavaski, toda essa história contada com uma certa pitada de humor e juntado informações do Livro a "a Privataria Tucana"  aqui:

http://jogosdinheirointernet.blogspot.com.br/2016/03/depoimento-do-lula-nunca-antes-nesse.html

O legal foi ver o pastor Malafaia apoiando o tal depoimento coercitivo para o Lula, e meses depois quando chegou a vez dele depor, quando ele era suspeito de usar as suas contas para lavar dinheiro sujo de empreiteiro ele ficou bem nervosinho!!


Isso tudo foi introdução ao dia de horrores. O STF esse ano ganhou grande holofotes, talvez só comparáveis aos anos do julgamento do mensalão e da Operação Satiagraha(promessa de fim de ano do ano passado não cumprida por mim).

No início do ano, depois daquele jantar do poder econômico com o poder político com o poder judiciário. Quem alí é peça? Quem é jogador?  

O STF ameaçou caçar chapa, caçou o presidente da câmara, ameaçou a caçar o do Senado também, mas voltou atras...  Só lavou a mão mesmo na hora de analisar juridicamente o relatório de Acusação do AAA o que poderia evitar o Golpe.


Que era a função dele, era isso o que o STF teria que fazer em 2016 e não fez... Como tem dito o Ex-marido da Patrícia Pillar nas universidades e TVs públicas pelo Brasil, o judiciário tem sido o poder que mais tem faltado ao país. (ele tem repetido essa frase que é de Rui Barbosa)

O que?
Não entendi, fala de novo...
Ah!! Você não acha que foi golpe?!

Acorda! Foi Golpe!
Na verdade foi Golpe.
Somente na pós-verdade é que foi impeachment legítimo.


O papel do STF e de outras peças/jogadores do jogo de poder foi analisado de forma muito interessante e didática no tutorial Jogos de Poder, montado pelo site/associação Justificando
http://justificando.cartacapital.com.br/ que antes de terminar o ano anunciou a parceria com a Carta Capital para juntarem forças e um abrigar o conteúdo do outro.

A série/tutorial Jogos de Poder foi acompanhada pelo blog, indico assitir a série a todos aqueles que querem se auto-denominar politizados. Algo do tipo:
-Eu sou uma pessoa politizada.
-Você já viu a série de vídeos "Jogos de Poder" do Justificando?
 -Não, nunca vi esses vídeos não...
-Então você não é politizado porra nenhuma!


Essa perseguição doentia ao Ex-presidente-futuro-presidiário-Lula, teve seu auge na apresentação da denuncia  contra ele pelo ministério público quando ele foi acusado de ser chefe de uma organização criminosa, sem provas mas com convicção, e para transmitir a convicção para o restante da população eles fizeram uma bela apresentação em PowerPoint.
Nunca antes na história desse país um ex-presidente foi preso com uma apresentação em PowerPoint.
O cientista político mineiro Rudá Ricci soltou nas redes sociais a seguinte frase:

"A convicção é a prova que faltava!!!"



E como resposta à essa perseguição houve o nascimento da campanha: Um Brasil justo para todos.
Mas essa campanha, teve muita gente que não viu...


Bom,  separando o ano em antes-e-depois do circo de horrores do dia 17/04/2016, iniciou-se o mandato do presidente Temer, o pequeno.
Primeiramente de forma provisória por até 180 dias e depois de forma definitiva até as próximas eleições em 2018, salvo mais coisas semelhantes com o golpe de 64.

Temos hoje na presidência do pais um espião, um informante americano, como informado pela WikiLeaks.

E esse espião na sua primeira medida, aquela que se faz na primeira hora, do primeiro dia
(se o Brizola um dia fosse presidente, na primeira hora do primeiro dia ele iria questionar o 

A primeira medida feita pelo governo do informante Temer, o pequeno, foi permitir o lucro privado com os serviços públicos, como mostrei no primeiro e até agora único "Acompanhando o Governo Temer":

Esse post mereceu um esclarecimento posterior sobre meu posicionamento contra as PPPs.
A partir desse post passei a usar a expressão 
"Vá para Melgaço!!", 
em resposta à expressão 
"Vá para Cuba!!"
(na ocasião da morte do Fidel por exemplo usei algumas vezes...)

Tenho em mente como seria um post Acompanhando o Governo Temer II,
não sei como seria melhor...

Comparar as ameaças feitas antes do Golpe 
(olha, se a Dilma cair vai acontecer isso, isso e isso) e ver se está acontecendo mesmo. Ou

Comparar as medidas atuais que estão no documento "uma ponte para o futuro", com as medidas implementadas nos governos FHC ou na Grécia e ver quais as consequências... Ou 

simplesmente colocar uma relação com data/manchete/link de notícias e deixar que elas falem por si:
(Em algumas pode ter um conteúdo interno da notícia que seja relevante)


Como retrospectiva 2016 vou fazer um experimento para ver se fica bom essa idéia.
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04/07/2016: Temer: medidas impopulares serão adotadas 'a partir de certo momento'

05/07/2016:Temer decide retirar urgência do pacote anticorrupção de Dilma

07/07/2016: Governo vai propor déficit de R$ 140 bilhões como meta fiscal de 2017

13/07/2016: Temer acena a ruralistas com apoio a mudança em demarcação de área indígena

19/07/2016: Temer reúne 8 ministros no Planalto para discutir medidas para economia

Participaram da reunião os ministros Henrique Meirelles (Fazenda), Dyogo Oliveira (interino do Planejamento), Eliseu Padilha (Casa Civil), Blairo Maggi (Agricultura), Geddel Vieira Lima (Secretaria de Governo), José Serra (Relações Exteriores), Marcos Pereira (Indústria, Comércio e Serviços) e Alberto Alves (interino do Turismo).
O líder do governo na Câmara, André Moura (PSC-SE), e o secretário do Programa de Parcerias em Investimentos, Moreira Franco, também acompanharam o encontro.


20/07/2016: Temer sanciona reajuste de até 41,4% para Judiciário e de 12% para MPU

22/07/2016: A equipe de Temer sinaliza as primeiras investidas contra a CLT

23/07/2016:Constrangido, Michel Temer busca por um plano alternativo para Ministério do Turismo

26/07/2016: Após avisar imprensa, Temer busca filho na escola em Brasília

26 julho 2016:Nem Dilma, nem Temer: maioria da população quer eleição antecipada, aponta nova pesquisa




02/08/2016:PEC de Michel Temer destrói a Constituição brasileira, alerta professor da Unicamp

04/08/2016: PSDB pressiona Temer e estipula limite para "bondades" do governo interino

05/08/2016:Temer é vaiado durante abertura da Olimpíada no Rio

08/08/2016:Michel Temer e José Serra são citados pela Odebrecht; Serra recebeu R$ 23 milhões em propina

09/08/2016:Michel Temer estuda fazer reforma da Previdência sem consultar Congresso

14/08/2016:Eduardo Cunha reclama de abandono e faz ameaças a Michel Temer

17/08/2016:Para estreitar laços, Temer oferece jantar a senadores do PSDB

31/08/2016: Como presidente, Michel Temer não pode ser investigado por atos fora do mandato

31/08/2016: Em 1ª fala na TV, Temer defende reforma previdenciária e trabalhista

31/08/2016:Barbosa chama impeachment de "tabajara" e discurso de Temer de "patético"

04/09/2016:Governo deve anunciar pacote de concessões em 13 de setembro

08/09/2016:Reforma trabalhista de Michel Temer prevê jornada de até 12 horas

09/09/2016:Temer anuncia sua primeira ministra após queda controversa na AGU

14/09/2016:Michel Temer repagina pacote de Dilma para anunciar 34 concessões e privatizações

22/09/2016:Plano do ensino médio apresentado por Michel Temer abre mão de artes e educação física

26/09/2016:Temer vai discutir teto de gastos públicos com base aliada

27/09/2016:Críticas a Michel Temer são publicadas no website do Ministério da Saúde

12/12/2016: Temer no Datafolha: o mais rejeitado, pior que Dilma e deveria renunciar



O formato está bom?
Eu posso misturar as três idéias também...
Não vou fazer promessas... apenas cumpri metade daquelas que fiz no fim de 2015...


Acho que aquela entrevista no roda viva, onde ele explica como conheceu a Marcela Temer, essa eu acho dispensável né?!
Não vou mostrar aqui na retrospectiva 2016.
Alias queria fazer um tratamento igual o Jim Carrey fez no filme "Brilho Eterno de uma Mente Sem Lembranças" e apagar aquela entrevista da minha mente...
Que tristeza ver hoje o programa Roda-viva, que já foi meu programa favorito na televisão...
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Falando em acompanhar, das três CPIs que me propus a seguir  duas ganharam nesse ano versões na Câmara de deputados. Nas duas seus relatores/presidentes prometeram que diferente do Senado, a CPI da câmara não iria ser blindadas, e que a investigação ocorreria doa-a-quem-doer.
HaHaHaHaHiHiHiHiHoHoHoHoHAHAHAHA
rsrsrsrsrsrsrsrsrsrsrs
KKKKKKKKKKkkkkkkkkkkkkkkKKKKKKKKKKK 

Rever os fatos tristes de 2016 também pode ser divertido...

A CPI da Máfia do Futebol foi pífia, a do Senado com a persistência e a coragem de dois senadores (um de cada lado, um que tornou-se golpista e outro que manteve-se não-golpista), bancaram um voto em separado(sempre o melhor fica no voto em separado, pois o voto oficial é blindado, aconteceu com a CPI da Nike, com a CPI da dívida pública e agora... Nessa CPI o blindador do relatório oficial foi o Romero "EssaPorraToda" Jucá). O ano de 2016 começou com a tentativa frustrada do Alexandre Kalil bater de frente com a Globo e fazer a primeira Liga decolar(sentiu na pele o que é tentar bater de frente com a Globo, ele e seu filho foram condenado por um crime que iriam cometer) e terminou com o voto em separado do "RRR está em todas"(Randolfe Rodrigues)/Romário que escancara que CBF=Globo=CBF=Globo, mostra a putaria com o dinheiro que deveria ser do futebol brasileiro e ficam nas mãos desses cartolas geração viagra. 
E mostra mais sobre o nosso parlamento do que o nosso futebol.
Fiz 5 posts sobre essa CPI no ano:

Acompanhando a CPI do Futebol X - A primeira Liga começa hoje... um natimorto...

Acompanhando a CPI do Futebol XI - Os Panamá Papers - Os dribles do Romário - CPI II na Câmara. Vai que dá Zebra...

Acompanhando a CPI do Futebol XII - Uma visão liberal sobre a CBF!

Acompanhando a CPI do Futebol XIII - O J. Awilla está doido! (Santa inocência!)

Acompanhando a CPI do Futebol XIV - Mais sobre nosso legislativo do que nosso futebol

  
A CPI do CARF II, agora na câmara, foi um pouco melhor que a CPI do Futebol II, trouxe algumas novidades, mostrou uma sequencia das investigações, mas ainda misturava a Operação Zelotes com a Operação Filhos de Odin. Ficamos sabendo quem é mesmo que faz contabilidade criativa no Brasil... Eles tiveram vontade, mas não tiveram força para enfrentar as "forças ocultas" que ficariam escancarados com as investigações. 

Aqueles jogadores que movem as peças e que ainda não sabemos quem são, só temos algumas dicas....  

A CPI foi enterrada após a saída do Eduardo Cunha, substituído por outro carioca o Rodrigo Maia, que foi intransigente e fechou as duas CPIs, futebol e CARF, deixando atônitos os presidêntes/relatores das duas CPIs... 
A CPI do Carf também rendeu cinco posts:

Acompanhando a Operação Zelotes XIX (CPI do CARF II): Melancólico fim da CPI do CARF. Início da CPI do CARF II

Acompanhando a Operação Zelotes XX (CPI do CARF II):Vamos poupar nossos empregos



A terceira CPI que acompanhava, a do caso SwissLeaks, a CPI do HSBC, terminou de forma melancólica. Mereceu um vomitasso no único post sobre o encerramento dela:


Já o mesmo consorcio de jornalismo internacional que iniciou as investigações do SwissLeaks, começou outra gigantesca investigação, agora com documentos dos advogados do escritório Mosak Fonceca.  Nessa investigação entra Globo, CBF, Eduardo Cunha.... outra investigação cabeluda, por isso não ganhou asas nesse país tupiniquim, que em pouco tempo poderá substituir o símbolo canarinho por um tucaninho...

A revolução será digitalizada (Sobre o Panamá Papers)
http://jogosdinheirointernet.blogspot.com.br/2016/05/a-revolucao-sera-digitalizada-sobre-o.html

Atualização do Post "A revolução será digitalizada (Sobre o Panamá Papers)"
http://jogosdinheirointernet.blogspot.com.br/2016/07/atualizacao-do-post-revolucao-sera.html

E houveram eleições para prefeitos e vereadores...
Lá no Ceará, o Ex-Marido da Patrícia Pillar venceu tanto na sua cidade Sobral (o município de maior IDEB do Brasil, coisa que não sai na Globo) quanto na sua capital Fortaleza.

Mas isso foi uma exceção. Assim como na Itália no meio da operação "Mãos Limpas", as eleições de 2016 foi uma negação à política. 
O fato mais assustador é que o Zé Ninguém(soma dos votos Brancos+Nulos+Abstênção), ganhou de todos os candidatos de capitais eleitos, passando de 40% na maioria delas.

Nas três maiores cidades do país, venceram candidatos outsiders, que tem credibilidade fora da política.

Em São Paulo um empresário.
No Rio de Janeiro um religioso.
Em Belo Horizonte um cartola de futebol.

Dois desses batem de frente com o Oligopólio Cartelizado dos Meios de Comunicação.

No Rio Marcelo Crivella é apoiado pela Rede Record, maior pequeno concorrente ao Oligopólio Cartelizado.

Em Belo Horizonte, o Kalil que começou o ano sentindo o gosto do que é ficar contra o Oligopólio Cartelizado, terminou o ano sentindo o gostinho da vitória, mostrando que o monstro pode ser combatido. 

Em São Paulo(e aí temos que acompanhar para ver se minha impressão está certa ou errada), me parece que o outsider não passa de um dos jogadores ocultos que moviam as peças se que nós soubéssemos e que agora pôs a cara para bater. Não acho que vai haver mudança significativa (considerando o resto do Brasil, né, considerando o último prefeito, sim a mudança será grande! ) 

Talvez a eleição de Belo Horizonte seja a parte do ano de 2016 que mais me dá esperança para começar 2017. Devido a todos os motivos mostrados no escrevi na ocasião: 
Logo após a vitória ele me solta essa:
"Acabou a coxinha, acabou a mortadela. O papo agora é quibe!"
A vitória dele, antes mesmo de assumir a prefeitura, já trouxe uma novidade.
Seu coordenador de campanha, um ex-tucano contou tim-tim-por-tim-tim  como foi a campanha e ainda um pouquinho de sua experiência nos cargos públicos que exerceu. Imperdível para quem quer conhecer um pouco dos bastidores sujos da nossa política(e mais dicas para saber afinal quem é a peça e quem é o jogador):  


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Esse ano também eu passei a acompanhar o Movimento Cidadão Comum:

movimento criado e liderado pelo advogado da AGU Abraao Soares Dias dos Santos Gracco, que tem como objetivo a politização e o empoderamento do cidadão comum (o que posso dizer que é um objetivo comum ao "Especial: É tudo um assunto só") e faz isso através de reuniões, debates, discussões, através das artes e de cursos on-line tipo educação a distância (o EAD está em moda e crescendo: uma empresa educacional tipo EAD empregou minha esposa! :-)) .

Com discussões começadas e/ou estimuladas pelo MCC (e também pelo processo do golpe em forma de  impeachment) participei de alguns diálogos bem esclarecedores. Nesses diálogos acrescentei alguns personagens ao "É tudo um assunto só" como Roberto Requião, Luiz Carlos Azenha, Eugênio Aragão:

Plano Safra X Operações Compromissadas. 

 Diálogo sobre Transparência X Obscuridade. 

Diálogo sobre como funciona a mídia Nacional - Histórias de Luiz Carlos Azenha e Roberto Requião. 

Debate sobre Banco Central e os rumos da economia brasileira... 

Eugênio Aragão: Carta aberta a Rodrigo Janot (o caminho que o Ministério público vem trilhando) 

Outro debate que  ficou dias e dias, talvez meses e meses, sendo travado no Brasil inteiro, dominando as redes sociais (pelo menos na bolha que pertenço) foi a PEC 241 que virou PEC 55, que antes do golpe ser consumado o ex-marido da Patrícia Pillar vinha avisando(em universidades e TV públicas) que se o golpe vingasse seria revogado a constituição cidadã de 1988, e ele estava falando dessa PEC.

Junto com a debate, a premiada brasileira Maria Lúcia Fattorelli incluiu no debate o PLS 204/2016 e a história da PBH Ativos e outras estatais-não-dependentes do mesmo gênero para juntar-se ao grupo que é contra essa revogação da constituição cidadã de 1988.

A PLS 204/2016, junto com a PEC 241-2016 vai nos transformar em Grécia e você aí preocupado com Cunha e Dilma?! 

A PEC 241 (atual PEC 55). Onde as máscaras caem. 

PBH Ativos. Emissão de Debentures S.A. 

Voto em Separado PEC 55 / PEC 241 - Assinado por Roberto Requião, oposição e população. 

Em conjunto CDH e CAE (Comissão de Direitos Humanos e Comissão de Assuntos Econômicos) 

Nesses debates houve um momento histórico e imperdível da Senadora PTsta Gleisi Hoffmann, quando ela deixou mais algumas pistas sobre
"afinal quem são as peças e quem são os jogadores"...


Outro momento imperdível de 2016 referente a esses debates foi quando a estudante de 16 anos Ana Júlia subiu no palanque da assembléia legislativa e deu show.

Mais uma fala em seminário que ficou na história do ano de 2016 é do Geólogo e  ex-diretor da Petrobras, que ajudou a descobrir o pré-sal Guilherme Estrella.
Essa fala em formato de desabafo foi dado na manhã do primeiro dia do seminário "O petróleo, o Pré-Sal e a Petrobras", acontecido em novembro.


Acompanhei durante o ano também a trajetória dessa premiada brasileira, Maria Lúcia Fattorelli, que começou o ano contra o veto da Dilma sobre a auditoria da dívida pública, lançou no dia 09/agosto a Frente Parlamentar Mista pela Auditoria da Dívida Pública com Participação Popular, deu uma entrevista para a Globo News que foi integralmente ignorada e que transformei em estudo de caso e terminou o ano trazendo lá da Grécia um reforço internacional contra a PEC55 e a PLS204.
A presença nos debates da Ex-presidente do parlamento grego Zoe Konstantopoulou não foi repercutida aqui nesse Blog, é uma promessa que faço para o ano que vem que tenho que cumprir, mas como agora é uma retrospectiva de 2016 adianto aqui a participação dela em comissão no Senado e em seminário na UNB.
Estudo de caso: Dívida pública Brasileira X Oligopólio Cartelizado Meios de comunicação 

As aventuras de uma premiada brasileira! (Episódio 2016: Contra o veto da Dilma!) 

Atualizado o Post : As aventuras de uma premiada brasileira! (Episódio 2016: Contra o veto da Dilma!) 

Atualização "A dívida pública brasileira - quem quer conversar sobre isso?" 
(aqui mostra o lançamento da Frente Parlamentar Mista pela Auditoria da Dívida Pública com Participação Popular)

Atualização de "As aventuras de uma premiada brasileira! (Episódio 2016: Contra o veto da Dilma!)" 

Atualização do Post: Seminário Nacional - Não queremos nada radical: somente o que está na constituição. 
Esse aconteceu no final de 2015, mas o material de qualidade foi disponibilizado somente esse ano. Adianto: é I*M*P*E*R*D*Í*V*E*L


Ex-presidente do parlamento grego, Zoe Konstantopoulou fala à Comissão de Assunto Econômicos do Senado e sugere resistência aos projetos que impõe sacrifícios à população em benefício de interesses financeiros.

Os esquemas que aprofundaram a financeirização na Grécia, em muito se assemelham as práticas que vem sendo adotada no Brasil.

Esses debates todos, além de serem esclarecedores são desanimadores. 
Como dizia Raul Seixas: Quem dera se eu fosse burro: Não sofria tanto.
Nesse final de ano saiu uma matéria baseada numa entrevista com o jornalista/analista político Luis Nassif que esclarece e entristece...
Seria melhor não ler.

 O jogo das elites para implantar o 'capitalismo de desastre' no Brasil

Mas eu estarei reproduzindo na integra no final dessa retrospectiva devido esse meu sentimento de pessimismo que saio do ano de 2016.

Ele conta da  “doutrina do choque” que ele aprendeu com o economista  norte-americano Milton Friedman (1912-2006), e que esclarece que após um choque(no nosso caso é o golpe que revogou o voto popular) você tem seis meses para implementar ideias que não seriam aceitas pelos eleitores em outras condições: reforma da previdência, redução dos gastos sociais e abertura para os capitais financeiros. É o que estamos vendo agora no Brasil”.

Desanima qualquer alma otimista.
Gostaria que ele estivesse errado pelo menos na parte em que ele fala sobre o Ciro Gomes...
Deprimido tenho que reconhecer que nessa situação só tem duas opções.
Desistir ou resistir.
Resistir como os estudantes nas escolas defendendo a educação.
Resistir com as armas que ainda nos resta.
Estou em dúvida qual das duas opções vou seguir...

E assim foi esse ano de 2016 dos diabos.
O ano que poderia ter sido mas não foi.
Vamos ver se agora acaba.
Comecei com o Humberto Gessinger cantando, vou terminar o ano com ele também (logo depois da apocalíptica analise do Luis Nassif)...
Temos sempre que passar a virada de ano com música. 
Assim ensina o Oligopólio Cartelizado dos Meios de comunicação.
Posso explicar essa vontade súbita de overdose de Humberto Gessinger. 
Apesar de ser gaúcho esse moço por algum motivo cósmico gosta de Belo Horizonte. já alguns anos ele abre e fecha suas turnês de show aqui na cidade.
No final do ano passado quando ele abriu a turnê "Pra ficar legal", eu quis ir e não fui... minha esposa ainda estava desempregada e a PEC do Teto nos ensina a não gastar o que não se tem.
Agora no final do ano, dia 11/12/2016, já com minha esposa empregada, no principal palco de shows de Belo Horizonte fui acompanhar o último show da turnê...

Ele acrescentou oportunamente no set list "A perigo", música onde ele nos afirma com firmeza e gritando (alto demais mesmo), que apesar de estarmos a perigo, um dia, nós seremos a maioria...
Canta também como inédita da turnê uma parceria com Tiago Iorc  (outro personagem do ano ao lançar no inicio do ano um clip em que ele fica abraçadinho com a ex-do-Neymar, os dois sem camisas/peitos nus, que seria o clipe mais polêmico do ano se não fosse a Clarisse Falcão chutar o balde em dezembro.
Vou colocar só o clipe do Tiago Iorc, da Clarisse Falcão você encontra sozinho, seu sem vergonha)   
Mas voltando ao Humberto, ele canta com Tiago Iorc "Alexandria" onde ele reclama que tem gente demais, falando demais, alto demais...
E com esse barulho todo, por mais que a gente grite, o silêncio é sempre maior, portanto vou retroceder e colocar o clipe também de "Além dos Outdoors".
Terminarei mesmo com Segunda-Feira-Blues, música em que ele pergunta
"Onde estão os caras que lutavam dia-a-dia sem perder a ternura jamais ?"
Comecei tudo com uma pergunta... Termino com outra...

(a parte o "Onde estão as provas, onde estão os fatos", pode valer para parte do nosso ministério público movido a PowerPoints...)

PS.!!
Atualização de última hora.
Vou colocar também outra música do Humberto, mas na versão que o seu sempre companheiro Carlos Maltz soltou esse ano, que realmente também representa bem nosso atual momento.
Vícios de linguagem.
Apesar de ter sido composta no século passado parece que foi composta ontem baseada em fatos da semana passada... Impressionante...



Adeus ano velho!
Feliz ano novo!

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Nassif explica o jogo das elites e dos EUA para implantar o “capitalismo de desastre” no Brasil
por Laércio Portela

A crise brasileira deve se agravar com mais arrocho e desemprego até que setores do mundo político tenham o bom senso de fechar um acordo para tirar o país do caos. Essa é a expectativa do jornalista e blogueiro Luis Nassif. Profissional com décadas de experiência na cobertura da cena política e do mundo dos negócios, Nassif tem sido um dos analistas mais produtivos e argutos do turbulento quadro nacional.

Recentemente, o jornalista esteve no Recife para duas palestras, uma a estudantes da Faculdade de Direito e outra numa Plenária do movimento sindical, no Sindicatos dos Bancários, por iniciativa da Tempus Comunicação e da CUT. Entre as duas, bateu um papo com a reportagem da Marco Zero Conteúdo. Nassif fez um diagnóstico perturbador sobre as origens da crise brasileira e avaliou os males que rondam o nosso futuro. Mas ele ainda aposta na busca de entendimento de atores políticos antagônicos para tirar o país do atoleiro.

A Doutrina do Choque

Cunhada pela cientista social canadense Naomi Klein a expressão “doutrina do choque” está relacionada à teoria desenvolvida pelo economista norte-americano Milton Friedman (1912-2006). Países impactados por guerras, ataques terroristas, desastres naturais e golpes de estado estariam aptos a serem submetidos ao cardápio neoliberal das desregulamentações, privatizações e cortes em programas sociais.

Esse receituário precisa ser adotado rapidamente, entre seis e nove meses pós-choque, apontava Friedman, no momento do vazio mental causado pelo impacto do trauma.

A brutalidade da teoria fica ainda mais evidente quando se conhece sua origem. As experiências patrocinadas pela CIA para “desenvolver” novas técnicas de tortura. No Allan Memorial Hospital, em Montreal, Canadá, o psiquiatra Ewen Cameron e sua equipe dopavam pacientes e os submetiam à extrema privação sensorial, nos anos 1960, para esvaziar suas mentes, levando-as ao estado infantil, prontas para serem reprogramadas.

Essa regressão atraiu a CIA e foi implementada na Base Militar de Guantánamo (Cuba) e em Abu Ghraib (Iraque). Friedman levou o mesmo princípio para o mundo da economia e o pôs para rodar no Chile pós-golpe militar do general Augusto Pinochet, modelo seguido depois pela ditadura militar da Argentina. Naomi Klein em seu livro A Doutrina do Choque (Nova Fronteira, 2008) diz que o receituário do choque neoliberal foi aplicado também na Rússia e no Leste Europeu, pós dissolução da União Soviética; no Iraque, pós 11 de setembro; e na cidade de New Orleans destruída pelo Furacão Katrina.

O ditador Augusto Pinochet recebeu em Santiago do Chile o economista norte-americano Milton Friedman, após o golpe de estado. Na agenda econômica do novo regime: privatizações e cortes nos programas sociais
O ditador Augusto Pinochet recebeu em Santiago do Chile o economista norte-americano Milton Friedman, após o golpe de estado. Na agenda, privatizações e cortes nos programas sociais

Para Nassif, o “capitalismo de desastre” chega agora com tudo ao Brasil, depois do golpe parlamentar que tirou Dilma Rousseff da Presidência da República. “Depois que um país vive um choque, ele perde suas referências. Como pregava Friedman, você tem seis meses para implementar ideias que não seriam aceitas pelos eleitores em outras condições: reforma da previdência, redução dos gastos sociais e abertura para os capitais financeiros. É o que estamos vendo agora no Brasil”.

A financeirização do mundo

Para se compreender o jogo que está sendo disputado no Brasil, é necessário entender o processo de financeirização do mercado a partir dos anos 1990, avalia Nassif.

A política da maior potência do mundo, os Estados Unidos, passou a ser controlada pelo mercado financeiro. Com o processo de globalização, esse domínio se alastrou por todo o mundo. O discurso passa a ser um só: a máxima eficiência para cada empresa refletiria na eficiência global. Em 2008, o cenário é de monopolização financeira.

“Com a eclosão da crise do sistema financeiro, em 2008, o discurso de onipotência desse mercado perde força e acaba a possibilidade dele interferir na política por meio do processo democrático”.

A política anticíclica adotada pelo governo Lula em plena crise financeira mundial fortalece a economia nacional e a posição de protagonismo do Brasil no mundo. A China ganha força como nova potência econômica. Os países emergentes do Brics (Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul) passam a ser uma referência num mundo cada vez mais multipolar. “É quando a geopolítica norte-americana surge para mudar isso”, alerta Nassif.

Fortalecimento dos Brics e da posição regional do Brasil chama a atenção da geopolítica norte-americana
Fortalecimento dos Brics e da posição regional do Brasil chama a atenção da geopolítica norte-americana
“Quando o mercado financeiro toma o controle da política econômica, ele só toma decisões em favor do capital financeiro. Para ele, interessa a ampla e livre circulação de capitais. Se sua atuação em um país não der certo, não tem problema, ele vai para outro país”.

A razão de Estado

“A razão de ser do Estado é outra. Ele foi criado para proteger os desprotegidos. O Estado tem que ter um projeto nacional, um projeto para o país. Para a saúde, para a educação, a assistência social, a segurança. Sua atuação esbarra nos interesses de curto prazo do mercado financeiro. A dívida pública sempre foi um grande negócio do mercado financeiro. O orçamento público sempre esteve na mira de interesse do mercado”.

A análise de Luis Nassif abre uma porta para entendermos os interesses por trás da recente aprovação da PEC 55 pelo Congresso Nacional: congelamento de despesas primárias (despesas com pessoal, investimentos em infraestrutura e gastos sociais) e garantia de recursos para pagar os juros da dívida, remunerando os rentistas nacionais e internacionais. Em resumo: redução da capacidade de ação do Estado e fortalecimento do mercado financeiro.

2013: o ano em que o Brasil piscou

Com o agravamento da crise econômica e o início do fim dos tempos de bonança, a partir de 2012, setores do mercado financeiro norte-americano associados a segmentos das elites econômica, política e burocrática brasileiras ficaram em alerta. As manifestações de junho de 2013 deram o sinal de que o governo Dilma começava a perder apoio na opinião pública. Sua popularidade, afinal, depois de bater recorde, estava sendo abalada.

“Em 2013 você tinha uma estado difuso, de confusão. Sempre que você tem esse estado de coisas, o mais fácil é focar no presidente. Nos anos 80, quando as pessoas foram para as ruas protestar, elas focaram no presidente, que era um militar. Daí o apoio à democracia. Agora, a revolta mais uma vez atingiu o presidente da República, na figura de Dilma. Desta vez, enfraquecendo a democracia”, argumenta Nassif.

Até hoje as manifestações de junho geram interpretações divergentes. Para Nassif, naquele momento as elites perceberam que havia um espaço para minar a popularidade da presidenta Dilma e enfraquecê-la politicamente
Para Nassif, as manifestações de junho de 2013 fez elites perceberam que havia espaço para minar a popularidade da presidenta Dilma


“Pra você fazer o contradiscurso você tem que elaborar muito mais. Agora quem tem a capacidade de elaborar mais, tem os instrumentos, a visibilidade, é a presidenta da República, então se ela não te dá as bandeiras, não faz o discurso político, aquilo não tem jeito”. O jornalista avalia que faltou a Dilma e ao PT o entendimento de que era preciso fazer um esforço para entender e desenvolver uma aproximação política junto aos novos grupos de esquerda que foram para as ruas, tais como o Movimento Passe Livre (MPL). A falta de visão e a burocracia interna do PT impediram essa aproximação.

As forças políticas de direita não perderam tempo e avançaram. Em 2013, quando as elites locais associadas ao sistema financeiro internacional veem que a população está pronta, eles planejam dois escândalos de interesse geopolítico americano: Petrobras e FIFA. O Ministério Público entra de cabeça nisso e fecha diretamente acordos de cooperação com os Estados Unidos, sem que estes sejam avalizados pelo Ministério da Justiça brasileiro.

O escândalo da Petrobras tem o objetivo de desmantelar a base de operação da maior empresa nacional e, portanto, toda a cadeia brasileira de petróleo e gás, abrindo espaço para o controle dessa indústria pelas empresas multinacionais. O escândalo da FIFA serviria para expor e abrir o segmento de mídia no Brasil, o único mercado nacional fechado para o capital internacional.

Os norte-americanos percebem então que as informações sobre a Petrobras fluem rapidamente e em grande quantidade, mas o mesmo não acontece com o escândalo da FIFA, informa Nassif. Tinha a Rede Globo no meio do caminho. “A corrupção da FIFA é uma criação do Brasil. Uma criação da Rede Globo”, pontua o jornalista.

A partir daí, a mídia, a oposição e o “mercado” começam a tocar, sem trégua, a agenda do caos. Nada presta, nada funciona. E a culpa é sempre do governo federal. É por exemplo o que acontece com as previsões catastróficas em torno da realização da Copa do Mundo. “No mundo real, tudo foi um show. Os estádios ficaram todos prontos a tempo, apesar das previsões da imprensa. As matérias então deixam de ser sobre a construção e começam a falar que falta sabonete nos banheiros dos estádios. Um absurdo completo. O que importava era bater”, critica Nassif. A teoria do choque começa a rodar.

Com a derrota eleitoral em 2014, “Aécio, José Serra e Fernando Henrique Cardoso tornaram-se os porta-vozes do caos estimulando o movimento golpista nas ruas e nos jornais, enquanto a parceria Procuradoria Geral da República/Lava Jato/mídia tratava de incendiar a classe média com as denúncias de corrupção focadas exclusivamente no PT e em Lula”.

Aos erros praticados pela própria presidenta, de implantar a agenda econômica restritiva pregada pelo seu adversário (Aécio Neves, na campanha de 2014), designando Joaquim Levy para comandar o ajuste fiscal, somaram-se a perda da base parlamentar e a atuação de Eduardo Cunha e do PSDB para inviabilizar, no Congresso Nacional, os projetos do governo que tentavam de alguma forma consertar seus próprios desacertos.

Eduardo Cunha, na Câmara, e Aécio Neves, no Senado, trabalharam incansavelmente para inviabilizar os projetos e a governabilidade da gestão Dilma Roussef no Congresso Nacional.
Eduardo Cunha, na Câmara, e Aécio Neves, no Senado, trabalharam incansavelmente para inviabilizar os projetos e a governabilidade da gestão Dilma Roussef no Congresso Nacional
Em fevereiro de 2015, o procurador-geral da República, Rodrigo Janot, vai aos Estados Unidos entregar ao Departamento de Estado norte-americano dados internos de uma empresa brasileira. “O discurso anticorrupção foi o mote que juntou todas as pontas, criando o sentimento da classe e fornecendo o álibi para quem pretendesse pular no barco da conspiração”.
Elitismo e visão de classe
À frente do combate à corrupção estão os jovens procuradores do Ministério Público que tocam as investigações da Lava Jato. Jovens, na visão de Nassif, descolados da realidade, com perfil elitista e imbuídos do espírito de salvadores da pátria. Para o jornalista, o problema começa no modelo de seleção.
“Eles entram na carreira por concurso. Esses concursos não exigem conhecimentos profundos, de conceitos, é uma decoreba, não é? Uma decoreba. Aí você chega, pega um moleque de 25 anos, ganhando um salário que você não tem no setor privado, onde o salário inicial é um terço disso, então o sujeito se sente superpoderoso, ele muda de classe”, critica.
O referencial teórico construído em cursos e seminários ministrados em países estrangeiros também descolaria esses profissionais da realidade nacional e dos compromissos com um projeto de país: “O pessoal idealizou muito a ascensão da classe C, mas o fenômeno politicamente mais influente, foi essa internacionalização da classe B, os PHDs que vão fazer cursos fora do Brasil. Você pega o Joaquim Barbosa (ex-presidente do Supremo Tribunal Federal na época do julgamento do Mensalão), lá atrás. O que ele tinha de diploma externo
 O que você lê daquilo? É um cara culto, um cara que nunca pôs a mão no trabalho dele. Passou a vida fazendo esses concursos. Então se criou esse sentimento de que eles pertencem a uma elite internacional. Eles acham que somos um país de botocudos. Eles perderam a noção de serviço público”.
E completa: “Eu fui num evento dos auditores da Receita e me falaram: ‘o pessoal que entra aqui, eles não são servidores públicos, eles são autoridades’. Então esse sentimento foi muito forte e em algum momento esse pessoal vai ter que ser enquadrado”.
Para Nassif, em algum tempo no futuro – “eu não sei em quantos anos” – a atuação dos integrantes da Lava Jato deverá ser julgada, considerando os males que causaram ao sistema político e à indústria nacional. “Você tem várias coisas em que eles podem dizer que estavam cumprindo a lei. Agora, você fazer acordo nos Estados Unidos contra empresas brasileiras e contra a Petrobras? Isso não tem quem livres eles não”, avalia o jornalista e analista político.
Made in USA
Em 2008, diversos países sacrificaram sua população para salvar o mercado financeiro da maior crise recente de sua história. A atuação dos atores políticos, associados ao mercado, criou uma ojeriza geral à política por parte de amplos setores da sociedade.
Neste cenário de desgaste junto à opinião pública, os Estados Unidos veem no processo de financiamento das campanhas eleitorais um filão para dar mais corda à impopularidade do meio político. Este que é o pecado de todos os partidos. Não só no Brasil. Mas aqui tudo é ainda mais evidente. Os EUA perceberam que estava aí o caminho para combater os partidos que precisavam ser atingidos, explica Nassif. A questão é buscar o apoio corporativo da Polícia e dos procuradores do país base no qual pretendem agir e, pronto, criminalizar a política.
“Essa parceria com o Ministério Público e com a Polícia Federal substitui as parcerias feitas no passado com os militares. Com o tempo os norte-americanos perceberam que essa parceria era ruim: por conta do comprometimento com os direitos humanos (e as críticas internas que geravam em parte da opinião pública norte-americana) e com um agravante, os militares trabalham com uma visão de projeto nacional”. Projeto nacional que, na maioria das vezes, vai bater de frente com os interesses estrangeiros que “operam” no Brasil.
O foco de atuação norte-americana vai para a mídia, a PF, o MP e o Poder Judiciário. Num processo ininterrupto de catequese: parcerias, cursos, seminários, troca de informações. Todo o tipo de aproximações.
Segundo Nassif, os Estados Unidos têm dois órgãos de ação para “desconstruir os demais países”: a CIA e a NSA. A atuação invasiva da CIA no mundo todo é conhecida e já ilustra centenas de livros de histórias em dezenas de línguas. A NSA ganhou notoriedade a partir da divulgação dos documentos sigilosos pelo técnico em computação Edward Snowden, que davam conta de que a empresa pratica há anos espionagem internacional por meio de escutas telefônicas e captação de dados de emails de autoridades públicas de diversos países (entre elas Dilma Rousseff e Angela Merkel) para acompanhar os seus passos políticos, mas especialmente proteger os negócios corporativos das empresas norte-americanas. Um exemplo mais do que claro de como política e negócio são irmãos siameses quando falamos de interesses externos dos Estados Unidos.
“Quando vem a manifestação de 2013, os Estados Unidos perceberam que o Brasil estava pronto, ali tinha elementos para desestruturar o Brasil. O problema do Brasil era sua posição de liderança regional e o fortalecimento dos Brics. Era preciso desestabilizar esses países”. Porque, na visão norte-americana, o fortalecimento de países como o Brasil enfraquece a posição internacional dos Estados Unidos e das suas empresas privadas. Enfraquecem seus interesses de Estado e também privados, que lá, como em várias partes do mundo, estão embricados.
No Brasil, Nassif enumera algumas áreas que se tornaram o foco da desestabilização dos Estados Unidos e de seus parceiros no Brasil (Polícia Federal, Ministério Público, Poder Judiciário e grande mídia): a Política Industrial Naval; a Cadeia de Petróleo e Gás; a transferência de tecnologia na área de saúde, na aquisição de remédios. O avanço sobre o pré-sal e os cortes orçamentários que a área de ciência, tecnologia e inovação deve sofrer nos próximos anos, com o congelamento de gastos por duas décadas previsto pela agora aprovada PEC 55, são exemplos do jogo que está sendo jogado.

A política de conteúdo próprio e encomendas aos estaleiros brasileiros para atender as demandas de exploração do pré-sal foi fortemente atingida pela ação da Lava-Jato e do governo Temer
A política de conteúdo próprio com encomendas aos estaleiros brasileiros para atender as demandas de exploração do pré-sal foi atingida pela ação da Lava Jato e do governo Temer

Nassif explica que a indústria sofreu profundamente com a sobrevalorização cambial durante a presidência de Fernando Henrique Cardoso. No governo Lula, as empreiteiras passaram a ter um papel fundamental na política industrial nacional, na construção de estaleiros, na defesa nacional. Mas tudo isso muda com a chegada da Operação Lava Jato, comprometendo a saúde financeira e o status das empresas investigadas.

“A Lava Jato podia punir os executivos, mas preservar a empresa. A contrapartida dessas empresas foi fomentar uma grande base tecnológica no Brasil. O cenário agora é de desolação, deixando cidades do Rio Grande do Sul na miséria e uma situação de caos no Rio de Janeiro”.  Estados que tiveram que demitir milhares de trabalhadores nos segmentos de indústria naval e petróleo e gás.

“Você hoje tem 16 projetos de empresas nacionais que venceram concorrências no exterior e que o BNDES já não pode mais financiar. Vivemos o inferno brasileiro. Montaram um inferno no Brasil para ser governado pelo Michel Temer. Não tem jeito de uma coisa assim funcionar”.

Pior, as investigações da Lava Jato são dirigidas, seletivas, acusa Nassif. “Estamos chegando a uma situação clara em que o procurador-geral trabalha para proteger o PSDB. Veja a que ponto chegamos”.

Um novo acordo

Para tirar o Brasil do atoleiro, só um pacto, um acordo entre forças políticas distintas. “A questão é qual é o tempo para tudo mudar. O governo Temer ia ficar dois anos e meio e já acabou. O PSDB quer jogar FHC. Ele não tem esse dinamismo. Tem 85 anos.”

No caso de uma radicalização à direita, Nassif chega a apontar a possibilidade, “gravíssima”, de uma brecha para as Forças Armadas. Mas seria uma saída ruim para os dois lados, tanto para a esquerda quanto para a direita aliada do capital estrangeiro, segundo o jornalista. Para a esquerda porque as Forças Armadas veem um inimigo comum (justamente os partidos de esquerda). Para a direita, porque as Forças Armadas têm um projeto nacional (de desenvolvimento, nacionalista), que deve se chocar com os interesses nem um pouco patrióticos do mercado financeiro.

“Neste cenário, a saída é algum tipo de entendimento. A crise que temos é uma crise política. Mas temos também os economistas tucanos, eles não estão nem um pouco interessados em resolver os problemas da economia, mas em desestruturar o pais. É preciso vir algum tipo de acordo”.

Questionado se esse acordo teria que passar pelos ex-presidentes Fernando Henrique Cardoso e Lula, Nassif diz que não tem outro jeito: “No fundo acaba dando neles. Infelizmente porque nós não conseguimos criar outras referências. Estou falando eles e chamando outros aí também, né? O Supremo. Você tem dois fatores aí que vão dar o tempo do acordo. O primeiro fator é o grau de consciência dessas elites nossas. Elas são muito ruins. O segundo fator é a velocidade do aprofundamento da crise, que é muito rápida. A última chance que essas elites políticas têm de preservar o poder – e acabar evitando um aventureiro de fora – é um acordo para impedir o aprofundamento da crise, e isso significa um grande pacto que passa por renegociação de dívidas das empresas e pessoas físicas, aumento de gastos, reativação do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), reativação da indústria de petróleo e gás”.
Acordo para colocar o Brasil de volta ao eixo com a reativação da economia e a convocação de eleições diretas deve passar por entendimento entre Lula e FHC, na previsão de Nassif]
Acordo para colocar o Brasil de volta ao eixo, com a reativação da economia e a convocação de eleições diretas, deve passar por entendimento entre Lula e FHC, na previsão de Nassif
O fortalecimento dos novos e também dos tradicionais movimentos sociais joga um papel importante no pêndulo político de um futuro acordo, incluindo aí o movimento estudantil e os movimentos feminista e negro, MST e MTST, entre outros. “É importante porque você tem que ter uma preservação desses avanços, dessas políticas sociais, disso tudo. Você tem que ter uma pacificação nacional. E uma pacificação nacional significa você atender os reclamos justos dos movimentos sociais”.

Recuperação exige agenda anticíclica

Esse acordo, de que fala Nassif, teria, segundo o jornalista, que “atropelar os princípios neoliberais”. O acordo precisa primar pelo aumento de gastos públicos e despesas sociais para os grupos de baixa renda voltarem a consumir. “A cultura brasileira, esses valores nacionais, vão estar por trás da recuperação do nosso país”. Em resumo, um novo receituário econômico entraria em pauta, anticíclico: choque de despesa pública (relação dívida/PIB é grande por causa dos juros), retomada das obras do PAC para reativar a base de infraestrutura do país. Retomada de obras do polo petroquímico, mais incentivos às políticas sociais, renegociação das dívidas das empresas. Tudo para sanar os efeitos recessivos das políticas implementadas por Dilma/Joaquim Levy e Temer/Meirelles.

Essas seriam as duas principais bases de um acordo: tirar o país da recessão e prepará-lo para novas eleições diretas.

“A crise é maior do que a ideologia, não tem como passar do primeiro semestre (de 2017). Eu acho que o Bolsonaro não vai adiante. Acho o Ciro (Gomes) uma ameaça maior do que o Bolsonaro. É preparado, mas não tem a menor noção de relação de forças. Ele seria um grande assessor de um presidente que soubesse negociar. A fala dele é desproporcional ao poder dele. Aliás, quem tem muito poder, fala pouco”.

Nem Ciro Gomes, nem Jair Bolsonaro têm as condições políticas necessárias para assumir a Presidência da República, na visão de Nassif
Nem Ciro Gomes nem Jair Bolsonaro têm as condições políticas necessárias para assumir a Presidência da República
Mas Nassif vê um perigo à espreita:
“O meu receio é um militar com um discurso racional. Espero que não ocorra. Espero por um pacto. O discurso militar racional é um discurso atraente”.
Para o jornalista, o cenário político e econômico brasileiro “ainda vai piorar antes de melhorar”. Com a continuidade do receituário neoliberal radicalizado pelo governo Temer ele prevê um “cenário mais provável de quebradeira e de quebra pau”. Com uma possível participação maior das Forças Armadas na repressão. “Nossa elites são muito ruins. Talvez demorem a fechar um acordo. O cenário imediato é de mais política neoliberal e mais repressão. Vai piorar antes de melhorar”.

“A empresa jornalística tem o direito de propriedade. A liberdade de expressão é do jornalista”
Tudo que está acontecendo no Brasil é muito impressionante. Queria te perguntar sobre o jornalismo e a indústria da comunicação. Você vê a aliança PF, MP e Judiciário. Queria que você explicasse o papel da mídia. Dessas redações que não questionam a linha editorial das empresas. Esse carreirismo. Mas primeiro a grande mídia, como é que ela se encaixa nessa associação para o golpe?
A grande mídia percebeu lá atrás que o Brasil, a partir de 1999, quando começa a enorme crise cambial, ela percebe que, com a Internet, acabou a barreira de entrada. Antes você não conseguia entrar porque com a televisão aberta e a rádio você precisava de concessão. Para jornal e revista você precisava fazer um baita investimento em gráfica, em pessoal e ter hábito de leitura consolidado. Com a Internet, essas barreiras iam cair.
Perceberam que seu monopólio corria risco

Então, mundialmente, não apenas aqui, elas perceberam que havia uma crise seminal, estrutural, do modelo de negócio. Em pouco tempo, nos Estados Unidos, as redes sociais ganharam na publicidade nacional e nos classificados. É muito mais fácil você pegar um classificados digital do que em papel. Ao mesmo tempo, eles perceberam que perderam o protagonismo da notícia. Mas, por outro lado, você tinha uma desestruturação do mercado de notícias. Com a Internet, você não sabia mais o que era verdade, o que era mentira.
Os jornais sérios se referenciaram como jornais de verdade. O Financial Times, que é conservador e tudo, mas se sai uma notícia lá, não é mentira. O New York Times também fez isso. O pessoal mais atrasado, e aí entra o grupo do Murdoch (empresário australiano Rupert Murdoch, acionista majoritário da News Corporation, um dos maiores grupos de mídia do mundo), acabou influenciando o Brasil. No Brasil inteiro, os grupos de mídia caíram nessa de ‘vamos aproveitar o caos das notícias nas redes sociais e usar esse caos em nosso favor’. Então eles passam a inventar as mentiras e jogar nas redes sociais. Que é o que o Murdoch faz lá na campanha do Obama e os jornais fazem aqui em 2006 e, especialmente, em 2010. A quantidade de mentira que eles jogam nas redes, isso alijou o jornalismo totalmente.
Você trabalhou na grande mídia. Qual a mudança essencial do seu período e de agora?
Então, antes você tinha um pacto. Eu fui beneficiado por esse pacto nos anos 1990, entre os jornalistas e os donos de empresas, a Folha de S. Paulo no meu caso lá e a TV Bandeirantes. Nesse curto período os jornais recuperaram um pouco a noção da separação entre jornalismo e empresa. Quando você pega os modernos juristas italianos, eles fazem uma divisão grande. Eles dizem: ‘a empresa jornalística, ela tem o direito de propriedade. Agora, a liberdade de expressão é do jornalista’. Então, no fundo, quando você pega a liberdade de expressão e separa do direito de propriedade, o que é que é a empresa de jornalismo? É um grande negócio, onde ela vai pegar jornalistas de diversas linhas que podem trazer público e compor o produto dela, mas respeitando o jornalismo. Na coluna que eu tinha na Folha, eu gozei de uma boa liberdade lá.
Mas isso foi mudando

Daí em 2003 e 2004 você percebe que os ventos estão mudando, que está acontecendo alguma coisa aí. Daí entram dois fatores que pegam os jornais na Alemanha, nos Estados Unidos
 Primeiro é a financeirização dos jornais. Eles percebem que precisam se aproximar ainda mais do mercado financeiro, seguindo o mesmo caminho do Murdoch, para conseguir se capitalizar para os novos tempos de inovação tecnologia. E o segundo ponto é essa questão de criar uma frente para assumir o protagonismo político e impor, através de sua influência política, legislações que favorecessem seus interesses. Então aí acabou aquele pacto. Na Folha, teve jornalistas que saíram, não se adaptaram. Outros se mantiveram sem perder a dignidade e um terceiro grupo abriu mão de qualquer dignidade.
As novas gerações, elas passaram a ter uma não compreensão do que é o novo jornalismo. Veja bem, esse negócio de que hoje é mais difícil fazer jornalismo não é verdade. Nunca foi tão fácil fazer um bom jornalismo. Você tem todas as informações aí disponíveis hoje. O grande desafio, qual é? É você pegar essas informações, juntar, organizar e consolidar. Então o pessoal fala sobre a grande reportagem
 Outro dia eu fiz uma denúncia, um assunto qualquer aí, antes da internet eu levaria um mês para levantar, eu levantei num dia. Tudo fica mais fácil, desde que você saiba o que buscar.
Hoje há um excesso de opinião.
Os jornais entraram nessa, a Folha fez isso e o Estadão foi atrás. Nos anos 90 chega a figura do âncora, o cara que dá palpite no rádio e na televisão. O colunista de jornal deveria ser o oposto. O âncora joga para a torcida. Se a torcida está indignada, ele fica indignado. O colunismo de jornal deveria pensar assim: o leitor está indignado com alguma coisa, ele está indignado porque não está entendendo direito a situação. Então eu vou ficar acima das paixões do leitor para explicar as coisas, até para ele ficar mais indignado, se for o caso. Então começou um populismo ali, de cada colunista querer jogar para a torcida, influenciado pelo rádio e pela televisão. Quando vem a internet e todo mundo dando palpite, então virou um palpitômetro. Coisa ridícula. Cronista social, musical, Nelson Mota, agora, ditando regra. Ruy Castro, um horror. Ao invés de escrever sobre o que sabe. Cony fazendo o jogo
 Então ficou uma competição para atender esse leitor truculento, esse leitor que parece promissor, e atender os jornais, dentro dessa guerra aí de mobilização contra o inimigo comum que é o PT.


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A Perigo
Humberto Gessinger 

Planos de vôo
Tava tudo em cima: céu de brigadeiro sobre nós
Pane... pânico
Perdemos a altura... puxaram o tapete voador
Hoje estamos a perigo
Hoje estamos separados, divididos
Mas um dia, um dia, nós seremos a maioria

Pane...! que pena!
Panos quentes
Fica tudo como está; no mesmo lugar... impunemente
Hoje estamos a perigo
Hoje estamos separados, divididos
Mas um dia, um dia, nós seremos a maioria

Eu sigo em frente, pra frente eu vou
Eu sigo em frente, pra frente eu vou
Eu sigo em frente, pra frente eu vou
Eu sigo enfrentando a onda
Onde muita gente naufragou

Nós seremos a maioria
Seremos a maioria


Alexandria
Humberto Gessinger, Thiago Iorc 
  

Ôô, ôô, ôô

Não tiro a razão de quem não tem razão
Não ponho a mão no fogo pois é verão
Não dou razão pra quem perde a razão
Preste atenção então

Vá procurar o que caiu da mão
Refazer sozinho o caminho olhando pro chão

Gente demais
Com tempo demais
Falando demais
Alto demais

Vamos lá atrás
De um pouco de paz
Aqui tem gente

Não vi solução na mão da contramão
Brincando com o fogo pela atenção
Perdi a razão com quem me deu razão
Presta atenção, então

Vá procurar o que caiu da mão
Refazer sozinho o caminho olhando pro chão

Gente demais
Com tempo demais
Falando demais
Alto demais
Vamos lá atrás de um pouco de paz

A gente queima todo dia mil bibliotecas de Alexandria
A gente teima, antes temia
Já não sabe o que sabia

Gente demais
Com tempo demais
Falando demais
Alto demais
Vamos lá atrás de um pouco de paz

Aqui tem gente


Além dos Outdoors
Humberto Gessinger

no ar da nossa aldeia 
há rádio, cinema & televisão 
mas o sangue só corre nas veias 
por pura falta de opção

as aranhas não tecem suas teias 
por loucura ou por paixão 
se o sangue ainda corre nas veias 
é por pura falta de opção

você sabe, o que eu quero dizer 
não tá escrito nos outdoors 
por mais que a gente grite 
o silêncio é sempre maior

no céu, além de nuvens 
há sexo, drogas & palavrões 
as coisas mudam de nome 
mas continuam sendo religiões

no dia-à-dia da nossa aldeia 
há infelizes enfartados de informação 
as coisas mudam de nome 
mas continuam sendo o que sempre serão

você sabe o que eu quero dizer 
não tá escrito nos outdoors 
por mais que a gente grite 
o silêncio é sempre maior

no ar da nossa aldeia 
há mais do que poluição 
há poucos que já foram 
e muitos que nunca serão

as aranhas não tecem suas teias 
por loucura ou por paixão 
se o sangue ainda corre nas veias 
é por pura falta de opção

você sabe o que eu quero dizer 
não vale uma canção 
por mais que a gente cante 
o silêncio é sempre maior

você sabe o que eu quero dizer 
não cabe na canção 
por pura falta de opção 
púrpura é a cor do coração


Segunda-Feira Blues I
Humberto Gessinger / Carlos Maltz
  
Onde estão os caras que lutavam dia-a-dia sem perder a ternura jamais ?
Onde estão os caras que desmaterializavam moedas de dez mil reais ?
Onde estão os caras que desconheciam limites ... universal e singular ?
Onde estão os caras que desenhavam novas cidades
Em guardanapos na mesa de um bar?

Onde estão as provas, onde estão os fatos ?
As boas novas eram só boatos ?
Onde estão os atos de bravura e rebeldia (ternura guerreada dia-a-dia) ?
? será que estamos sós ?

Onde estão os caras que pregavam no deserto ?
(o deserto continua lá)
Onde estão os caras que deixavam as portas abertas para a vida poder circular ?
Onde está o teatro mágico só para iniciados ?
Onde está o espaço não privatizado ?
Onde estão os caras que acenavam com a mão invisível um mercado para todos nós ?

Onde estão as provas, onde estão os fatos ?
As boas novas eram só boatos ?
Onde estão os caras que lutavam e cantavam ?
( por um mundo ideal eles gritavam : ! não estamos sós ! )

Onde estão os caras que diziam que a guerra ia acabar ?
Onde estão os caras que diziam que a maré ia virar ?
Onde estão os caras que espalharam o vírus, prometeram a cura e viraram as costas ?
Onde está o outro ? onde está o diferente ? onde está o comum a toda gente?

Onde estão as provas, onde estão os fatos ?
As boas novas eram só boatos ?
Onde estão as provas, onde estão os fatos ?



Vícios de Linguagem
Humberto Gessinger 

Tudo se resume a uma briga de torcidas
E a gente ali no meio, no meio das bandeiras
O jogo não importa, ninguém tá assistindo
E a gente ali no meio, no meio da cegueira
Tudo se reduz a um campo de batalha
E a gente ali no meio
Tudo se resume a disputa entre partidos
Lama na imprensa, sangue nas bandeiras
A verdade passa ao largo, como se não existisse
E a gente ali no meio, como se não existisse
Tudo se reduz, a uma cruz e uma espada

Tchê, de que lado tu estás?
Ninguém pode agradar os dois lados
Hey, it's time to make a choice
We all want to hear your voice (it's true)
Faça a sua aposta, tome a sua decisão

Tudo se produz na mesma linha de montagem
Apogeu e decadência na mais nobre linhagem

Votos de silêncio... vícios de linguagem
Nada traduz
Hey, don't you know that you are
In the middle of a war (yes, you are)
Tchê, de que lado tu estás?
Ninguém pode ficar no meio do tiroteio
Now it's time to say whose side you're on
Tudo se resume, se presume, se reduz
E o principal fica fora do resumo


Texto de Carlos Maltz:

Essa é uma "versão-garagem" de uma gravação original dos Engenheiros do Hawaii de 1995. A composição e a letra são do Humberto Gessinger. No original, é uma balada de piano totalmente blues/floydiana. A regravação aconteceu de forma inesperada numa sobra de horário de estúdio enquanto eu fazia uma participação no primeiro disco do meu bróder El Escama, no final do verão desse ano. Não teve ensaio. Não foi premeditado. Gravamos a bateria praticamente em primeiro take e fomos colocando os outros instrumentos e as vozes. Praticamente só gaúchos gravaram: Miguel Soldatelli e Osmani Junior (guitarras), Carlos Grison (baixo), Ian (violão), Leonardo TT (teclado) e vocais d’el escama. Também por acaso, estávamos todos em Londrina pra gravar no disco do escama, no Plugue Estúdio do grande Júlio Anizelli que, ao lado do Caio Freitas, fez mágica na mixagem.
Por que essa música agora? Escute e você mesmo vai responder. É incrível a pré-visão e o pertencimento dessa música ao momento que vivemos. Parece feita sob encomenda pelo futuro. Para esse momento. Muito mais do que pra aquele. Agosto de 1995, quando a música foi gravada originalmente é mais ou menos dois anos e meio depois do Impeachment do Presidente Collor. E cá estamos nós, ainda no meio do mesmo tiroteio. Que ficou muito mais barulhento e escatológico, quase transformando o Brasil numa espécie de pega na geral ou hospício total. Alguns detalhes da letra são quase proféticos. - Hey, de que lado tu estás? - Como dizia o gênio de nossa raça Macunaímica, Nélson Rodrigues: "O ser humano pode ter todos os defeitos, menos o da imparcialidade." Mas disse também que: "Não há nada mais cretino e cretinizante que a paixão política. É a única paixão sem grandeza. A única que é capaz de imbecilizar o homem". Que essa música venha nos trazer agora, nesse momento em que tanto necessitamos dela, a tradicional reflexão gessingeriana que sempre procura observar as paixões e as loucuras humanas de um lugar um pouco mais afastado, compassivo e silencioso. Minha versão, naturalmente, não é nem tão silenciosa e nem tão sofisticada quanto a dele, a original. Que além da presença sempre genial dele mesmo, foi gravada num baita estúdio em Los Angeles, produzida pelo saudoso Greg Ladanyi e conta com a participação de todos aqueles grandes músicos que gravaram com a gente o "Simples de Coração". Mas espero que possa vir em boa hora. 
i-nTé+V:-)C.MalTz. #NoMeioDoTiroteio
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Especial: É tudo um assunto só!

Outro dia discutindo sobre as manifestações do dia 15, sobre crise do governo e a corrupção da Petrobrás eu perguntei a ele se tinha acompanhado a CPI da Dívida Pública. Então ele me respondeu: Eu lá estou falando de CPI?! Não me lembro de ter falado de CPI nenhuma! Estou falando da roubalheira... A minha intenção era dizer que apesar de ter durado mais de 9 meses e de ter uma importância ímpar nas finanças do país, a nossa grande mídia pouco citou que houve a CPI e a maioria da população ficou sem saber dela e do assunto... Portanto não quis fugir do assunto... é o mesmo assunto: é a política, é a mídia, é a corrupção, são as eleições, é a Petrobras, a auditoria da dívida pública, democracia, a falta de educação, falta de politização, compra de votos, proprina, reforma política, redemocratização da mídia, a Vale, o caso Equador, os Bancos, o mercado de notícias, o mensalão, o petrolão, o HSBC, a carga de impostos, a sonegação de impostos,a reforma tributária, a reforma agrária, os Assassinos Econômicos, os Blog sujos, o PIG, as Privatizações, a privataria, a Lava-Jato, a Satiagraha, o Banestado,  o basômetro, o impostômetro, É tudo um assunto só!...





A dívida pública brasileira - Quem quer conversar sobre isso?



Escândalo da Petrobrás! Só tem ladrão! O valor de suas ações caíram 60%!! Onde está a verdade?

A revolução será digitalizada (Sobre o Panamá Papers)


O tempo passa... O tempo voa... E a memória do brasileiro continua uma m#rd*


As empresas da Lava-jato = Os Verdadeiros proprietários do Brasil = Os Verdadeiros proprietários da mídia.

Desastre na Barragem Bento Rodrigues <=> Privatização da Vale do Rio Doce <=> Exploração do Nióbio



Sobre o mensalão: Eu tenho uma dúvida!



Trechos do Livro "Confissões de um Assassino Econômico" de John Perkins 

Meias verdades (Democratização da mídia)

Spotniks, o caso Equador e a história de Rafael Correa.

O caso grego: O fogo grego moderno que pode nos dar esperanças contra a ilegítima, odiosa, ilegal, inconstitucional e insustentável classe financeira.


A PLS 204/2016, junto com a PEC 241-2016 vai nos transformar em Grécia e você aí preocupado com Cunha e Dilma?!

A PEC 241. Onde as máscaras caem.

Uma visão liberal sobre as grandes manifestações pelo país. (Os Oligopólios cartelizados)


Depoimento do Lula: "Nunca antes nesse país..." (O país da piada pronta)
(Relata "A Privataria Tucana", a Delação Premiada de Delcidio do Amaral e o depoimento coercitivo do Lula para a Polícia Federal)


Seminário Nacional - Não queremos nada radical: somente o que está na constituição.

Seminário de Pauta 2015 da CSB - É tudo um assunto só...

UniMérito - Assembleia Nacional Constituinte Popular e Ética - O Quarto Sistema do Mérito 

Jogos de poder - Tutorial montado pelo Justificando, os ex-Advogados Ativistas
MCC : Movimento Cidadão Comum - Cañotus - IAS: Instituto Aaron Swartz


As histórias do ex-marido da Patrícia Pillar

As aventuras de uma premiada brasileira! (Episódio 2016: Contra o veto da Dilma!)

A mídia é o 4° ou o 1° poder da república? (Caso Panair, CPI Times-Life)

O Mercado de notícias - Filme/Projeto do gaúcho Jorge Furtado

Quem inventou o Brasil: Livro/Projeto de Franklin Martins (O ex-guerrilheiro ouve música)

Eugênio Aragão: Carta aberta a Rodrigo Janot (o caminho que o Ministério público vem trilhando)


Luiz Flávio Gomes e sua "Cleptocracia"



Comentários políticos com Bob Fernandes.


Ricardo Boechat - Talvez seja ele o 14 que eu estou procurando...



PPPPPPPPP - Parceria Público/Privada entre Pilantras Poderosos para a Pilhagem do Patrimônio Público

Pedaladas Fiscais - O que são? Onde elas vivem? Vão provocar o impeachment da Dilma?

Como o PT blindou o PSDB e se tornou alvo da PF e do MPF - É tudo um assunto só!


InterVozes - Coletivo Brasil de Comunicação Social

Ajuste Fiscal - Trabalhadores são chamados a pagar a conta mais uma vez


Resposta ao "Em defesa do PT"

Melhores imagens do dia "Feliz sem Globo" (#felizsemglobo)



Desastre em Mariana/MG - Diferenças na narrativa.

Quanto Vale a vida?!


Questões de opinião:

Eduardo Cunha - Como o Brasil chegou a esse ponto?




Sobre a Ditadura Militar e o Golpe de 64:

Dossiê Jango - Faz você lembrar de alguma coisa?


Comissão Nacional da Verdade - A história sendo escrita (pela primeira vez) por completo.


Sobre o caso HSBC (SwissLeaks):

Acompanhando o Caso HSBC I - Saiu a listagem mais esperadas: Os Políticos que estão nos arquivos.


Acompanhando o Caso HSBC II - Com a palavra os primeiros jornalistas que puseram as mãos na listagem.


Acompanhando o Caso HSBC III - Explicações da COAF, Receita federal e Banco Central.



Acompanhando o Caso HSBC V - Defina: O que é um paraíso fiscal? Eles estão ligados a que países?


Acompanhando o Caso HSBC VI - Pausa para avisar aos bandidos: "Estamos atrás de vocês!"... 


Acompanhando o Caso HSBC VII - Crime de evasão de divisa será a saída para a Punição e a repatriação dos recursos


Acompanhando o Caso HSBC VIII - Explicações do presidente do banco HSBC no Brasil

Acompanhando o Caso HSBC IX  - A CPI sangra de morte e está agonizando...

Acompanhando o Caso HSBC X - Hervé Falciani desnuda "Modus-Operandis" da Lavagem de dinheiro da corrupção.





Sobre o caso Operação Zelotes (CARF):

Acompanhando a Operação Zelotes!


Acompanhando a Operação Zelotes II - Globo (RBS) e Dantas empacam as investigações! Entrevista com o procurador Frederico Paiva.



Acompanhando a Operação Zelotes IV (CPI do CARF) - Apresentação da Polícia Federal, Explicação do Presidente do CARF e a denuncia do Ministério Público.

Acompanhando a Operação Zelotes V (CPI do CARF) - Vamos inverter a lógica das investigações?

Acompanhando a Operação Zelotes VI (CPI do CARF) - Silêncio, erro da polícia e acusado inocente depõe na 5ª reunião da CPI do CARF.

Acompanhando a Operação Zelotes VII (CPI do CARF) - Vamos começar a comparar as reportagens das revistas com as investigações...

Acompanhando a Operação Zelotes VIII (CPI do CARF) - Tem futebol no CARF também!...

Acompanhando a Operação Zelotes IX (CPI do CARF): R$1,4 Trilhões + R$0,6 Trilhões = R$2,0Trilhões. Sabe do que eu estou falando?

Acompanhando a Operação Zelotes X (CPI do CARF): No meio do silêncio, dois tucanos batem bico...

Acompanhando a Operação Zelotes XII (CPI do CARF): Nem tudo é igual quando se pensa em como tudo deveria ser...

Acompanhando a Operação Zelotes XIII (CPI do CARF): APS fica calado. Meigan Sack fala um pouquinho. O Estadão está um passo a frente da comissão? 

Acompanhando a Operação Zelotes XIV (CPI do CARF): Para de tumultuar, Estadão!

Acompanhando a Operação Zelotes XV (CPI do CARF): Juliano? Que Juliano que é esse? E esse Tio?

Acompanhando a Operação Zelotes XVI (CPI do CARF): Senhoras e senhores, Que comece o espetáculo!! ("Operação filhos de Odin")

Acompanhando a Operação Zelotes XVII (CPI do CARF): Trechos interessantes dos documentos sigilosos e vazados.

Acompanhando a Operação Zelotes XVIII (CPI do CARF): Esboço do relatório final - Ainda terão mais sugestões...

Acompanhando a Operação Zelotes XIX (CPI do CARF II): Melancólico fim da CPI do CARF. Início da CPI do CARF II

Acompanhando a Operação Zelotes XX (CPI do CARF II):Vamos poupar nossos empregos


Sobre CBF/Globo/Corrupção no futebol/Acompanhando a CPI do Futebol:

KKK Lembra daquele desenho da motinha?! Kajuru, Kfouri, Kalil:
Eu te disse! Eu te disse! Mas eu te disse! Eu te disse! K K K


A prisão do Marin: FBI, DARF, GLOBO, CBF, PIG, MPF, PF... império Global da CBF... A sonegação do PIG... É Tudo um assunto só!!



Revolução no futebol brasileiro? O Fim da era Ricardo Teixeira. 




Videos com e sobre José Maria Marin - Caso José Maria MarinX Romário X Juca Kfouri (conta anonima do Justic Just ) 





Do apagão do futebol ao apagão da política: o Sistema é o mesmo



Acompanhando a CPI do Futebol - Será lúdico... mas espero que seja sério...

Acompanhando a CPI do Futebol II - As investigações anteriores valerão!

Acompanhando a CPI do Futebol III - Está escancarado: É tudo um assunto só!

Acompanhando a CPI do Futebol IV - Proposta do nobre senador: Que tal ficarmos só no futebol e esquecermos esse negócio de lavagem de dinheiro?!

Acompanhando a CPI do Futebol VII - Uma questão de opinião: Ligas ou federações?!

Acompanhando a CPI do Futebol VIII - Eurico Miranda declara: "A modernização e a profissionalização é algo terrível"!

Acompanhando a CPI do Futebol IX - Os presidentes de federações fazem sua defesa em meio ao nascimento da Liga...

Acompanhando a CPI do Futebol X - A primeira Liga começa hoje... um natimorto...

Acompanhando a CPI do Futebol XI - Os Panamá Papers - Os dribles do Romário - CPI II na Câmara. Vai que dá Zebra...

Acompanhando a CPI do Futebol XII - Uma visão liberal sobre a CBF!

Acompanhando a CPI do Futebol XIII - O J. Awilla está doido! (Santa inocência!)

Acompanhando a CPI do Futebol XIV - Mais sobre nosso legislativo do que nosso futebol



Acompanhando o Governo Michel Temer

Acompanhando o Governo Michel Temer I

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