terça-feira, 6 de fevereiro de 2018

Exemplo prático de como nasce uma FakeNews.

No documentário/projeto "O mercado de notícias" do gaúcho Jorge Furtado( se não conhece ainda pode passar a conhece-lo aqui: O Mercado de notícias - Filme/Projeto do gaúcho Jorge Furtado) , o Jorge Furtado conta tim-tim-por-tim-tim como nasceu uma fake news e suas consequências, no caso do falso Picasso que estava pendurado em um prédio do INSS.
Quem quiser saber do que estou falando está nesse post:
O FALSO PICASSO FALSO
http://www.nao-til.com.br/nao-82/picasso.htm

Aqui já alertei o Fake News será decisivo nas eleições de 2018, se elas houverem (O lado azul da força está doido para evitar as eleições pois estão pressentindo que terão a quinta derrota consecutiva, e o lado vermelho da força está chamando as eleições de fraude. Juntando as duas vontades pode dar um caldo perigoso, lembrando que na última vez que houve um golpe no Brasil, Castelo Branco assumiu prometendo eleições em 1965).

O confronto #TodosComCiro + Time Ciro Gomes X FakesNews decidirá as eleições de 2018!

No final desse post, reproduzo uma reportagem do jornal The Intercept onde ele conta uma história sobre como o FakeNews decidiu as eleições de 1945.

Inspirado nessa explicação de como nasce uma FakeNews feita pelo Jorge Furtado, nesse post vou me aventurar em fazer o mesmo: dar um exemplo prático de como nasce uma FakeNews e suas consequências.

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Ciro Gomes declara guerra aos católicos e chama Jesus de “anjo vingador”

https://frontcatolico.blogspot.com.br/2017/10/ciro-gomes-declara-guerra-aos-catolicos.html

A história começa lá na Inglaterra....
Mais precisamente na Universidade de Oxford.

Estudantes brasileiros que estão por lá fundaram o "Brazil Forum UK", que segundo eles:
http://brazilforum.co.uk/pb/about-us/

"O Brazil Forum UK é uma plataforma de debate transparente, plural e interdisciplinar criado por um grupo de brasileiros pesquisadores e alunos de pós graduação de diversas universidades britânicas e institucionalmente apoiados pela Brazilian Society da Universidade de Oxford e pela LSE Brazilian Society."

No dia 14/maio/2017, houve um debate organizado por eles
http://brazilforum.co.uk/pb/program/#14-maio,-universidade-de-oxford

Estavam presentes na parte da tarde Ciro Gomes, um representante do nacional desenvolvimentista, Jacques Wagner, representando o lado vermelho da força (um PTsta) e Marcos Vinicius de Freitas um representante do lado azul da força (que são os liberais, estava previsto o "porquinho" Rodrigo Maia, porém ele mandou esse representante).

A participação dos três completa está aqui:

Se não quiser ver tudo, a FakeNews nasceu dessa resposta que começa a 1h17m do debate:
https://youtu.be/GaCmhZT6Cvk?t=1h17m42s

Perceba que o assunto tratado é a relação entre o poder econômico e o poder político. O que tem a igreja católica com isso? Nada. Em nenhum momento do palestra foi discutido religião. Apenas política e economia. Ciro Gomes fala das diferenças de como a sociedade brasileira e a americana lidam com a relação da política com o poder econômico e opina que essa diferença tem origem da moral luterana que impera entre os americanos e a moral católica que impera entre os brasileiros.

* Na moral luterana o dinheiro é um "dom de Deus" então na campanha eleitoral, além de mostrar a pesquisa popula (o IBOPE deles) eles mostram o tanto que a campanha conseguiu arrecadar, pois na moral deles isso é um mérito.
* Na moral católica é mais fácil um camelo passar num furo de agulha que um rico ganhar os reinos do céus: portanto presume-se que a relação entre o dinheiro e a política é fraudulenta.

E mais na frente ele diz que gostaria que terminasse essa ilusão católica. E somente essa: De que a relação entre o poder econômico e o poder político é necessariamente fraudulento.

Ele vem repetindo a mesma frase sempre, no mesmo contexto, quando se fala em financiamento de campanha e a relação poder econômico/Poder político.Ele SEMPRE disse isso por todo lada que passou e, nunca ninguém saiu de uma entrevista ou palestra achando que o Ciro quer destruir a igreja católica...

E o anjo vingador?
https://www.estudosdabiblia.net/a74.htm

Anjo vingador é uma imagem vinda da bíblia, está no caderno de apocalipse, todos no mundo utilizam a metáfora... Uns falam que Anjo vingador é Azrael, outros que é Miguel ou Gabriel.
Na fábula O anjo vingador, a mando de Deus, desce dos céus e "dá um jeito" na esculhambação que virou o mundo pós paraíso...
A imagem do anjo vingador serve de inspiração para filmes...

Música de tudo quanto é espectro da música...

Literatura...

Fanfics...

Super-heróis...

Quadrinhos...

Cartas de Magic, the Gathering...

E discursos políticos...

Normalmente o Anjo vingador, não é propriamente Deus ou Jesus Cristo.
Na bíblia, fábula, filme ou onde você olhar, é alguém a mando de Deus para eliminar o quem tem de "errado" e deixar só o "certo"...

Quando Ciro Gomes faz uso dessa metáfora, o recado que ele quer passar para o público que está o ouvindo é o seguinte: Nossa sociedade não vai melhorar se esperamos uma mágica qualquer, uma intervenção divina qualquer, consertando o que tem que ser consertado por nós! Democracia é um regime de conquistas e temos que estamos organizados para garantir as conquistas já alcançadas e lutar por novas conquistas. Nós: sociedade formada por cidadãos treinados/educados/organizados.

Assim como na fala da diferença entre a moral católica brasileira/moral luterana americana, nada desse discurso remete à igreja católica. NADA. Fora o uso das imagens e textos bíblicos que fazem parte do conhecimento geral da sociedade, maioria católica, que estudam a bíblia para fazer primeira comunhão e possuem essas imagens bem fixadas na nossa cultura.

Normalmente o Ciro não usa essas duas metáforas juntas.
Num caso ele fala quando refere-se ao polêmico financiamento de campanha.
O outro caso ele utiliza para falar sobre a nossa jovem democracia infestada de golpes que não dá tempo para "treinar" o cidadão.

Naquela tarde na Inglaterra ele juntou as duas. Acontece que lá na Inglaterra o debate tinha representantes do PTsmo e dos Liberais...
O Debate aconteceu de um bom nível, o que me consta nada sobre religião foi discutido. E o lado azul da força que procurava algum trecho do debate que poderia divulgar em favor da sua militância ideológica, como não houve esse momento então dias depois começou a circular esse vídeo... com essa manchete começou a ser espalhado pelas redes sociais, watsApps etc...

ciro gomes quer o fim da igreja catolica

Ciro Gomes se diz católico, tem formação católica, ao que consta na sua biografia divulgada pela Fundação Getúlio Vargas ( http://www.fgv.br/cpdoc/acervo/dicionarios/verbete-biografico/ciro-ferreira-gomes ) "militou ativamente em um grupo denominado Habeas-Corpus, ligado à esquerda católica". Porém, formado em direito, advogado inscrito na OAB, professor de direito tributário e estudante de economia, ele nunca deu centralidade no discurso religioso, sempre focou-se em política e economia em seus livros, palestras, entrevistas etc...

E como quem conta um conto aumenta um ponto, após algum tempo de replicar, compartilhar, divulgar a declaração sobre economia virou guerra contra a igreja católica e a metáfora do anjo vingador virou Jesus Cristo.

O presidenciável neomarxista Ciro Gomes, declara guerra aos católicos e chama Jesus de anjo vingador
http://www.rainhamaria.com.br/Pagina/21755/O-presidenciavel-neomarxista-Ciro-Gomes-declara-guerra-aos-catolicos-e-chama-Jesus-de-anjo-vingador

Ciro Gomes declara guerra aos católicos e chama Jesus de “anjo vingador”
https://frontcatolico.blogspot.com.br/2017/10/ciro-gomes-declara-guerra-aos-catolicos.html

CIRO GOMES DECLARA GUERRA AOS CATÓLICOS E CHAMA JESUS DE “ANJO VINGADOR”
https://www.marretaurgente.com.br/ciro-gomes-declara-guerra-aos-catolicos-e-chama-jesus-de-anjo-vingador/

CIRO GOMES DECLARA GUERRA AOS CATÓLICOS E CHAMA JESUS DE “ANJO VINGADOR”
http://juntospelobrasil.com/ciro-declara-guerra-aos-cristaos-e-chama-jesus-de-anjo-vingador/

Perceba que todas as noticias mostre esse trechinho do debate acontecido na Inglaterra...

E qual é a verdade?

O Ciro como qualquer brasileiro de bem deveria ser não quer acabar com a igreja católica, ele defende um estado laico e professa a tolerância religiosa: Não quer acabar com católicos ou neo-pentecostais, nem espíritas, nas as religiões africanas e nem os Ateus!...

Quando o assunto religião foi tratado é isso o que ele responde(retiro o trecho "Religião" da pesquisa feita no site Sempre Família):

O que Ciro Gomes pensa sobre religião, aborto e casamento gay

http://www.semprefamilia.com.br/o-que-ciro-gomes-pensa-sobre-religiao-aborto-e-casamento-gay/

Religião

Perguntado se adere a alguma religião pela Folha de S. Paulo, em 2008(http://www1.folha.uol.com.br/fsp/brasil/fc1702200815.htm), Ciro disse que tem “uma crença em Deus” e que admira “a figura de São Francisco de Assis”.

Ele é crítico ao que chama de “interferência da religião” em assuntos políticos. Em 2010, ao Estadão, ( http://brasil.estadao.com.br/noticias/geral,mistificacao-em-torno-do-aborto-e-calhordice-imp-,621684 )ele criticou duramente o uso do tema do aborto para desmerecer a candidatura de Dilma Rousseff. Disse que “a calhordice da mistificação religiosa” é “grave para o país”. “A imundície está tomando conta, essa coisa do ódio religioso, da intolerância trazida para a política”, afirmou.

O assunto emerge ao redor de temas como aborto e casamento gay. “Eu respeito a sociedade brasileira como ela é. Temos uma Igreja Católica que é extremamente solidária com os pobres, mas extremamente criptoconservadora nesses termos de costumes. O chefe de Estado tem que entender isso, tem que compreender e respeitar isso”, disse à BBC em 2017. ( http://www.bbc.com/portuguese/brasil-39910403 )

Ao El País, ( https://brasil.elpais.com/brasil/2017/08/10/politica/1502319337_980280.html ) no mesmo ano, Ciro seguiu na mesma linha: “Sei da importância estratégica da Igreja Católica e, mais recentemente, da crescente igreja neopentecostal, na solidariedade com os pobres, com o qual tenho total afinidade. Eles aderiram aos protestos contra esses retrocessos anti-povo”.

Referindo-se novamente a temas como aborto e casamento gay, completou: “Mas eles são violentamente contra esses assuntos e eu quero ser presidente do Brasil. Então eu tenho que respeitar essas coisas. O presidente tem que ser média. Eu estarei nesta média pendendo para a tolerância, para o respeito. Em nenhuma possibilidade de normatização no meu governo prosperará estigmatizando seja quem for, seja por qual diferença for”.

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Depois que foi para a rede e é repetida várias e várias vezes a mentira vira verdade e

ser contra a igreja católica acaba virando argumento que influencia na decisão de voto.

Você está decidindo seu voto a base de FakeNews!

Perceberam onde isso pode dar?

Por exemplo na lista de contras ao Ciro Gomes feita pelo "youtuber" André Fernandes:

E ser contra a igreja católica já é uma das características do políticos que tem a fala econômica/política como base. E o legal que o tempo todo o garoto repete: PESQUISE!

E para aquela pessoa que pesquisou e nunca teve contato com o FakeNews, fica até difícil de responder, pois não vêem nenhum sentido prático na acusação totalmente desconexa com a realidade...

Essa ex-Bolsonarista por convicção atual Cirista por reflexão ao tentar responder, sem saber a origem da convicção "O Ciro é contra a Igreja", tentou explicar: não é que o Ciro seja contra a Igreja, ele é a favor do estado laico. Não falou mentira, mas não tirou a dúvida do sujeito...

Essa outra Cirista que diz "acho que o voto não é conquistado gula a baixo, ele deve ser fruto de uma reflexão sobre o que é melhor ao país", portanto também posso chama-la de "Cirista por reflexão"

Ao tentar responder não entendeu bulhufas do porque o cara acha que é antagônico Controle social X Votos dos cristãos e tentou explicar o que é controle social e perguntou o que isso tem a ver com os cristãos... Na cabeça fragmentada do sujeito, quando ele ouviu o trechinho: " sou a favor do controle social, quero o fim da ilusão moralista católica " ele formou o antagonismo na cabecinha dele... uma maluquice.

Quem estava no evento e viu a fala inteira consegue substituir "fim da ilusão moralista católica" por "nem sempre que o poder econômico relaciona-se com o poder político gera propina para o governante em troca de lucro para o privado", o que já criou raízes no povo brasileiro pelos vastos exemplos conhecidos...

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Patrícia, olhando os vídeos que ele coloca nos créditos, a parte do "Ciro é contra a Igreja católica " é mais trágico do que você respondeu. É o exemplo clássico de como essa juventude sobrevive: cheia de fragmentos.
Ele basea-se num debate que o Ciro participou na Inglaterra e tinha um representante PTsta e um representante liberal. Eles assistiram o debate a procura de algum momento em que o Ciro tenha ficado por baixo, não encontraram e usaram esse trecho. Ele nem estava falando de igreja católica. O assunto era controle social sobre a interferência do poder econômico privado nas ações governamentais.
Se você acompanha as palestras do Ciro você já está acostumada de ouvir ele falar da diferença da cultura americana e brasileira, que os americanos tem moral anglicana onde o dinheiro é uma dádiva recebida dos Deuses (e portanto um mérito ) e na moral católica brasileira é mais fácil um camelo passar no buraco de uma agulha do que o rico entrar nos reinos do céus (portanto o dinheiro é um demérito ).
Além disso você já está acostumada também com a metáfora do "anjo vingador" que ele usa normalmente se referindo a nossa jovem democracia: Democracia é um regime de conquistas. Nenhum anjo vingador vai descer dos céus estalar seu chicote e colocar as coisas em ordem por nós. A sociedade, através de cidadãos treinados/educados, temos que nos organizar e a cada dia evoluir em mais uma conquista .
Pois bem. O Ciro juntou as duas coisas. Falou fim da ilusão Católica e emendou na história do anjo vingador (num assunto diferente do que ele costuma usar). É os liberais sem saber interpretar o que ele disse pegou só esse trechinho e começou a espalhar que o Ciro é contra a "Igreja Católica" pois ele não acredita na volta de "Jesus Cristo".
E é com essa gente que temos que debater.
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Ser cristão não é simplesmente ir na igreja...
Ser cristão é cultivar (em gestos e palavras) o amor ao próximo.
Se você defende tortura você não é cristão.
Se você acha que mais de 30000 deveriam morrer assassinados pelo estado você não é cristão. Se você não defende a partilha do pão com quem não tem o pão você não é cristão.
Se você faz tudo isso você já é cristão.
Se além de fazer tudo isso você ainda frequenta a igreja você vira um cristão frequentador de igreja.
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Outra resposta:
https://www.facebook.com/groups/1049425058412836/permalink/1758057987549536/

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E sempre fica aquela dúvida. Todos esses "erros de interpretação" é falta de inteligência mesmo ou é fala encomendada?

Porque é nítido a tentativa de trocar o "ambiente" do debate, substituindo a pauta política/econômica por uma pauta moralista/sexual/religiosa. Sendo que o que vai resolver nossos problemas é um projeto nacional desenvolvimentistas, e não tolerância ou intolerância religiosa.

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Essas são as outros ataques do André Fernandes ao Ciro Gomes:

Ciro sobre igreja católica - https://www.youtube.com/watch?v=nTPy-PCsgV4 Esse é problema de interpretação. Ele não está falando da igreja católica, seu idiota. Ele está dizendo que excelencia nas instituições somos nós que conquistamos, passo a passo e que não há frase feita ou reza que vai magicamente deixar incorruptível nosso tribunal de contas, nossas empresas, nossos servidores públicos. "Controle social" é disso que ele está falando... Ciro sobre aborto - https://www.youtube.com/watch?v=h4ztQ9kRJ78 Nessa aí está claro, ele é contra o aborto, porém contra prender sua irmã, sua namorada e sua prima que fizeram o aborto. E acha que elas merecem assistência e não abandono. Ciro sobre policias - https://www.youtube.com/watch?v=CTmfb64LPsY Nessa está claro também. Ele não está falando da polícia em geral e sim de um grupinho de milícia que mais de 80 deles foram presos. São sujeitos que ainda não decidiram de que lado estão: da polícia ou do ladrão... Ciro sobre manifestantes - https://www.youtube.com/watch?v=nVXkvGh_8Pc Outro que está claro. Ele disse que não vai prender o manifestante que estiver andando com um Veja na mão(como foi feito) e sim aqueles blackblocks violentos que por exemplo usam de violência na posse de um ministro do STF. Ele está defendendo a lei, seu hipócrita. Ciro machista - http://www1.folha.uol.com.br/fsp/brasil/fc3108200217.htm Esse caso já foi explicado N vezes. Está aqui: https://youtu.be/OEf9qnG0fg0 E é você querendo tirar o foco dos problemas reais brasileiro para um problema identitário/moral sexual que em nada ajuda o Brasil sair do Buraco. É você querendo trocar o ambiente do debate: ( https://www.youtube.com/watch?v=iveGXN50Gjk ) Ciro homofóbico - https://goo.gl/oVzhTD Essa é fakeNews. O Ciro não chamou o Dória de viado. Mas se quiser saber a opinião do Ciro sobre o Dória está aqui: https://www.youtube.com/watch?v=rJS72mY77CE E é você querendo tirar o foco dos problemas reais brasileiro para um problema identitário/moral sexual que em nada ajuda o Brasil sair do Buraco. É você querendo trocar o ambiente do debate: ( https://www.youtube.com/watch?v=iveGXN50Gjk ) Ciro apoiar "golpista" - https://goo.gl/prCtp6 Essa a crítica é válida, mas deve ser encaminhada ao PDT. O PDT carioca está apodrecido, assim como em outros partes do Brasil. Aqui ele fala sobre isso: https://www.youtube.com/watch?v=SEQod9uFS3I Ciro sobre resolver problema bandidagem - https://www.youtube.com/watch?v=GPXEE5mllW0 Esse aí está bem claro: também sou da paz, também fui derrotado no plebicito sobre o desarmamento, também não acho que devemos ter o direito de dar um tiro num sujeito, arrasta-lo para o quintal de casa e depois dizer que ele tentou invadir. Opinião é opinião. Ciro humilha mulher que pede saúde - https://www.youtube.com/watch?v=0lwv8jzG9s8 Não vi humilhação nenhuma... Humilhação é chamar alguém de idiota, seu idiota! https://www.youtube.com/watch?v=8ZLH-6CSWSM Ciro manda irmão de paciente a merda - https://goo.gl/mR7og7 Isso é material de campanha do capitão Vagner, que no desespero para tentar ganhar eleição fica cotando essas historinhas... Ciro defende exposição santander - https://www.youtube.com/watch?v=6AjDxbnbKIQ Outro que é só opinião: Arte é arte. Proibir é absurdo. E é você querendo tirar o foco dos problemas reais brasileiro para um problema identitário/moral sexual que em nada ajuda o Brasil sair do Buraco. É você querendo trocar o ambiente do debate: ( https://www.youtube.com/watch?v=iveGXN50Gjk ) Ciro apoia Dilma e Temer - https://www.youtube.com/watch?v=jvaRpoOdW_U Essa aí é uma critica válida. Bote na conta do PT. Assim como a maioria dos eleitores da Dilma eles apoiaram uma parte da aliança e ficam injuriados com outra parte da aliança... Ciro sobre sequestrar lula - https://www.youtube.com/watch?v=tBjVzOmtv08 Esse está bem claro: Uma presidenta(e) da república não pode nomear um ministro no intuito de retira-lo das mãos de um juiz de primeira instância. O melhor a fazer caso entenda que há um preso político sendo injustiçado esse preso político deve ser refugiar em outra nação, como o Assange ou o Showden. Ciro sobre Sergio Moro - https://www.youtube.com/watch?v=XxT42YexPYc Você que é favorável à liberação das armas, se a polícia invadir sua propriedade para te prender, você sendo inocente, você faria o que? E aqui está a entrevista completa: A polêmica entrevista que o Ciro Gomes mandou matar a turma do Sérgio Moro. https://goo.gl/QBcY0t Ciro desce de palco para briga - https://www.youtube.com/watch?v=TvOSssGv2CE Aqui é você querendo tirar o foco dos problemas reais brasileiro para um problema identitário/moral sexual que em nada ajuda o Brasil sair do Buraco. É você querendo trocar o ambiente do debate: ( https://www.youtube.com/watch?v=iveGXN50Gjk ) Ciro xinga manifestantes - https://www.youtube.com/watch?v=kicnF62xLz4 Sua cunhada liga para sua casa 1h da manhã e fala que seu irmão será morto. o que você faz? https://www.youtube.com/watch?v=dotCrKvvAzE E é você querendo tirar o foco dos problemas reais brasileiro para um problema identitário/moral sexual que em nada ajuda o Brasil sair do Buraco. É você querendo trocar o ambiente do debate: ( https://www.youtube.com/watch?v=iveGXN50Gjk ) Ciro responde mais de 80 processos - https://goo.gl/ooip73 Nenhum deles por maversação de dinheiro público. Tudo por ter chamado de ladrão os ladrões da república.

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O confronto #TodosComCiro + Time Ciro Gomes X FakesNews decidirá as eleições de 2018!

Do Ciro Gomes, as entrevistas/palestras/falas/participação em programas de TV/Rádio/Jornal/Revista/Internet divulgo na íntegra aqui:

As histórias do ex-marido da Patrícia Pillar

Foi o "Cirão da Massa" que popularizou o termo "Tattoo no toco"

E para não ficar muito carregado, vou continuar divulgando aqui nesse post.
Sempre que eu atualizar eu aviso como já fiz aqui:

Atualizado: As histórias do ex-marido da Patrícia Pillar

Ciro Gomes X Spotniks : Round Two! - Atualizado: As histórias do ex-marido da Patrícia Pillar

Atualização do Post "As histórias do ex-marido da Patrícia Pillar"

Roda Viva da política Nacional - Atualização do Post "As histórias do ex-marido da Patrícia Pillar"

Atualização Foi o "Cirão da Massa" que popularizou o termo "Tattoo no toco"

A polêmica entrevista que o Ciro Gomes mandou matar a turma do Sérgio Moro.

Atualização Ciro Gomes : "Falando à nossas cabeças"

Ciro Gomes é um coronel moderno?

Muito mais sobre o entrevistador do que sobre o entrevistado.

Coerência e incoerências da esquerda. Existirá a sonhada frente de esquerda?

Sabia que Prefeita Paulinha é eleita como a Melhor Gestora de Santa Catarina? Nem eu!...

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https://theintercept.com/2018/02/07/fake-news-ja-influenciava-eleicoes-brasileiras-desde-1945/

“FAKE NEWS” JÁ INFLUENCIAVAM ELEIÇÕES BRASILEIRAS EM 1945

AO CONTRÁRIO DO que sugere um engano em que muita gente tropeça, a história do Brasil não começou ontem. Nem as notícias falsas são praga recente, embora o rótulo “fake news” bafeje a novo.

Semear mentira para colher vantagem é trapaça manjada. Em 1996, ainda não havia redes sociais e robôs digitais para plantar cascatas. Nada que impedisse artimanhas eleitorais para confundir. O prefeito Cesar Maia lançara Luiz Paulo Conde para concorrer à sua sucessão no Rio. O antagonista mais robusto era Sérgio Cabral Filho – ele mesmo.

Cesar contratou mais de uma centena de pessoas para espalhar, no centro da cidade, que Cabral desistira da eleição. De boteco em boteco, aglomeração em aglomeração, os boateiros a serviço do prefeito comentavam a “novidade”. Os incautos ouviam e compartilhavam a informação com os amigos. Com o rumor sobre o abandono chegando ao noticiário, Cabral teve de, em sinal de anemia política, esclarecer que persistiria. Persistiu e perdeu.

O trambique, hoje um case do marketing político nacional, não foi confidência de um desafeto de Cesar Maia. E sim dele, em livro.

Anos antes, em 1989, a campanha de Fernando Collor de Mello à Presidência disseminara o boato de que, se vencesse, Luiz Inácio Lula da Silva obrigaria todas as famílias a cederem um quarto de suas residências para grupos de sem-terra morarem. E que garfaria a sagrada poupança dos brasileiros.

Collor ganhou, e sua primeira medida foi bloquear os depósitos bancários.

Mais atrás, em 1960, os adversários de Carlos Lacerda na disputa para o governo da Guanabara, o equivalente geográfico do atual Município do Rio de Janeiro, soaram o alarme: o deputado e jornalista exterminaria as escolas públicas da cidade-Estado.

Lacerda triunfou e, nos cinco anos vindouros, construiu centenas de colégios.

Completa uma década este ano a patacoada que certa imprensa embalou como fato consumado: o ministro Gilmar Mendes teria sido grampeado em seu gabinete no Supremo. Uma investigação metódica e obsessiva não encontrou indício de escuta ilegal.

A notícia falsa sobre o grampo custou a cabeça do delegado Paulo Lacerda, que dirigia a Agência Brasileira de Inteligência. Não era esse o objetivo?

O episódio dos marmiteiros

Costuma-se interpretar o confronto entre Hillary Clinton e Donald Trump, em 2016, como uma arena em que a engrenagem das “fake news” revelou-se potente, azeitada e daninha à democracia.

Mas uma campanha presidencial no Brasil antecipou em quase três quartos de século o cenário em que uma mentira pode influenciar decisivamente as escolhas dos cidadãos.

Os idos de 1945 ensinam como uma invencionice, mesmo resumida a uma só palavra, pode pesar nas urnas.

No caso, a palavra foi “marmiteiros”.

Depois do término da Segunda Guerra Mundial, um golpe de Estado depôs o chefe da ditadura do Estado Novo. Os militares, que oito anos antes haviam se associado ao presidente constitucional Getúlio Vargas no golpe, derrubavam agora, em 29 de outubro de 1945, o ditador Getúlio Vargas.

A eleição direta para presidente foi marcada para 2 de dezembro. Seria a primeira desde a de 1930, cujo primeiro colocado foi impedido de assumir – a Revolução de 30, também um golpe, entregou o poder a Getúlio. Do quarteto de candidatos, dois duelavam com chances de vitória: o brigadeiro Eduardo Gomes, da União Democrática Nacional; e o general Eurico Gaspar Dutra, do Partido Social Democrático.

Dutra prosperara na ditadura como ministro da Guerra, o comandante do Exército. Com dicção deficiente, trocava letras – “você” virava “voxê”. O jornalista e historiador Hélio Silva testemunhou:

“Dutra não era um candidato popular. […] Não era bom orador. […] A impressão dominante era da vitória, de antemão assegurada, do brigadeiro em torno de quem se agrupavam as forças de oposição”.

Dutra era apoiado também pelo Partido de Representação Popular, que abrigava os veteranos da Ação Integralista Brasileira. Nos anos 1930, os galinhas-verdes da AIB haviam adotado aqui ideias que o fascismo e o nazismo cultivavam na Itália e na Alemanha.

A UDN de 1945 era uma frente ampla que reunia de oligarcas decaídos em 1930 a políticos de frescor liberal e frações de esquerda partidárias da socialização dos meios de produção. Não se definira ainda como o partido conservador e reacionário que, na futura síntese crítica do udenista Carlos Lacerda, se constrangia até em chamar pobre de pobre. Em documentos, preferia “os menos favorecidos”.

Mas o brigadeiro estava longe de ser uma figura com apelo entre os… menos favorecidos. Falava em tom monótono, carente de emoção, com carisma de filatelista. A massa trabalhadora não se entusiasmava com ele e sua pregação. O porvir confirmaria que era ruim de voto. A campanha, porém, parecia destinada ao sucesso. Embalava o candidato a legenda de herói da rebelião tenentista de 1922, um dos sobreviventes dos mal contabilizados “Dezoito do Forte” de Copacabana. “Vote no brigadeiro, que é bonito e é solteiro”, recitavam suas fãs.

Até que, em 20 de novembro, emissoras de rádio controladas pelo empresário Hugo Borghi, vinculado à candidatura Dutra, detonaram uma bomba. Em discurso, alardearam, o brigadeiro se jactara: “Não preciso do voto dos marmiteiros”. Ele teria empregado a palavra com sentido de trabalhadores humildes, que carregam comida na marmita (marmiteiro era igualmente o funcionário de bares e restaurantes entregador de marmitas).
Era tudo mentira, ou “fake news”.

Calúnia

Páginas de jornal pró-Dutra foram coladas nas paredes e grades da Galeria Cruzeiro, na avenida Rio Branco. Populares paravam, liam, batiam boca e vituperavam a insolência do brigadeiro.

Em suas rádios, algumas delas adquiridas com financiamentos do Banco do Brasil durante a ditadura, Borghi reverenciou Getúlio Vargas e mandou brasa na propaganda: “Não vencerá aquele que disse não necessitar dos votos dos marmiteiros e da patuleia, quando os trabalhadores se reuniam em praça pública para manifestar suas aspirações”. Getúlio mantinha-se discreto sobre o pleito, sem anunciar adesão a nenhum postulante.

Borghi acumulara fortuna no Estado Novo, sobretudo em negócios obscuros com algodão. Animara a campanha “Queremos Getúlio”, empenhada na preservação do ditador. O empresário afirmou ao “Globo”:

“Dizem que sou um banqueiro feito à sombra da ditadura e financiador do movimento queremista, à custa de desvio de verbas oficiais, destinadas ao amparo da lavoura de algodão”.

O amigo de Getúlio jurava inocência, mas poucos se fiavam nele.

O brigadeiro não percebeu o estrago que a estória ameaçava provocar. No dia 21, ele passava pela cidade paulista de Bauru quando o “Correio da Manhã” alcançou-o com uma ligação telefônica. O repórter perguntou “se estava a par do caso dos marmiteiros”.

“Marmiteiros?”, indagou. Não entendera.

O jornalista empostou a voz e repetiu sílaba por sílaba:

“Mar-mi-tei-ros!”

“Que é isso?” insistiu Eduardo Gomes, que ao fim deu de ombros: “Quem pode crer em semelhante tolice?”

Carlos Lacerda rememoraria lhe ter dito: “Brigadeiro, o senhor tem que fazer um discurso hoje, desmentindo isso, mas hoje”.

O oficial da Aeronáutica encaminhou-o a outro correligionário, o ex-deputado Prado Kelly, que teria minimizado: “Mas isso, Carlos, não tem tanta importância! O povo não vai acreditar nisso. Imagina…”.

Os grandes jornais cariocas, na então capital da República, alinhavam-se com o brigadeiro, e contra-atacaram. “Mentira”, acusou o “Correio da Manhã”, identificando no “grande capitalista” Hugo Borghi a origem da lorota. “Calúnia”, estampou o “Diário de Notícias”.

Já era tarde. Nos comícios da UDN, os palanques aclamavam Eduardo Gomes como um amigão dos trabalhadores. “Mas não houve mais pobre no Brasil que se convencesse disso”, reconheceu Lacerda.

“Fake news” decisiva

A historiadora e socióloga Alzira Alves de Abreu assinalou, no “Dicionário Histórico-Biográfico Brasileiro”:

“Borghi passou a declarar através das estações de rádio e de jornais como ‘O Radical’ que o candidato udenista não precisava dos votos dos marmiteiros, dos que trabalham, dos que lutam pela vida, pois contava com o apoio dos ricos, dos grã-finos, dos privilegiados. […] Segundo alguns analistas políticos, essa campanha teria sido finalmente responsável pela derrota de Eduardo Gomes”.

Ao divulgar, no finzinho de novembro, uma declaração pedindo votos para Dutra, Getúlio selou o revés do brigadeiro. O manifesto se celebrizou com o slogan, de autoria de Borghi, “Ele disse”.

É possível que a bênção de Getúlio Vargas, cuja política social e trabalhista lhe granjeara vasta simpatia popular, tenha sido mais importante do que a calúnia dos marmiteiros. Mas a “fake news” foi também decisiva.

Eduardo Gomes conquistou a maioria nas urnas do Rio, mas malogrou no país – um chocolate de 3,3 milhões de sufrágios para Dutra, contra 2,0 milhões para o udenista.

Antes de 1945 se despedir, Hugo Borghi vangloriou-se numa entrevista em Porto Alegre por ter inventado a frase sobre marmiteiros:

“Explicou que, após o discurso do brigadeiro Eduardo Gomes no Teatro Municipal, onde há um trecho fazendo referência ao ‘voto dessa malta de desocupados que anda por aí’, procurou no dicionário de Cândido de Figueiredo a significação da palavra ‘malta’, tendo encontrado ‘gente de baixa condição, súcia, reunião de trabalhadores que se transportam juntamente de um lugar para outro à procura de trabalhos agrícolas’. ‘Não poderia haver dúvida’, disse Borghi: ‘O brigadeiro queria dizer que não precisava do voto dos marmiteiros, ou seja, dos trabalhadores’”.

A versão é falsa, evidenciam documentos e periódicos de outrora.

No cair da tarde de 19 de outubro de 1945, o brigadeiro foi homenageado no Teatro Municipal do Rio. Diante de uma mesa coberta de flores, leu para milhares de presentes o discurso em que mencionou a manifestação queremista no Palácio Guanabara, residência oficial do ditador, poucas semanas antes da deposição.

Relacionou o episódio a um evento de 1830 na França, às vésperas da queda do rei Carlos X:

“A cena, que então se desdobrou nos jardins do Guanabara, bem se parecia com uma tela histórica _a invasão do Palais-Royal por uma festiva multidão de desocupados, quando o duque de Orléans homenageava Carlos X e o rei de Nápoles, em visita a Paris”.

Eduardo Gomes não falou em “malta”, mas em “festiva multidão de desocupados”. Nem em precisar dos votos destes ou daqueles.

Os “marmiteiros”, balela inspirada pela palavra “desocupados”, foram obra da criatividade de um fabricante de “fake news”.

Quantos Hugo Borghi estarão à espreita no Brasil de 2018?

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Outro dia discutindo sobre as manifestações do dia 15, sobre crise do governo e a corrupção da Petrobrás eu perguntei a ele se tinha acompanhado a CPI da Dívida Pública. Então ele me respondeu: Eu lá estou falando de CPI?! Não me lembro de ter falado de CPI nenhuma! Estou falando da roubalheira... A minha intenção era dizer que apesar de ter durado mais de 9 meses e de ter uma importância ímpar nas finanças do país, a nossa grande mídia pouco citou que houve a CPI e a maioria da população ficou sem saber dela e do assunto... Portanto não quis fugir do assunto... é o mesmo assunto: é a política, é a mídia, é a corrupção, são as eleições, é a Petrobras, a auditoria da dívida pública, democracia, a falta de educação, falta de politização, compra de votos, propina, reforma política, redemocratização da mídia, a Vale, o caso Equador, os Bancos, o mercado de notícias, o mensalão, o petrolão, o HSBC, a carga de impostos, a sonegação de impostos,a reforma tributária, a reforma agrária, os Assassinos Econômicos, os Blog sujos, o PIG, as Privatizações, a privataria, a Lava-Jato, a Satiagraha, o Banestado, o basômetro, o impostômetro, É tudo um assunto só!...