Aqui eu falei um pouco das diferenças entre o Juiz Sérgio Moro e o ex-Juiz, atual desembargador protetor de velhinhos, Fauto de Santis.
Operação Satiagraha - Operação policial de maior relevância política até 2014.
Uma das diferenças era que o Fauto di Santis já tinha participado da Roda Viva. Não há mais essa diferença:
Outra boa parte é quando ele soma-se a minha chata voz dizendo que um dos maiores problemas nacionais é o Oligopólio Cartelizado dos meios de comunicação, que defende os interesses do Oligopólio Cartelizado do Bancos.
Já fui chato sobre esse assunto!
Meias verdades (Democratização da mídia)
O Mercado de notícias - Filme/Projeto do gaúcho Jorge Furtado
A mídia é o 4° ou o 1° poder da república? (Caso Panair, CPI Times-Life)
O Mercado de notícias - Filme/Projeto do gaúcho Jorge Furtado
Quem inventou o Brasil: Livro/Projeto de Franklin Martins (O ex-guerrilheiro ouve música)
Diálogo sobre como funciona a mídia Nacional - Histórias de Luiz Carlos Azenha e Roberto Requião.
O Brasil Mudou. A Mídia não!É claro que ele não falou que o interesse dos oligopólios dos Bancos são defendidos pelo Oligopólio cartelizado da mídia...
Outro trecho interessante é a parte do "O mecanismo", série da NetFlix.
No dia seguinte daquele áudio da Dilma+Lula clamando pelo Bessias, eu fiz esse post:
http://jogosdinheirointernet.blogspot.com.br/2016/03/muito-parecido-porem.html
E a netflix mandou esse post:
Ela juntou o Padilha para filmar o Livro do caso Lava Jato...
Aqui eu falei um pouco sobre Tropa de Elite e sobre a liberdade criativa do José Padílha:
Ex-Governadores do Rio Presos; FifaGate; Guangue do guardanado: É Tudo um assunto só
Falei de como hoje é polêmico descobrir quem é o governador do Rio que era apoiado pelos Milicianos e pelo tráfico de drogas, se Antony Garotinho ou se Sérgio Cabral. Esses dois já foram aliados a pouco tempo atrás.
Amanhã quando não soubermos direito quem foi o autor da frase "acordo nacional com supremo com tudo", se foi Lula(PT), Romero Jucá(PMDB) ou Sérgio Machado(PSDB), acharemos que é tudo normal, que é assim mesmo pois eles estavam aliados a pouco tempo atrás...
Na minha interpretação esse carioca acredita realmente que é tudo o mesmo. E aí temos que ver a série assim: escrita por um moço que vê a situação da SUA cidade, do SEU estado como se fosse no Brasil inteiro... Sem ver, ou sem saber, ou sem querer saber, por exemplo o resultado do IDEB, e porque é diferente em diferentes lugares do Brasil.
Mas carioca é assim mesmo... Sentem-se ainda nascidos na capital federal!
O Mecanismo da NetFlix ensina como funciona a política nacional na forma e no conteúdo.
Dinheiro estrangeiro "investido" no Brasil para influenciar opiniões e ganhar votos. Isso é velho... lembram da CPI do IBAD que levou o Deputado Rubens Paiva ser assassinado pelos "policiais" torturadores da época da ditadura de 64?
Aquela CPI era dinheiro externo para influenciar nas eleições nacionais...
Mesmo filme, mesmo objetivo.
O objetivo aqui é demonizar a corrupção para a construção de Refinarias, pois isso ajuda a deixar o Brasil independente; demoniza o dinheiro roubado na Vale, para que a Vale caia nas mãos estrangeiras; demoniza o dinheiro roubado na Petrobrás, afinal a Petrobrás só atrapalha as 7 irmãs: Shell, Chevron, etc...
E demonizando essa corrupção, explica-se o porque o Brasil está estagnado, explica-se o porque 5 brasileiros tem o mesmo patrimônio de metade da população brasileira; explica o porque a oitava economia do mundo é a 76º no desenvolvimento humano.
E para entender isso não dá para entender com uma série do NetFlix
precisa de mais tempo de estudo:
Especial: É tudo um assunto só!
Essa de dinheiro estrangeiro financiando a lavagem cerebral de uma nação não é novidade, está aí desde a fundação da Rede Globo e hoje tem seu maiores representantes no Brasil Paralelo, no Instituto Millênio, ou a BlackRock, instituição difícil de entender, (que citei aqui:As empresas da Lava-jato = Os Verdadeiros proprietários do Brasil = Os Verdadeiros proprietários da mídia.
) e que o Nassif contou que faz parte dos financiadores do NetFlix(reproduzo o artigo aqui em baixo).
O imposto sindical é um dos "responsáveis" pelas mazelas brasileira na visão do Brasil Paralelo por exemplo. E essa foi uma das primeiras vítimas após Golpe2016.
Vamos tentar montar o seguinte quebra-cabeça:
Pela narrativa do Mecanismo+Lava Jato: Todo super-faturamento para fazer o Brasil se desenvolver é transferido para os corrupto políticos, do corruptos das estatais e dos corruptos das empresas nacionais. Isso vai para o financiamento dos partidos, isso gera caixa 2, isso elege presidente.
Vamos lá. Pelo jornal Estadão, matéria do fim de 2014, a eleição mais cara da história desse país, custou 5 Bilhões:
Campanhas gastaram R$ 5 bilhões em 2014
http://politica.estadao.com.br/noticias/geral,campanhas-gastaram-r-5-bilhoes-em-2014-imp-,1600362
Na matéria fala até o que poderia ser feito com esse dinheiro.
A lava-jato, principal assunto no parlamento, executivo e judiciário brasileiro gerou no judiciário a remoção do financiamento empresarial das campanha políticas de 2016 e no parlamento uma verba para eleição que pode chegar a 6 bilhões como comunica o mesmo jornal em 2017:
Fundo eleitoral pode chegar a R$ 6 bi em 2018
http://politica.estadao.com.br/noticias/geral,fundo-eleitoral-pode-chegar-a-r-6-bi-em-2018,70001878727
Que é mais o menos o que foi gasto em 2014, com correção financeira da inflação de 4 anos.
Foi possível fazer essa proposta, esse acordo, pois é possível retirar do orçamento Brasileiro, que com a queda de arrecadação nos últimos anos chegou a 2,483 Trilhões.
ORÇAMENTO FEDERAL EXECUTADO (PAGO) EM 2017 = R$ 2,483 TRILHÕES
E não estão errados.
em 2,483 Trilhões, é barato usar 6 bilhões para financiar a democracia e ficar livre, em tese, da dependência dos políticos com as empresas privadas que não pensam no público só nos interesses privados.
É 0,02% do orçamento do estado nacional.
Acontece que esse fato desmonta toda a narrativa da lava-jato e do mecanismo.
Se o dinheiro da corrupção brasileiro serve para caixa 2 para eleições, esse dinheiro é insignificante ao orçamento do estado segundo a proposta aceita na câmara.
Não faz nem cosquinhas.
Eles discutem abertamente na Camara em Brasília retirar todo esse "desvio" denunciado no "mecanismo" e destinar para as eleições, sem precisar de super-faturamento, novelização no Jornal Nacional. É um trocado no Orçamento Brasileiro então vamos usá-lo para eleições mais "limpas".
Não faz nem cosquinhas.
Eles discutem abertamente na Camara em Brasília retirar todo esse "desvio" denunciado no "mecanismo" e destinar para as eleições, sem precisar de super-faturamento, novelização no Jornal Nacional. É um trocado no Orçamento Brasileiro então vamos usá-lo para eleições mais "limpas".
Definitivamente esse mecanismo:
NÃO É O MOTIVO DAS MAZELAS BRASILEIRAS.
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O Pablo gosta das suas idéias mas tem medo dele pisar na casca de banana que a "direita" colocar para ele na campanha como aconteceu em 2002.
Para ele, sem Lula os dois melhores são empatados Manuela D'Ávila e Guilherme Boulos, mas se tiver que ser o Ciro Gomes, que seja.
E deu de ombros quando foi responder a aliança PT+(P)MDB.
Para ele, sem Lula os dois melhores são empatados Manuela D'Ávila e Guilherme Boulos, mas se tiver que ser o Ciro Gomes, que seja.
E deu de ombros quando foi responder a aliança PT+(P)MDB.
Minhas respostas:
1º: Temos que parar de votar nos nomes e passar a votar no conjuntos de ideias.
No conjunto de idéias, o único que junta Projeto Nacional Desenvolvimentista + Auditoria Cidadã da dívida pública + Prioridade na Educação (o Ciro chama de investimento em gente) é o Ciro Gomes.
Para a Manuela falta a Auditoria Cidadã da dívida pública (ela quer atacar o lucros dos bancos, mas não fala o caminho).
Para o Boulos falta o Projeto Nacional Desenvolvimentista (ele quer re-industrializar o país, mas não fala o caminho).
1º: Temos que parar de votar nos nomes e passar a votar no conjuntos de ideias.
No conjunto de idéias, o único que junta Projeto Nacional Desenvolvimentista + Auditoria Cidadã da dívida pública + Prioridade na Educação (o Ciro chama de investimento em gente) é o Ciro Gomes.
Para a Manuela falta a Auditoria Cidadã da dívida pública (ela quer atacar o lucros dos bancos, mas não fala o caminho).
Para o Boulos falta o Projeto Nacional Desenvolvimentista (ele quer re-industrializar o país, mas não fala o caminho).
No conjuntos de idéias do Lula falta tanto a Auditoria Cidadã da dívida pública (por isso o Boulos critica) quanto o Projeto Nacional Desenvolvimentista (por isso a Manuela critica).
Nesse conjunto de idéias a melhor opção é o Ciro, seguido do Boulos, seguido da Manuela, afinal como diz a premiada brasileira de nome Maria ( Maria Lucia Fattorelli) não haverá Projeto Nacional Desenvolvimentista que irá prosperar sem a auditoria da dívida.
2º: Escorregar na casca de banana da direita, Pablo, é depois de ser eleito anunciar Henrique Meireles como presidente do Banco Central do Brasil como o Lula fez.
É vetar (se Deus quiser só adiar) a necessária Auditoria da Dívida pública como prevista na constituição ( Art. 26. ) como a Dilma Rousseff fez.
escorregar na casca de banana da direita não é deixar de vencer as eleições: é vencer e governar como eles. É por isso a crise política, é por isso a crise da "esquerda". É vencer as eleições e não por suas propostas em execução.
É vetar (se Deus quiser só adiar) a necessária Auditoria da Dívida pública como prevista na constituição ( Art. 26. ) como a Dilma Rousseff fez.
escorregar na casca de banana da direita não é deixar de vencer as eleições: é vencer e governar como eles. É por isso a crise política, é por isso a crise da "esquerda". É vencer as eleições e não por suas propostas em execução.
Vocês queriam a esquerda unida? Juntei 7 dos seus principais nomes num só post...
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É esse a maior alteração entre a realidade e a obra de ficção do"O mecanismo", baseado livremente de fatos reais. Essa da troca da fala do Jucá para o Lula é fichinha...
O mecanismo que fixar no imaginário brasileiro a ideia que essa corrupção nível 1 é o problema brasileiro. Porém quem já fez o Curso de Capacitação Política já sabe que esse é o primeiro e mais baixo nível de três níveis de corrupções como o Nildo Ouriques nos explica e que a Globo não explica, nem o Brasil Paralelo... e nem o Mecanismo.
Nildo Ouriques - Os 3 níveis da corrupção
Dois dias do sistema da dívida paga e sobra comparado com 20 anos de corrupção do Mecanismo.
EM 2016
R$ 1.130.149.667.981,00 = 3,1 BI / DIA
1 TRILHÃO, 130 BILHÕES, 149 MILHÕES, 667 MIL REAIS
EM 2017
R$ 986.110.833.381,00 = 2,7 BI / DIA
986 BILHÕES, 110 MILHÕES, 833 MIL REAISPercebam que não estou amaciando. Não é para negar o problema do "Mecanismo" do Padilha, mas não há a menor comparação entre o "Mecanismo" do Padílha com o "Sistema da dívida" da Maria Lúcia Fatorelli.
Pois veja, eu gostaria que os problemas brasileiros fossem apenas esses que o Padílha narra. Seria muito mais fácil de resolver. Acontece Padilha,(e aqui vou parodiar o seu filme) nosso inimigo é outro.
Bem mais poderoso. Bem mais rico. Bem mais perigoso. Bem mais egoísta. Bem mais capitalista.
Padilha: Não são esses os que mandam no Brasil: É a galera das "mãos mágicas do mercado livre".
Que, apesar de ser "livre", fica sediada aí perto de onde mora atualmente.
O dinheiro do estado brasileiro não se esvai em obras super-faturadas do Sérgio Cabral, seu governador, nem no super-faturamento da C.A. Cidade Administrativa feita pelo meu governador (que o Sávio Souza Cruz apelidou de C.A.: Comitê do Aécio, veja aqui)
Tudo isso que você denuncia de boa fé, (Não vou dizer que você está sendo pago para fazê-lo, seria uma decepção para mim, como falei mais acima depois de ouvir sua entrevista, vou supor que você acredita mesmo nisso) é apenas a cortina de fumaça usada pelos Oligopólio Cartelizado dos meios de comunicação, (esse que até o Sérgio Moro fala mal no Roda Viva, que coloquei no início do POST), para esconder o real problema brasileiro que é o "Sistema da dívida" denunciado pela Maria Lúcia Fattorelli.
É por isso que os seus artigos saem na coluna do Noblat no "O Globo"!!
(Que as vezes o chama de "cineasta" e as vezes de "jornalista"!! :-))) )
http://noblat.oglobo.globo.com/geral/noticia/2017/02/importancia-da-lava-jato.html
http://noblat.oglobo.globo.com/geral/noticia/2016/12/desobediencia-civil.html
E a entrevista da Maria Lúcia Fattorelli não sai:
Estudo de caso: Dívida pública Brasileira X Oligopólio Cartelizado Meios de comunicação
O que o seu "mecanismo" arrecada em 10 anos, o "Sistema da dívida" da Fattorelli arrecada em 1 dia.
Se você está assustado com 3% de propina dos contratos da área de serviços da Petrobrás, é porque não conhece as Operações compromissadas do Banco Central (Você não conhece ou quer esconder, prefiro acreditar que é boa-fé, que você não conhece)
O que tenho contra banqueiros?! Operações Compromissadas/Rentismo acima da produção
Se você fica rindo dos 30% dos 30% naquela fala da Dilma, é porque não está vendo que agora 100% do lucro líquido do Campo de Carcará está saindo pelos nossos dedos...
(Vou pensar que é boa-fé, só por você ser carioca, estar no meio da manipulação global e apesar que você já morar nos Estados Unidos, principal beneficiário do "Sistema da dívida")
Leia os artigos do Padilha, sabendo que todo esses vultuosos valores desviados nesses anos todos se magicamente fossem investidos na educação iria haver um aumento de 5% do orçamento da educação, como já fiz a conta aqui:
Uma visão liberal sobre as grandes manifestações pelo país. (Os Oligopólios cartelizados)
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Desobediência civil
O explorado do sistema político brasileiro deve se perguntar: se a lei não se aplica a todos, por que diabos se aplicaria a mim?
11/12/2016 - 17h11 José Padilha, O Globo
A História recente do Brasil se caracteriza pela substituição de uma ditadura de direita, que controlava o país na ponta da baioneta e explorava a sociedade auferindo “vantagens competitivas” para grupos empresariais “amigos” do regime, por um mecanismo de dominação mais suave, em que a democracia e as eleições diretas legitimam a exploração econômica da sociedade por grandes fornecedores do Estado associadas a quadrilhas travestidas em partidos políticos.
Uso o termo “mecanismo de exploração” porque, de fato, opera no Brasil um mecanismo amplo e recorrente, empresarial e juridicamente estruturado, que tem a função precípua de desviar recursos públicos. Os recursos públicos, evidentemente, nada mais são do que uma parcela do trabalho e do esforço do cidadão comum, no caso, o explorado.
Este mecanismo funciona da seguinte forma: Os partidos ou as coligações de partidos políticos que vencem as eleições indicam seus operadores para cargos-chave da administração pública. A função dos operadores é costurar acordos com cartéis e empresas fornecedoras de bens e de serviços para o Estado, de modo a superfaturar os orçamentos do setor público (Nestor Cerveró é um exemplo de operador).
O direito de indicar um operador para um cargo público é a principal moeda de troca dos partidos políticos brasileiros, sendo parte essencial das relações entre o Poder Executivo e o Legislativo em todas as esferas do poder público. Uma diretoria da Petrobras ou uma presidência do BNDES valem muito. Já o controle do Daerp, Departamento de Água e Esgoto de Ribeirão Preto, vale menos. Mas vale alguma coisa.
O mecanismo de exploração a que me refiro não abre mão de um único orçamento público, por menor que ele seja. Os orçamentos públicos superfaturados geram uma receita “extra” para as empresas fornecedoras do Estado. Essa receita, apesar de ser fruto de corrupção, entra legalmente na contabilidade dessas empresas. Todavia, parte dela pertence aos políticos e precisa ser repassada para eles.
O repasse acontece de três formas:
1) Parentes, prepostos e amigos dos políticos formam empresas que prestam serviços para as fornecedoras do Estado. Em troca desses “serviços”, recebem espantosas remunerações, que nada mais são do que o kick-back da corrupção. (A GameCorp, do filho de Lula, faturou mais de R$ 350 milhões entre 2005 e 2017. O escritório de advocacia da mulher de Sérgio Cabral faturou R$ 35 milhões durante os mandatos do seu marido). Note que não há caixa dois nesse esquema. É tudo por dentro.
2) Por meio da doação “legal” de recursos para campanhas políticas. Nesta modalidade, também não há crime fiscal atrelado ao crime de corrupção. Esse tipo de repasse é particularmente perverso, pois aufere vantagem competitiva a políticos corruptos e transforma campanhas políticas em atividades criminais. (Muita gente boa defende Dilma Rousseff alegando ser este o seu único crime...)
3) A lavagem de dinheiro é, de longe, a forma de repasse que movimenta o maior volume de recursos. Tanto assim que demanda mão de obra especializada. O doleiro, profissão peculiar do Brasil, tem a função de montar empresas fajutas, de emitir notas frias para retirar recursos da contabilidade das fornecedoras do Estado, e de distribuir esses recursos para os políticos. Organiza entregas de maletas com dinheiro vivo, paga despesas para políticos (e para suas amantes), viabiliza aportes de caixa dois em campanha eleitoral e faz remessas para empresas offshore. Um verdadeiro concierge do crime.
Essas três formas de kick-back constituem, de longe, a maior parte da receita dos políticos e de seus partidos. (Note o absurdo dessa frase, que, no entanto, é verdadeira). Note ainda que o mecanismo descrito acima obedece um padrão de fractal, e se repete em todas as esferas do poder público “democraticamente constituído” no país: no governo federal, nos 26 estados , nas 5.570 cidades e em suas respectivas Assembleias Legislativas.
Obviamente, um sistema de exploração com tal extensão e profundidade só pode existir mediante a adoção de legislação especializada (o foro privilegiado é apenas um exemplo) e com a conivência e a participação do Poder Judiciário. De fato, a aceitação da corrupção sistêmica pelo Poder Judiciário sempre foi uma característica básica da democracia brasileira. Tanto assim que, desde 1988, mais de 500 parlamentares foram investigados pelo STF, tendo a primeira condenação ocorrido apenas em 2010.
A absolvição de políticos por prescrição de pena, simples e cinicamente porque o STF não teve tempo para julgá-los, é lugar-comum. Assim como, tenho certeza, é lugar-comum a corrupção de magistrados das mais altas Cortes do país. O mensalão e a Lava-Jato representam quebras desse paradigma. Resulta daí a sua importância histórica, e resultam daí, também, os ataques da classe política ao Poder Judiciário, evidenciados em projetos de lei feitos para coibir juízes e procuradores e em proposta de anistia para crimes atrelados ao caixa dois.
Desde o início de nossa incipiente democracia, bilhões e bilhões de dólares foram desviados dos cofres públicos, afetando negativamente a Educação, a Saúde, a Segurança Pública e a economia, e contribuindo para a pobreza e para a fome de milhões de brasileiros. Os nossos exploradores “democráticos”, empresários e políticos, têm sangue nas mãos. Mataram muita gente. Destruíram sonhos e desperdiçaram talentos.
Ao manter um cidadão, réu de crime de peculato e que se recusou a cumprir ordem judicial, solto e presidente do Senado, o STF confirmou que é subserviente ao mecanismo de exploração descrito acima, lançou sérias dúvidas sobre a honestidade de seus membros e aboliu a vigência da lei para os poderosos. Isso em plena luz do dia. Difícil imaginar argumento melhor a favor da desobediência civil, a tese de que um indivíduo pode, ou mesmo deve, se recusar publicamente a cumprir a lei quando confrontado por um Estado inerentemente injusto.
O filósofo americano Henry David Thoreau praticou a desobediência civil quando se recusou a pagar impostos para um governo que considerava a escravidão legal. A História, diga-se de passagem, deu-lhe razão. Pois bem. O explorado do sistema político brasileiro, o cidadão comum que não tem Segurança Pública, que convive com um sistema de Saúde caótico e que não tem acesso à Educação, mas que paga seus impostos regiamente, deve estar se perguntando: se os políticos roubam o meu dinheiro com a conivência do Judiciário, se a lei não se aplica a todos, por que diabos se aplicaria a mim?
José Padilha é jornalista
A importância da Lava-Jato
Vinte e sete enunciados sobre a oportunidade de desmontar o mecanismo de exploração da sociedade brasileira
12/02/2017 - 10h05 José Padilha, O Globo
1)Na base do sistema político brasileiro opera um mecanismo de exploração da sociedade por quadrilhas formadas por fornecedores do estado e grandes partidos políticos. (Em meu ultimo artigo, intitulado Desobediência Civil, descrevi como este mecanismo exploratório opera. A diante me refiro a ele apenas como “o mecanismo”.)
2) O mecanismo opera em todas as esferas do setor público: no legislativo, no executivo, no governo federal, nos estados e nos municípios.
3) No executivo ele opera via o superfaturamento de obras e de serviços prestados ao estado e as empresas estatais.
4) No legislativo ele opera via a formulação de legislações que dão vantagens indevidas a grupos empresariais dispostos a pagar por elas.
5) O mecanismo existe a revelia da ideologia.
6) O mecanismo viabilizou a eleição de todos os governos brasileiros desde a retomada das eleições diretas, sejam eles de esquerda ou de direita.
7) Foi o mecanismo quem elegeu o PMDB, o DEM, o PSDB e o PT. Foi o mecanismo quem elegeu José Sarney, Fernando Collor de Mello, Itamar Franco, Fernando Henrique Cardoso, Luiz Inácio Lula da Silva, Dilma Rousseff e Michel Temer.
8) No sistema político brasileiro a ideologia está limitada pelo mecanismo: ela pode balizar politicas públicas, mas somente quando estas políticas não interferem com o funcionamento do mecanismo.
9) O mecanismo opera uma seleção: políticos que não aderem a ele tem poucos recursos para fazer campanhas eleitorais e raramente são eleitos.
10) A seleção operada pelo mecanismo é ética e moral: políticos que tem valores incompatíveis com a corrupção tendem a serem eliminados do sistema politico brasileiro pelo mecanismo.
11) O mecanismo impõe uma barreira para a entrada de pessoas inteligentes e honestas na política nacional, posto que as pessoas inteligentes entendem como ele funciona e as pessoas honestas não o aceitam.
12) A maioria dos políticos brasileiros tem baixos padrões morais e éticos. (Não se sabe se isto decorre do mecanismo, ou se o mecanismo decorre disto. Sabe-se, todavia, que na vigência do mecanismo este sempre será o caso.)
13) A administração pública brasileira se constitui a partir de acordos relativos a repartição dos recursos desviados pelo mecanismo.
14) Um político que chega ao poder pode fazer mudanças administrativas no país, mas somente quando estas mudanças não colocam em cheque o funcionamento do mecanismo.
15) Um político honesto que porventura chegue ao poder e tente fazer mudanças administrativas e legais que vão contra o mecanismo terá contra ele a maioria dos membros da sua classe.
16) A eficiência e a transparência estão em contradição com o mecanismo.
17) Resulta daí que na vigência do mecanismo o estado brasileiro jamais poderá ser eficiente no controle dos gastos públicos.
18) As políticas econômicas e as práticas administrativas que levam ao crescimento econômico sustentável são, portanto, incompatíveis com o mecanismo, que tende a gerar um estado cronicamente deficitário.
19) Embora o mecanismo não possa conviver com um estado eficiente, ele também não pode deixar o estado falir. Se o estado falir o mecanismo morre.
20) A combinação destes dois fatores faz com que a economia brasileira tenha períodos de crescimento baixos, seguidos de crise fiscal, seguidos ajustes que visam conter os gastos públicos, seguidos de novos períodos de crescimento baixo, seguidos de nova crise fiscal...
21) Como as leis são feitas por congressistas corruptos, e os magistrados das cortes superiores são indicados por políticos eleitos pelo mecanismo, é natural que tanto a lei quanto os magistrados das instâncias superiores tendam a ser lenientes com a corrupção. (Pense no foro privilegiado. Pense no fato de que apesar de mais de 500 parlamentares terem sido investigados pelo STF desde 1998, a primeira condenação só tenha ocorrido em 2010.)
22) A operação Lava-Jato só foi possível por causa de uma conjunção improvável de fatores: um governo extremamente incompetente e fragilizado diante da derrocada econômica que causou, uma bobeada do parlamento que não percebeu que a legislação que operacionalizou a delação premiada era incompatível com o mecanismo, e o fato de que uma investigação potencialmente explosiva caiu nas mãos de uma equipe de investigadores, procuradores e de juízes rígida, competente e com bastante sorte.
23) Não é certo que a Lava-Jato vai promover o desmonte do mecanismo. As forças politicas e jurídicas contrárias são significativas.
24) O Brasil atual esta sendo administrado por um grupo de políticos especializados em operar o mecanismo, e que quer mantêlo funcionando.
25) O desmonte definitivo do mecanismo é mais importante para o Brasil do que a estabilidade econômica de curto prazo.
26) Sem forte mobilização popular é improvável que a Lava-Jato promova o desmonte do mecanismo.
27) Se o desmonte do mecanismo não decorrer da Lava-Jato, os políticos vão alterar a lei, e o Brasil terá que conviver com o mecanismo por um longo tempo.
José Padilha é cinesasta
Por que a Netflix estaria tão interessada em assassinatos de reputação contra o PT?
SEX, 30/03/2018 - 15:36
ATUALIZADO EM 31/03/2018 - 08:53
Jornal GGN - A série O Mecanismo, dirigida por José Padilha, causou polêmicas logo na estreia. A presidente deposta Dilma Rousseff foi uma das primeiras autoridades a levantar-se contra o que chamou de máquina de criação de fake news, pois a obra distorceu ou alterou a realidade dos fatos relacionados à Lava Jato em vários momentos. A quem interessa a tentativa de assassinar reputações patrocinada pela Netflix? Brian Mier, do portal Brasil Wire, deu a dica: "siga o dinheiro", e descubra que a BlackRock, uma das maiores acionistas da Netflix, tem ativos da Shell e Chevron, petroleiras beneficiadas com o desmonta da Petrobras e as privatizações sonhadas pelo governo Temer.
Por Brian Mier
Em Brasil Wire
A série da Netflix, O Mecanismo, estreou na sexta-feira, 23 de março. A nova produção de Narcos e do diretor da Tropa de Elite José Padilha foi imediatamente recebida com críticas por “se basear em uma história verídica”, difamando os ex-presidentes Luiz Inácio “Lula” da Silva e Dilma Rousseff, durante um ano eleitoral em que Lula é o principal candidato à presidência.
O primeiro episódio começa em 2003, quando Selton Mello interpreta o agente especial da Polícia Federal Marco Ruffo, um personagem claramente baseado em Gerson Machado, enquanto descobre um escândalo de lavagem de dinheiro envolvendo o banco Banestado. 2003 foi o primeiro ano em que Lula assumiu a presidência, mas o escândalo de Banestado foi descoberto em 1996, durante o governo de Fernando Henrique Cardoso. Associar o escândalo a Lula é o primeiro ato de assassinato de um personagem em um episódio cheio de mentiras e manipulações. Mello é um dos melhores atores do Brasil e tem uma história de participação em alguns dos melhores filmes underground das últimas duas décadas, frequentemente contornando a Globo Filmes perto da hegemonia na indústria para aparecer em importantes filmes da Indy como Cheiro do Ralo e Garotas do ABC. É decepcionante, portanto, vê-lo aqui, apenas imitando o personagem Capitão Nascimento, de Wagner Moura, dos filmes da Tropa de Elite, nunca sorrindo enquanto ele tenta abrir caminho através de uma série de buracos que Padilha parece incapaz de unir sem dublagens constantes.
O personagem de Ruffo é um arquétipo de Hollywood - o policial honesto do estilo Dirty Harry, ganhando um salário da classe trabalhadora à medida que sua frustração cresce com a burocracia e a corrupção que o cercam. Como Dirty Harry, ele freqüentemente toma a lei em suas próprias mãos através de atos ilegais de justiça vigilante. À medida que o enredo fragmentado se desenvolve, ele se queixa continuamente: “Estou na polícia há 20 anos. Durante esse tempo, consegui comprar um carro usado para minha esposa e uma pequena casa no interior". Isso levanta a questão: “ele tem um problema de jogo”? Considerando que a compra de um carro usado para sua esposa e uma pequena casa no interior seria uma conquista para um membro honesto da Polícia Militar do Rio de Janeiro, que ganha cerca de três vezes o salário mínimo, enquanto Ruffo é de uma corporação federal. Agente policial e, portanto, membro da elite rica e principalmente branca do Brasil. O Delegado médio da Polícia Federal ganha em torno de R$ 23 mil / mês, colocando-o firmemente na classe alta brasileira, categoria que começa com 20 salários mínimos de R$ 954 e representa menos de 1% da população. Por que um cara ganhando 25 vezes o salário mínimo age como se gastar duas semanas de trabalho para comprar um carro usado para sua esposa é uma grande conquista? O fato de que há delegados da Polícia Federal brasileira ganhando mais do que suas contrapartes americanas do FBI em um país onde os salários médios são aproximadamente 1/3 do que eles são nos Estados Unidos é, por si só, um exemplo de corrupção. A média da Polícia Federal tem pelo menos duas empregadas domésticas, mas Ruffo mora em um bairro da classe trabalhadora e, aparentemente, em uma das famílias brasileiras de classe média que faz suas próprias tarefas e cuida de seus próprios filhos. Ruffo é um homem comum da classe trabalhadora. Ele é um policial honesto, que começa a infringir a lei nos primeiros 10 minutos do programa, frustrado porque os brancos da classe trabalhadora como ele são impotentes para não fazer nada, já que a nação é atormentada pelo "câncer" da corrupção.
À medida que a ação avança 10 anos, até 2013, somos transportados para Brasília. Enquanto uma versão ridícula de Lula aparece na tela, sendo roteirizada por meio de um comercial de campanha para uma caricatura de Dilma Rousseff, os buracos no enredo são suavizados através de um segundo narrador. Ela é um membro feminino da elite do Brasil, outra agente da Polícia Federal, que nos diz que nunca viu nenhuma mudança no Brasil durante os governos do PT, "foi tudo apenas mais do mesmo". Trata-se, na verdade, de uma queixa comum de membros da elite brasileira, cada vez mais frustrados pelas medidas implementadas pelo governo federal que os obrigavam a pagar um salário mínimo às empregadas domésticas e às babás, obrigando os filhos a estudar mais para conseguir entrar em universidades públicas gratuitas depois que o governo começou a reservar 50% das vagas para os formandos principalmente afro-brasileiros do sistema escolar público. O membro médio da elite poderia se importar menos que 36 milhões de pessoas subissem acima da linha da pobreza. Eles estavam mais irritados que eles tinham que sentar ao lado de “pessoas pobres” em aviões, com o termo “pobre” comumente usado como uma palavra de código racista para descrever os afro-brasileiros e nordestinos.
Dilma Rousseff publicou uma declaração pública chamando o programa de “dissimulado e cheio de mentiras”, listando várias instâncias no primeiro episódio em que palavras ou ações feitas por membros do governo do Golpe são atribuídas a ela e a Lula. O exemplo mais gritante é a reprodução palavra por palavra de uma conversa do senador Romero Jucá, um dos principais arquitetos do impeachment ilegal, colocado na voz de Lula. Na conversa, que foi amplamente divulgada no Brasil na época, Jucá disse que era hora de “estancar a sangria” causada por Lava Jato e “fazer um grande acordo nacional” para proteger os golpistas do PMDB de Michel Temer [hoje MDB]. Em um ano em que Lula é o principal candidato à presidência, independentemente de um programa afirmar ser meramente “baseado” em uma história verdadeira, é incrivelmente desonesto colocar essas palavras em sua boca.
Por que a Netflix estaria tão interessada em cometer assassinatos de reputação contra o PT? Um bom ponto de partida é seguir o dinheiro. Um dos maiores acionistas da Netflix é a BlackRock, uma corporação de gestão de investimentos que possui ativos que somam mais do que o valor do PIB brasileiro. É o acionista majoritário de duas empresas petrolíferas que se beneficiaram imensamente do Golpe de 2016 e da privatização ilegítima do governo Michel Temer em reservas offshore de petróleo e US$ 300 bilhões em abatimento de impostos, Shell e Chevron. É importante notar aqui que todos os candidatos de centro-esquerda nas eleições presidenciais de 2018, de Guilherme Boulos a Ciro Gomes e Lula, prometem desfazer as privatizações de Temer, se eleitos.
Como Dilma Rousseff disse em sua carta aberta sobre O Mecanismo, “Quem quer fazer ficção tem todo o direito de fazer isso no mundo. Mas é um exagero dizer que isso é uma obra de ficção. Ao contrário, o que está sendo feito não é baseado em fatos reais, mas em distorção real como uma nova notícia falsa.”
Esticar a verdade em filmes e programas de TV baseados em histórias reais é tão antigo quanto Hollywood e é uma prática que geralmente é considerada legal. Em que ponto, no entanto, as corporações bilionárias começarão a ser responsabilizadas por se intrometerem deliberadamente nas eleições estrangeiras sob essa cobertura?
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O mecanismo da manipulação
por Jessé Souza — publicado 02/04/2018 15h43, última modificação 02/04/2018 19h17
A mensagem da série de Padilha na Netflix é de que vale tudo para 'extirpar o câncer', incluindo extrair o Estado de Direito e amputar a Constituição
A manipulação do público promovida pela nova e controversa série da Netflix, “O Mecanismo”, dirigida por José Padilha, não acontece apenas nem principalmente pelas óbvias mentiras, nem pelo recorte histórico seletivo que induz a crença que os esquemas da “Lava Jato” começam com o PT em 2003. O ponto mais importante para sua crítica é sua concepção ingênua e superficial da corrupção e da infantilização do público que ela produz.
Neste sentido, “O Mecanismo” continua precisamente onde “Tropa de Elite 2” acabou. O sobrevoo do helicóptero sobre a imagem do Congresso Nacional em Brasília, no final do filme “Tropa de Elite 2”, tem o sentido de explicar ao espectador que não adianta querer acabar com o crime e a violência das ruas sem acabar primeiro com o “grande crime”, a corrupção política do que ele chamava então de “sistema”. Em “O Mecanismo”, mera denominação alternativa para “sistema”, a continuidade perfeita com o filme anterior é registrada na primeira fala em off da série, do personagem interpretado por Selton Mello, que diz o seguinte:
“O que fode o nosso país não é a violência das favelas, não é a falta de educação, não é o sistema de saúde falido, não é o déficit público, nem as taxas de juros, o que fode o nosso país é a causa de tudo isso.”
E a causa de tudo isso, fica claro no filme e na série, é a corrupção política. José Padilha, como bom manipulador, acrescenta que a corrupção política é um “câncer”. Ou seja, o assunto não precisa de esclarecimento ou explicação sofisticada acerca de seu funcionamento, basta associa-lo ao medo e à imprevisibilidade fatídica de uma doença fatal. De resto, se é para combater um câncer, vale tudo, mesmo extrair o Estado de Direito, amputar a Constituição e tolerar práticas invasivas como eliminação das garantias e direitos individuais. Essa é a mensagem condensada da “obra” de Padilha.
Como a série de Padilha é sobre a operação “Lava Jato” como a grande oncologista brasileira, que já passou de seu uso útil como farsa agindo agora por mero “default”, a mentira da corrupção só da política já pode ser desconstruída hoje em dia com a clareza do sol de meio-dia.
Depois de cinco anos de “Lava Jato”, operando como agente do Estado de exceção e acima da Constituição, com irrestrito apoio de toda a mídia venal, e tendo poder arbitrário para fazer o que bem quis, o que temos como resultado? Um bilhão de reais devolvidos aos cofres públicos, trinta vezes menos do que se pagou aos americanos antes mesmo do início de um processo jurídico, relações íntimas e ao que tudo indica ilegais com o Departamento de Estado americano e criminalização das maiores empresas brasileiras, como Petrobras e Odebrecht, que perderam trilhões em capital e capacidade de investimento, implicando milhões de empregos perdidos.
Segundo pesquisas do IPEA, realizadas ainda quando era presidente daquela entidade, o impacto direto da “Lava Jato” em 2015 foi a perda de um milhão e meio de empregos. O desemprego em massa atual tem, portanto, relação direta com o setor “lava empregos” da “Lava Jato”. Belo tratamento de câncer. Se não matar o câncer, mata o paciente.
Mas a moral de fachada serve sempre para encobrir um crime real. O atual domínio direto do mercado e da intermediação financeira no Estado e na política levou à venda de nossas riquezas, juros reais extorsivos embutidos em todos os preços, e uma dívida pública nunca auditada que só no último ano pagou 392 bilhões de juros, ou seja, quase 400 Lava Jatos.
Isso sem contar as isenções fiscais – na fórmula famosa eu fico com o lucro e vocês, otários, com o prejuízo - de várias centenas de bilhões para bancos e latifundiários. Isso sem falar de 1 trilhão e quinhentos bilhões em sonegação de impostos dos mais ricos. Mas como diz Padilha tudo isso é fumaça. O “sistema” ou o “mecanismo” é apenas político, o mercado só faz negócio não é mesmo?
Esse é o brilhante “mecanismo” do “gênio” Padilha: localiza a “doença” no mero mediador, em quem carrega e recebe a “mala”, e nunca pergunta nada acerca de quem paga e quais são seus interesses. Se perguntasse saberia que a falta de educação e o sistema de saúde falido têm tudo a ver com uma divida pública montada na fraude e no segredo, e que consome metade do orçamento público, assim como nos juros extorsivos pagos por ela e por tudo que se produz e se consome aqui.
Que o câncer de verdade é um mercado da rapina e do saque sem qualquer regulação, que literalmente assalta a população, associado a uma mídia comprada por ele, que mente e inverte o sentido do mundo exatamente como Padilha faz nos seus trabalhos. Se Padilha é só um imbecil que fala sobre o que não entende, ou se engana o público sabendo o que faz, não importa no resultado. A única certeza é que o câncer é ele.
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Especial: É tudo um assunto só!
Criei uma comunidade no Google Plus: É tudo um assunto só
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Outro dia discutindo sobre as manifestações do dia 15, sobre crise do governo e a corrupção da Petrobrás eu perguntei a ele se tinha acompanhado a CPI da Dívida Pública. Então ele me respondeu: Eu lá estou falando de CPI?! Não me lembro de ter falado de CPI nenhuma! Estou falando da roubalheira... A minha intenção era dizer que apesar de ter durado mais de 9 meses e de ter uma importância ímpar nas finanças do país, a nossa grande mídia pouco citou que houve a CPI e a maioria da população ficou sem saber dela e do assunto... Portanto não quis fugir do assunto... é o mesmo assunto: é a política, é a mídia, é a corrupção, são as eleições, é a Petrobras, a auditoria da dívida pública, democracia, a falta de educação, falta de politização, compra de votos, propina, reforma política, redemocratização da mídia, a Vale, o caso Equador, os Bancos, o mercado de notícias, o mensalão, o petrolão, o HSBC, a carga de impostos, a sonegação de impostos,a reforma tributária, a reforma agrária, os Assassinos Econômicos, os Blog sujos, o PIG, as Privatizações, a privataria, a Lava-Jato, a Satiagraha, o Banestado, o basômetro, o impostômetro, É tudo um assunto só!...
A dívida pública brasileira - Quem quer conversar sobre isso?
Escândalo da Petrobrás! Só tem ladrão! O valor de suas ações caíram 60%!! Onde está a verdade?
A revolução será digitalizada (Sobre o Panamá Papers)
O tempo passa... O tempo voa... E a memória do brasileiro continua uma m#rd*
As empresas da Lava-jato = Os Verdadeiros proprietários do Brasil = Os Verdadeiros proprietários da mídia.
Desastre na Barragem Bento Rodrigues <=> Privatização da Vale do Rio Doce <=> Exploração do Nióbio
Trechos do Livro "Confissões de um Assassino Econômico" de John Perkins
Meias verdades (Democratização da mídia)
MCC : Movimento Cidadão Comum - Cañotus - IAS: Instituto Aaron Swartz
Spotniks, o caso Equador e a história de Rafael Correa.
O caso grego: O fogo grego moderno que pode nos dar esperanças contra a ilegítima, odiosa, ilegal, inconstitucional e insustentável classe financeira.
Cursos/Seminários:
Curso de Capacitação Política
Seminário Nacional - Não queremos nada radical: somente o que está na constituição.
Seminário "O petróleo, o Pré-Sal e a Petrobras" e Entrevista de Julian Assange.
Seminário de Pauta 2015 da CSB - É tudo um assunto só...
UniMérito - Assembleia Nacional Constituinte Popular e Ética - O Quarto Sistema do Mérito
Jogos de poder - Tutorial montado pelo Justificando, os ex-Advogados AtivistasMCC : Movimento Cidadão Comum - Cañotus - IAS: Instituto Aaron Swartz
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Um ano do primeiro golpe de estado no Brasil no Terceiro Milênio.
Desastre em Mariana/MG - Diferenças na narrativa.
Quanto Vale a vida?!
Como o PT blindou o PSDB e se tornou alvo da PF e do MPF - É tudo um assunto só!
Ajuste Fiscal - Trabalhadores são chamados a pagar a conta mais uma vez
Resposta ao "Em defesa do PT"
Sobre o mensalão: Eu tenho uma dúvida!
Questões de opinião:
Eduardo Cunha - Como o Brasil chegou a esse ponto?
Sobre a Ditadura Militar e o Golpe de 64:
Dossiê Jango - Faz você lembrar de alguma coisa?
Comissão Nacional da Verdade - A história sendo escrita (pela primeira vez) por completo.
Luiz Carlos Prestes: Coluna, Olga, PCB, prisão, ALN, ilegalidade, guerra fria... Introdução ao Golpe de 64.
A WikiLeaks (no Brasil: A Publica) - Os EUA acompanhando a Ditadura Brasileira.
CPI da Previdência
CPI da PBH Ativos
Sobre o caso HSBC (SwissLeaks):
Acompanhando o Caso HSBC I - Saiu a listagem mais esperadas: Os Políticos que estão nos arquivos.
Acompanhando o Caso HSBC II - Com a palavra os primeiros jornalistas que puseram as mãos na listagem.
Acompanhando o Caso HSBC III - Explicações da COAF, Receita federal e Banco Central.
Acompanhando o Caso HSBC V - Defina: O que é um paraíso fiscal? Eles estão ligados a que países?
Acompanhando o Caso HSBC VI - Pausa para avisar aos bandidos: "Estamos atrás de vocês!"...
Acompanhando o Caso HSBC VII - Crime de evasão de divisa será a saída para a Punição e a repatriação dos recursos
Acompanhando o Caso HSBC VIII - Explicações do presidente do banco HSBC no Brasil
Acompanhando o Caso HSBC IX - A CPI sangra de morte e está agonizando...
Acompanhando o Caso HSBC X - Hervé Falciani desnuda "Modus-Operandis" da Lavagem de dinheiro da corrupção.
Sobre o caso Operação Zelotes (CARF):
Acompanhando a Operação Zelotes!
Acompanhando a Operação Zelotes II - Globo (RBS) e Dantas empacam as investigações! Entrevista com o procurador Frederico Paiva.
Acompanhando a Operação Zelotes IV (CPI do CARF) - Apresentação da Polícia Federal, Explicação do Presidente do CARF e a denuncia do Ministério Público.
Acompanhando a Operação Zelotes V (CPI do CARF) - Vamos inverter a lógica das investigações?
Acompanhando a Operação Zelotes VI (CPI do CARF) - Silêncio, erro da polícia e acusado inocente depõe na 5ª reunião da CPI do CARF.
Acompanhando a Operação Zelotes VII (CPI do CARF) - Vamos começar a comparar as reportagens das revistas com as investigações...
Acompanhando a Operação Zelotes VIII (CPI do CARF) - Tem futebol no CARF também!...
Acompanhando a Operação Zelotes IX (CPI do CARF): R$1,4 Trilhões + R$0,6 Trilhões = R$2,0Trilhões. Sabe do que eu estou falando?
Acompanhando a Operação Zelotes X (CPI do CARF): No meio do silêncio, dois tucanos batem bico...
Acompanhando a Operação Zelotes XII (CPI do CARF): Nem tudo é igual quando se pensa em como tudo deveria ser...
Acompanhando a Operação Zelotes XIII (CPI do CARF): APS fica calado. Meigan Sack fala um pouquinho. O Estadão está um passo a frente da comissão?
Acompanhando a Operação Zelotes XIV (CPI do CARF): Para de tumultuar, Estadão!
Acompanhando a Operação Zelotes XV (CPI do CARF): Juliano? Que Juliano que é esse? E esse Tio?
Acompanhando a Operação Zelotes XVI (CPI do CARF): Senhoras e senhores, Que comece o espetáculo!! ("Operação filhos de Odin")
Acompanhando a Operação Zelotes XVII (CPI do CARF): Trechos interessantes dos documentos sigilosos e vazados.
Acompanhando a Operação Zelotes XVIII (CPI do CARF): Esboço do relatório final - Ainda terão mais sugestões...
Acompanhando a Operação Zelotes XIX (CPI do CARF II): Melancólico fim da CPI do CARF. Início da CPI do CARF II
Acompanhando a Operação Zelotes XX (CPI do CARF II):Vamos poupar nossos empregos
Sobre CBF/Globo/Corrupção no futebol/Acompanhando a CPI do Futebol:
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Acompanhando a CPI do Futebol XI - Os Panamá Papers - Os dribles do Romário - CPI II na Câmara. Vai que dá Zebra...
Acompanhando a CPI do Futebol XII - Uma visão liberal sobre a CBF!
Acompanhando a CPI do Futebol XIII - O J. Awilla está doido! (Santa inocência!)
Acompanhando a CPI do Futebol XIV - Mais sobre nosso legislativo do que nosso futebol
Acompanhando o Governo Michel Temer
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