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domingo, 15 de maio de 2022

Bolhas


 
BOLHAS

Vamos ao textão de hoje.
Estou refletindo sobre isso depois de hoje participar da feira de ideias do meu menino de 10 anos, que estuda em escola particular, e nessa época em que estou trabalhando em Home-Officce, sair para encontra gente diferente nos faz falar pelos cotovelos...
Claro que sei que a bolha da vida real, é coisa insignificante. A bolha que convivi hoje, pais de crianças que estudam em escolas particulares então mais insignificante ainda.
O Papo que começou com o futebol (o Galo que iria jogar e adivinhem: O Galo ganhou!), passou pelo preço da gasolina e desembocou no pleito de outubro...
Nessa bolha, eu não senti a rendição a essa escolha de Sofia, de escolher o menos pior entre Lula e Bozo(que óbvio é o Lula o menos pior, um tem humanidade desde jovem, o outro não tem humanidade desde jovem).
Mas nessa bolha insignificante percebi uma vontade imensa de fazer o certo e não fazer obrigado o que dá para fazer... Não vejo rendição. É claro que é fácil falar em não rendição quando todas as refeições estão em dia e tem Netflix e mais uns dois outros streamers de ver séries em casa a disposição.
Na vida real tenho essa bolha,e mais a da galera da faculdade, da família, do(s) trabalho(s) e daqueles que jogo (ou joguei) bola uma vez por semana.
Dizem que a internet nos confina em bolhas, apesar dessas bolhas serem muito maiores que as bolhas que participamos IRL(na vida real).
Eu atribuo isso menos aos algoritmos e mais à vontade que o ser humano tem de se reunir para compartilhar coisas em comum.
Na internet eu gosto, participo por escolha minha, principalmente de três bolhas... (pelo menos 80% dos que chegaram até aqui estão em uma delas)
A primeira e mais antiga são os Fãs dos Engenheiros do Hawaii. Dessa bolha eu entrei antes de facebook, antes de Orkut, ela começou a ser montada na esquina das listas de discussão da Unicamp (quem não sabe o que é isso, você entra na lista de discussão sobre o tema X, manda um e-mail para essa lista e todos os inscritos recebem esse e-mail. Coisa antiga)
Como estou nessa bolha a mais de duas décadas, já tenho alguns episódios de encontros reais, como gravação de DVD ao vivo, encontro de um fim de semana prolongado em um sítio no interior paulista e várias vans alugadas para shows no interior de Minas. Depois que casei ficou mais difícil, mas a convivência nas bolhas virtuais continuam. Essa bolha montada antes das redes sociais reforçam aquela ideia de que isso é muito mais necessidade humana do que culpa de algoritmos de aplicativos(que apenas atendem a essa necessidade humana).
A segunda bolha mais antiga que gosto de participar é da Auditoria Cidadã da dívida pública, os seguidores da Multipremiada brasileira(mineira) de nome Maria (Maria Lúcia Fattorelli).
Eu participei do plebiscito em 2000, pedra fundadora da entidade, estava recém formado e trabalhando em uma agência de empregos, ainda governo FHC. Ganhei o panfleto explicando do que se tratava... na época não dei muita importância. Anos depois acompanhei de longe a CPI da dívida pública, ainda sem me envolver pois a cabeça estava em reclamar da Cemig comprando a Light, reclamar do governador Aécio, tentando entender a Satiagraha e o Mensalão, e outras questões paroquiais sobre leis trabalhistas que por dever de ofício eu acompanhava. Passei a fazer parte da bolha mesmo a partir de 2014, debatendo sobre o para quem é melhor dar o voto na concorridíssima eleições entre Dilma e Aécio, fui apresentado a um vídeo do Nildo Ouriques entrevistando a Maria Lúcia Fattorelli e fiquei chocado. Lembrei daqueles primeiros contatos que tive sem dar importância e depois passei a acompanhar de perto. Por entrar nessa bolha acabei dando o voto a Luciana Genro(e Dilma no returno) e desde 2015 participo virtualmente de todos seminários que a Auditoria Cidadã da dívida pública organiza, guardo os certificados, debato com os participantes da bolha e também fora dela, para que exista o confronto de ideias. Registrei em Blog vários desses debates.
Apesar de não ter tido ainda nenhum contato IRL, me energiza muito fazer parte dessa bolha. Me dá esperança de que há porque e por quem, por que causa e por onde seguir acreditando no país que por obra do acaso ou por destino nasci, cresci e vivo nele. Me faz sentir que faço parte de uma nação. Posso dizer com orgulho, apesar que querer sempre mais.
A terceira bolha é mais recente, desde 2018, na trágica eleição que nos deu esse presidentizinho que está aí e que vai passar, com certeza. Batizamos essa bolha de Turma Boa, e recebemos ontem um programa especial sobre ela na Tv por assinatura norte-americana HBO, no Greg News, que também acompanho todos desde o primeiro episódio.
Acompanho e divulgo as entrevistas, palestras e participações em rádios/TVs do Ciro Gomes desde 2014. Comecei logo após o susto da quase vitória do Aécio, fiquei imaginando que por um triz quase caímos nas mãos do tráfico de drogas(sem imaginar que no futuro cairíamos nas mãos do seus arqui-rivais as milícias) e fiquei imaginando uma forma de garantir um caminho melhor. Nessa pesquisa, o Ciro foi o que mais me convenceu. Eu vi o livro "Projeto Nacional - O dever da esperança" desde da época em que ele dizia: estou pensando em escrever um livro que vai falar disso, disso e disso...
Quando veio o livro eu fui lendo e lembrando das palestras onde o tema daquele capítulo foi citado, ou quando ele recebeu uma pergunta de um estudante, concordou e passou a incorporar aquela ideia nas palestras seguintes e depois foi parar no livro.
No início, divulgar Nildo, Ciro, Fattorelli, Adriano Benayon, mais tarde Cibele Laura, Ladislau Dowbor, Eduardo Marinho e agora Eduardo Moreira, era a melhor parte do dia... mas ainda me sentindo um dom Quixote. Ir encontrando, um, outro e mais outro e depois me sentir pertencente a um movimento que tanto cresceu e que hoje tem até especial falando sobre, foi me tirando o sentimento de solidão.
Esse sentimento bom do pertencimento, fico imaginando que é o mesmo que os doidos que pensam que a terra é plana, ou aqueles liberais unidos pela escola de Mises ou o Gado que chama o Bozo de mito: encontram gente que fala a mesma coisa que você pensa e pronto, você não se sente mais sozinho.
No caso da turma boa, é claro que essa é a única semelhança com esses grupos. Nós enxergamos não o cenário de crise permanente do país, mas a realidade de abundância que nos dá um enorme potencial de chegar muito além do que imagina seu vã filosofia.
A turma boa não quer só derrubar o Bolsonaro, mas também não tem a coragem que o Nildo Ouriques tem de convocar a Revolução Brasileira.
A turma boa está no meio do caminho, quer só não aceitar pacificamente o papel que a divisão internacional do trabalho impõe ao brasileiro de ser um buracão para extrair óleo e ferro e um fazendão para extrair carne e soja...
Nós consideramos esse plano perfeitamente praticável, até porque o prazo é bem generoso: 30 anos para chegar a o que é a Espanha em termos de indicadores sócio-econômicos.
Não aceitamos essa que é um plano impossível de se realizar porque colocamos o sarrafo do impossível na ideia do Nildo Ouriques (se for para escolher um destino final sem considerar o ponto atual, as dificuldades e barreiras para chegar lá, eu escolheria o final do Nildo...)
E sabemos que temos um dragão de 7 cabeças para derrotar: o Oligopólio Cartelizado dos Bancos. Mas a Fattorelli já nos dá as armas e a verdade para combatermos esse dragão, o Ciro já se comprometeu com ela em 2018, tanto na frente da Fatorelli quanto dentro da SindFisco em 2018.
Sabemos que é difícil, mas Paulo Coelho escreve em livros que ninguém sabe se é auto-ajuda ou ficção, que a vida não é o ponto de chegada, é o caminho percorrido e que devemos escolher o bom combate: aquele que em caso de vitória, nos dá mais benefícios que a energia gasta para conquistar a vitória.
Também me orgulha me sentir parte dessa bolha. Acredito que hoje estou como ser-humano maior do que entrei, apesar do resultado trágico de 2018, que nos devolve a nossa insignificância, como citei no textão "Eu avisei", coisa que todos da turma boa fizeram.
E para terminar o textão, quero externar/desabafar algo que me choca, principalmente nesse último mês.
É o sentimento de rendição, que eu não enxerguei hoje nem na bolha do pais de crianças de escolas particular e nem nessas três bolhas que me agrada ficar junto.
Mas que eu estou tendo contato no debate Lula X Bolsonaro.
Brasil está doente.
Substituíram o coração por uma pedra no peito dessa gente.
Pela primeira vez desde começou a medir esse número os trabalhadores protegidos pela CLT é minoria na população economicamente ativa. Perde para a soma dos desempregados, desalentados e informais. O menor poder de compra do salário e a menor massa salarial desde o inicio do real. Recorde em endividamento, recorde em inflação, recorde de juros altos a décadas o maior do mundo. 4 dos 10 maiores bancos do mundo estão espoliando a população, além de estar com o preço da gasolina, gás, energia elétrica nas alturas e subindo. A fome e a população de rua aumentando entre nós. A maior população carcerária. O desmatamento descontrolado. Uma geração inteira que não conseguiu se alfabetizar na época certa.
E uma galera dividida, de um lado um pessoal sacana espalhando noticia de que o problema é uns artistas arrecadando dinheiro pela lei Rouanet, em projetos que nem aconteceram!
E de outro um pessoal não sacana que se contenta apenas com o fim do fascismo, dando ao Bozo mais poderes do que realmente tem, pois a Joice Hasselmann já nos contou que ele chora que nem uma criancinha, uma cara desse não consegue nem esconder que ele roubava gasolina no seu gabinete enquanto deputado, vai ter força para implantar Fascismo num país gigante desse?
Mas então eu penso: Será que seu eu não estivesse na bolha da ACDP ou na bolha da turma boa, será que eu também não me contentava só com isso?
Se eu não soubesse que o "Deficit está no Banco Central e não na previdência" e nem tivesse tido o contato com a ideia dos 4 complexos industriais que nos dá o potencial enorme de seguir o nosso destino de ser tornar uma grande nação, será que não me contentava somente trocar a ignorância e grosseria para apenas a ignorância que tínhamos em 2014(um pouco diferente de 2014, troca só o ladrão do porto de Santos para ladrão de merendinha escolar)?
Talvez... talvez eu também estivesse nessa prostração.
Obrigado, Ciro e Fattorelli por não deixarem que colocassem uma pedra no lugar do meu coração que bate com esperança.
Você que está convicto de que é só isso mesmo que temos para hoje, é ruim, mas é o que temos, entra aqui na nossa bolha para voltar a sentir esperança e tire esse espinho do coração.
Tenha certeza que o Brasil pode mais...
E Gregório: Um dos motivos que o Bozo teve essa quantidade de votos toda, é a falta de trato, diria até de respeito, à reliosidade do nosso povo...
Não teve graça a parte do Cabo Daciolo. Ele é louquinho, mas tem bom coração e não merecia o bulling.

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