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terça-feira, 22 de novembro de 2011

DIABLO III - Espera recompensada

Espera recompensada  
Depois de anos e anos de espera, versão beta do famoso game é apresentada. Mecânica se assemelha aos jogos anteriores, mas surpreende bem ao revolucionar pontos-chaves


Publicação: Estado de Minas 17/11/2011 Caderno de Informática

Arcanista, feiticeiro, bárbaro, monge e caçador de demônios emprestam a pele ao jogador, que já estreia no campo de batalha em New Tristran
 (Blizzard Entertainment/Divulgação)
Arcanista, feiticeiro, bárbaro, monge e caçador de demônios emprestam a pele ao jogador, que já estreia no campo de batalha em New Tristran

Por quanto tempo você esperaria o lançamento de um jogo? Seis meses? Um ano, talvez. Que tal 11 anos? Bom, foi exatamente esse o tempo que a Blizzard levou para desenvolver a terceira sequência de Diablo, uma de suas principais franquias. Diablo II, lançado em 2000, recebeu uma expansão no ano seguinte. De lá para cá, a indústria de videogames passou por inúmeras mudanças. A própria empresa lançou outros games de sucesso, como Starcraft II e World of warcraft. Ainda assim, milhões de jogadores continuaram esperando, incólumes, pela terceira parte do RPG.

A resposta da Blizzard chegou há poucos dias, ainda na forma de um beta. Ao contrário dos jogos anteriores, esse começa já no front de batalha. Na pele de um dos cinco protagonistas (arcanista, feiticeiro, bárbaro, monge e caçador de demônios), o jogador chega a New Tristram 20 anos depois dos acontecimentos do jogo anterior. No caminho até a destruição do rei Esqueleto (que encerra o beta), o herói interage com alguns habitantes do vilarejo. Nomes como King Leoric e Zakarum (uma espécie de religião criada na narrativa) ajudam a compor a história, ligando as decisões atuais aos acontecimentos dos antigos. O retorno de Deckard Cain, cada vez mais sábio e imortal, dá um sabor especial à nostalgia.

A lógica da ação é a mesma. Afinal, a franquia fundou o estilo dungeon-crawler: explorar cenários, aniquilar hordas de monstros e reunir dinheiro e itens raros. Simples e efetivo. E talvez o único ponto fielmente conservado.

Nos dois primeiros jogos funciona assim: o personagem evolui e ganha pontos, para serem distribuídos em habilidades e magias. Destreza, força, energia, inteligência e todas aquelas categorias eternizadas pelos RPGs de tabuleiro. Em Diablo III, a coisa é diferente. As características são determinadas pelo sistema, sem qualquer autonomia do jogador. Caso queira investir em algum atributo negligenciado pela máquina, é preciso investir nos equipamentos e em poções de efeito temporário.

O sistema de magias de combate também sofreu uma revolução. No lugar de uma “árvore de habilidades”, com pontos a serem distribuídos, existem categorias predeterminadas, que o usuário destrava conforme avança. A personalização se dá por meio de pedras rúnicas – inexistentes na mitologia de Diablo até então –, em cinco cores: alabastro, carmesim, dourada, índigo e obsidiana. Quando associadas a alguma habilidade, as pedras alteram características, como o nível de dano, a área afetada, o tipo de elemento e assim por diante. É quando, finalmente, a estratégia entra em ação e a construção de personagens se torna mais interessante.

cinco em um Quando anunciada, a redução no número de protagonistas preocupou o público. Eram sete classes em Diablo II: Lord of destruction, e agora temos apenas cinco (ou 10, já que é possível escolher o sexo). Aqui, porém, a distinção entre cada classe é absurdamente mais clara, fazendo com que personagens diferentes alterem de maneira global a experiência e a jogabilidade.

Enquanto o sistema de pontos de vida não se alterou, a outra pontuação utilizada ganhou nomes e usos diferentes para cada tipo de jogador. Os arcanistas, especializados no uso de poderes elementais a longa distância, dispõem do chamado poder arcano, que se regenera rapidamente sozinho – mas o uso excessivo causa danos ao próprio personagem. Já os bárbaros, mestres na pancadaria, utilizam a fúria, que precisa ser acumulada durante os combates corpo a corpo e se esvazia fora das batalhas.

O feiticeiro, com suas habilidades para convocar zumbis e criar espectros, continua a usar pontos de mana, mas em vez de poções é preciso esperar o círculo se regenerar lentamente (por sorte, o estoque é bem grande). Os monges, com velocidade ímpar e golpes baseados na luz, se valem de uma reserva de espírito, preenchida pelos ataques combinados (os chamados combos). Por fim, o caçador de demônios, hábil com armas de longo alcance e armadilhas, precisa balancear dois recursos: de um lado, o ódio, com rápida regeneração e fundamental para as magias ofensivas; de outro, a disciplina, utilizada para defesa e esquiva, com recuperação lenta.

Some a tudo isso a personalização de magias e o resultado é uma gama quase infinita de construções possíveis. O modo cooperativo on-line tem sido estimulado pela Blizzard, nesta prévia, e a possibilidade de reunir guerreiros tão distintos em uma legião só impressiona visualmente e em jogabilidade. A propósito, não é possível jogar Diablo III sem estar conectado à internet.

Poucos requisitos A atmosfera sombria continua. Os efeitos sonoros das batalhas seguem repetitivos e irritantes depois de algumas horas de partida, e a música não parece variar muito ao longo da jornada. O número de diálogos e as histórias voltam com força total, mas permitem que o jogo continue enquanto a narração entra em segundo plano.

Em termos gráficos, a Blizzard segue sua máxima de não sobrecarregar demais o produto. É para rodar em qualquer computador, e, pensando nisso, vale exaltar o design dos monstros e do cenário. O brilho das magias, seguido da pilha de cadáveres pós-confronto, segue fiel ao estilo, agora potencializado pelo efeito das runas descritas acima.

Todo o oba-oba em cima das mudanças não esconde um processo complicado de criação por parte dos game designers da produtora. Pelo que a versão beta deixa ver, Diablo III deve ser lançado já com uma aura de ultrapassado, em comparação aos títulos lançados nos últimos meses. A visão isomórfica, a câmera estática e o inventário com desenho pouco atraente podem se encaixar na categoria “mantendo a tradição”.

Ao mesmo tempo, a pouca interação com o ambiente ao redor, as limitações de personalização e um enredo linear denunciam certo atraso no lançamento do jogo. Segundo a empresa, o game vem sendo desenvolvido há cinco anos. Talvez seja essa a causa de alguns pontos “envelhecidos” no sistema. Para conferir o resultado de tanta elaboração, só no ano que vem. Isso é, se não atrasar de novo.
Capa do jogo Diablo III (Blizzard Entertainment/Divulgação)
Capa do jogo Diablo III

Produção: Blizzard Entertainment
Desenvolvimento: Blizzard Entertainment
Plataforma: PC
Número de jogadores:
1 (single-player), 2-8 (multiplayer)
Preço: não divulgado
* Capa da versão beta  
Não recomendável para menores de 16 anos

Avaliação
 Jogabilidade  +++++
 Entretenimento  +++++
 Gráficos   ++++
 Som   +++

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