Esqueça a carteira, prepare o celular
Sistema de pagamento via SMS e por meio
de tecnologia de transmissão de dados de curta distância é regulamentado
pelo governo. Operadoras lançam novidades e disputam clientes
Santana Dardot, professor de mobile marketing, destaca as vantagens das transações pelo celular: conveniência, segurança e simplicidade |
Segundo Santana Dardot (foto), de 37 anos, diretor de Proatividade da Tom+Sapien e professor de mobile marketing do Ibmec, a medida é extremamente positiva, pois permite e regulamenta o pagamento direto via mobile, o que vai gerar um crescimento da inclusão bancária e pode aumentar a concorrência no setor para clientes de necessidades mais básicas. Segundo ele, para a solução se popularizar no Brasil, é preciso que os principais bancos, as operadoras de cartão e companhias telefônicas adotem a novidade e garantam a interoperabilidade entre as soluções de pagamento. Além, é claro, da adoção pelo comércio e o usuário final. “Para o consumidor, há a vantagem de se carregar menos coisas no bolso, a conveniência, a segurança e a simplicidade. Para os bancos e empresas de telecom, surge a “bancarização” de um novo setor da economia e a possível futura simplificação de processos”, ressalta.
O QUE VEM POR AÍ
No Brasil, já existem transações baseadas em SMS, pagamento via internet nos dispositivos móveis e pagamentos a partir de cartão pré-pago ou créditos nos celulares. O que está por vir é a adoção da tecnologia near field communication (NFC), rede de transmissão de dados de curta distância. Já se fazem pagamentos via NFC em estágios iniciais. Atualmente, há testes da TIM, Itaú, Bradesco, Claro, Vivo, Mastercard e Visa (já existem cerca de 230 mil terminais da Cielo prontos para o NFC). O PagSeguro também lançou uma plataforma de pagamento via NFC para três modelos de aparelhos da Nokia. Durante o Mobile World Congress, em fevereiro, em Barcelona (Espanha), a Visa anunciou um sistema de pagamento por celular, utilizando NFC, que deve equipar a próxima geração de smartphones da Samsung. A Mastercard, por sua vez, apresentou sua carteira virtual, que permite armazenar detalhes dos cartões nos celulares.
Para Santana Dardot, alguns gigantes do setor ainda não apostam na tecnologia, como a Apple e a rede inglesa de varejo Tesco. E nos países onde já existe o pagamento via NFC, percebe-se uma certa relutância dos clientes em utilizar o recurso para pagamentos devido a hábitos arraigados. “O sistema requer que o cliente e o estabelecimento tenham aparelhos com a função, o que atualmente não se aplica a muitos modelos de celulares”, ressalva.
Corrida maluca por clientes
Operadoras brasileiras lançam serviços de pagamento pelo celular, mas ainda há parcerias exclusivas com instituições financeiras, o que contraria exigências da medida provisória
Imagine que você está agarrado no trânsito caótico da Avenida Cristiano Machado, em Belo Horizonte, e lembra que tem de pagar uma conta. Ou mesmo sua filha, que mora em outra cidade, precisa de uma grana para comprar um gás de última hora. Pois é, o sistema de pagamento por celular pode ajudar nessas situações. As companhias telefônicas brasileiras já estão atentas à Medida Provisória 615 e algumas, como a Oi, a Vivo e a Claro, já lançaram (ou vão lançar, em breve) seus m-payment.
A Tim começa nesta semana o piloto de pagamento de contas com celulares NFC em parceria com o Bradesco, a Motorola e a LG. As fabricantes cederam modelos de smartphones para um grupo testar a tecnologia em estabelecimentos do Rio de Janeiro e São Paulo. A expectativa da Tim é lançar comercialmente a solução no fim de 2013. Ela já adquiriu a plataforma TSM, que permite a instalação remota e segura de serviços NFC em dispositivos móveis.
Pioneira na área, a Oi lançou no dia 13 o Oi Carteira, cartão pré-pago que permite compras e transferência de dinheiro por meio do celular. A companhia colocou os pés no novo terreno ainda em 2007, quando lançou o Oi Paggo, cartão de crédito no celular. Pouco depois, em uma parceria com o Banco do Brasil (BB) e a Cielo, continuou na linha de promoção móvel. Com o Oi Carteira, a grande novidade é poder transferir dinheiro para outro usuário da plataforma. Os clientes também podem fazer compras em estabelecimentos credenciados, fazer recargas de créditos e transferência de dinheiro para outros usuários do serviço, além de saques em terminais do BB.
Noela Gigliotti, gerente de produtos de bancarização da Oi, acredita que o momento é oportuno para o lançamento do serviço. “As pessoas começam a entender o processo. É um círculo virtuoso. A regulamentação vai dar mais segurança”, ressalta. Gigliotti conta que o sistema foi projetado pensando no público-alvo – pessoas de comunidades rurais, com baixo nível de instrução. As informações são bem didáticas. “Sabemos, por pesquisas, que o brasileiro está acostumado a usar o celular e especialmente o SMS. Por mensagem, ele receberá avisos perguntando o que quer fazer, pedido de senha e confirmação”, explica.
A gerente conta que a empresa já faz testes com a tecnologia NFC, mas ainda é algo para o longo prazo. Ela acredita que a tecnologia demore a emplacar. “A penetração de aparelhos com NFC não é alta e não há banco emitindo novos cartões adaptados. Os celulares são caros e poucos. É preciso ainda fazer a mudança do chip”, ressalva.
SIMPLES E PRÁTICO Já a Vivo lançou dia 14 o Zuum, projeto da Mobile Financial Service (MFS), formado pela Telefonica International e pela MasterCard. A novidade é uma conta-corrente pré-paga do celular, direcionada a pessoas que não têm conta em bancos. A aplicação será oferecida na capital mineira e em cinco cidades de São Paulo (Osasco, Sorocaba, Mogi das Cruzes, Jundiaí e Guarulhos). “O único objeto que o brasileiro não esquece é o celular. É muito cômodo fazer transações bancárias pelo aparelho. A partir de setembro, o usuário já vai poder pagar água e luz pelo celular”, conta Marcos Etchegoyen, diretor-presidente da MFS.
Com o Zuum, o usuário vai acessar a conta diretamente do celular. A adesão ao sistema é gratuita e feita no aparelho. Pelo telefone, podem ser feitas transferências de dinheiro, recargas de crédito da operadora Vivo para o próprio celular ou de terceiros, consultas de saldo e, em breve, pagamento de contas. A empresa não tem nenhum projeto com NFC. “É preciso não agregar nenhum custo para o público foco, que tem celulares básicos e os chamados smartphones light”, conta.
Etchegoyen explica que não se trata de um sistema de crédito. O usuário só gasta o que tem. Segundo ele, há, claro, as taxas pelas transações efetuadas, mas tudo é revertido em bônus de crédito para falar ao celular. O envio de dinheiro sai por R$ 0,99, o pagamento de uma conta é R$ 2,90 e o saque, o mais caro, R$ 6,90. “Em BH, teremos a alternativa de fazer saque em alguns varejistas e vamos conseguir reduzir esse custo”, argumenta.
Ele explica que o grande desafio no momento é criar uma massa crítica de clientes e que ela própria vai criar a necessidade da interoperabilidade do m-payment. “No início, o SMS só era trocado por celulares das mesmas operadoras. Os clientes passaram a questionar isso e o mercado abriu, gerando um boom de mensagens”, exemplifica. Outro desafio, segundo ele, é educar o consumidor e mostrar que o produto é simples e seguro. Depois, garantir uma rede de depósito.
A Claro disponibiliza aos seus clientes o Bradesco Celular via SMS, que permite consultar saldo, últimos lançamentos da conta-corrente e efetuar recargas pelo celular. Além disso, a operadora tem parceria com o banco para o desenvolvimento de um cartão pré-pago vinculado a uma linha de celular, assim como também já estão em fase de testes os pagamentos via NFC. As iniciativas estarão disponíveis aos clientes até o terceiro trimestre de 2013.
VANTAGENS DO MOBILE PAYMENT
» Mensagens não ficam armazenadas no celular
» É preciso senha para cada ação
» Sistema informa custo antes de efetuar transação
» Evita fraldes bancárias que atingem o mercado e-commerce (cópia do número dos cartões)
» Menores taxas se comparadas às dos bancos
» Grande penetração em diferentes regiões do Brasil
NFC entra em cena
Luiz Filipe Menezes Vieira esclarece que para utilizar a tecnologia bastam dois dispositivos com a etiqueta NFC |
Nassar explica que há dois modos de funcionamento: o passivo (um dispositivo emite o sinal e outro apenas recebe a informação, como no caso de um smartphone que lê os dados de uma etiqueta com NFC) e o ativo (os dois podem emitir e receber dados). Segundo ele, embora pareça limitação, a curta distância na verdade é o grande diferencial, pois permite uma transmissão segura e estável, evitando, por exemplo, que aconteça o acesso a dados de desconhecidos, como pode ocorrer em redes Wi-fi ou Bluetooth. “O irônico é que muitas pessoas já utilizam o NFC e não sabem: quando aproximam o cartão de ônibus nos terminais ou em hotéis, quando abrem as portas eletrônicas dos quartos com a chave cartão”, diz.
Há várias aplicações para a tecnologia. Além do setor de pagamentos móveis, Nassar lembra que a Nintendo lançou um game do Pokémon para o Wii U, em que um personagem pode ser incorporado ao jogo aproximando-o do console. Há ainda os chamados smart posters, cartazes que têm adesivo com NFC e são lidos por smartphones. “Foi feita até uma biblioteca pública virtual na Áustria dessa maneira. Nos smart posters espalhados pelo local, a pessoa tinha acesso ao acervo de livros, podendo baixá-los na hora”, lembra.
Luiz Filipe Menezes Vieira, professor do Departamento de Ciência da Computação da Universidade Federal de Minas Gerais, esclarece que, para utilizar a tecnologia, não é preciso ter um celular, basta ter dois dispositivos com etiquetas NFC. Ele acredita que a tecnologia deve se popularizar no Brasil porque dá flexibilidade ao usuário. “Futuramente, as pessoas poderão comprar bilhetes de ônibus e metrô por meio do NFC. Há inúmeras possibilidades”, opina. Para isso, ele acredita que é preciso antes habituar a população à novidade, o que deve acontecer à medida que perceber sa praticidade e os preços dos equipamentos com o recurso se reduzirem. Atualmente, os aparelhos custam, em média, R$ 2 mil . Ele lembra que, quando o Bluetooth surgiu, muita gente ficou desconfiada, mas que o uso comercial popularizou a tecnologia.
LIGA DO NFC
Já existem vários produtos no mercado que utilizam a tecnologia:
Samsung Galaxy S3
Câmera de 8 MP e tela Super AMOLED de 4,8 polegadas, roda Android.
Preço médio: R$ 1,8 mil
galaxys3brasil.com.br
Sony Xperia Z
Tela Full HD de 5”, tem duas câmeras (13MP e 2MP), roda sistema Android 4.1.
Preço médio: R$ 1,8 mil
sonymobile.com
Nokia Lumia 920
Smartphone Windows Phone, display de 4.5”, câmera de 8,7MP, grava vídeo em HD.
Preço médio: R$ 1,8 mil
nokia.com
LG Optimus 4x HD
Tela de 4.7”, câmera de 8MP, memória interna de 16GB, roda Android.
Preço médio: R$ 1,5 mil
lge.com
Inclusão bancária
Ainda com desconfianças relativas à
segurança, pagamentos via dispositivos móveis ganham regulamentação no
Brasil. Num breve futuro, dinheiro poderá ser enviado até por e-mails
Professor Lúcio Marcos do Bom Conselho afirma que a medida regula um mercado que já existe há dois anos |
De acordo com o texto, o Banco Central (BC), o Conselho Monetário Nacional, o Ministério das Comunicações e a Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) deverão estimular a oferta desse tipo de serviço. O BC deverá regular e supervisionar as operadoras de telefonia. O Congresso tem 180 dias para avaliar e aprovar a medida, para que ela passe a valer. Em abril, o diretor de Política Monetária do BC, Aldo Luiz Mendes, disse que a medida é importante não apenas para reduzir os custos das transações financeiras, mas também para aumentar a inclusão bancária no país.
Segundo Lúcio Marcos do Bom Conselho, professor de direito digital da Faculdade Cotemig, a medida vem para regular um mercado que já existe há, pelo menos, dois anos e que não haverá dificuldades para ser validada pelo Congresso. Ele ressalta que, de acordo com o artigo 7º, as instituições deverão garantir a interoperabilidade – capacidade de um sistema interagir com outro – aos clientes. “A Cielo, por exemplo, já tem sistema de pagamento via SMS e aplicativo próprio, mas em parceria só com a Oi”, lembra. A norma, segundo ele, é para evitar que uma grande corporação tome conta de todo o mercado.
COMPRA DE CRÉDITO As companhias devem oferecer serviços de pagamento e troca de valores nos sistemas de contas virtuais pré-pagos ou pós-pagos. Um cliente que tenha R$ 500 em moedas eletrônicas poderá transferir esse valor para outra pessoa como forma de pagamento. “É como o Skype, no qual você compra crédito para ligações. Nesse caso, o usuário adquire crédito eletrônico para usar serviços diversos, como comprar em um supermercado ou pagar a conta de luz”, explica o professor. Ele lembra que no continente africano o pagamento mobile já é uma realidade. Uganda, por exemplo, movimentou US$ 2,7 bilhões em m-payment em 2011.
Para Lúcio Bom Conselho, a novidade baixa os custos para o consumidor, porque os sistemas não estarão vinculados aos bancos e às suas altas taxas. Além disso, m-payment dispensa infraestrutura de sedes e agências, barateando custos. Mas será que o público vai poder confiar nas companhias telefônicas para fazer suas transações monetárias? Para garantir segurança ao cliente, as empresas estarão sujeitas às mesmas penalidades das instituições financeiras. Advertência, suspensão da atividade e cassação da licença para oferecer o serviço são algumas das punições possíveis, caso a companhia descumpra os contratos estabelecidos.
REGULAMENTAÇÃO DE PAGAMENTOS
Segundo o diretor de Política Monetária do BC, Aldo Luiz Mendes, entre os objetivos da Medida Provisória 615 cinco se destacam como as mais importantes:
1) Regulamentar as operações, mesmo quando o serviço não é feito por instituições financeiras
2) Impedir a lavagem de dinheiro e a transferência de recursos para fins terroristas
3) Estimular o compartilhamento de infraestrutura entre bancos e operadoras de telefonia
4) Aumentar a competição
5) Proteger o consumidor, garantindo a ele liberdade de escolha, segurança e privacidade
O QUE DIZ A MEDIDA PROVISÓRIA
Os dois principais pontos da Medida Provisória 615:
1) Define o que é arranjo de pagamento: um conjunto de regras e procedimentos que disciplina a prestação de determinado serviço de pagamento ao público aceito por mais de um recebedor mediante acesso direto pelos usuários, pagadores e recebedores.
2) A instituição pode disponibilizar serviço de aporte ou saque de recursos mantidos em conta de pagamento e executar ou facilitar a instrução de pagamento relacionada a determinado serviço de pagamento, inclusive transferência originada de ou destinada a conta de pagamento, além de outras atividades relacionadas à prestação de serviço de pagamento designadas pelo BC.
Dinheiro via anexo
Não se assuste
se daqui a algum tempo aparecer a seguinte mensagem no seu Gmail: “Você
escreveu dinheiro, mas não há nenhum dinheiro em anexo”. No dia 15,
durante sua conferência Google I/O, a gigante das buscas anunciou que
vai permitir o envio de dinheiro pelo seu serviço de e-mail. Com apenas
um clique, os usuários do Google Wallet (serviço lançado em 2011, que
permite usar o celular como uma carteira virtual) poderão completar a
transação. Para enviar o montante, bastará clicar no símbolo $ ao lado
do botão anexar arquivos.
A pessoa define a quantia e seleciona sua origem. O Google fica com uma taxa de 2,9% (valor mínimo de US$ 0,30) da transação, caso seja feita por cartão de crédito ou débito. Se a instituição financeira for parceira do Wallet, o internauta fica isento das taxas. Qualquer usuário de uma conta de e-mail (mesmo que não seja o Gmail) pode ser destinatário, mas será preciso criar uma conta no Wallet. Ao receber, a pessoa escolhe se quer fazer um depósito em conta ou usar a quantia onde a carteira virtual é aceita. Para variar, o novo recurso será lançado só nos Estados Unidos.
A possibilidade de fazer transferências por e-mail é bastante tentadora, mas a segurança da ação é um caso a pensar. Com o Google +, a empresa usa apenas uma senha para todos os seus serviços. Caso um dos seus perfis seja invadido, os cibercriminosos podem fazer a festa com seu dinheiro virtual. Para evitar isso, além dos cuidados básicos e o uso de antivírus, o usuário pode pedir uma dupla autenticação ao serviço, que envia um código por SMS ao celular cadastrado na conta.
NFC O Wallet permite fazer pagamento por meio do celular – basta aproximá-lo de máquinas que identificam o sinal. Para isso, é utilizada a tecnologia Near Field Communication, o NFC. Confira mais informações sobre o novo recurso de anexar dinheiro no Gmail no vídeo produzido pela empresa em http://bit.ly/10zIlMl.
Shirley Pacelli
Publicação: 30/05/2013 04:00
Entre outras novidades, gigante das buscas anunciou na conferência Google I/O que vai permitir envio de dinheiro pelo serviço Gmail |
A pessoa define a quantia e seleciona sua origem. O Google fica com uma taxa de 2,9% (valor mínimo de US$ 0,30) da transação, caso seja feita por cartão de crédito ou débito. Se a instituição financeira for parceira do Wallet, o internauta fica isento das taxas. Qualquer usuário de uma conta de e-mail (mesmo que não seja o Gmail) pode ser destinatário, mas será preciso criar uma conta no Wallet. Ao receber, a pessoa escolhe se quer fazer um depósito em conta ou usar a quantia onde a carteira virtual é aceita. Para variar, o novo recurso será lançado só nos Estados Unidos.
A possibilidade de fazer transferências por e-mail é bastante tentadora, mas a segurança da ação é um caso a pensar. Com o Google +, a empresa usa apenas uma senha para todos os seus serviços. Caso um dos seus perfis seja invadido, os cibercriminosos podem fazer a festa com seu dinheiro virtual. Para evitar isso, além dos cuidados básicos e o uso de antivírus, o usuário pode pedir uma dupla autenticação ao serviço, que envia um código por SMS ao celular cadastrado na conta.
NFC O Wallet permite fazer pagamento por meio do celular – basta aproximá-lo de máquinas que identificam o sinal. Para isso, é utilizada a tecnologia Near Field Communication, o NFC. Confira mais informações sobre o novo recurso de anexar dinheiro no Gmail no vídeo produzido pela empresa em http://bit.ly/10zIlMl.
Modernos, mas limitados
Com menos funções, os feature phones são
as vedetes nos países emergentes. De olho no mercado, a Nokia apresentou
o Asha 501, que nem 3G oferece
Novo modelo tem design simples e funções básicas |
Um
dos trabalhos mais recentes do instituto de pesquisas Nielsen mostra
quais são os hábitos de consumo dos telefones móveis no mundo. O estudo
foi realizado com usuários de 10 países, incluindo o Brasil, e mostra
que o celular ainda é uma novidade por aqui. Apesar de os smartphones
ficarem com 36% desse mercado, os feature phones lideram com 44% do
segmento. Esse comportamento já dá sinais de que o segtor passa por uma
transição. Segundo o IDC, o primeiro semestre fechou com 216 milhões de
smartphones vendidos no planeta, o que representa 51,6% do total de
celulares do período. Pela primeira vez, a categoria superou os feature
phones. Para os analistas, uma das principais razões é a aposta de
muitas companhias em smartphones de baixo custo, a exemplo do Motorola
Me, do Samsung Galaxy Y e do Sony Xperia E.
Na semana passada, foi a vez de a Nokia fazer mais um lançamento que acompanha essa tendência. Desde outubro de 2011, a empresa vem apostando na linha Asha, com uma série de 15 aparelhos que fazem contrapeso aos poderosos Lumia, topo de linha da marca. A novidade, apresentada no Taj Palace Hotel, em Nova Délhi, na Índia, foi o Asha 501, que deve chegar às prateleiras em junho por cerca de R$ 200. No Brasil, a previsão é que o gadget estará à venda a partir do terceiro trimestre.
O executivo da Nokia Stephen Elop disse na apresentação que as expectativas da companhia são grandes. “Não estamos lançando apenas um Asha, e sim uma nova geração, com design elegante inspirado nos smartphones topo de linha. Ele vai surpreender e promover a inclusão digital”, afirma. O presidente da Nokia Brasil, Almir Narcizo, observou que a receptividade ao aparelho foi boa. “Estamos felizes com a repercussão do público brasileiro, que vai receber a versão Dual SIM”, disse.
ACESSÍVEL À primeira vista, o aparelho é bonitinho, com um design simples e que lembra a família Lumia. Pequeno e leve, mede 99,2mm x 58mm x 12,1mm e pesa 98 gramas. Quase uma caixinha de sabonete, só que mais interessante, pois tem Wi-fi e 2G. Isso mesmo. O gadget não oferece 3G. Stephen Elop garante que novas versões com suporte a esse tipo de conexão estão a caminho e que o 2G corresponde a 80% do mercado. Segundo Almir Narcizo, a Nokia está começando com um modelo muito acessível para atingir o maior número de pessoas.
A tela QVGA, de três polegadas com resolução de 320 x 240 pixels, ocupa quase toda a parte frontal, deixando um espaço para um único botão. Uma nova plataforma Asha foi desenvolvida para o 501 e deve embarcar nos futuros modelos dessa linha. Como a navegação do sistema é baseada no movimento de arrastar a tela, a qualidade do touchscreen faz diferença. De fato, não é como um iPad. Às vezes, ele não sente bem o toque, mas não travou durante o teste.
O navegador do Asha 501 é outro ponto interessante. Ele consegue compactar os dados dos sites em até 90%. Assim, páginas de grandes portais abriram rápido. A câmera tira fotos com 3.2MP e grava vídeos nos formato MP4, ASF, AVI e 3GP. Não tem flash. De modo geral, o aparelho é bastante humilde e pelo preço sugerido (US$ 99) sai muito em conta para o público a que visa.
O BÁSICO
Os feature phones são aparelhos intermediários, que muitas vezes têm tela sensível ao toque e acessam redes sociais (geralmente com aplicativos criados em Java), mas com sistemas fechados e limitados. Normalmente, são ofertados como modelos de entrada e fazem sucesso nos países emergentes, onde a economia favorece um momento de ascensão social e melhor poder aquisitivo.
Na semana passada, foi a vez de a Nokia fazer mais um lançamento que acompanha essa tendência. Desde outubro de 2011, a empresa vem apostando na linha Asha, com uma série de 15 aparelhos que fazem contrapeso aos poderosos Lumia, topo de linha da marca. A novidade, apresentada no Taj Palace Hotel, em Nova Délhi, na Índia, foi o Asha 501, que deve chegar às prateleiras em junho por cerca de R$ 200. No Brasil, a previsão é que o gadget estará à venda a partir do terceiro trimestre.
O executivo da Nokia Stephen Elop disse na apresentação que as expectativas da companhia são grandes. “Não estamos lançando apenas um Asha, e sim uma nova geração, com design elegante inspirado nos smartphones topo de linha. Ele vai surpreender e promover a inclusão digital”, afirma. O presidente da Nokia Brasil, Almir Narcizo, observou que a receptividade ao aparelho foi boa. “Estamos felizes com a repercussão do público brasileiro, que vai receber a versão Dual SIM”, disse.
ACESSÍVEL À primeira vista, o aparelho é bonitinho, com um design simples e que lembra a família Lumia. Pequeno e leve, mede 99,2mm x 58mm x 12,1mm e pesa 98 gramas. Quase uma caixinha de sabonete, só que mais interessante, pois tem Wi-fi e 2G. Isso mesmo. O gadget não oferece 3G. Stephen Elop garante que novas versões com suporte a esse tipo de conexão estão a caminho e que o 2G corresponde a 80% do mercado. Segundo Almir Narcizo, a Nokia está começando com um modelo muito acessível para atingir o maior número de pessoas.
A tela QVGA, de três polegadas com resolução de 320 x 240 pixels, ocupa quase toda a parte frontal, deixando um espaço para um único botão. Uma nova plataforma Asha foi desenvolvida para o 501 e deve embarcar nos futuros modelos dessa linha. Como a navegação do sistema é baseada no movimento de arrastar a tela, a qualidade do touchscreen faz diferença. De fato, não é como um iPad. Às vezes, ele não sente bem o toque, mas não travou durante o teste.
O navegador do Asha 501 é outro ponto interessante. Ele consegue compactar os dados dos sites em até 90%. Assim, páginas de grandes portais abriram rápido. A câmera tira fotos com 3.2MP e grava vídeos nos formato MP4, ASF, AVI e 3GP. Não tem flash. De modo geral, o aparelho é bastante humilde e pelo preço sugerido (US$ 99) sai muito em conta para o público a que visa.
O BÁSICO
Os feature phones são aparelhos intermediários, que muitas vezes têm tela sensível ao toque e acessam redes sociais (geralmente com aplicativos criados em Java), mas com sistemas fechados e limitados. Normalmente, são ofertados como modelos de entrada e fazem sucesso nos países emergentes, onde a economia favorece um momento de ascensão social e melhor poder aquisitivo.
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