Um novo Atlético, com futebol, espírito e gana de vencedor!
Blog do Atleticano Chico Maia - 26 de novembro de 2014 às 23:16Parecia que o Atlético é que precisava fazer três gols no Cruzeiro. Tomou as iniciativas ofensivas desde o início, marcou de forma implacável, principalmente as laterais cruzeirenses, desperdiçou oportunidades incríveis e mesmo depois de fazer 1 a 0 não procurou segurar o resultado porque sabia que se fizesse isso entraria no jogo que o Cruzeiro mais gosta.
Foi o sétimo confronto entre eles este ano, a quarta vitória alvinegra e três empates.
Foto: SuperFC/OTempo
Nesta conquista da Copa do Brasil é preciso reverenciar os jogadores, mas o chapéu precisa ser tirado em homenagem ao Levir Culpi. Do que ficou do Cuca, apenas o Victor não precisou sofrer melhoras; os demais jogadores, todos trocados ou melhor aproveitados e mais motivados. Começando pelo principal ídolo da massa, Diego Tardelli, que é outro jogador, muito mais produtivo. Mesma situação do Marcos Rocha. Leo Silva virou capitão; o jogador certo na função certa. Sério dentro e principalmente fora de campo. Jemerson, um achado na base, assim como o Carlos e apostas que deram certo como o Douglas Santos e Rafael Carioca.
Dátolo foi outra conquista. Passou por uma metamorfose através do Levir que superou Ronaldinho em assistências e fez com que o R10 se tornasse uma saudosa lembrança, mas sem fazer falta, já que não vinha jogando muita coisa. Lançou jogadores da base como Dodô; Eduardo, posicionou melhor o Marion e soube revezar Leandro Donizete, Josué e Pierre nos jogos e momentos certos; deu moral para o Luan e conseguiu montar um elenco durante a temporada, conquistando títulos, coisa quase impossível, em função do calendário.
Uma despedida com chave de ouro do presidente Alexandre Kalil do seu vitorioso mandato. Ele acertou ao levar o primeiro jogo para o Independência, onde o time fez 2 a 0, uma vantagem ótima nesta disputa, contra um adversário também da prateleira de cima, como foram Flamengo, Corinthians e Palmeiras.
Kalil merece. Ele faz questão de dizer que gostaria de entrar para a história como o segundo melhor presidente da vida mais que centenária do Galo, mas superou o até então melhor, Elias, o pai dele. Diferentemente daqueles tempos ele assumiu o Galo quebrado, desmoralizado, sem time e devendo quase três meses de salários. Organizou o clube, o tornou novamente respeitado, conquistou títulos inéditos como a Libertadores, Recopa e Copa do Brasil. Títulos conquistados e comemorados dentro do Mineirão, além de dos campeonatos estaduais.
E acabou com a “Faixa de Gaza”, como era chamada a política interna do Atlético. Elegerá seu sucessor, Daniel Nepomuceno, como candidato único no próximo dia dois.
A torcida, que nunca falhou, fez de novo o papel dela, no Mineirão, no Independência e nas ruas!
As viradas "impossíveis" só são possíveis para o Galo. Que campeão incontestável!
Chegou o Corinthians e o Galo perdeu por 2 a 0 em São Paulo. Tomou outro gol no quinto minuto do jogo de Belo Horizonte, mas virou: 4 a 1. Impossível? Não, não era nada impossível.
E veio a vez do Flamengo, tradicional rival (ou inimigo?) de velhos duelos. Nova derrota por 2 a 0 longe de casa, outro tento sofrido no Mineirão e mais uma virada para 4 a 1. Épico. Mais do que épico.
Decisão contra o Cruzeiro. Primeiro jogo no Independência, mando do Galo e 2 a 0 bem convincente. Era a vez do maior rival tentar aquilo que o Atlético conseguira duas vezes. O aparentemente impossível.
O roteiro se repetiu até o momento em que Diego Tardelli fez seu primeiro gol na Copa do Brasil. A vantagem que corintianos e rubro-negros tiveram antes agora era dos atleticanos. Ficou nisso.
O Galo faturou a Copa do Brasil de forma tão incontestável, mas tão incontestável, que nem o mais fanático cruzeirense poderá discordar. Domínio em 180 minutos e 3 a 0 no placar agregado. Como dizer o contrário?
Roteiro perfeito e um triunfo final sem drama, sem sustos, diferente das viradas de 4 a 1 e dos jogos malucos da Libertadores conquistada. E com mais justiça do que nunca.
Obrigado, time de torcedores. Obrigado sempre
Agora não se pode mais cantar 'EU SEI que você treme' - eu sei, nós sabemos, o Brasil inteiro sabe, a Espanha, a França, a Itália, todos sabem!
Eu tinha 8 anos quando o Galo jogou a final de 1980 e meu pai saiu comigo pra comprar uma bandeira nas Lojas Bakana. Durante 33 anos eu esperei o título que nunca vinha, contabilizando fracassos extraordinários e dores indizíveis. Mudei de cidade, tive um filho, casei, separei, casei, meu cabelo ficou grisalho, tive cinco cachorros. Nunca, jamais em ano algum, passei um rèveillon sem a camisa do Galo. Quanto mais Deus judiou da gente, mais atleticano me tornei – eu e todos os atleticanos do mundo.
Depois do primeiro milagre de Victor, chutando pra longe a lógica que sempre nos condenava ao fracasso, fui acometido por uma profunda dúvida existencial: o que seria de mim se a gente ganhasse? O que seria do atleticano que comeu o pão que o diabo amassou quando lhe fosse oferecido o caviar paraguaio naquele dia 25 de julho que tenho hoje tatuado no braço?
Perguntava a mim mesmo se poderia haver outros objetivos em nossas vidas que chegasse perto daquele acontecimento que se avizinhava: casar uma filha? Ganhar um Prêmio Esso de Jornalismo? Fazer mais um filho? Em minha alma carcomida por Wrights e Simons, pela injustiça divina e a estatística que só não funcionava ao nosso favor, o êxtase da vitória se misturou à melancolia daqueles que passam a vida sem objetivar nada, como ébrios vagais depois que a festa acabou.
Ainda no Salomão, bebendo a vitória impossível na companhia do Bolivar, do Eduardo Ávila e de tantos outros, achei que só me restava sair dali e caminhar até a Califórnia. Não o Bairro Califórnia, onde, dizem, estará o novo estádio do Galo (Califórnia über alles!). Pensei mesmo foi em me tornar um andarilho, subindo a pé até o Hemisfério Norte, como um louco que perdeu o lugar no mundo.
Depois da conquista, o Horto esvaziou. No Marrocos, perdi pela primeira vez sem sofrer, aplaudindo aqueles penetras do Raja na festa da Fifa. E na Recopa, ganhei pela primeira vez sem deixar escapar uma única lágrima, apesar da vitória épica – a primeira que o meu filho pôde ver in loco, entre os loucos da Galoucura que tanto amo (ou amava?).
Tinha algo de podre no reino da Dinamarca – alguma coisa não ornava mais na Igreja Universal do Reino do Galo. A conquista, suprema ironia, era a nossa derrota. E eu nem podia mais botar a culpa em Deus, como faz o Christopher Hitchens em suas bíblias ateístas, porque até meu ateísmo tinha ido por água abaixo.
Pois é, mas tenho uma flâmula que carrego comigo desde os 10 anos, em que se lê: “Bom mesmo é ser atleticano” – e o que estava guardado pra gente nem o mais otimista dos fanáticos nem o mais patológico dos torcedores poderia imaginar. A Massa, que tantas vezes salvara o Atlético de simplesmente desaparecer, dessa vez foi salva pelo Galo – por seu elenco de torcedores, por Levir Culpi, pelo nosso Kalil, pelo Gropen, pelo Lásaro, pela Adriana, pelo Domênico, pelo Maluf, pelo Carlinhos Neves, pelo Rodrigo Lasmar, pelo Belmiro. Até morrer, o atleticano deve agradecer a cada uma dessas pessoas por trazer de volta o atleticano que há em cada um de nós e vagava ébrio por aí em busca de suas Califórnias perdidas.
Em época de vacas magras, o atleticano ensinou aos seus pernas de pau que é preciso ter raça, é preciso ter gana sempre. E a despeito de esses serem versos de Maria, Maria, ele tava ali pra mostrar que “quem traz na pele essa marca possui a estranha mania de ter fé na vida”.
Dessa vez, eu sentei desanimado no sofá quando o Corinthians abriu o marcador sobre o meu Galo, prenunciando mais uma eliminação para o time oficial, de Lula e da Rede Globo. Mas o que vi foi o Edcarlos, quem diria, fazer o 4 a 1 e correr pra torcida como ele nunca correu pra lugar algum em toda a sua existência.
E o Pequetito, cruzeirense que já me fizera chorar tanto com sua narração na defesa de Victor contra o Tijuana, é culpado por essas lágrimas que escorrem agora, neste exato momento em que transcrevo o Gonzaguinha que ele resolveu citar naquela hora: “Somos nós que fazemos a vida, como der, ou puder, ou quiser, sempre desejada, por mais que esteja errada. Ninguém quer a morte, só saúde e sorte”. Êh, Galo, eu te amo demais...
Depois, contra o Flamengo, nosso maior algoz, foi como se toda a justiça do mundo tivesse sido feita finalmente, naquele novo e inacreditável 4 a 1. No jogo anterior, eu tinha ido ao Twitter mandar o Dátolo “tomar no c...” e sugerido que ele nunca mais vestisse a camisa do Atlético. Deveria haver Lei Seca para usuários de redes sociais.
Dátolo e Luan, amigos do peito, autores do terceiro e do quarto gol contra o time oficial da CBF e da Globo, ensinaram pra Massa que nada disso é milagre – é Atlético Mineiro, o time de coração desses dois para todo o sempre. A gente gritou “Eu acredito”, eles nos devolveram a classificação “épica” capaz de encerrar a carreira dessa bonita palavra, daqui pra frente apenas um verbete em O Pai dos Burros – dicionário de lugares-comuns e frases feitas, do cruzeirense Humberto Werneck.
Eu pensava que apenas o Tardelli e os meninos vindos da base torciam de verdade para o Galo. Mas não há um jogador nesse elenco que não morrerá com a bandeira do Atlético sobre o seu caixão, a exemplo de R10. O Mineirão não é mais nosso salão de festas – é a Casa do Baile. A superioridade do Galo nos dois “clássicos de todos os clássicos” tem uma única razão de ser: aqui não tem jogador, aqui é todo mundo 100% Galoucura.
Agora não se pode mais cantar “EU SEI que você treme” – eu sei, nós sabemos, o Brasil inteiro sabe, a Espanha, a França, a Itália, todos sabem! Antes das finais, isso era apenas uma provocação, ainda que os números estivessem a favor da tese. Agora, meu caro Werneck, é um fato científico.
O Galo campeão é algo tão monumental, transcendental e maravilhoso, que pudemos também comprovar outra tese, a de que o sonho do cruzeirense é gritar Galo. Na madrugada de quinta, o Tibete Azul presente à Casa do Baile não se aguentou: tão logo deu-se o apito final, saíram todos do armário, celebrando o nosso título. Vocês são bem-vindos! Há sempre espaço para mais um fiel na Igreja Universal do Reino do Galo. Pode vir com a gente, porque bom mesmo é ser atleticano.
Contra o Corínthians:
Foi como o pênalti de Riascos. Foi lindo demais
O Mineirão, palco preferencial da nossa desgraça, virou de uma hora pra outra um amuleto da sorte
postado em 18/10/2014 12:00 Fred Melo Paiva
/Estado de Minas
Entre 1977 e 2013, o atleticano comeu o pão que o diabo amassou. Eu tenho impressão de que Deus, no caso de existir, de repente olhou lá de cima e disse: “Quem é esse pessoal que a gente esqueceu aqui nesse canto?”. A que um de seus assessores, São Pedro ou São Paulo, respondeu: “Uai, são os atleticanos! Estão nesse limbo desde 1971, quando o Telê prometeu caminhar até Congonhas e pegou um táxi”.
O sósia de Karl Marx deu-se conta então do ocorrido: “Mas, rapaz, não era pra tanto...”. Diante do equívoco, fomos libertados em julho do ano passado. E desde então, apesar de alguns pesares, a justiça divina nos devolve com juros e correção o sofrimento do passado.
O pagamento da fatura não vem apenas com títulos, que, como bem sabemos, são preferências de cartórios e simpatizantes que trocariam tudo pela sorte de gritar Galo ao primeiro sinal de um copo quebrado na cozinha. “Não basta ganhar”, matou a charada minha amiga Elen Campos Munaier. “Tem de fazer história.”
O que o Galo faz desde 30 de maio de 2013, o Dia de São Victor do Horto, é História com H maiúsculo. Ganhamos a mais bela Libertadores de todas. Choramos abraçados aos nossos algozes no Marrocos, em um congraçamento mágico que “apenas” os 20 mil que lá estiveram são capazes de entender. Levantamos uma Recopa “num jogo que tem tudo para ser cultuado por gerações e gerações de torcedores”, nas palavras do acossador de candidatos Willian Bonner no Jornal Nacional.
O Mineirão, palco preferencial da nossa desgraça, virou de uma hora pra outra um amuleto da sorte. Que coisa! Começou ali, se Deus quiser, a derrocada épica do Cruzeiro diante de um Galo terrorista, atacando de Carlos, o Chacal. Mas se aquilo lhe pareceu um momento especial, ficou pequeno perto do que se deu por lá na quarta-feira.
Foi como o pênalti de Riascos. Foi lindo demais. Gritei sozinho, na solidão da minha sala, esse grito de “Eu acredito” que me arrepia até o pelo do nariz. Foi no dia que nasceu minha sobrinha, Helena – que se fosse minha filha se chamaria Edcarla. Entre o quarto gol e o apito final, me fechei no quarto com um dedo em cada ouvido, certo de que é assim que se enfarta. Mas o revés, meu amigo, não nos acontece mais: é muito juro, é muita correção.
Ao fim, veio a Dancinha do Mano abrilhantar nosso salão de festas. Já testei e recomendo: pode-se dançá-la no ritmo de um reggaezinho malemolente. Ou antes do banho matinal, peladão, no lugar do alongamento ou do yoga. Funciona.
Obrigado, Tardelli, Guilherme, Luan, Edcarlos. Obrigado, Levir e o time todo. Obrigado, Mano. Obrigado pelo capítulo épico na mais bonita história de amor e superação do esporte mundial. E digo aos descrentes do Brasileirão: enquanto houver Dedé, há esperança.
A dancinha do Mano Menesis foi histórica e virou piada
Contra o Flamengo:
A história vai passar de novo na nossa frente
Confesso, atleticano descrente, que não apenas creio no milagre: eu acredito é no milagre dos milagres!
postado em 01/11/2014 12:00 Fred Melo Paiva
/Estado de Minas
O problema é que eu vi Riascos ir pra bola, e Victor de bico isolar. Vi Deus derrubar o disjuntor no Horto, vi o gol de Guilherme, e aquele terço na marca da cal. Vi a derrota em Assunção, e a testada de Leo Silva aos 42 do segundo tempo. Vi El Tanque derrapar, e o Roberto Baggio do Paraguai nos dar o título impossível, aquele que me fez jogar fora o epitáfio que eu planejava desde a final de 1999: “Vim, vi e perdi”. (Deixo este para Júlio César, o goleiro.)
Como é que eu faço agora pra não acreditar, se outro dia mesmo teve a Recopa e, de novo, aquele estilo Dilma de vencer só depois de 90% dos votos apurados? De novo, nesse Mineirão que só dava azar, e que agora é o palco principal da nossa fortuna.
Qual é a mágica, atleticano descrente, pra não botar uma fé depois daqueles 4 a 1 contra o Corinthians? Depois daquilo, meu amigo, eu tô acreditando é em tudo – segredo de Fátima, CIA matando o Kennedy, capa da Veja, duende, disco voador, reforma política, tudo.
Você pode me dizer que o Guilherme estava em campo jogando o fino da bola, e que agora não estará mais. Sim, é verdade. Mas eu te pergunto, então, atleticano descrente: com Guilherme ou sem Guilherme, você acha normal um gol de Edcarlos? Aos 40 do segundo tempo? Com uma estranha chifrada que faz a bola bater em sua própria coxa e depois na trave, antes que o Caixa pudesse enfim gritar o “caixa” mais sinistro de sua vida? Com a autoridade do ateu, posso lhe garantir que foi coisa de Deus.
E embora ateu, começo a acreditar que alguma coisa tá guardada pra nós mais uma vez. Confesso, atleticano descrente, que não apenas creio no milagre – eu acredito é no milagre dos milagres! No Dátolo livrando-se do espírito de Emerson Conceição e reencarnando R49. No Jô pedindo o hino no Fantástico, obination style, e em mais um do Leo, nosso testa de ferro.
Tô crendo em um novo 4 a 1, meu amigo! Porque o Flamengo tinha só duas chances de matar o jogo no Maraca, onde 7 mil atleticanos engoliram 35 mil flamenguistas no gogó: ou ganhava de 1, ou metia 5. Escolheu fazer 2 a 0, coitado, nosso mais mítico placar. Chego a achar que São Victor pegaria aquele pênalti. Mas como santo que entende das providências lá de cima, deixou entrar por querer – ele sabe que o 2 a 0 é a senha no caixa eletrônico de Deus.
Eu estava no sofá da sala quando Victor pegou o pênalti. Nunca mais cometo esse desatino. E por isso recomendo ao atleticano descrente que vá logo comprar o seu ingresso, porque a gente precisa da sua garganta, da veia estufada do seu pescoço – e você mesmo não vai se perdoar por ter ficado de fora da sessão de descarrego. Vem logo, meu chapa, todo mundo junto, petralhas e coxinhas, para exorcizar mais esse encosto! Sai, José Roberto Wright! Sai, José de Assis Aragão! Sai, que a história vai passar de novo na nossa frente.
Duzentos milhões em ação
"De agora em diante, fica permitido ao atleticano suspender a pensão da ex-mulher, dar o cano no condomínio do prédio, vender a própria mãe. Vende e não entrega, dane-se! A única coisa proibida é duvidar do Galo"
postado em 08/11/2014 12:00
/ Fred Melo Paiva
/Estado de Minas
É verdade que o ingresso ficou caro. Mas esse Atlético nos obriga a apertar o famoso botão do “dane-se”, como dizem os dubladores da TV. Dane-se tudo! De agora em diante, fica permitido ao atleticano suspender a pensão da ex-mulher, dar o cano no condomínio do prédio, vender a própria mãe. Vende e não entrega, dane-se! A única coisa proibida é duvidar do Galo.
Nesses últimos dois dias, tudo se falou e escreveu na tentativa vã de explicar o que se passa com esse Atlético. Mas não há explicação que resista a qualquer lógica, e eu já estou sinceramente ficando com vergonha de ser ateu. Se algo de sobrenatural acontecer na decisão contra o Cruzeiro, eu volto pro catecismo de onde fugi. Juro por Deus.
Eu nunca mais imaginei sentir a emoção que tinha experimentado na final da Libertadores de 2013, naquela hora em que o Baggio paraguaio desperdiçou sua cobrança. Com o perdão do meu filho, de quem cortei o cordão umbilical com a tesoura oferecida pelo médico, aqueles segundos que se seguiram ao pênalti ocupam o primeiro lugar no ranking dos momentos mais felizes da minha vida. Quarta-feira o nascimento do Francisco, há sete anos, perdeu mais uma posição na tabela. Desculpa, Kikinho, é o Galo que faz isso com a gente.
Nenhum outro torcedor do Brasil é capaz de entender o fato de o Atlético não ter colocado a estrela da Libertadores sobre o seu escudo. O cruzeirense, cujo distintivo parece a penteadeira do Rei Momo, menos ainda. Pergunto a vocês, que não têm a sorte de torcer para o Atlético: o que são os títulos diante desses dois 4 a 1 que nem o Alzheimer será capaz de apagar?
Se o Ibope saísse às ruas, o Atlético teria hoje a maior torcida do Brasil. Porque nem o mais insensível dos corintianos nem o mais fanático dos flamenguistas pode ter torcido contra o Galo depois do terceiro gol, anotado por Jesus (o primeiro nome do Dátolo). Jesus tinha sido crucificado no primeiro jogo e ressuscitou no último. Não me causará estranheza se subir aos céus, levitando sobre os cruzeirenses, depois de levantarmos a taça no dia 26.
O fato é que, por mais desalmado que possa ser o sujeito, é humanamente impossível torcer contra o Atlético. Seria como desejar um final feliz pra Carminha na novela – não rola. Por isso eu tenho pra mim que não foi o Luan o cara do quarto gol – foram 200 milhões de brasileiros que empurraram aquela bola pra dentro, incluindo José Roberto Wright e os cruzeirenses todos que têm o grito de Galo entalado na garganta. Obrigado a todos vocês por acreditarem junto com a gente!
Agora, vem a briga pelo título – a peleja do diabo com o dono do céu. Na última vez que o Cruzeiro ganhou do Atlético no Horto, Kennedy tava vivinho da Silva (foi morto em 1963). Não há favorito – a não ser, claro, que nos seja oferecida uma missão impossível. Aí, meu amigo cruzeirense, pode preparar o lombo, porque aqui o raio cai é 10 vezes no mesmo lugar.
A narração da Rádio Globo carioca entrou para a história e virou piada em tudo quanto é canal de televisão
Aqui é um debate na rádio/TV carioca, de entendidos do futebol, antes do jogo soltando algumas pérolas como "24 vezes" " Isso acontece uma vez a cada 10 anos" "Quantos raios que você quer que caia no mineirão?"
Contra o Cruzeiro, o mais fácil dos adversários:
A hora é de calçar as chuteiras da humildade
"O cruzeirense não aprende - leva duas na corcova, fora o baile e a freguesia, e segue arrotando superioridade"
postado em 15/11/2014 11:30
/ Fred Melo Paiva
/Estado de Minas
A grande vantagem do Atlético sobre o Cruzeiro na finalíssima da Copa do Brasil nada tem a ver com os dois gols marcados no Horto. A maior das vantagens é que o atleticano, tendo sofrido o que sofreu, é um sujeito desprovido de arrogância. E mesmo levitando feliz sobre o milho ao fim do primeiro jogo, ainda encabulado com o destino dos sabugos, passava batido por um vendedor de faixas anunciando o Galo campeão.
Em 1985, disputando a prefeitura de São Paulo, o favorito Fernando Henrique Cardoso sentou-se na cadeira do mandatário para uma foto de jornal. Claro que o Jânio ganhou a eleição – e ainda mandou desinfetar o assento antes de colocar nele o seu traseiro. Se FHC fosse atleticano, não sentaria no trono antes da hora nem pra passar um fax.
O cruzeirense é o oposto – fia-se em seus títulos como se fosse um conde ou um barão do século 19. Até que vem um 15 de novembro como hoje, nego instaura a República, e aquela fleuma toda vai pro saco.
Ainda assim, o cruzeirense não aprende – leva duas na corcova, fora o baile e a freguesia, e segue arrotando superioridade. Mesmo ciente de que a contagem histórica mostra que, se quiser ver o Cruzeiro à frente do Atlético algum dia, deve fazer como Roberto Marinho e Michael Jackson e começar a dormir dentro de uma daquelas bolhas que prometem prolongar a vida até os 200 anos. Mas, como se vê nesses dois casos, nem assim é garantido.
Fábio de Costas é o melhor representante dessa arrogância. Saiu de campo na quarta-feira dizendo que "cada um tem o estádio que merece" – sugeria, assim, ser o Cruzeiro maior que o Atlético. Dou-lhe um desconto, porque não deve ser fácil passar 90 minutos com uma multidão no cangote lembrando que "eu vi o gol do Vanderlei, e o Fábio lá de costas a chorar". Mas, meu caro, que culpa temos nós se você deixou o retrovisor em casa naquele dia?
Nesses tempos em que já ando duvidando do meu próprio ateísmo, fazendo três vezes o sinal da cruz antes de cada tempo do jogo e deixando umas oferendas aos pés da minha estátua de São Victor, começo a crer piamente no castigo de Deus. O cruzeirense acha que o homem lá em cima não viu toda aquela comida sendo desperdiçada e apenas o sabugo tendo alguma serventia. O cruzeirense espera ser perdoado por sua arrogância em 26/11, o dia do juízo final. Só não contava com os 2 a 0, a senha para o atleticano falar com Deus no Disque Denúncia.
Isso tudo pra dizer, amigo atleticano: não caia nessa falácia. Se te ocorrer a ideia de comemorar antes da hora, corra para o chuveiro e tome um banho frio. Se achar que pode ser conveniente adquirir a faixa de uma vez, com desconto, saiba que isso é coisa do diabo e que ela virá como roupa de brechó, repleta de encosto. Resista! Calce as chuteiras da humildade e ofereça-se para catar no gol da pelada. Até o apito final, no dia 26, o atleticano não é maior que ninguém – e agradece a Deus o fato de ter um estádio pra jogar, seja ele qual for.
Atlético volta a vencer o Cruzeiro, faz a festa da reduzida torcida no Mineirão e conquista a taça
Time alvinegro se impõe como visitante, faz 1 a 0 e ganha a Copa do Brasil
No placar agregado, o Atlético levou a melhor por 3 a 0, já que vencera o primeiro duelo, no Independência, por 2 a 0. O time celeste vinha de uma grande conquista, o tetracampeonato brasileiro, mas nem isso aumentou a motivação dos jogadores, que não repetiram as boas exibições e a regularidade da competição nacional. O final foi de festa para os 1,8 mil torcedores atleticanos, que se sentiram em casa, mesmo com o Mineirão tomado de azul e branco.
Tardelli decide nos acréscimos
Mesmo com o Mineirão repleto de Cruzeirenses, a pequena torcida do Atlético fez barulho. E contagiou o time, que mostrou muita personalidade em campo, tocando bola e marcando firme. O time alvinegro poderia ter conquistado boa vantagem no primeiro tempo, se não tivesse desperdiçado tantos contragolpes. Já a equipe estrelada não teve o mesmo ímpeto do duelo contra o Goiás, no qual ganhou por 2 a 1 e garantiu o tetracampeonato brasileiro.
O time celeste cedeu muitos espaços pelas laterais, já que precisava atacar a todo instante para tirar a vantagem do arquirrival, adquirida no primeiro duelo, vencido pelo Galo por 2 a 0, no Independência. E o Atlético foi inteligente, soube tocar bem a bola e explorar as laterais. Nem a perda de Luan, que deixou o campo substituído por causa de lesão, aos 31min, diminuiu o ritmo dos alvinegros. Maicosuel entrou e manteve o nível, sempre caindo pela direita, nas costas de Egídio.
O Cruzeiro teve uma única chance, com Ricardo Goulart, que dominou a bola na área e chutou mal, fraco, à direita de Victor. Do lado atleticano, vieram as grandes oportunidades, sempre em estocadas rápidas pelos flancos. Mas faltou caprichar no último passe e também na conclusão. Aos 47min, no último lance da etapa inicial, o Galo não desperdiçou. Depois de escanteio cobrado pela esquerda, Dátolo mandou novamente para a área e Diego Tardelli, livre, testou sem chance para Fábio: 1 a 0. Festa da reduzida torcida alvinegra no Mineirão.
Galo administra no 2º tempo
Mesmo com a grande desvantagem, a torcida celeste deu uma força na volta para o segundo tempo. O grito de incentivo, no entanto, não mexeu com os jogadores. O Cruzeiro atacava, mas perdia a bola com facilidade e ainda se expunha aos contragolpes do Atlético, que não aproveitava até por displicência em alguns momentos. O Galo poderia ter ampliado logo no início da etapa final, quando Douglas Santos escapou pela esquerda, foi ao fundo e cruzou. Maicosuel não alcançou.
Além da pouca inspiração, o ataque celeste tinha um duro adversário a superar. O sistema defensivo do Atlético funcionou muito bem: uma zaga firme e os volantes se superando na marcação. O técnico Marcelo Oliveira mexeu, trocando William por Dagoberto, na tentativa de incendiar a equipe. Em ótima oportunidade, Ricardo Goulart dominou na área e chutou na rede, mas pelo lado de fora. O Galo, por sua vez, era só tranquilidade. Seguia tocando a bola e a torcida até gritou ‘Olé’.
A partir dos 23min, a torcida do Galo tomou conta do Mineirão. Com cânticos provocativos, o já famoso ‘Maria eu sei que você treme...’ foi entoado à exaustão. E até mesmo quando o Cruzeiro tocava a bola, os atleticanos vaiavam. A impressão era que o Galo jogava em casa. Os celestes responderam com a comemoração ao quarto título do Brasileiro: ‘Tetracampeão’. Um show à parte, já que dentro de campo o panorama não mudou.
Marcelo Oliveira mexeu novamente, trocando Ceará por Julio Baptista. Uma nova tentativa de aumentar o poder de fogo da equipe, com um homem mais forte na área. A expulsão de Leandro Donizete, aos 39, só serviu para tumultuar um pouco o fim da partida. Os climas ficaram exaltados, mas só dentro de campo. Com o apito final do árbitro, a comemoração foi dupla. De um lado, o título inédito da Copa do Brasil. Do outro, já que os cruzeirenses não deixaram barato, festa para o tetracampeonato brasileiro.
CRUZEIRO 0 X 1 ATLÉTICO
CRUZEIRO
Fábio; Ceará (Júlio Baptista, 33min/2ºT), Leo, Bruno Rodrigo e Egídio; Henrique (Willian Farias, intervalo) e Nilton; Everton Ribeiro, Ricardo Goulart e Willian (Dagoberto, 16min/2ºT); Marcelo Moreno
Técnico: Marcelo Oliveira
ATLÉTICO
Victor, Marcos Rocha, Leonardo Silva, Jemerson e Douglas Santos; Leandro Donizete, Rafael Carioca (Pierre, 26min/2ºT), Luan (Maicosuel, 31min/1ºT) e Dátolo; Diego Tardelli (Eduardo, 42min/2ºT) e Carlos
Técnico: Levir Culpi
Gol: Diego Tardelli (ATL, aos 47min/1ºT)
Cartões amarelos: Dátolo, Leonardo Silva, Maicosuel, Rafael Carioca e Luan (ATL); Bruno Rodrigo, Willian (CRU)
Cartão vermelho: Leandro Donizete (ATL, 39min/2ºT)
Motivo: 2º jogo da final da Copa do Brasil
Local: Mineirão, em Belo Horizonte
Data: 26 de novembro, quarta-feira
Árbitro: Luiz Flávio de Oliveira (SP)
Assistentes: Marcelo Carvalho Van Gasse (SP) e Emerson Augusto de Carvalho (SP)
Público e renda: 39.786 pagantes e R$ 7.855.510,00
Com vinho e namorada em casa, Kalil comemora título e alfineta rival: 'Eterno freguês'
Presidente brinca com conquista inédita da Copa do Brasil pelo Atlético
postado em 27/11/2014 00:58
/Redação
/Superesportes
“Sei que o momento deles é muito dolorido. Então vou respeitar a dor da torcida do Cruzeiro, que é virar esse freguês eterno do Atlético”, disse Kalil à rádio Itatiaia, por telefone.
Foi o terceiro título inédito da gestão Kalil, que teve a Copa Libertadores 2013 e a Recopa Sul-Americana 2014. Agora, ele se prepara para deixar a presidência para seu vice, Daniel Nepomuceno.
“A diretoria toda está no Mineirão. Estão de parabéns e Deus nos reservou muita coisa. Dia três não sou mais presidente do Atlético. Era praticamente meu último jogo importante. Deixo uma Copa do Brasil e uma vaga na Libertadores. Tenho certeza que terei um lugar, mesmo que pequeno, no coração dessa torcida. Esse é meu salário, o que ganhei no Atlético”, comenta Kalil.
Questionado se dormiria com a taça, como já aconteceu em outras conquistas, Kalil brincou. Disse que estava em casa com um vinho e a namorada e não queria ser incomodado. “Não quero taça não. Já abri um vinho e não quero que ninguém me amole”, disse, aos risos.
Apesar das brincadeiras, Kalil fez questão de pregar que ocorra uma comemoração de título em paz em todo o estado: "Que a torcida agora comemore em paz, soltando foguete e depois indo para casa. Toda mãe quer receber seu filho. Não sou politicamente correto não. Mas as mães esperam seu filho em casa".
Kalil diz que fica marcado na história do Atlético-MG: 'Vou respeitar a dor do nosso freguês'
Divulgação
Sempre
polêmico, o presidente do Atlético-MG, Alexandre Kalil, não compareceu
ao Mineirão nesta quarta-feira, mas comemorou bastante a conquista da
Copa do Brasil, fechando o ciclo como mandatário máximo do clube. O
dirigente diz ter certeza que será lembrado por ter dado o título da
Libertadores e da Copa do Brasil de presente aos atleticanos.
"Estou muito emocionado, este foi praticamente meu último jogo no comando do clube. O meu salário é dar esse título para a torcida. Deixo o time com uma Libertadores e uma Copa do Brasil. Tenho certeza que deixei um espaço no coração dos atleticanos, por menor que ele seja", disse Kalil em entrevista à Rádio Itatiaia.
Normalmente, Kalil costuma alfinetar o arquirrival após as vitórias do Atlético-MG, mas dessa vez, o dirigente foi mais contido nas declarações. Kalil afirma que respeita a dor do adversário, porém, citou que o Cruzeiro é freguês do Atlético-MG, antes de pedir paz nas comemorações dos torcedores, que já ocupam a praça sete, tradicional ponto de comemoração das torcidas mineiras.
"Não vou gozar os cruzeirenses, sei que o momento é dolorido para eles. Vou respeitar a dor do nosso freguês. Vamos comemorar em paz, tem muita mãe esperando os filhos em casa", declarou.
Kalil deixa a presidência do Atlético-MG no início do mês de dezembro.
"Estou muito emocionado, este foi praticamente meu último jogo no comando do clube. O meu salário é dar esse título para a torcida. Deixo o time com uma Libertadores e uma Copa do Brasil. Tenho certeza que deixei um espaço no coração dos atleticanos, por menor que ele seja", disse Kalil em entrevista à Rádio Itatiaia.
Normalmente, Kalil costuma alfinetar o arquirrival após as vitórias do Atlético-MG, mas dessa vez, o dirigente foi mais contido nas declarações. Kalil afirma que respeita a dor do adversário, porém, citou que o Cruzeiro é freguês do Atlético-MG, antes de pedir paz nas comemorações dos torcedores, que já ocupam a praça sete, tradicional ponto de comemoração das torcidas mineiras.
"Não vou gozar os cruzeirenses, sei que o momento é dolorido para eles. Vou respeitar a dor do nosso freguês. Vamos comemorar em paz, tem muita mãe esperando os filhos em casa", declarou.
Kalil deixa a presidência do Atlético-MG no início do mês de dezembro.
Galo é campeão da melhor das Copas do Brasil
Juca Kfouri
As conquistas do Galo numa são simples, assim iguais às dos outros.
As do Galo sempre têm alguma coisa de diferente.
O Galo foi o primeiro campeão brasileiro, em 1971, e assim sempre será lembrado apesar de, recentemente, alguns revisionistas quererem alterar a história.
Para ganhar sua primeira Libertadores, no ano passado, o Galo teve que virar jogos impossíveis e um goleiro pegando pênalti no segundo final de jogo para evitar a eliminação.
Agora nesta Copa do Brasil não foi diferente.
Ou melhor, o Galo foi novamente diferente.
Porque tomou da boca o doce que corintianos e flamenguistas já saboreavam no Mineirão.
E, ontem, com requintes de crueldade, diante do rival Cruzeiro que acabara de comemorar o bicampeonato brasileiro, mandou no jogo, mas fez questão de só marcar seu gol já no derradeiro minuto do primeiro tempo, para desafiar os esfalfados adversários a fazer o mesmo que o Galo fizera: 4 a 1.
Não deu, é claro que não deu.
Além do mais, vale repetir que nunca antes na história deste país uma decisão de Copa do Brasil envolveu tanto interesse, sem se dizer que dela participaram todos os melhores times do país.
O Galo é um baita campeão da Copa do Brasil.
E, mais uma vez, diferente.
Galo confirmou que é o dono do melhor futebol do país no momento; congratulo a nação atleticana pela conquista da Copa do Brasil
De Vitor Birner
O título da Copa do Brasil foi para o time que jogou melhor futebol do país nos últimos meses.
O Cruzeiro tinha que atacar, empurrar o Galo para o campo de defesa e criar chances para fazer os gols que precisava para ser campeão.
Mas o Atlético fez isso no 1° tempo com enorme superioridade.
Marcou a saída de bola com muita intensidade, jogou para balançar a rede, criou algumas chances e as desperdiçou até Diego Tardelli, de cabeça, nos acréscimos, enlouquecer de alegria os pouco mais de 1800 torcedores do time no arena mineira e milhões pelo Brasil.
Pareceu até que precisava mais da vitória que o anfitrião do clássico.
Não há como discutir se fez jus ao título.
A campanha épica, com viradas impressionantes diante do Corinthians e Flamengo, e encerrada no último capítulo com a manutenção da invencibilidade na temporada diante do maior adversário e conquista do primeiro troféu disputado pelos gigantes das Minas Gerais em nível nacional, fala mais por si do que qualquer palavra escrita neste ou em outro espaço.
Congratulo todos os envolvidos pela empreitada de sucesso!
Tardelli, o líder técnico, Luan importante foi para o time chegar à decisão e símbolo da campanha, Levir Culpi que reorganizou a equipe durante a temporada, a direção que o apoiou na hora de afastar jogadores indisciplinados e todos outros boleiros e cientistas campeões do torneio.
Dátolo, São Victor, Carlinhos Neves, Marcos Rocha, Carlos ….
A nação atleticana comemora o fato de terem honrado a camisa forte, vingadora e de novo campeã!
O título da Copa do Brasil foi para o time que jogou melhor futebol do país nos últimos meses.
O Cruzeiro tinha que atacar, empurrar o Galo para o campo de defesa e criar chances para fazer os gols que precisava para ser campeão.
Mas o Atlético fez isso no 1° tempo com enorme superioridade.
Marcou a saída de bola com muita intensidade, jogou para balançar a rede, criou algumas chances e as desperdiçou até Diego Tardelli, de cabeça, nos acréscimos, enlouquecer de alegria os pouco mais de 1800 torcedores do time no arena mineira e milhões pelo Brasil.
Pareceu até que precisava mais da vitória que o anfitrião do clássico.
Não há como discutir se fez jus ao título.
A campanha épica, com viradas impressionantes diante do Corinthians e Flamengo, e encerrada no último capítulo com a manutenção da invencibilidade na temporada diante do maior adversário e conquista do primeiro troféu disputado pelos gigantes das Minas Gerais em nível nacional, fala mais por si do que qualquer palavra escrita neste ou em outro espaço.
Congratulo todos os envolvidos pela empreitada de sucesso!
Tardelli, o líder técnico, Luan importante foi para o time chegar à decisão e símbolo da campanha, Levir Culpi que reorganizou a equipe durante a temporada, a direção que o apoiou na hora de afastar jogadores indisciplinados e todos outros boleiros e cientistas campeões do torneio.
Dátolo, São Victor, Carlinhos Neves, Marcos Rocha, Carlos ….
A nação atleticana comemora o fato de terem honrado a camisa forte, vingadora e de novo campeã!
Hasta la vitória, siempre!
Leonardo Silva levantou o troféu e toda arrogância foi, finalmente, castigada.
Fala, raça!
Quando eu me ajoelhei no Mineirão para agradecer
aquela vitória épica sobre o Corinthians, não fazia a menor idéia do
que o destino ainda nos reservava. Naquele momento, me bastava aquilo:
eu tava com a alma lavada, sentia que 99 fora vingado e tava tudo certo.
Aí veio o Flamengo com aquela marra toda de quem se acha superior,
munido da confiança de quem sabe que se não for na bola vai ser no apito
e confesso que pensei no pior. Outra vez terminei o jogo de joelhos, no
chão de concreto, enquanto a Massa festejava no Gigante da Pampulha: o
Galo havia sido heróico novamente. Confesso que já não sabia se éramos
um time de futebol ou cobradores do SPC/SERASA vestidos de preto e
branco, correndo atrás daqueles que insistiam e fugir de suas
obrigações. Tomado pela alegria, decretei que uma parte da dívida
rubro-negra estava quitada e que o restante do saldo devedor poderia ser
parcelado, ad aeternum, tipo o Refis. E fomos para a final.
A diferença é que
naquele instante, não me contentava mais com a simples vitória. Eu sabia
que poderíamos mais. E eu comecei a desejar mais, como um faminto que
já olha para o segundo prato de comida sem nem mesmo ter terminado o
primeiro. Eu tinha fome de vitória e sede de vingança. Mais do que
nunca, eu desejei ser campeão.
Aí destino aprontou
mais uma vez e colocou o cruzeiro na nossa reta. O maior clássico de
todos os tempos, o tira-teima do futebol nacional, o jogo entre as duas
melhores equipes do país, o oásis do futebol mineiro. Nunca antes o Galo
e seu maior rival haviam se enfrentado numa decisão dessas. Nunca antes
estiveram em estado de graça ao mesmo tempo. Nos últimos dois anos,
Atlético e CEC jogaram o fino da bola, dominaram o futebol continental e
tupiniquim. Todos questionavam qual deles era melhor, coisa difícil de
responder dados os parâmetros de comparação. Em 2014, os deuses do
futebol colocaram os dois frente a frente e essa pergunta foi,
finalmente, respondida.
O futebol mais
vibrante, apaixonante e empolgante do país foi também o mais técnico e
eficiente. Dois jogos, duas vitórias. Inquestionável. Como um rolo
compressor, passamos por cima do esquadrão celeste como se estivéssemos
enfrentando uma Tombense da vida, em jogo treino. A superioridade foi
tamanha que Victor, acostumado a operar milagres nas grandes decisões,
não precisou fazer nenhum nessa final. Na moral? Foi mais fácil do que
imaginei, o que só confirma o que eu, você, o cara da BHTrans e o Brasil inteiro já sabíamos: é jogo contra o Galo, elas tremem mesmo.
Aqui é Galo, mané.
Crônicas sobre o título.
A saga da torcida que ensinou a todo o país o poder do "EU ACREDITO"
Rir sobre a campanha do Atlético na Copa do Brasil 2014 - Charges e Piadas!
(Facebook/Reprodução)
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Três jogos completos, as três festas no Mineirão(nosso salão de festas): o 4x1 contra o Corinthians, o 4x1 contra o Flamengo e o 1x0 contra o Cruzeiro.
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