Esse tal de "RRR está em todas" é bom mesmo!... Se eu estivesse no Amapá não teria esse tormento de descobrir alguém para votar... Lamento que ele não teve tanta força ou vontade ou possibilidade de fazer o mesmo na CPI do HSBC, que considero mais reveladora que essa...
Mas antes de falar sobre a reunião da CPI do CARF de hoje devo anunciar:
Senhora e senhores: Que comecem o espetáculo!!!
Terminou a CPI da... Petrobrás. Ainda não li o relatório final inteiro(são mais de 700 páginas), vou ler e prometo um tópico sobre esse relatório final, vou incluir na minha lista de promessas... Mas vou reproduzir agora um ítem de sua introdução...
No relatório final da CPI tem um ítem em sua introdução que fala sobre a Operação Zelotes.
Vou reproduzir:
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Introdução do relatório final da CPI da Petrobrás:
OPERAÇÃO ZELOTES
Em meio a operações de vulto com a Lava Jato, uma operação em
especial merece destaque por revelar desvios de arrecadação que resultariam em
maior impacto direto para o caixa da União do que a Lava Jato.
Durante o andamento dos trabalhos desta comissão, foi deflagrada
uma operação destinada a apurar fraudes em julgamentos do Conselho
Administrativo de Recursos Fiscais (Carf), do Ministério da Fazenda, que teve
início em 26/3/2015.
Segundo o Ministério Público Federal, “as investigações tiveram início
no final de 2013 e apontam para a existência de fortes indícios de que tenham sido cometidos
crimes de advocacia administrativa, tráfico de influência, corrupção, associação criminosa e
lavagem de dinheiro”.
Empresas de consultoria seriam contratadas para facilitar o trâmite
de recursos no Carf para favorecer o contribuinte que tinha sido autuado pela
Receita Federal. Ainda segundo o MPF, alguns conselheiros e ex-conselheiros do
Carf eram sócios de muitas dessas consultorias.
A Petrobras, tendo citada como uma das empresas investigadas,
requereu à Justiça Federal em Brasília acesso ao conteúdo das investigações, tal
como informou O Globo.
Sobre esse tema, o presidente da Petrobras, Aldemir Bendine,
afirmou a esta CPI em 14/10/2015 que a Petrobras tomou conhecimento do
assunto pela mídia e que requereu informações à Justiça federal. Disse ainda que
não ter recebido resposta à solicitação.
Chama a atenção o valor elevado da receita que a União teria
deixado de arrecadar diretamente: cerca de R$ 19 bilhões, como informa o MPF,
valor esse muito superior aos desvios em vantagens indevidas de contratos da Petrobras,
por meio da ação do cartel de empreiteiras, que são avaliados em
cerca de R$ 2 bilhões.
Essa proporção ainda é maior se se levar em conta que a os tributos
anulados pelo Carf entrariam diretamente na conta única da União, enquanto
que os desvios da Petrobras estão em meio a um cálculo ainda inconclusivo
sobre se os desvios sairiam dos lucros da empreiteira ou de superfaturamento do
contrato. Essa confusão é fortalecida pelos limites flexíveis propostos nas
licitações da Petrobras, a partir de orçamentos base elaborados pela estatal, com
limites entre -15% até +20% do valor previsto pela Petrobras.
É de se aguardar que, diante da repercussão tão avassaladora para
os cofres públicos que representa os esquemas de venda de recursos do Carf,
que o Ministério Público Federal siga em suas investigações com a máxima
dedicação, mesmo sem contar com os reflexos à altura na mídia em geral.
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O próprio relatório final da Petrobrás admite que o caso da Zelotes é bem maior que o da Petrobrás e que a mídia pode não acompanhar o caso CARF como merecido:
" mesmo sem contar com os reflexos à altura na mídia em geral"
Quando eu comecei a acompanhar a Operação Zelotes em abril de 2015, o fiz na esperança de encontrar nele um exemplo(mais um exemplo) de como um fato pode ser manipulado pela nossos meios de comunicação oligopolizados, imprensa cartelizada.
O problema é que ao dizer que o mensalão teve cobertura indevida, a operação Satiagraha teve cobertura indevida, a CPI da dívida pública teve cobertura da mídia indevida, agora que já passou, pouca gente acredita...
O que pensei: Vou começar a acompanhar o caso desde o início. Quando a mídia cartelizada começar a distorcer os fatos eu pego a contradição!
O primeiro que escolhi acompanhar foi o SwissLeaks.
Quando soube da Operação Zelotes imaginei que seria uma outra possibilidade... Desde então já descrevi aqui no Blog 14 posts sobre o assunto, os dois primeiros antes de ser aprovada a CPI do CARF no Senado. Acompanho através das seções no Senado, pelas operações deflagradas da polícia federal, através de reportagens de jornais, revistas, rádio e televisão, vídeo de auditores ficais no youtube e através do ministério público...
O ministério público já o considera um "Caso Emblemático" em sua página de combate à corrupção,
veja aqui:
http://www.combateacorrupcao.mpf.mp.br/atuacao-do-mpf
São poucos os casos emblemáticos, entre eles Lava-Jato, Carlinhos Cachoeira, Sanguessugas, Sudam, Mensalão, Banco Santos, Banestado, Operação Anaconda...
Nesses "Casos Emblemáticos" o ministério público faz uma linha do tempo para explicar o caso...
Eu comecei a acompanhar quando o caso veio a público no final de março/2015. O ministério público entrou no caso bem antes, em Fevereiro de 2014, quando as investigações eram ainda sigilosas, vamos ver a linha do tempo mostrada pelo Ministério Público:
Operação Zelotes na Versão do Ministério Público Federal
Zelotes
O que é?
Operação deflagrada em 26 de março de 2015, como parte das investigações do Ministério Público Federal (MPF) para apurar suspeitas de manipulação de julgamentos de processos no Conselho Administrativo de Recursos Fiscais (Carf), ligado ao Ministério da Fazenda. Ao todo, 74 julgamentos realizados entre 2005 e 2013 estão sendo analisados. Juntos, eles somam R$ 19,6 bilhões que deixaram de ser recolhidos aos cofres públicos. A principal suspeita é que parte dos débitos lançados e cobrados pela Receita Federal foi cancelada de forma indevida, com base nos julgamentos manipulados.
Como funcionava o esquema?
Integrantes do esquema – em geral, ex-conselheiros e consultores – selecionavam processos de grande valor que estavam na pauta de julgamento do Carf. Em seguida, os operadores procuravam o contribuinte a quem ofereciam “solução”. Após a contratação, o grupo passava a atuar no fluxo do processo aproveitando da influência de integrantes do grupo e, possivelmente, recorrendo à corrupção de conselheiros. O resultado do julgamento favorável ao contribuinte cancelava o débito, impondo prejuízos milionários ao fisco.
Por que "zelotes"?
O termo zelotes, que deu nome à operação, significa zelo, cuidado fingido. Os conselheiros julgadores do Carf deveriam se pautar pelo zelo e imparcialidade, mas o que as investigações mostraram é que parte deles julgava processos com base em interesses particulares, principalmente para conseguir vantagens financeiras.
Como funciona o Carf
O Conselho Administrativo de Recursos Fiscais é um órgão colegiado, paritário, que tem por finalidade julgar, em segunda instância , recursos administrativos fiscais referentes a tributos cobrados pela Receita Federal. Está estruturado em três seções de julgamento, especializadas por matéria. Em cada seção, são quatro câmaras divididas em três turmas. Cada turma é composta por seis membros: três representantes da Fazenda Nacional e três representantes dos contribuintes, indicados pelas Confederações Empresariais e pelas Centrais Sindicais. No total, o Carf possui 216 conselheiros.
Fevereiro de 2014
MPF, Polícia Federal, Receita Federal e Corregedoria-Geral do Ministério da Fazenda iniciam investigação conjunta a partir de uma carta anônima que relatava a existência do suposto esquema de corrupção. Segundo a denúncia, a fraude consistia no pagamento de propina a alguns conselheiros do Carf que, em troca, votavam a favor dos contribuintes.
Julho de 2014
Após confirmarem a existência de indícios de irregularidades, MPF e PF solicitam autorização judicial para fazer interceptações telefônicas e quebra de sigilo telemático de pessoas suspeitas de integrarem o esquema.
Agosto de 2014
Justiça acata solicitação e autoriza as interceptações. Concedidos inicialmente pelo período de 15 dias, os pedidos são renovados e estendidos por três meses. No total, foram monitoradas conversas de 26 pessoas entre ex-conselheiros, conselheiros e representantes de empresas com processos julgados no Carf.
Fevereiro de 2015
O procurador da República Frederico Paiva apresenta os primeiros pedidos que levaram ao desencadeamento da Operação Zelotes. A lista de solicitações enviada à Justiça incluiu bloqueio de bens de parte dos envolvidos, mandados de busca e apreensão, condução coercitiva e prisões preventivas.
Março de 2015
Juiz acata parte dos pedidos e autoriza o cumprimento de 41 mandados de busca e apreensão em endereços no Distrito Federal, São Paulo e Ceará. É, então, deflagrada a Operação Zelotes, que contou com a participação de 55 servidores da Receita Federal e de 160 policiais federais. Também foram determinados o sequestro de bens e o bloqueio de recursos financeiros dos principais envolvidos na investigação.
Abril de 2015
Conselho Superior do Ministério Público Federal (CSMPF) aprova criação de uma força-tarefa para auxiliar o procurador Frederico Paiva nas investigações. Integram o grupo os procuradores regionais da República José Alfredo Silva e Raquel Branquinho, da Procuradoria Regional da República da 1ª Região (PRR1), e o procurador da República Rodrigo Leite Prado, da Procuradoria da República em Minas Gerais (PR/MG). A primeira missão da força-tarefa é analisar documentos e demais materiais apreendidos durante a Operação Zelotes e também durante as interceptações autorizadas pela Justiça.
========================================================================
Pois bem...
entenderam o que é, não entenderam?!
Foi bem explicado ou tem alguma dúvida?
Tem dúvidas?
Eu ainda tenho uma, cada dia menor devido aos depoimentos dos auditores fiscais.
As cobranças da receitas federais eram corretas ou não?
Se forem corretas, quer dizer que as empresas realmente sonegavam impostos, a receita fiscaliza e gerava um autuação e para não pagar o imposto devido a empresa recorre à quadrilha criminosa. Pagam menos aos criminosos ao invés de pagar o que devem ao estado.
Nesse caso, o Estado seria a vítima, as empresas seriam as corruptoras e os advogados e conselheiros os corrompidos.
Se não forem corretas, quer dizer que os auditores fiscais estavam dentro da quadrilha criminosa, geram débitos inexistente à empresas e elas para não pagar o imposto que na verdade não deviam recorre à quadrilha criminosa para diminuir o prejuízo.
Nesse caso o Estado(na pessoa dos auditores) seria os "achincadores" (para usar um termo recente), as empresas seriam em parte vítimas que para terem prejuízos menores recorrem à quadrilha criminosa, esses são os corrompidos.
Como estão sendo analisado 74 julgamentos realizados entre 2005 e 2013, pode ser que existam os dois casos, pode ser que existam empresas não sonegadoras nessa relação de envolvidos.
Se me perguntarem a minha opinião, acredito que todas empresas são sonegadoras. Preconceito meu. Assim como a sociedade em geral acha que quase 100% dos políticos são ladrões, eu acho que quase 100% das pessoas (físicas ou jurídicas) com patrimônio maior que 100.000.000,00 são sonegadoras.
Podem desprezar a minha opinião. Toda opinião dos preconceituosos devem ser desprezadas.
E você? tem alguma dúvida?! Tem?? Qual???
- Onde entra o filho do Lula nessa história?!
Bom, explicar essa pergunta, no futuro, será tão complicado quanto hoje é complicado convencer as pessoas que o Daniel Dantas financiou e foi o corruptor na essa história do mensalão, ou que a Operação Satiagraha não foi um caso de escuta ilegal, ou que a CPI da Veja Cachoeira foi enterrada para não causar estragos maiores, ou que o J. Awilla preso pela FBI possui canais da Globo no interior de São Paulo...
É tudo um assunto só...
Acabou a CPI da Petrobrás e agora não existe mais esse palco de produção de notícias... Ficou um vácuo... que a partir de agora, será preenchida pela operação Zelotes. Ou uma outra versão, tipo cortina de fumaça, que esconda a operação Zelotes.
Percebam que o caso envolve uma quadrilha criminosa formada por conselheiros, ex-conselheiros, advogados e consultores que vendem julgamentos do CARF, que anulam cobranças da receita federal. Esses advogados e consultores recebem propinas. As empresas sonegadoras pagam um pouquinho para os criminosos para não terem que pagar um tantão para o Estado. E o estado é a vítima.
Esse é o caso que já tem apurado 5 bilhões de prejuízo e que pode chegar a 19 bilhões.
Se houve propina, tráfico de influência e/ou desvio de recurso público para elaborar, propor e aprovar alguma medida provisória(que depois se tornou lei), esse caso é outro caso. Aqui nesse post Acompanhando a Operação Zelotes XIV (CPI do CARF): Para de tumultuar, Estadão!
eu sugeri dar o nome para esse outro caso de "Operação filhos de Odin".
A "Operação filhos de Odin" que vá investigar, prender e punir qualquer filho do Lula que tenha ganho propina indevida, para aprovar qualquer lei... e deixe a Operação Zelotes em paz investigando as compras/vendas de julgamentos administrativos no CARF.
Essa "Operação filhos de Odin" envolve uma propina de 2,4 milhões pagos à LFT (empresa do irmão caçula do Lulinha).
Vamos colocar os números um debaixo do outro para entendermos:
Operação Zelotes (total dos julgamentos suspeitos): 19.600.000.000,00
Operação Zelotes (Já apurado de prejuízo) : 5.000.000.000,00
Aviso a todos que a partir de agora eu farei essa distinção.
Assuntos que envolvam a compra da medida provisória MP 471 de 2009, que virou a lei 12.218 de 30/03/2010, eu vou chamar de "Operação filhos de Odin" e vou linkar para esse post para a pessoa entender(se ela quiser entender), que esse nome fui eu quem inventei, com o seguinte intuito:
Não misturar os casos distintos, não fazer a "Operação filhos de Odin" uma cortina de fumaça de 1.500.000,00 que esconda o assalto aos cofres públicos de 19.600.000.000,00.
Não estou querendo que o filho do Lula fique impune, se ele cometeu crime!
Quero que o crime dele(caso exista) não seja desculpa para melar a "Operação Zelotes".
Que fique bem claro que não é o contrário!
Mais detalhes sobre essa minha decisão você vai ver aqui nesses dois posts:
Entendido?!
Entendido ou não?!
Se está entendido, então aqui vai um exercício:
Leia a matéria do G1 e separe os casos entre "Operação Zelotes" e "Operação filhos de Odin".
Advogado disse que empresa não tem relação com investigações.
Nesta etapa da Zelotes, foram presos o lobista Alexandre Paes dos Santos, o ex-conselheiro do Carf José Ricardo da Silva, o sócio dele, Eduardo Valadão, e dois sócios de escritórios suspeitos de captar clientes para o esquema, Cristina Mautoni e Mauro Marcondes, vice-presidente da Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos (Anfavea). A associação não se manifestou sobre a prisão.
Setor automotivo
De acordo com a PF, as provas indicam que houve corrupção de agentes públicos para que uma lei que beneficiasse o setor automotivo fosse elaborada e, depois, aprovada.
O que é?
Operação deflagrada em 26 de março de 2015, como parte das investigações do Ministério Público Federal (MPF) para apurar suspeitas de manipulação de julgamentos de processos no Conselho Administrativo de Recursos Fiscais (Carf), ligado ao Ministério da Fazenda. Ao todo, 74 julgamentos realizados entre 2005 e 2013 estão sendo analisados. Juntos, eles somam R$ 19,6 bilhões que deixaram de ser recolhidos aos cofres públicos. A principal suspeita é que parte dos débitos lançados e cobrados pela Receita Federal foi cancelada de forma indevida, com base nos julgamentos manipulados.
Como funcionava o esquema?
Integrantes do esquema – em geral, ex-conselheiros e consultores – selecionavam processos de grande valor que estavam na pauta de julgamento do Carf. Em seguida, os operadores procuravam o contribuinte a quem ofereciam “solução”. Após a contratação, o grupo passava a atuar no fluxo do processo aproveitando da influência de integrantes do grupo e, possivelmente, recorrendo à corrupção de conselheiros. O resultado do julgamento favorável ao contribuinte cancelava o débito, impondo prejuízos milionários ao fisco.
Por que "zelotes"?
O termo zelotes, que deu nome à operação, significa zelo, cuidado fingido. Os conselheiros julgadores do Carf deveriam se pautar pelo zelo e imparcialidade, mas o que as investigações mostraram é que parte deles julgava processos com base em interesses particulares, principalmente para conseguir vantagens financeiras.
Como funciona o Carf
O Conselho Administrativo de Recursos Fiscais é um órgão colegiado, paritário, que tem por finalidade julgar, em segunda instância , recursos administrativos fiscais referentes a tributos cobrados pela Receita Federal. Está estruturado em três seções de julgamento, especializadas por matéria. Em cada seção, são quatro câmaras divididas em três turmas. Cada turma é composta por seis membros: três representantes da Fazenda Nacional e três representantes dos contribuintes, indicados pelas Confederações Empresariais e pelas Centrais Sindicais. No total, o Carf possui 216 conselheiros.
Fevereiro de 2014
MPF, Polícia Federal, Receita Federal e Corregedoria-Geral do Ministério da Fazenda iniciam investigação conjunta a partir de uma carta anônima que relatava a existência do suposto esquema de corrupção. Segundo a denúncia, a fraude consistia no pagamento de propina a alguns conselheiros do Carf que, em troca, votavam a favor dos contribuintes.
Julho de 2014
Após confirmarem a existência de indícios de irregularidades, MPF e PF solicitam autorização judicial para fazer interceptações telefônicas e quebra de sigilo telemático de pessoas suspeitas de integrarem o esquema.
Agosto de 2014
Justiça acata solicitação e autoriza as interceptações. Concedidos inicialmente pelo período de 15 dias, os pedidos são renovados e estendidos por três meses. No total, foram monitoradas conversas de 26 pessoas entre ex-conselheiros, conselheiros e representantes de empresas com processos julgados no Carf.
Fevereiro de 2015
O procurador da República Frederico Paiva apresenta os primeiros pedidos que levaram ao desencadeamento da Operação Zelotes. A lista de solicitações enviada à Justiça incluiu bloqueio de bens de parte dos envolvidos, mandados de busca e apreensão, condução coercitiva e prisões preventivas.
Março de 2015
Juiz acata parte dos pedidos e autoriza o cumprimento de 41 mandados de busca e apreensão em endereços no Distrito Federal, São Paulo e Ceará. É, então, deflagrada a Operação Zelotes, que contou com a participação de 55 servidores da Receita Federal e de 160 policiais federais. Também foram determinados o sequestro de bens e o bloqueio de recursos financeiros dos principais envolvidos na investigação.
Abril de 2015
Conselho Superior do Ministério Público Federal (CSMPF) aprova criação de uma força-tarefa para auxiliar o procurador Frederico Paiva nas investigações. Integram o grupo os procuradores regionais da República José Alfredo Silva e Raquel Branquinho, da Procuradoria Regional da República da 1ª Região (PRR1), e o procurador da República Rodrigo Leite Prado, da Procuradoria da República em Minas Gerais (PR/MG). A primeira missão da força-tarefa é analisar documentos e demais materiais apreendidos durante a Operação Zelotes e também durante as interceptações autorizadas pela Justiça.
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Pois bem...
entenderam o que é, não entenderam?!
Foi bem explicado ou tem alguma dúvida?
Tem dúvidas?
Eu ainda tenho uma, cada dia menor devido aos depoimentos dos auditores fiscais.
As cobranças da receitas federais eram corretas ou não?
Se forem corretas, quer dizer que as empresas realmente sonegavam impostos, a receita fiscaliza e gerava um autuação e para não pagar o imposto devido a empresa recorre à quadrilha criminosa. Pagam menos aos criminosos ao invés de pagar o que devem ao estado.
Nesse caso, o Estado seria a vítima, as empresas seriam as corruptoras e os advogados e conselheiros os corrompidos.
Se não forem corretas, quer dizer que os auditores fiscais estavam dentro da quadrilha criminosa, geram débitos inexistente à empresas e elas para não pagar o imposto que na verdade não deviam recorre à quadrilha criminosa para diminuir o prejuízo.
Nesse caso o Estado(na pessoa dos auditores) seria os "achincadores" (para usar um termo recente), as empresas seriam em parte vítimas que para terem prejuízos menores recorrem à quadrilha criminosa, esses são os corrompidos.
Como estão sendo analisado 74 julgamentos realizados entre 2005 e 2013, pode ser que existam os dois casos, pode ser que existam empresas não sonegadoras nessa relação de envolvidos.
Se me perguntarem a minha opinião, acredito que todas empresas são sonegadoras. Preconceito meu. Assim como a sociedade em geral acha que quase 100% dos políticos são ladrões, eu acho que quase 100% das pessoas (físicas ou jurídicas) com patrimônio maior que 100.000.000,00 são sonegadoras.
Podem desprezar a minha opinião. Toda opinião dos preconceituosos devem ser desprezadas.
E você? tem alguma dúvida?! Tem?? Qual???
- Onde entra o filho do Lula nessa história?!
Bom, explicar essa pergunta, no futuro, será tão complicado quanto hoje é complicado convencer as pessoas que o Daniel Dantas financiou e foi o corruptor na essa história do mensalão, ou que a Operação Satiagraha não foi um caso de escuta ilegal, ou que a CPI da Veja Cachoeira foi enterrada para não causar estragos maiores, ou que o J. Awilla preso pela FBI possui canais da Globo no interior de São Paulo...
É tudo um assunto só...
Acabou a CPI da Petrobrás e agora não existe mais esse palco de produção de notícias... Ficou um vácuo... que a partir de agora, será preenchida pela operação Zelotes. Ou uma outra versão, tipo cortina de fumaça, que esconda a operação Zelotes.
Percebam que o caso envolve uma quadrilha criminosa formada por conselheiros, ex-conselheiros, advogados e consultores que vendem julgamentos do CARF, que anulam cobranças da receita federal. Esses advogados e consultores recebem propinas. As empresas sonegadoras pagam um pouquinho para os criminosos para não terem que pagar um tantão para o Estado. E o estado é a vítima.
Esse é o caso que já tem apurado 5 bilhões de prejuízo e que pode chegar a 19 bilhões.
Se houve propina, tráfico de influência e/ou desvio de recurso público para elaborar, propor e aprovar alguma medida provisória(que depois se tornou lei), esse caso é outro caso. Aqui nesse post Acompanhando a Operação Zelotes XIV (CPI do CARF): Para de tumultuar, Estadão!
eu sugeri dar o nome para esse outro caso de "Operação filhos de Odin".
A "Operação filhos de Odin" que vá investigar, prender e punir qualquer filho do Lula que tenha ganho propina indevida, para aprovar qualquer lei... e deixe a Operação Zelotes em paz investigando as compras/vendas de julgamentos administrativos no CARF.
Essa "Operação filhos de Odin" envolve uma propina de 2,4 milhões pagos à LFT (empresa do irmão caçula do Lulinha).
Vamos colocar os números um debaixo do outro para entendermos:
Operação Zelotes (total dos julgamentos suspeitos): 19.600.000.000,00
Operação Zelotes (Já apurado de prejuízo) : 5.000.000.000,00
"Operação filhos de Odin" : 2.400.000,00
Aviso a todos que a partir de agora eu farei essa distinção.
Assuntos que envolvam a compra da medida provisória MP 471 de 2009, que virou a lei 12.218 de 30/03/2010, eu vou chamar de "Operação filhos de Odin" e vou linkar para esse post para a pessoa entender(se ela quiser entender), que esse nome fui eu quem inventei, com o seguinte intuito:
Não misturar os casos distintos, não fazer a "Operação filhos de Odin" uma cortina de fumaça de 1.500.000,00 que esconda o assalto aos cofres públicos de 19.600.000.000,00.
Não estou querendo que o filho do Lula fique impune, se ele cometeu crime!
Quero que o crime dele(caso exista) não seja desculpa para melar a "Operação Zelotes".
Que fique bem claro que não é o contrário!
Mais detalhes sobre essa minha decisão você vai ver aqui nesses dois posts:
Acompanhando a Operação Zelotes XIII (CPI do CARF): APS fica calado. Meigan Sack fala um pouquinho. O Estadão está um passo a frente da comissão?
Acompanhando a Operação Zelotes XIV (CPI do CARF): Para de tumultuar, Estadão!
Entendido?!
Entendido ou não?!
Se está entendido, então aqui vai um exercício:
Leia a matéria do G1 e separe os casos entre "Operação Zelotes" e "Operação filhos de Odin".
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Operação Zelotes na Versão da Globo
Operação Zelotes prende 5 e faz buscas em empresa de filho de Lula
Advogado disse que empresa não tem relação com investigações.
Lobista e ex-conselheiro do Carf foram presos preventivamente.
Uma ação conjunta de Polícia Federal, Ministério Público e Corregedoria do Ministério da Fazenda deflagrou nesta segunda-feira (26) uma nova fase da Operação Zelotes, com cinco pessoas presas preventivamente.
Além disso, foram realizadas buscas e apreensões em um endereço onde funcionam três empresas de Luís Cláudio Lula da Silva, filho do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
A Zelotes investiga fraudes em julgamentos no Conselho Administrativo de Recursos Fiscais (Carf), ligado ao Ministério da Fazenda. Segundo a PF, esta nova etapa da operação investiga um consórcio de empresas que, além de manipular julgamentos dentro do Carf, negociava incentivos fiscais a favor de empresas do setor de automóveis.
Em um dos endereços onde foram realizadas buscas, funcionam três empresas de Luís Claudio Lula da Silva: LFT Marketing esportivo; Touchdown Promoção de Eventos Esportivos: e Silva Cassaro Corretora de Seguros.
A investigação apontou "íntima relação entre as três empresas". O Ministério Público Federal argumenta que as empresas "representam uma única entidade". "Trata-se de uma unidade empresarial tanto física quanto societária nucleada em Luís Cláudio Lula da Silva", diz o texto da decisão da juíza federal Célia Regina Orly Bernardes, que aceitou os argumentos do MP e permitiu as buscas.
A investigação apontou "íntima relação entre as três empresas". O Ministério Público Federal argumenta que as empresas "representam uma única entidade". "Trata-se de uma unidade empresarial tanto física quanto societária nucleada em Luís Cláudio Lula da Silva", diz o texto da decisão da juíza federal Célia Regina Orly Bernardes, que aceitou os argumentos do MP e permitiu as buscas.
Segundo as investigações, a LFT, empresa de Luís Cláudio, recebeu pagamentos do escritório Marcondes e Mautoni, investigado na Zelotes por ter atuado de forma supostamente ilegal pela aprovação da MP 471, que beneficiou o setor automotivo. As apurações das autoridades apontam que, em 2014, a LFT recebeu R$ 1,5 milhão da empresa de Marcondes.
De acordo com nota do advogado Cristiano Zanin, que representa duas empresas do filho de Lula (LFT e Touchdown), as empresas não têm "qualquer relação, direta ou indireta, com o Conselho Administrativo de Recursos Fiscais (CARF)" (veja íntegra da nota ao final desta reportagem).
Nesta etapa da Zelotes, foram presos o lobista Alexandre Paes dos Santos, o ex-conselheiro do Carf José Ricardo da Silva, o sócio dele, Eduardo Valadão, e dois sócios de escritórios suspeitos de captar clientes para o esquema, Cristina Mautoni e Mauro Marcondes, vice-presidente da Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos (Anfavea). A associação não se manifestou sobre a prisão.
Além dos mandados de prisão preventiva, esta etapa da operação tem oito mandados de busca e apreensão e nove de condução coercitiva (quando a pessoa é levada para a polícia para prestar depoimento e depois é liberada). Agentes executaram os mandados nos estados de São Paulo,Piauí, Maranhão e no Distrito Federal.
Setor automotivo
De acordo com a PF, as provas indicam que houve corrupção de agentes públicos para que uma lei que beneficiasse o setor automotivo fosse elaborada e, depois, aprovada.
Investigadores dizem que se trata da MP 471, que prorrogou incentivos tributários por cinco anos. A MP foi aprovada pelo Senado em março de 2010, sancionada pela Presidência da República e virou lei no mês seguinte.
Fases da Zelotes
A Operação Zelotes começou em 26 de março de 2015. O esquema investigado, de acordo com a PF, consistia em pagamento de propina para integrantes do Carf com o objetivo de anular ou reduzir débitos tributários de empresas com a Receita Federal.
A Operação Zelotes começou em 26 de março de 2015. O esquema investigado, de acordo com a PF, consistia em pagamento de propina para integrantes do Carf com o objetivo de anular ou reduzir débitos tributários de empresas com a Receita Federal.
Segundo as investigações da PF, o esquema teria fraudado até R$ 19 bilhões da Receita. Na primeira fase da operação, agentes da PF apreenderam R$ 1 milhão em espécie, além de carros de luxo, em duas casas de Brasília.
Em setembro, agentes da PF fizeram buscas em escritórios de contabilidade de São Paulo, do Rio Grande do Sul e do DF.
No dia 8 de outubro a PF fez a 3ª fase da Zelotes e cumpriram sete mandados de busca e apreensão em Brasília e no Rio de Janeiro.
Investigação
As investigações apontam que conselheiros suspeitos de integrar o esquema criminoso passavam informações privilegiadas de dentro do Carf para escritórios de assessoria, consultoria ou advocacia.
As investigações apontam que conselheiros suspeitos de integrar o esquema criminoso passavam informações privilegiadas de dentro do Carf para escritórios de assessoria, consultoria ou advocacia.
Esses escritórios, de acordo com os investigadores, procuravam empresas multadas pela Receita Federal e prometiam controlar o resultado dos julgamentos de recursos.
A Polícia Federal aponta que, para isso, além de promover tráfico de influência, o grupo corrompia conselheiros envolvidos com o julgamento dessas multas e manipulava o andamento dos processos com a venda de pedidos de vista ou alteração da pauta de julgamentos.
Muitas dessas consultorias, ainda conforme as investigações, tinham como sócios conselheiros e ex-conselheiros do Carf. A PF suspeita que, em troca dessas facilidades, empresas multadas pagavam propina. Segundo os investigadores, boa parte dos supostos honorários pagos pelas empresas a título de consultoria era, na verdade, repasse de propina.
Nota
Veja abaixo íntegra da nota divulgada pelo advogado das empresas do filho de Lula:
Veja abaixo íntegra da nota divulgada pelo advogado das empresas do filho de Lula:
A busca e apreensão realizada pela Polícia Federal na data de hoje (26.10), dirigida à Touchdown Promoção de Eventos Esportivos Ltda., revela-se despropositada na medida em que essa empresa não tem qualquer relação com o objeto da investigação da chamada “Operação Zelotes”. A Touchdown organiza o campeonato brasileiro de futebol americano — torneio que reúne 16 times, incluindo Corinthians, Flamengo, Vasco da Gama, Botafogo, Santos e Portuguesa —, atividade lícita e fora do âmbito da referida Operação.
No caso da LFT Marketing Esportivo, que se viu indevidamente associada à edição da MP 471 – alvo da Operação Zelotes -, a simples observação da data da constituição da empresa é o que basta afastá-la de qualquer envolvimento com as suspeitas levantadas. A citada MP foi editada em 2009 e a LFT constituída em 2011 — 2 anos depois. A prestação de serviços da LFT para a Marcondes & Maltone ocorreu entre 2014 e 2015 – mais de 5 anos depois da referida MP e está restrita à atuação no âmbito de marketing esportivo. Dessa prestação resultaram 4 projetos e relatórios que estão de acordo com o objeto da contratação e foram devidamente entregues à contratante. O valor recebido está contabilizado e todos os impostos recolhidos e à disposição das autoridades.
A Touchdown e a LFT jamais tiveram qualquer relação, direta ou indireta, com o Conselho Administrativo de Recursos Fiscais (CARF).
Assim que tomaram conhecimento da busca e apreensão os advogados da Touchdown e da LFT pediram à Justiça e à Polícia Federal acesso a todo o material usado para justificar a medida, não tendo sido atendidos até o momento. Tal situação impede que a defesa possa exercer o contraditório e tomar outras medidas cabíveis.
Cristiano Zanin Martins
Eu pedi para o Estadão não tumultuar... Mas a semente já tinha sido lançada... Houve o tumulto.
A investigação desde fevereiro de 2014 vinha de forma natural apesar da falta de pessoal e dificuldades operacionais (dificuldades relatadas pelo Senador José Pimentel em algumas seções da CPI.) Enquanto a Polícia Federal e o Ministério público estiveram a frente do processo, nada de MP que virou lei, propina e trafico de influência para aprovar lei estava sendo investigada. A partir da matéria do Estadão do dia 1 de outubro, foi lançado a suspeita da participação do filho do Lula em fatos que pouco tem a ver com o caso investigado. E que até então ninguém sabia...
Funciona assim:
Você planta na investigações um fato falso e mistura, enrola e confunde a investigação com aquele fato falso de forma que o caso e o fato falso se torne um só... Depois descobre-se que aquele fato era falso. E anula-se todas as investigações.
Foi assim que foi enterrada a Satiagraha.
Antes, operação focava em máfia criada para abater dívidas de grandes empresas - RBS (Rede Globo), Banco Safra, Santander, Camargo Corrêa - com a Receita. Agora, a reboque da mídia, apura uma suposta - e mal explicada - compra de Medida Provisória no governo Lula
Jornal GGN - Deflagrada em março deste ano, a
Operação Zelotes já chegou a ser classificada como o oposto da Lava
Jato: não tinha recursos para força-tarefa, nem juiz federal despachando
na velocidade de Sergio Moro, ou o mesmo volume de delações premiadas e
vazamentos seletivos, tampouco uma lista com mais de 50 políticos
implicados publicamente em esquemas de desvio de dinheiro público.
Consequentemente, não sentia o impacto da espetacularização dos fatos.
Mas há semanas alguns fatores mudaram, e o principal deles é que o foco da operação saiu do encalço de grandes grupos econômicos - como Rede Globo, bancos e empreiteiras - e de políticos já protegidos pelo foro privilegiado, e passou a perseguir a família do ex-presidente Lula (PT).
Foi o suficiente para transferir a Zelotes das tímidas páginas de jornais da mídia impressa para os espaços de destaque, aqueles destinados às denúncias bombásticas, mesmo que vazias.
O SR. PRESIDENTE (Ataídes Oliveira. Bloco Oposição/PSDB - TO) – Bom dia a todos os presentes, nossos Senadores e Senadoras.
Em 29 de outubro de 2015, declaro aberta a 22ª Reunião da Comissão Parlamentar de Inquérito criada pelo Requerimento nº 407, de 2015. Conforme convocação, a presente reunião destina-se à apreciação de requerimentos e à realização de oitivas do Sr. João Batista Gruginski, Requerimento nº 14, de 2015, de autoria do Senador José Pimentel; e também do Sr. Jason Zhao, Requerimento nº 102, de 2015, de autoria de Ataídes de Oliveira, que vos fala.
Esta Presidência informa que o Sr. Jason Zhao apresentou uma petição justificando o motivo de sua ausência hoje. Então, quero informar que foi recebido no meu gabinete o advogado Dr. Roberto Podval, representando um de nossos convocados, o Sr. Jason Zhao, Presidente da HUAWEI do Brasil. O ilustre advogado informou que seu cliente, de nacionalidade chinesa, já estava com viagem marcada para a China na data de hoje, com previsão de retorno no final de novembro
com previsão de retorno no final de novembro. Diante disso, informo que eu redigirei a oitiva do Sr. Jason Zhao para a primeira semana de dezembro, melhor dizendo, de novembro...
A SRª VANESSA GRAZZIOTIN (Bloco Socialismo e Democracia/PCdoB - AM) – É dezembro mesmo, porque ele chega no final de novembro.
O SR. PRESIDENTE (Ataídes Oliveira. Bloco Oposição/PSDB - TO) – É dezembro. Perdão. Repito: será então para a primeira semana de dezembro a presença dele aqui na CPI. Portanto, peço à Secretaria que providencie esse reagendamento. Isso já ficou acertado com o advogado do Sr. Jason, o Dr. Roberto Podval.
O SR. JOSÉ PIMENTEL (Bloco Apoio Governo/PT - CE) – Sr. Presidente, pela ordem.
O SR. PRESIDENTE (Ataídes Oliveira. Bloco Oposição/PSDB - TO) – Pela ordem.
O SR. JOSÉ PIMENTEL (Bloco Apoio Governo/PT - CE) – Eu proponho a V. Exª e aos nossos pares a inversão da pauta, a fim de que possamos inciar pelos requerimentos.
O SR. PRESIDENTE (Ataídes Oliveira. Bloco Oposição/PSDB - TO) – V. Exª será atendido.
Vamos fazer a inversão de pauta.
O SR. JOSÉ PIMENTEL (Bloco Apoio Governo/PT - CE) – Sr. Presidente, eu apresentei, para votação em conjunto, os itens 4, 5 e 8 por tratar de convocação.
O SR. PRESIDENTE (Ataídes Oliveira. Bloco Oposição/PSDB - TO) – Também será atendida a reivindicação de V. Exª.
Antes de colocar em votação, se me permitirem, Srs. Senadores e Srªs Senadoras, a Polícia Federal, o Ministério Público Federal, a juíza...
A SRª VANESSA GRAZZIOTIN (Bloco Socialismo e Democracia/PCdoB - AM) – Sr. Presidente Ataídes, se V. Exª me permitir, antes que faça esse importante comunicado, eu tenho que me retirar nesse momento e quero pedir desculpas aos meus pares e sugerir – temos quórum – que o nosso Vice-Presidente, o Senador Donizeti, possa me substituir hoje na oitiva na relatoria.
O SR. PRESIDENTE (Ataídes Oliveira. Bloco Oposição/PSDB - TO) – Sem problema, Senadora.
A SRª VANESSA GRAZZIOTIN (Bloco Socialismo e Democracia/PCdoB - AM) – Também dizer que apresentei dois requerimentos que, obviamente, não vou solicitar que sejam votados hoje, porque temos um acordo de eles ingressarem na reunião subsequente, um que questiona o Poder Judiciário o porquê de as três fases anteriores da Zelotes terem sido sigilosas e essa quarta é pública, e o outro, também solicito que seja quebrado o sigilo de toda a Operação tal qual fizerem com a quarta Operação Zelotes, Sr. Presidente. Essa última que ocorreu foi a quarta.
O SR. PRESIDENTE (Ataídes Oliveira. Bloco Oposição/PSDB - TO) – Não foi a terceira?
A SRª VANESSA GRAZZIOTIN (Bloco Socialismo e Democracia/PCdoB - AM) – Não. Houve três e essa foi a quarta.
Muito obrigada.
O SR. PRESIDENTE (Ataídes Oliveira. Bloco Oposição/PSDB - TO) – Não há de quê. Eu que agradeço.
Convido, então, o Senador Donizeti Nogueira para assumir a relatoria ad hoc, seguindo, aqui o pedido da Senadora Vanessa Grazziotin.
Por favor, Senador.
Quero fazer, aqui, um comunicado ao Ministério Público Federal, à Polícia Federal, à juíza e à Corregedoria. Quero, aqui, publicamente parabenizar todos os envolvidos na Operação Zelotes – a Polícia Federal, o Ministério Público Federal, a diligente e competente Corregedoria-Geral do Ministério da Fazenda –, pelas ações corajosas tomadas nos últimos dias.
Todos sabemos o quanto é difícil investigar a fundo os desmandos de qualquer governo. Mas a investigação ainda é mais difícil quando o governo tem uma ideologia de dominação, de aparelhamento do Estado e de suas instituições. Todo esse trabalho de investigação meticuloso e profundo permitiu que a Juíza Federal, Drª Célia Regina Og Bernardes, autorizasse, dentro das leis, as prisões e outras medidas que atingiram os criminosos envolvidos na venda de leis, na negociação de medidas provisórias e vendas também de julgados dentro do Carf.
Quero, então, mais uma vez, parabenizar a Drª Célia Regina Og Bernardes, essa jovem Juíza, que hoje é responsável pela 10ª Região, por essas decisões competentes e corajosas, que a Drª Célia vem tomando à frente da 10ª Região.
(...) tomando a frente da 10ª Região.
Então, vamos colocar aqui em julgamento, para apreciação dos membros desta...
(Interrupção do som.)
O SR. PRESIDENTE (Ataídes Oliveira. Bloco Oposição/PSDB - TO) – Segue aqui o pedido e o requerimento do Senador José Pimentel:
Requeiro, nos termos regimentais, a votação em globo dos Requerimentos nº 165, 166 e 169, de 2015, itens 4, 5 e 8 da pauta.
Pois bem, vamos a esses itens referidos.
O SR. JOSÉ PIMENTEL (Bloco Apoio Governo/PT - CE) – Sr. Presidente, como o Senado Randolfe não está, estou subscrevendo o item 4 como coautor.
O SR. PRESIDENTE (Ataídes Oliveira. Bloco Oposição/PSDB - TO) – Correto. V. Exª pede, então, a retirada desse requerimento?
O SR. JOSÉ PIMENTEL (Bloco Apoio Governo/PT - CE) – Não, senhor, a votação em globo dos itens 4, 5 e 8.
O SR. PRESIDENTE (Ataídes Oliveira. Bloco Oposição/PSDB - TO) – V. Exª está subscrevendo?
O SR. JOSÉ PIMENTEL (Bloco Apoio Governo/PT - CE) – Estou subscrevendo o 4.
O SR. PRESIDENTE (Ataídes Oliveira. Bloco Oposição/PSDB - TO) – Esse sigilo...V. Exª disse, há poucos minutos, que iria retirá-lo.
O SR. JOSÉ PIMENTEL (Bloco Apoio Governo/PT - CE) – Mas é o item 1.
O SR. PRESIDENTE (Ataídes Oliveira. Bloco Oposição/PSDB - TO) – O item 1. Está o.k.
O SR. OTTO ALENCAR (Bloco Parlamentar Democracia Progressista/PSD - BA) – Sr. Presidente, a solicitação de retirada é do item 1 porque o autor não está presente, o Senador Randolfe Rodrigues.
O SR. PRESIDENTE (Ataídes Oliveira. Bloco Oposição/PSDB - TO) – Perfeito. Fiz aqui uma ligeira confusão.
O SR. OTTO ALENCAR (Bloco Parlamentar Democracia Progressista/PSD - BA) – Retiramos de pauta devido à ausência de S. Exª aqui.
O SR. PRESIDENTE (Ataídes Oliveira. Bloco Oposição/PSDB - TO) – Está perfeito. Senador.
O SR. OTTO ALENCAR (Bloco Parlamentar Democracia Progressista/PSD - BA) – S. Exª subscreveu os outros.
O SR. PRESIDENTE (Ataídes Oliveira. Bloco Oposição/PSDB - TO) – Perfeito.
ITEM 4
Requerimento Nº 165/2015
Requer a convocação do Sr. José Ricardo da Silva.
Autoria: Senador Randolfe Rodrigues.
ITEM 5
Requerimento Nº 166/2015
Requer a convocação do Sr. Eduardo Gonçalves Valadão.
Autoria: Senador Ataídes Oliveira
ITEM 8
Requerimento Nº 169/2015
Convoca o Sr. Carlos Alberto de Oliveira Andrade, fundador do Grupo CAOA.
Autoria: Senador Ataídes Oliveira
Portanto, atendendo ao requerimento de V. Exª, Senador José Pimentel, coloco em votação.
As Srªs e Srs. Senadores que aprovam os aludidos requerimentos permaneçam como se encontram (Pausa.)
Aprovados.
O SR. JOSÉ PIMENTEL (Bloco Apoio Governo/PT - CE) – Sr. Presidente, o item 1, por acordo, estamos retirando de pauta.
Os itens 2 e 3, como o autor não está presente, também os estou subscrevendo como coautor, para superar a parte regimental
O SR. PRESIDENTE (Ataídes Oliveira. Bloco Oposição/PSDB - TO) – V. Exª os subscreve.
O item 1, conforme já anunciado, será retirado de pauta. É de autoria do Senador Randolfe, que não se encontra.
Indago aos Srs. Senadores se podemos tirar de pauta realmente esse requerimento. (Pausa.)
O.k.
Aprovada a retirada de pauta do Requerimento nº 161, de 2015, de autoria do Senador Randolfe Rodrigues.
(É o seguinte o requerimento retirado de pauta:
ITEM 1
Requerimento Nº 161/2015
Requer a transferência dos sigilos fiscal, bancário e telefônico do Sr. CARLOS JULIANO RIBEIRO NARDES.
Autoria: Senador Randolfe Rodrigues)
O SR. PRESIDENTE (Ataídes Oliveira. Bloco Oposição/PSDB - TO) – Item 2. Esse requerimento foi subscrito, agora, pelo Senador José Pimentel.
ITEM 2
Requerimento Nº 162/2015
Requer a transferência dos sigilos fiscal, bancário e telefônico da sociedade de advogados J.R. SILVA ADVOGADOS & ASSOCIADOS.
Autoria: Senador Randolfe Rodrigues
Esses requerimentos serão votados,todos, em globo, não é?
Então, coloco em votação (...)
(Intervenção fora do microfone.)
O SR. PRESIDENTE (Ataídes Oliveira. Bloco Oposição/PSDB - TO) – Nominal? Então, vamos fazer votação nominal.
ITEM 2
Requerimento Nº 162/2015
Requer a transferência dos sigilos fiscal, bancário e telefônico da sociedade de advogados J.R. SILVA ADVOGADOS & ASSOCIADOS.
Autoria: Senador Randolfe Rodrigues.
Neste momento, o Senador José Pimentel também o subscreve.
Como vota o Senador Otto Alencar?
(Intervenção fora do microfone.)
O SR. PRESIDENTE (Ataídes Oliveira. Bloco Oposição/PSDB - TO) – Vota "sim".
Como vota o Senador José Pimentel?
(Intervenção fora do microfone.)
O SR. PRESIDENTE (Ataídes Oliveira. Bloco Oposição/PSDB - TO) – Como vota o Senador Acir Gurgacz?
(Intervenção fora do microfone.)
O SR. PRESIDENTE (Ataídes Oliveira. Bloco Oposição/PSDB - TO) – Como vota o nosso querido Senador Flexa Ribeiro?
O SR. FLEXA RIBEIRO (Bloco Oposição/PSDB - PA. Fora do microfone.) – Sim, Sr. Presidente.
O SR. PRESIDENTE (Ataídes Oliveira. Bloco Oposição/PSDB - TO) – Senador Randolfe, como vota V. Exª?
O SR. RANDOLFE RODRIGUES (Bloco Socialismo e Democracia/REDE - AP) – Voto "sim", Sr. Presidente.
O SR. PRESIDENTE (Ataídes Oliveira. Bloco Oposição/PSDB - TO) – Como vota o Relator?
O SR. DONIZETI NOGUEIRA (Bloco Apoio Governo/PT - TO. Fora do microfone.) – Sim, Sr. Presidente.
O SR. PRESIDENTE (Ataídes Oliveira. Bloco Oposição/PSDB - TO) – Portanto, aprovado por unanimidade.
ITEM 3
Requerimento Nº 163/2015
Requer a transferência dos sigilos fiscal, bancário e telefônico do Sr. José Ricardo da Silva.
Autoria: Senador Randolfe Rodrigues.
Como vota o Senador Otto Alencar?
O SR. OTTO ALENCAR (Bloco Parlamentar Democracia Progressista/PSD - BA. Fora do microfone.) – Voto "sim", Sr. Presidente.
O SR. PRESIDENTE (Ataídes Oliveira. Bloco Oposição/PSDB - TO) – Como vota o Senador Acir Gurgacz?
O SR. ACIR GURGACZ (Bloco Apoio Governo/PDT - RO) – Sim, Sr. Presidente.
O SR. PRESIDENTE (Ataídes Oliveira. Bloco Oposição/PSDB - TO) – Como vota o Senador Flexa Ribeiro?
O SR. FLEXA RIBEIRO (Bloco Oposição/PSDB - PA) – Sim, Sr. Presidente.
O SR. PRESIDENTE (Ataídes Oliveira. Bloco Oposição/PSDB - TO) – Como vota o Senador José Pimentel?
O SR. JOSÉ PIMENTEL (Bloco Apoio Governo/PT - CE. Fora do microfone.) – Sim, Sr. Presidente.
O SR. PRESIDENTE (Ataídes Oliveira. Bloco Oposição/PSDB - TO) – Como vota o Senador Randolfe Rodrigues?
O SR. RANDOLFE RODRIGUES (Bloco Socialismo e Democracia/REDE - AP) – Sim, Sr. Presidente.
O SR. PRESIDENTE (Ataídes Oliveira. Bloco Oposição/PSDB - TO) – Como vota o nosso Relator, Senador Donizeti?
(Intervenção fora do microfone.)
O SR. PRESIDENTE (Ataídes Oliveira. Bloco Oposição/PSDB - TO) – Portanto, aprovado por unanimidade.
Ah, Senador Humberto Costa, perdão! V. Exª está aí um pouco atrás e eu não perguntei como V. Exª votaria no Requerimento nº 162, e, agora, estava também passando também. Peço perdão a V. Exª.
Como vota V. Exª?
O SR. HUMBERTO COSTA (Bloco Apoio Governo/PT - PE) – Eu não disse nada, Sr. Presidente, porque pensei que já havia sido completado o número dos votantes titulares. Mas eu voto "sim" neste e no anterior.
O SR. PRESIDENTE (Ataídes Oliveira. Bloco Oposição/PSDB - TO) – Mas o voto de V. Exª é de extrema importância.
Portanto, ratifico: aprovados, por unanimidade, os Requerimentos de nºs 162 e 163.
ITEM 9
Requerimento Nº 170/2015
Requer a transferência do sigilo bancário, fiscal e telefônico de Alexandre Paes dos Santos.
Autoria: Senador Randolfe Rodrigues.
Coloco em votação.
Como vota o Senador Otto Alencar?
O SR. OTTO ALENCAR (Bloco Parlamentar Democracia Progressista/PSD - BA. Fora do microfone.) – Voto "sim", Sr. Presidente.
O SR. PRESIDENTE (Ataídes Oliveira. Bloco Oposição/PSDB - TO) – Como vota o Senador José Pimentel?
O SR. JOSÉ PIMENTEL (Bloco Apoio Governo/PT - CE. Fora do microfone.) – Voto "sim", Sr. Presidente.
O SR. PRESIDENTE (Ataídes Oliveira. Bloco Oposição/PSDB - TO) – Como vota o Senador Acir Gurgacz?
O SR. ACIR GURGACZ (Bloco Apoio Governo/PDT - RO) – Voto "sim", Sr. Presidente.
O SR. PRESIDENTE (Ataídes Oliveira. Bloco Oposição/PSDB - TO) – Como vota o Senador Humberto Costa?
O SR. HUMBERTO COSTA (Bloco Apoio Governo/PT - PE. Fora do microfone.) – Sim, Sr. Presidente.
O SR. PRESIDENTE (Ataídes Oliveira. Bloco Oposição/PSDB - TO) – Como vota o Senador Flexa Ribeiro?
O SR. FLEXA RIBEIRO (Bloco Oposição/PSDB - PA) – Sim, Presidente.
O SR. PRESIDENTE (Ataídes Oliveira. Bloco Oposição/PSDB - TO) – Como vota o Senador Randolfe Rodrigues?
O SR. RANDOLFE RODRIGUES (Bloco Socialismo e Democracia/REDE - AP) – Sim, Sr. Presidente.
O SR. PRESIDENTE (Ataídes Oliveira. Bloco Oposição/PSDB - TO) – Como vota o nosso Relator ad hoc, Senador Donizeti Nogueira?
O SR. DONIZETI NOGUEIRA (Bloco Apoio Governo/PT - TO) – Sim, Sr. Presidente.
O SR. PRESIDENTE (Ataídes Oliveira. Bloco Oposição/PSDB - TO) – Portanto, o Requerimento nº 170 está aprovado por unanimidade.
O SR. JOSÉ PIMENTEL (Bloco Apoio Governo/PT - CE) – Sr. Presidente, os itens 10, 11 e 12 – eu falhei – deveriam ter sido incluídos também na votação em globo, porque se referem a convocação.
Portanto, se V. Exª e nossos Pares concordarem, os itens 10, 11 e 12 nós também votaríamos em globo.
O SR. PRESIDENTE (Ataídes Oliveira. Bloco Oposição/PSDB - TO) – Vamos colocar em votação os itens de nºs 10, 11 e 12.
ITEM 10
Requerimento Nº 177/2015
Convoca a senhora Lytha Battiston Spíndola, ex-Secretária-Executiva da Câmara de Comércio Exterior (Camex).
Autoria: Senador Ataídes Oliveira.
Vamos votar em globo, não é isso?
O SR. JOSÉ PIMENTEL (Bloco Apoio Governo/PT - CE. Fora do microfone.) – Sim.
Vamos votar em globo?
(Intervenção fora do microfone.)
O SR. PRESIDENTE (Ataídes Oliveira. Bloco Oposição/PSDB - TO) – Item 11 da pauta.
O SR. RANDOLFE RODRIGUES (Bloco Socialismo e Democracia/REDE - AP) – Sr. Presidente, V. Exª me permite?
O SR. PRESIDENTE (Ataídes Oliveira. Bloco Oposição/PSDB - TO) – Sim.
O SR. RANDOLFE RODRIGUES (Bloco Socialismo e Democracia/REDE - AP) – Esses três últimos são requerimentos de autoria de V. Exª. Perfeito? (Pausa.)
Acho que V. Exª poderia, já que, conforme encaminhamento do Senador Pimentel, nós vamos votá-los em globo, preliminarmente, justificar para os nossos colegas aqui da Comissão esses três requerimentos, até para esclarecer o objetivo deles.
Antes de votá-los, que V. Exª esclarecesse o objetivo: qual é a intenção da convocação da Srª Lytha Battiston e dos Srs. Helder Chaves e Halysson Carvalho Silva. Tenho conhecimento, mas, obviamente, acho importante para os colegas terem noção...
O SR. PRESIDENTE (Ataídes Oliveira. Bloco Oposição/PSDB - TO) – Sim, como já é sabido, a imprensa nacional e até mesmo internacional, nesses últimos dias, Senador Randolfe, tem dado atenção e publicidade bastante contundentes com relação à Srª Lytha Battiston Spíndola, ex-Secretária-Executiva da Camex. Ela, nessa última Operação Zelotes – parece-me que a nº 3...
(Intervenção fora do microfone.)
O SR. PRESIDENTE (Ataídes Oliveira. Bloco Oposição/PSDB - TO) – Operação nº 4. É interessante que o jornal soltou a nº 3, e fiquei com a 3 na cabeça. Operação nº 4.
A Srª Lytha teve uma participação...
(Intervenção fora do microfone.)
O SR. PRESIDENTE (Ataídes Oliveira. Bloco Oposição/PSDB - TO) – Eu vou até justificar, porque o nosso assessor trouxe aqui.
É fundamental que a CPI possa ouvir tais personagens, dentre as quais se destaca Lytha Battiston Spíndola, ex-Secretária da Camex, suspeita de ser a destinatária de mais de meio milhão de reais, oriundos do esquema criminoso orquestrado por Mauro Marcondes, José Ricardo da Silva e Alexandre Paes dos Santos, todos eles, Senador Randolfe, hoje em regime de prisão. Estão todos hoje presos.
O SR. RANDOLFE RODRIGUES (Bloco Socialismo e Democracia/REDE - AP) – Os três foram presos?
O SR. PRESIDENTE (Ataídes Oliveira. Bloco Oposição/PSDB - TO) – Isso.
Aqui, então, o que sobrecai sobre a Srª Lyitha...
O SR. RANDOLFE RODRIGUES (Bloco Socialismo e Democracia/REDE - AP) – Permita-me, Sr. Presidente, Senador Ataídes. Considero esta informação fundamental: os três estão presos.
O SR. PRESIDENTE (Ataídes Oliveira. Bloco Oposição/PSDB - TO) – Sim, os três.
O SR. RANDOLFE RODRIGUES (Bloco Socialismo e Democracia/REDE - AP) – Foram presos na última fase da Operação Zelotes.
O SR. PRESIDENTE (Ataídes Oliveira. Bloco Oposição/PSDB - TO) – Na 4ª Operação Zelotes.
O SR. RANDOLFE RODRIGUES (Bloco Socialismo e Democracia/REDE - AP) – Perfeito.
O SR. PRESIDENTE (Ataídes Oliveira. Bloco Oposição/PSDB - TO) – Tanto o Sr. Mauro Marcondes, como José Ricardo da Silva e Alexandre Paes dos Santos estão recolhidos.
Recai sobre a Srª Lytha a suspeita de ser destinatária de mais de meio milhão de reais, oriundos do esquema criminoso. Então, essa é a justificativa da Srª Lytha.
Vamos à sequência.
O Requerimento nº 178, item 11 da pauta, também de minha autoria.
ITEM 11
Requerimento Nº 178/2015
Convoca o senhor Helder Silva Chaves, ex-Secretário-Executivo da Câmara de Comércio Exterior – CAMEX.
Autoria: Senador Ataídes Oliveira.
Também, seguindo a solicitação do Senador Randolfe, faço aqui uma pequena justificativa.
Diante desta convocação, é fundamental que esta CPI possa ouvir tais personagens, dentre eles Helder da Silva Chaves, ex-Secretário-Executivo da Câmara de Comércio Exterior – Camex, sobre quem pesa a suspeita de ter sido beneficiado por tráfico de influência de José Ricardo da Silva, que, ratifico, hoje se encontra preso, nessa 4ª Operação Zelotes.
Item 12 da pauta.
ITEM 12
Requerimento Nº 179/2015
Convoca o senhor Halysson Carvalho Silva, ex-diretor financeiro da Fundação Cultural do Piauí – FUNDAC.
Autoria: Senador Ataídes Oliveira.
Justifico essa convocação. O Sr. Halysson Carvalho Silva
é suspeito de tentar extorquir o empresário Eduardo Souza Ramos para dele obter US$1,5 milhão e informo Senador Randolfe, que o Sr. Halysson Carvalho Silva também se encontra preso.
O SR. RANDOLFE RODRIGUES (Bloco Socialismo e Democracia/REDE - AP) – Foi preso na última 2ª feira.
O SR. PRESIDENTE (Ataídes Oliveira. Bloco Oposição/PSDB - TO) – Nesta última 2ª feira, nesta última operação. Ele queria obter aqui um resultado, quis extorquir o empresário no valor aqui de uma cifra de US$1,5 milhão.
Eu pergunto a V. Exª, se eu justifiquei o porquê dos nossos requerimentos?
O SR. RANDOLFE RODRIGUES (Bloco Socialismo e Democracia/REDE - AP) – Perfeitamente, Sr. Presidente, principalmente em relação ao Sr. Halysson que, segundo informações da última fase da Operação Zelotes, ocorrida na última 2ª feira, teria uma participação destacada no esquema criminoso que operava a partir do mesmo operador das fraudes no CARF, mesmo comandante das fraudes do CARF, que era o Sr. José Ricardo.
Então, feliz a iniciativa de V. Exª. Os três requerimentos se justificam, o último mais e, principalmente, pelos notórios acontecimentos que envolvem o Sr. Halysson, pela participação dele, pelo documento probatório que temos nesta CPI, então, considero fundamental para o curso das investigações a CPI, no dia de hoje, aprovar esses requerimentos.
O SR. PRESIDENTE (Ataídes Oliveira. Bloco Oposição/PSDB - TO) – Agradeço a V. Exª e coloco, então, em votação os Requerimentos nºs 169, de 2015; 177, de 2015; 178, de 2015 e 179, de 2015, todos de minha autoria.
Em votação.
(Intervenção fora do microfone.)
O SR. PRESIDENTE (Ataídes Oliveira. Bloco Oposição/PSDB - TO) – Nominal.
O SR. FLEXA RIBEIRO (Bloco Oposição/PSDB - PA) – Sr. Presidente, são seis requerimentos em globo.
O SR. PRESIDENTE (Ataídes Oliveira. Bloco Oposição/PSDB - TO) – Em globo?
O SR. FLEXA RIBEIRO (Bloco Oposição/PSDB - PA) – Seis.
O SR. PRESIDENTE (Ataídes Oliveira. Bloco Oposição/PSDB - TO) – Um, dois, três, quatro.
O SR. FLEXA RIBEIRO (Bloco Oposição/PSDB - PA) – O quatro, o cinco, o oito.
O SR. PRESIDENTE (Ataídes Oliveira. Bloco Oposição/PSDB - TO) – Perdão, o um, o meia e o nove já tinham sido?
O SR. FLEXA RIBEIRO (Bloco Oposição/PSDB - PA) – É.
O SR. PRESIDENTE (Ataídes Oliveira. Bloco Oposição/PSDB - TO) – Perdão. Eu quero retificar. São os requerimentos do item 10, Requerimento nº 177; o item 11, Requerimento nº 178 e o item 12, da pauta, o Requerimento nº 179, todos de minha autoria.
ITEM 10
Requerimento Nº 177/2015
Convoca a Srª Lytha Battiston Spíndola, ex-Secretária-Executiva da Câmara de Comércio Exterior – CAMEX.
Autoria: Senador Ataídes Oliveira
ITEM 11
Requerimento Nº 178/2015
Convoca o Sr. Helder Silva Chaves, ex-Secretário-Executivo da Câmara de Comércio Exterior – CAMEX.
Autoria: Senador Ataídes Oliveira
ITEM 12
Requerimento Nº 179/2015
Convoca o Sr. Halysson Carvalho Silva, ex-diretor financeiro da Fundação Cultural do Piauí – FUNDAC.
Autoria: Senador Ataídes Oliveira
O SR. FLEXA RIBEIRO (Bloco Oposição/PSDB - PA) – Só os três.
O SR. PRESIDENTE (Ataídes Oliveira. Bloco Oposição/PSDB - TO) – Isso. E nós podemos votar, sim, em globo – eu estou tendo aqui a informação.
Então, os Senadores que concordam com a aprovação dos referidos requerimentos permaneçam como se encontram. (Pausa.)
Aprovados.
O SR. ACIR GURGACZ (Bloco Apoio Governo/PDT - RO) – Presidente, eu voto "sim" e cumprimentando V. Exª pela iniciativa de seu requerimento de trazer essas pessoas para serem ouvidas aqui na CPI.
Meus cumprimentos,Sr. Presidente.
O SR. PRESIDENTE (Ataídes Oliveira. Bloco Oposição/PSDB - TO) – Muito obrigado, Senador Acir Gurgacz, com a palavra...
O SR. RANDOLFE RODRIGUES (Bloco Socialismo e Democracia/REDE - AP) – Sr. Presidente, ao passo que cumprimento também V. Exª, me permita lhe solicitar o seguinte esclarecimento, em relação aos três: Srª Lytha, Sr. Helder e Sr. Halysson, existe também requerimento de quebra de transferência dos sigilos?
O SR. PRESIDENTE (Ataídes Oliveira. Bloco Oposição/PSDB - TO) – Ainda não, mas pode redigir os referidos...
O SR. RANDOLFE RODRIGUES (Bloco Socialismo e Democracia/REDE - AP) – Perfeito, comunique pelo menos em relação ao Sr. Hallysson
O SR. PRESIDENTE (Ataídes Oliveira. Bloco Oposição/PSDB - TO) – Importantíssimo, Senador.
O SR. RANDOLFE RODRIGUES (Bloco Socialismo e Democracia/REDE - AP) – Protocolizarei requerimento de transferência de sigilo.
O SR. PRESIDENTE (Ataídes Oliveira. Bloco Oposição/PSDB - TO) – Importantíssimo.
O SR. RANDOLFE RODRIGUES (Bloco Socialismo e Democracia/REDE - AP) – Obrigado, Sr. Presidente.
O SR. PRESIDENTE (Ataídes Oliveira. Bloco Oposição/PSDB - TO) – Muito importante.
Portanto, agora, resta, na nossa pauta, para aprovação o item 6 da pauta e o item 7.
O SR. JOSÉ PIMENTEL (Bloco Apoio Governo/PT - CE) – Sr. Presidente, o item 6, como a autora teve que sair, eu também estou subscrevendo para preencher a questão regimental.
O SR. PRESIDENTE (Ataídes Oliveira. Bloco Oposição/PSDB - TO) – O item 6, então, da pauta, o Requerimento nº 167, de 2015, de autoria da Senadora Vanessa Grazziotin, que neste momento, então, por força maior, teve que se ausentar, o Senador José Pimentel subscreve o mesmo, que solicita ao Ministério Público Federal as cópias do relatório enviado ao Supremo Tribunal Federal, relativo ao possível envolvimento do Ministro do TCU, João Augusto Ribeiro Nardes e outros, relativos à Operação Zelotes.
Então, vamos fazer em globo aqui o item 6 e o item 7.
ITEM 6
Requerimento Nº 167/2015
Requer que seja solicitado ao Ministério Público Federal as cópias do Relatório enviado ao Supremo Tribunal Federal relativo ao envolvimento do Ministro do TCU João Augusto Ribeiro Nardes e outros relativos à Operação Zelotes.
Autoria: Senadora Vanessa Grazziotin
ITEM 7
Requerimento Nº 168/2015
Requer que a Corregedoria-Geral do Ministério da Fazenda encaminhe a esta CPI cópia do processo administrativo disciplinar (e documentos correlatos) por ela instaurado para apurar a responsabilidade funcional de agentes que ocuparam o cargo de conselheiro junto ao CARF.
Autoria: Senador Ataídes Oliveira
ITEM 7
Requerimento Nº 168/2015
Requer que a Corregedoria-Geral do Ministério da Fazenda encaminhe a esta CPI cópia do processo administrativo disciplinar (e documentos correlatos) por ela instaurado para apurar a responsabilidade funcional de agentes que ocuparam o cargo de conselheiro junto ao CARF.
Autoria: Senador Ataídes Oliveira
Portanto, peço aos nossos Senadores e Senadoras, sobre os Requerimentos nºs 167, 168 que, se os aprovam, permaneçam como se encontram. (Pausa.)
Aprovados.
O SR. RANDOLFE RODRIGUES (Bloco Socialismo e Democracia/REDE - AP) – Presidente, permita-me.
O SR. PRESIDENTE (Ataídes Oliveira. Bloco Oposição/PSDB - TO) – Com a palavra.
O SR. RANDOLFE RODRIGUES (Bloco Socialismo e Democracia/REDE - AP) – O item 1 da pauta, que é o requerimento de transferência de sigilos fiscal, bancário e telefônico, S. Exª, o Senador Pimentel já havia me esclarecido que foi retirado de pauta por acordo desta CPI. Eu só indago a V. Exª – e, ao indagar, também já justifico – que este requerimento de transferência de sigilo do Sr. Carlos Juliano Ribeiro Nardes é, fundamentalmente, em função da acareação que nós tivemos, na última reunião desta Comissão Parlamentar de Inquérito, entre a Srª Gegliane, secretária do Sr. José Ricardo, e o Sr. Hugo, motorista da empresa do Sr. Ricardo, em que ambos, no depoimento, confirmaram a participação, o envolvimento, a atuação do Sr. Juliano Ribeiro Nardes junto à empresa do Sr. José Ricardo, inclusive, segundo a acareação feita aqui, com recebimento de valores dessa empresa. Então, foi em decorrência disso que propus esse requerimento, Senador Otto, de quebra, de transferência do sigilo do Sr. Juliano Nardes, e considero que essas informações são importantes também para a condução de nossa investigação. Pergunto a V. Exª qual a intenção de apreciar esse requerimento e em qual momento?
O SR. PRESIDENTE (Ataídes Oliveira. Bloco Oposição/PSDB - TO) – Esse requerimento foi aprovado hoje. Não, ele foi retirado.
O SR. RANDOLFE RODRIGUES (Bloco Socialismo e Democracia/REDE - AP) – Foi retirado.
O SR. PRESIDENTE (Ataídes Oliveira. Bloco Oposição/PSDB - TO) – Requerimento de vossa autoria. Então, já podemos agendá-lo, colocando-o na pauta da reunião seguinte.
O SR. RANDOLFE RODRIGUES (Bloco Socialismo e Democracia/REDE - AP) – Na próxima quinta-feira?
O SR. PRESIDENTE (Ataídes Oliveira. Bloco Oposição/PSDB - TO) – Próxima quinta-feira.
O SR. RANDOLFE RODRIGUES (Bloco Socialismo e Democracia/REDE - AP) – Agradeço V. Exª.
O SR. PRESIDENTE (Ataídes Oliveira. Bloco Oposição/PSDB - TO) – Já está colocado o requerimento.
Aproveito para dizer aqui aos nossos membros desta douta CPI que, diante dos fatos ora acontecidos e verificados, nesta quarta operação da Zelotes, foi jogada muita luz e muita responsabilidade sobre os trabalhos desta CPI. Muita. E quero aproveitar, neste momento, Senador Randolfe, Senador Otto e os demais, para ler alguns requerimentos de minha autoria, que, já, neste momento, colocarei em pauta também para a próxima reunião.
Num deles, requeiro – e peço a atenção do Senador Randolfe. Por favor, Senador. Estou dizendo que, diante de todos esses novos fatos que vieram à luz através da Operação Zelotes, com essas quatro prisões – com uma domiciliar, por força maior, pois a pessoa se encontra enferma –, foi jogada mais responsabilidade ainda sobre os trabalhos desta CPI.
Portanto, quero, aqui, apresentar seis requerimentos, que vou ler e pautá-los para a próxima reunião, na semana seguinte.
O primeiro requerimento:
Requeiro, nos termos do art. 58, §3º, da Constituição Federal, do art. 2º da Lei nº 1.579, de 1952, e do art. 148 do Regimento Interno do Senado Federal, que seja convocada para prestar depoimento perante esta Comissão Parlamentar de Inquérito a Srª Erenice Alves Guerra, advogada e ex-ministra chefe da Casa Civil.
Aqui, temos justificativas.
A fim de prestar esclarecimentos, para que possamos nos debruçar sobre essa gravíssima denúncia, que põe em dúvida a lisura e a honestidade de toda a política de benefícios fiscais adotada pelo Governo que hoje se encontra, do PT. É fundamental a oitiva da ex-Ministra Erenice Guerra, que poderá prestar esclarecimentos a respeito do processo de edição das Medidas Provisórias nºs 471, de 2009; 512, de 2010; 627, de 2013, e da participação de José Ricardo da Silva, Mauro Marcondes Machado e Alexandre Paes dos Santos nesse processo.
Esse é o primeiro requerimento que já coloco na pauta seguinte.
Requeiro também, nos termos do art. 58, §3º, da Constituição Federal, do art. 2º da Lei nº 1.579, de 1952, e do art. 148 do Regimento Interno do Senado Federal, que sejam transferidos a esta CPI os sigilos fiscal e bancário da empresa Guerra, Advogados Associadas, inscrita no CNPJ/MF sob o nº 13574765/0001-81, a partir do ano base de 2011 até a presente data.
Mais um requerimento:
Requeiro, também, nos termos do art. 58, §3º, da Constituição Federal, do art. 2º da Lei nº 1.579, de 1952, e do art. 148 do Regimento Interno do Senado Federal, que seja convocado para prestar depoimento perante esta Comissão Parlamentar de Inquérito o Sr. Gilberto Carvalho, ex-Ministro Chefe da Secretaria-Geral da Presidência da República.
Aí, também, as nossas justificativas. São longas, mas, para não nos estender, poderá prestar esclarecimento a respeito do processo da edição das Medidas Provisórias nºs 471, de 2009; 512, de 2010; 627, de 2013, e da participação de José Ricardo da Silva – que, repito, hoje está preso –, Mauro Marcondes Machado e Alexandre Paes dos Santos nesse processo.
Senador Randolfe, é o núcleo nervoso e criminoso que habitava no contencioso Carf.
Então, estamos aqui também colocando esse requerimento, que também está pautado para a próxima reunião da semana seguinte, a ser deliberado pelo Plenário desta Comissão.
Mais um requerimento:
Requeiro, também, nos termos do art. 58, §3º, da Constituição Federal, do art. 2º da Lei nº 1.579, de 1952, e do art. 148 do Regimento Interno do Senado Federal, que seja convocado para prestar depoimento perante esta Comissão Parlamentar de Inquérito o Sr. Luís Claudio Lula da Silva, empresário e fundador da empresa LFT Marketing Esportivo Ltda.
Também faço aqui uma breve justificativa. É fundamental que o Sr. Luís Claudio venha a esta CPI para justificar essa possível participação dele também na venda, ou na negociata... Não sei como colocar, porque muito me deixa indignado e surpreso quando se fala em venda de leis. Isso me deixa estarrecido, Senador Randolfe, Senador Davi Alcolumbre e demais Senadores.
Aqui, neste caso, há uma justificativa ainda maior, porque o Ministério da Fazenda e a Receita Federal pedem quebra de sigilo de filho de Lula e também do ex-Ministro Gilberto Carvalho; ou seja, a própria Receita Federal, Senador Flexa, pede aqui a quebra de sigilo tanto do
sigilo tanto do filho do Lula, do nosso ex-Presidente Lula, o Luis Claudio, como também pede a quebra de sigilo do ex-Ministro Gilberto Carvalho – a própria Receita.
Então, acredito que esteja mais do que justificada a convocação do Sr. Luis Claudio para que ele venha aqui prestar esclarecimentos sobre essa participação que ele teve junto a um lobista lá de São Paulo e também aos lobistas aqui do Distrito Federal, que hoje se encontram todos presos.
Com a palavra, Senador.
O SR. RANDOLFE RODRIGUES (Bloco Socialismo e Democracia/REDE - AP) – Presidente, é para uma indagação a V. Exª. Eu protocolizei dois requerimentos de transferência dos sigilos bancário, fiscal e telefônico das empresas – repito, das empresas Rumos e LFT. Pergunto a V. Exª... Obviamente, não está na pauta do dia de hoje. A pretensão é também apreciarmos esse requerimento na próxima quinta?
O SR. PRESIDENTE (Ataídes Oliveira. Bloco Oposição/PSDB - TO. Fora do microfone.) – Já colocamos e eu ratifico: está para a semana seguinte. Já está pautado para a semana seguinte, Senador Randolfe.
O SR. RANDOLFE RODRIGUES (Bloco Socialismo e Democracia/REDE - AP) – Para quinta-feira. Agradeço a V. Exª.
O SR. PRESIDENTE (Ataídes Oliveira. Bloco Oposição/PSDB - TO) – O outro requerimento.
Requeiro, nos termos do art. 58...
O SR. RANDOLFE RODRIGUES (Bloco Socialismo e Democracia/REDE - AP) – Só uma retificação, eu vou chamar a atenção...
O SR. PRESIDENTE (Ataídes Oliveira. Bloco Oposição/PSDB - TO) – À vontade.
O SR. RANDOLFE RODRIGUES (Bloco Socialismo e Democracia/REDE - AP) – A empresa Rumos, do Sr. J. Ricardo da Silva, que mudou a razão social e se chama atualmente Davos. É sobre esta empresa, para não restar dúvida sobre de qual empresa se trata.
Obrigado, Sr. Presidente.
O SR. PRESIDENTE (Ataídes Oliveira. Bloco Oposição/PSDB - TO) – Está perfeito.Portanto, requeiro, nos termos do... Continuando a ler os requerimentos que já estão pautados para a semana seguinte.
Requeiro, nos termos [também] do art. 58, §3º da Constituição Federal, e do art. 2º da Lei nº 1.579, de 1952, e do art. 148 do Regimento Interno do Senado Federal, que sejam transferidos a esta CPI os sigilos fiscal, bancário, telefônico e telemático de Luis Claudio Lula da Silva, inscrito no CPF/MF sob o nº 339.744.178/18, a partir do ano-base de 2002 até a presente data.
E o último requerimento.
Requeiro, nos termos do art. 58, §3º da Constituição Federal e do art. 2º da Lei nº 1.579, de 1952, e do art. 148 do Regimento Interno do Senado Federal, que sejam transferidos a esta CPI os sigilos bancário e fiscal da empresa LFT Marketing Esportivo, inscrita no CNPJ/MF sob o nº 13.441.341/0001-44, a partir do ano-base de 2011 até a presente data.
Portanto, são esses os requerimentos que eu queria ler – que eu acabei de ler, melhor dizendo, e que já estão pautados para a sessão da semana seguinte. Quero, inclusive, aqui, neste momento, dizer que há possibilidade de realização de duas sessões na semana seguinte. Vou conversar com a Senadora relatora, Vanessa Grazziotin, para que, diante desse novo quadro, façamos na semana seguinte pelo menos duas sessões, pelo tempo, que está um pouco exíguo. Uma sessão na quarta-feira e outra sessão na quinta, diante de todos esses requerimentos e desses fatos.
Vamos para o item 2 da pauta.
Peço à Secretaria que encaminhe até esta Mesa o Sr. João Batista Gruginski.
O Sr. João Batista Grunginski, devo informar aos senhores, está sob a égide de uma liminar do Supremo Tribunal Federal. Obteve decisão, em caráter liminar, do Supremo Tribunal Federal, para que lhe seja garantido o direito de permanecer calado perante esta CPI, se assim o desejar, além da assistência do seu advogado, ou dos seus advogados. Está acompanhado do Dr. Getúlio – que já esteve aqui conosco, não é, Dr. Getúlio? Getúlio?...
(Intervenção fora do microfone.)
O SR. PRESIDENTE (Ataídes Oliveira. Bloco Oposição/PSDB - TO) – Humberto.
Repito, o Sr. João Batista Gruginski tem o direito de permanecer calado, em silêncio, se assim
... permanecer calado ou em silêncio, se assim o desejar, mas nós temos o direito de fazer perguntas.
Então, como é de praxe aqui nesta CPI, geralmente agradeço a presença do senhor, Sr. João Batista Gruginski, do Dr. Getúlio Humberto, como é de praxe a gente tem passado a palavra aos nossos convocados para que eles, se acharem necessário, possam fazer uma exposição sobre o funcionamento do Carf.
O que o senhor, Sr. João Batista, pode nos informar sobre o funcionamento do Carf?
O senhor acha que aquele formato do Carf, composto por 216 conselheiros, sendo 50% representantes das empresas, prestando serviços gratuitamente, e os outros 50% composto pelos auditores fiscais, devidamente concursados, e que nesses últimos seis anos julgou naquele contencioso o Carf, o Conselho Administrativo Fiscal, que funciona como uma Suprema Corte de julgamento superior administrativo, e que, somente nesses seis anos, julgou lá, foi julgado no Carf, R$1,3 trilhão em menos de seis anos um pouco?
E que esses advogados, como o Sr. José Ricardo, o Sr. Edson Rodrigues e outros, Senador Randolfe, os pareceres dessas decisões eram decididos dentro dos escritórios fora do Carf, segundo relatou o Sr. Hugo – eu não me lembro o sobrenome do Hugo –, que V. Exª, Senador Randolfe, colocou há poucos minutos, em que nós fizemos a acareação entre ele e a Srª Gegliane Bessa, o Sr. Hugo disse que nos dias dos julgamentos ele ficava incumbido, ele era incumbido, de pegar todos os processos dentro do escritório da SGR, lá do Sr. José Ricardo da Silva e do Sr. Alexandre Paes dos Santos, e levar no carro dele e colocar sobre a mesa lá do plenário para ser julgado.
Olha isso traz dúvidas enormes, não é?
Então, eu pergunto a V. Sª, Sr. João Batista, se o senhor quer fazer uso da palavra? E o senhor contar para nós o que o senhor achava daquilo lá, o que naquilo estava certo? O que estava errado?
Nós temos aqui informação sobre V. Sª, a competência de V. Sª, uma biografia extraordinária, um técnico extremamente competente, mas que está citado. Esse é o motivo maior da presença do senhor aqui, o senhor está citado aqui por diversas vezes – é tanto papel que a gente às vezes se perde, mas eu não vou nem neste momento...
Eu passo a palavra para o senhor.
O SR. JOÃO BATISTA GRUGINSKI – Sr. Presidente, Srs. Senadores, a minha manifestação aqui é a seguinte, eu tenho aqui a orientação dos meus advogados no sentido de manter-me em silêncio, de fazer o uso do direito constitucional ao silêncio.
E é o que eu desejo fazer, inclusive, Sr. Senador, no que tange a essas eventuais considerações iniciais.
De forma que, ao longo de toda essa sessão, a cada pergunta que me for formulada, eu vou repetir essa minha posição tomada com bastante...
tomada com bastante consciência e segurança, inclusive agradecendo a oportunidade que me foi dada de fazer considerações iniciais. Inclusive essas vou dispensar, fazendo uso do meu direito constitucional ao silêncio.
O SR. PRESIDENTE (Ataídes Oliveira. Bloco Oposição/PSDB - TO) – Respeitamos imensamente o direito que V. Exª tem, o direito constitucional que V. Exª tem.
Então, passo a palavra aos nossos Senadores. Senador Relator Donizeti.
O SR. DONIZETI NOGUEIRA (Bloco Apoio Governo/PT - TO) – Senador Ataídes, penso que, pela colocação do convidado, do convocado a dar esclarecimentos, como ele disse que vai ficar calado, sugiro que encerremos a audiência, uma vez que, se ele não vai nos responder às perguntas que temos para fazer, não vale a pena ficarmos aqui perdendo tempo, no sentido de que não vamos poder ouvi-lo.
O SR. RANDOLFE RODRIGUES (Bloco Socialismo e Democracia/REDE - AP) – Presidente, divirjo.
O SR. PRESIDENTE (Ataídes Oliveira. Bloco Oposição/PSDB - TO) – Senador Randolfe.
O SR. RANDOLFE RODRIGUES (Bloco Socialismo e Democracia/REDE - AP) – Presidente, é direito constitucional do Sr. Gruginski ficar em silêncio. É prerrogativa e atribuição nossa, enquanto Senadores membros desta Comissão Parlamentar de Inquérito, que tem por função investigação, fazer as perguntas. Se o Sr. Gruginski não quiser responder, tudo bem, mas as perguntas que tenho... Eu gostaria que fosse assegurada a minha atribuição de fazê-las.
O SR. PRESIDENTE (Ataídes Oliveira. Bloco Oposição/PSDB - TO) – Asseguro, sim, Senador.
O SR. DONIZETI NOGUEIRA (Bloco Apoio Governo/PT - TO) – Respeito a posição do Senador Randolfe, mas eu não vou fazer perguntas para quem não vai responder.
O SR. PRESIDENTE (Ataídes Oliveira. Bloco Oposição/PSDB - TO) – Perfeito. Perfeito.
Mas, como bem V. Exª colocou é uma prerrogativa dos membros desta CPI fazer as suas perguntas. Então, V. Exª está com a palavra e pode, então, fazer as suas indagações, Senador Randolfe Rodrigues.
O SR. RANDOLFE RODRIGUES (Bloco Socialismo e Democracia/REDE - AP) – Obrigado, Sr. Presidente.
Assim o faço, Sr. Presidente, porque considero, no mínimo, esta Comissão Parlamentar de Inquérito, assim como o Congresso Nacional, pautada pela publicidade dos seus atos. Creio que esta é uma oportunidade para o esclarecimento dos fatos aqui e para sabermos, todos que estão acompanhando esta reunião, quais as razões que nos levam a ter convocado o Sr. Gruginski e qual a contribuição que ele pode ou, utilizando o direito constitucional, poderia dar às investigações desta Comissão Parlamentar.
Diante disso, Sr. Presidente, Sr. Gruginski, V. Exª... V. Srª, perdão, é fundador da SGR Consultoria Empresarial, em maio de 2004; em agosto de 2004, deixou de ser o sócio; e retornou à empresa em outubro de 2004. Esclareço aqui...
Senador Donizeti, algum problema?
(Intervenção fora do microfone.)
O SR. RANDOLFE RODRIGUES (Bloco Socialismo e Democracia/REDE - AP) – Está bom. Desculpe-me.
V. Exª retornou à empresa em outubro de 2004.
Essa empresa, só destaco, é a mesma empresa do Sr. José Ricardo, que, segundo as investigações, desta CPI, é operador dos esquemas no âmbito do Carf. Foi preso na terceira fase da Operação Zelotes, na última segunda-feira.
V. Exª foi auditor fiscal da Secretaria da Receita Federal de 1970 a 1991. Foi consultor legislativo tributário da Câmara dos Tributários de 1991 a 1998. Presta ou prestou serviços ao Partido Progressista no Congresso Nacional em diversas demandas na área tributária, conforme informações que temos, aliás, são informações da Polícia Federal, Sr. Presidente. Em 2 de agosto de 2007, V. Exª fez um aporte em investimentos, PGBL, VGBL e outros títulos de capitalização, de R$400 mil, mesma data em que Edison Pereira Rodrigues fez o mesmo investimento. Essas também são informações da Polícia Federal.
Só esclarecendo, o Sr. Edison Pereira Rodrigues... O Sr. Edison Pereira Rodrigues, Sr. Presidente, conforme informações que temos disponíveis nesta CPI, também presta serviço ao Partido Progressista e também é sócio da SGR desde junho de 2004
da SGR, desde junho de 2004, e foi Presidente do Conselho de Contribuintes do Ministério da Fazenda e Conselheiro do Carf, entre 2001 e 2003.
Diante dessas informações, Sr. Gruginski, que temos de V. Sª, as perguntas que faço – obviamente V. Sª pode escolher respondê-las ou não – são as seguintes: o senhor presta algum tipo de serviço ao Partido Progressista no Congresso Nacional, ou algum de seus representantes? Se prestou, em que período prestou e quem V. Sª atendeu? (Falha na gravação.)
O SR. RANDOLFE RODRIGUES (Bloco Socialismo e Democracia/REDE - AP) – Agradeço a V. Sª.
No período em que prestou seus serviços... No período em que V. Sª prestou os seus serviços, pelas informações que temos nesta Comissão Parlamentar de Inquérito, o Deputado Augusto Nardes manteve algum contato ou negócio com V. Sª?
O SR. JOÃO BATISTA GRUGINSKI – Sr. Senador, mantenho-me em silêncio, fazendo uso do meu direito constitucional correspondente.
O SR. RANDOLFE RODRIGUES (Bloco Socialismo e Democracia/REDE - AP) – Em 2 de agosto de 2007, o senhor, como já disse, fez um aporte financeiro, como eu já relatei, de R$400 mil ao Sr. Edson Pereira Rodrigues. Esse valor era proveniente de quem e era destinado a quê?
O SR. JOÃO BATISTA GRUGINSKI – Mantenho-me em silêncio, Sr. Senador, por orientação dos meus advogados.
O SR. RANDOLFE RODRIGUES (Bloco Socialismo e Democracia/REDE - AP) – Sr. Gruginski, no dia 24 de novembro de 2011, o Sr. José Ricardo, na época Conselheiro do Carf, enviou-lhe uma mensagem – isto está nos documentos que estão com a nossa CPI, Sr. Presidente, e Relator, Senador Donizeti. Diz a mensagem do Sr. José Ricardo: "Na segunda-feira, pretendo – abro aspas – "pôr em dia" – fecho aspas – os repasses que lhe cabem relativamente aos honorários daquelas causas em que trabalhamos. Se os trabalhos terminarem até amanhã à tarde, te ligarei amanhã mesmo para dar-lhe satisfação e conhecimento dos últimos acontecimentos, já que, há tempos, nós não nos falamos – entre parênteses. Além disso, se for possível, gostaria de conversar, pessoalmente, na próxima semana, sobre os casos que temos."
A pergunta inevitável que faço a V. Sª é: o que não estava em dia? E por que "em dia" está entre aspas? Quais os repasses que cabiam a V. Sª da parte do Sr. José Ricardo? E que causas são essas que estão destacadas em que o senhor e o Sr. José Ricardo, preso na última segunda-feira, trabalharam? Quais eram os "casos que temos"?
E, por fim, o senhor redigiu votos em benefício de algum cliente da SGR Consultoria ou JR Advogados?
O SR. JOÃO BATISTA GRUGINSKI – Sr. Senador, continuo me mantendo em silêncio.
O SR. RANDOLFE RODRIGUES (Bloco Socialismo e Democracia/REDE - AP) – Mais adiante, no dia 6 de março de 2009, o senhor envia uma mensagem ao Sr. José Ricardo e, nessa mensagem – relato aqui para o nosso colega Relator e para o Presidente, que também deve ter conhecimento –, o senhor dizia o seguinte: "Conforme acertamos na reunião de 5 de março de 2009, estou enviando o arquivo – abro aspas – "via IPEN-P286", nova análise do caso para a sessão de 11 de março de 2009 – repito: nova análise do caso para a sessão de 11 de março –, em que apresento sugestão de uma nova abordagem ao caso compatível com as declarações de voto proferidas nas decisões anteriores. Procurei adotar uma forma de redigir diferente da habitual, mas, se for adotada a sugestão ora apresentada e ela produzir os efeitos desejados nos dois processos...
produzir os efeitos desejados nos dois processos tudo estará ok. Confesso que tenho algum receio quanto à questão da decadência. A operação não foi realizada em 1999; foi declarada e publicada em 2000. Nesse caso, a Receita poderia inquiná-la de regular, a partir de 2000 ou de 2001. Se, a partir de 2001, o prazo decadencial começaria a partir de janeiro de 2002. Aí" – aqui está destacado – “não estaríamos protegidos. Grande abraço. Gruginski. 6 de março de 2009.”
Diante disso, eu lhe pergunto: o senhor redigiu os votos do Sr. José Ricardo no CARF? O que ocorreu nesta reunião de 5 de março de 2009 e quem dela participou? Quais eram os efeitos desejados nos dois processos e quem eram os envolvidos? Chama a atenção, Sr. Gruginski, o “aí não estaríamos protegidos”. Protegidos de quem e protegendo o quê, pergunto a V. Sª? Por fim, ainda em relação a este e-mail: quais eram os efeitos desejados nos dois processos que o senhor aqui destaca?
O SR. JOÃO BATISTA GRUGINSKI – Sr. Senador, por orientação dos meus advogados, eu me mantenho calado.
O SR. RANDOLFE RODRIGUES (Bloco Socialismo e Democracia/REDE - AP) – Existe aqui uma outra mensagem, Srs. Senadores, que considero mais comprometedora ainda, e essa seria a oportunidade para o Sr. Gruginski aqui apresentar os esclarecimentos sobre essa mensagem. Diz essa mensagem, Sr. Presidente:
“Prezado José Ricardo, desde que voltei de Curvelo, na quinta-feira da semana passada, 29 de setembro de 2011, tenho procurado falar com você, mas não tenho conseguido em razão de sua agenda. Liguei para o Edson, na sexta-feira, dia 30 de setembro de 2011. Ele me informou que o banco já fez o pagamento, bem como me deu notícias do acerto feito com o Romeu. Hoje de tarde, estive no escritório, aguardando o seu retorno do Conselho para podermos conversar, mas também não foi possível. Em conversa telefônica com a Lúcia, ao fim de expediente, ela me informou que você estará viajando amanhã. Assim sendo, tomo a liberdade de enviar-lhe o presente e-mail.” Continua o e-mail: “O fato é o seguinte: a minha recente viagem a Curvelo não foi só para descansar, mas também para fechar a compra de um imóvel para a Nilza, como se vê pelo documento em anexo. A escritura dessa compra vai ser passada na próxima sexta-feira, dia 7 de outubro de 2011. Na ocasião, vou ter que fazer um pagamento ao vendedor de R$200 mil. Tenho esse dinheiro aplicado em fundo de investimento, cujo rendimento está sujeito à alíquota de 15% de imposto de renda em razão do tempo de aplicação. Numa eventual substituição da aplicação, a alíquota do imposto passará a 22,5%. Assim sendo, peço-lhe a gentileza de me informar da possibilidade de mandar fazer depósito em minha conta ou transferência TED no valor de R$210 mil até quinta-feira, 6 de outubro de 2011.”
Aí, o senhor passa os dados de sua conta, o seu CPF, e continua: “Por favor, José Ricardo, peço alguma notícia sobre o assunto. Grande abraço. Gruginski. 4 de outubro de 2011.”
São inevitáveis as perguntas a partir daí Dr. Gruginski. Quem é Edson? Quem é Romeu? Esse pagamento de R$210 mil foi efetuado? A que título era devido este pagamento? A que pagamento o senhor se referia quando afirmou que ligou para o Edson, e este lhe informou que o banco já havia feito o pagamento? Qual foi o acerto feito com Romeu?
O SR. JOÃO BATISTA GRUGINSKI – Continuo calado, Sr. Senador, seguindo orientação de meus advogados.
O SR. RANDOLFE RODRIGUES (Bloco Socialismo e Democracia/REDE - AP) – Há mais dois e-mails, Sr. Presidente, que eu quero trazer aqui, em que o Sr. Gruginski diz o seguinte: "Prezado José Ricardo, em 5 de agosto de 2009, apresentei à Caenge os relatórios de
os relatórios de cálculo dos honorários da SGR – lembrando que SGR é a empresa do Sr. José Ricardo – pelos serviços prestados na defesa do processo de IRPJ e CSLL. O montante dos créditos exonerados, atualizados em agosto de 2009, era de R$3.641.445. Em consequência, nossos honorários alcançavam um valor de R$364 mil.
Como se vê, apresentei essa conta no início de agosto. Na ocasião, conversei com o Dr. Pedro Henrique, advogado, no sentido de que, conferidas as contas, nos fosse liberada a emissão de nota fiscal. Poucos dias depois, Pedro Henrique disse que já tinha conferido os relatórios – tudo o.k. – e que tinha enviado o dossiê para a área financeira.
Quem cuida da área financeira é a Drª Nelinilce, conhecida como Neli. Eu já tinha avisado a Neli, previamente, de que iríamos mandar as contas. "Pode mandá-las", disse ela. Mas nada até o final de agosto. Aí comecei um processo de cobrança por telefone. Por vezes tentei falar com a Neli. Foi difícil. Estava em reunião ou em curso. Mas finalmente a Neli marcou uma reunião para o dia 8 de setembro de 2009, às 15 horas, na Caenge, para fecharmos, em conjunto, uma data para a emissão da nota fiscal. Só que aí apareceu um personagem novo, do qual eu não tinha ouvido falar ainda. Segundo a Neli, "vamos fazer a reunião com o Dr. Paulo Castanheira, Diretor Financeiro".
Em resumo, os personagens, para a reunião de 8 de setembro de 2009, às 15 horas, são os seguintes: Paulo Castanheira, Diretoria Financeira; Nelinilce, Superintendência Financeira; e provavelmente Pedro Henrique, Superintendência Jurídica, e Jane Ferreira Alves, área contábil.
A Caenge tem sede no SIA Sul, Quadra 2... Aqui vem o endereço da Caenge... E mais adiante V. Sª continua: "Prezado José Ricardo, como lhe falei, a Nilza passará por cirurgia, exatamente no dia 8 de setembro de 2009, com início previsto para as 15 horas. De tal forma, eu não terei condições de estar presente à reunião marcada pela Neli. Peço sua grande ajuda. Grande abraço. P.S.: envio-lhe, em anexo, os arquivos dos documentos que apresentei à Caenge, em 5 de agosto de 2009, relativos à prestação de contas". E vêm aqui os anexos dos documentos.
As perguntas que lhe faço são as seguintes: considerando que o destinatário desta mensagem era o Sr. José Ricardo, à época Conselheiro do Carf – é bom que se diga. E pelas informações que temos, Presidente, na CPI, na prática era quem mandava no Carf –, pergunto: a Caenge foi beneficiada por recursos junto ao Carf? Qual era o serviço prestado pela SGR? Quais eram as atividades prestadas no cumprimento do contrato? Houve o pagamento dos honorários que V. Sª reclama, de R$364 mil? Considerando que o senhor alega, na mensagem, que o valor de honorários seria de exatamente 10% do valor do crédito exonerado, pergunto quais atividades de consultoria prestadas proporcionaram o pagamento de honorários por êxito. De que forma atuaram para reduzir os tributos da Caenge? O Sr. José Ricardo praticou atos, como Conselheiro do Carf, em benefício da Caenge?
O SR. JOÃO BATISTA GRUGINSKI – Sr. Senador, continuo me valendo do direito constitucional ao silêncio.
O SR. RANDOLFE RODRIGUES (Bloco Socialismo e Democracia/REDE - AP) – E, para concluir, Sr. Presidente, o último e-mail que temos aqui, que envolve o Sr. Gruginski, diz o seguinte: "Prezado José Ricardo, envio minuta de emenda, conforme falamos hoje de manhã. Grande Abraço. Gruginski. Vinte e seis de novembro de 2009".
Além dessa mensagem, foi identificada uma outra, enviada por seu sócio na SGR, Sr. José Ricardo, no dia 29 de dezembro de 2009, em que ele, falando com alguém chamado Eduardo – que imaginamos ser o Sr. Eduardo Valadão –
que imaginamos ser o Sr. Eduardo Valadão –, preso também na 2ª feira. Sócio Alexandre Paz dos Santos afirma o seguinte:
Caro Eduardo,
Não consegui falar com os Parlamentares. Embarco amanhã às 9 horas e 50 minutos para Santiago. São quatro horas e meia de voo. Portanto, chegarei lá às 14 horas e 30 minutos, hora de Brasília. Entrarei em contato assim que chegar.
De qualquer forma, se você achar por bem, diga a eles que faremos, assim que eu retornar, toda a prestação de contas com os devidos acertos. Há realmente diferenças a serem repassadas
Senadores Donizeti Nogueira e Ataídes Oliveira, quero só reiterar o começo deste e-mail. Ele começa, dizendo o seguinte:
Caro Eduardo,
Não consegui falar com os Parlamentares.
Repito: "Parlamentares". Mais adiante, V. Sª diz no e-mail:
De qualquer forma, se você achar por bem, diga a eles
Ou seja, os "Parlamentares".
que faremos, assim que eu retornar toda a prestação de contas com os devidos acertos.
"Prestação de contas com os devidos acertos" com os Parlamentares.
Há realmente diferenças a serem repassadas.
"Diferenças a serem repassadas" – aí, é ilação minha, obviamente – aos Parlamentares.
Contudo, não tive como levantar isso, hoje, com o detalhamento necessário. Há também despesas a serem consideradas.
É importante que eles, os Parlamentares, entendam que não é conveniente que os acertos sejam feitos sempre de imediato. As receitas e as retiradas devem obedecer a um fluxo normal, pertinentes com as atividades do escritório. Se não for assim, as prestações de serviços serão de difícil justificativa, entende?
Veja se você consegue explicar essa situação para eles com tranquilidade.
Parece-me que eles estavam pressionando, Sr. Presidente.
Além disso, do ponto de vista da movimentação financeira, para a segurança dos procedimentos, seria bom esperarmos o encerramento do exercício, para retomarmos o fluxo dos negócios. É importante, do ponto de vista dos controles financeiros e fiscais. Qualquer diferença ainda a ser acertada será devidamente equacionada.
Acontece que, neste momento, não tenho condições de precisar daqui, com certeza, os acertos a serem feitos.
Os negócios transcorrerão com tranquilidade e segurança, a partir da concretização daquele modelo apresentado, o que ocorrerá em breve.
É preciso ter paciência para desenvolvermos um bom trabalho. É importante que eles entendam que não somos carregadores de carga. Somos profissionais prestadores de serviço, visando a prospecção e desenvolvimento de negócios de interesse de todos, ok?
Veja se consegue reforçar com eles esses conceitos, mas o faça de maneira tranquila e serena, sem criar tensões no sentimento deles.
Desculpe-me. Não sei se consegui transmitir o conceito da coisa.
De qualquer modo, nos falamos amanhã, assim que eu estiver em local de contato, ok?
Fique tranquilo. Jogue a responsabilidade para cima de mim, que, a partir da semana que vem, tudo se resolverá. Retornarei em breve.
Nos falamos amanhã.
Forte abraço,
Zé Ricardo.
A época do envio deste texto, Sr. Gruginski, é a mesma da chamada MP 471.
Em 26 de novembro de 2009, a MP 471 estava em tramitação na Comissão Especial do Congresso, de que eram titulares Parlamentares do Partido Progressista, que, conforme constam dos inquéritos a que temos acesso e das informações que temos de V. Sª, têm longíqua relação com V. Sª.
Na segunda parte da mensagem, Sr. Presidente, faz-se claramente alusão a pagamentos. "Parlamentares", deduzo que só possam ter uma fonte de pagamentos: os seus vencimentos enquanto Parlamentares. Pagamento a Parlamentar tem nome; isso se chama propina, corrupção.
Foi enviado
Essa mensagem foi enviada sete dias após a prorrogação dos efeitos da MP 471, por ato da Mesa Diretora do Congresso Nacional, devido à inércia do Congresso.
É inevitável as perguntas sobre este e-mail, Sr. Grunginski: a emenda enviada ao Sr. José Ricardo foi apresentada a quem? Feita a pedido de quem e remetida a qual Parlamentar? Para quem a SGR estava trabalhando neste período? Quais eram os Parlamentares que tinham que ser feito o acerto? Quais atividades prestadas pela SGR no atendimento a estes clientes beneficiados pela medida provisória? Para o êxito do que pretendiam clientes da SGR este pagamento aos Parlamentares se concretizou – o transcorrer do e-mail diz que sim? A SGR foi remunerada pela prorrogação dos efeitos da MP 471 e pelo êxito da aprovação da própria medida provisória?
O SR. JOÃO BATISTA GRUGINSKI – Sr. Senador, continuo me valendo do direito de permanecer calado.
O SR. RANDOLFE RODRIGUES (Bloco Socialismo e Democracia/REDE - AP) – S. Presidente, Sr. Relator, Senador Donizeti, eram essas minhas perguntas. Nós temos até o dia 18 de dezembro para esta CPI continuar, ainda tem muita água para passar debaixo dessa ponte, ainda tem muita água.
A documentação que temos aqui é farta. Tivemos a ocorrência da quarta fase da operação na última segunda-feira. Há vários institutos que o Direito brasileiro hoje dispõe, inclusive como estratégia da defesa, para aqueles que estão presos, um desses títulos é a delação premiada.
Eu lamento, sinceramente, Sr. Gruginski, V. Sª e o seu advogado têm todo o direito de utilizar a prerrogativa constitucional do art. 5º, mas eu lamento porque isso não contribui agora com as investigações, mas eu estou muito convencido com a condução que está sendo dada pelo Ministério Público e pela Polícia Federal em relação a este caso.
Eu creio, Sr. Grunginski, que chegará um determinado momento em que será necessário que V. Sª e a sua defesa entendam que a colaboração com as instituições de investigação é o melhor que pode ser feito até para sua própria defesa.
Era o que tinha, Sr. Presidente, Sr. Relator.
O SR. PRESIDENTE (Ataídes Oliveira. Bloco Oposição/PSDB - TO) – Muito obrigado, Senador Randolfe Rodrigues.
Sr. João Batista, conforme V. Sª pôde perceber nas considerações, nas informações e nas indagações do Senador Randolfe Rodrigues, inclusive no início de sua fala sobre a atuação de V. Sª, que participou ativamente do núcleo do esquema criminoso dentro do contencioso Carf, percebe-se que o senhor tem muito conhecimento, até porque, repito, quando o Senador Randolfe descreveu a história, uma parte do vosso currículo, percebe-se que é uma pessoa de muita sabedoria. E eu vejo, Sr. João Grunginski e Dr. Getúlio Humberto que as coisas no País estão mudando.
A Drª Célia, Senador Randolfe, a Drª Célia Regina Ody Bernardes, que hoje
Regina Ody Bernardes, que hoje está à frente da 10ª Região, uma jovem juíza federal, extremamente competente e corajosa. Ela inclusive coloca, Senador Randolfe e Senador Donizete, que pede à Presidente Dilma que informe sobre as reuniões que teve, lá na Presidência da República, com relação a essa possível venda de leis.
Então, Sr. João Gruginski, eu percebo que este é um momento ímpar, em que o senhor – se assim quisesse ou julgasse necessário – poderia fazer a sua defesa, dar as suas explicações, porque a coisa, lá para frente, pode ficar muito ruim para V. Sª.
O Senador Randolfe leu vários e-mails, e nós temos aqui ainda diversos outros. Há um e-mail, do dia 3/10, em que José Ricardo, que – repito – encontra-se hoje preso, o dono da SGR, empresa de que V. Sª era membro e era sócio. Ele escreve para o senhor a respeito da estória da minuta. O Senador Randolfe se referiu à minuta a respeito Medida Provisória 471, de 2009, a minuta do consórcio da SGR, Marconi & Mautoni.
Logo no dia 4, João Batista Gruginski – o senhor – manda um e-mail para Alexandre Paes dos Santos – o APS – e também a José Ricardo, em que o senhor diz: "Prezados Alexandre e José Ricardo, embora faltando ainda a cláusula que venha a tratar da questão do POP..." Eu queria tanto saber o que é POP. Se alguém sabe o que é POP, explique-me. Eu vou perguntar para o senhor, mesmo que o senhor não queira responder. POP. Eu não sei se é incentivos fiscais, eu não sei.
"... matéria sobre a qual não encontrei nenhum documento na internet, inclusive no site da Wikipédia. Parece-me conveniente, mesmo assim, já submeter à apreciação a minuta da nova versão do contrato de constituição do consórcio, com as mudanças de que falamos, na sexta-feira de tarde. As mudanças feitas estão assinaladas [aspas] 'iluminação' [fecha aspas] amarela." Continua: "Estamos ainda com a tarde toda para fazer as correções ou os ajustes necessários. Grande abraço, Gruginski."
De forma, Sr. João Batista Gruginski, que eu tenho dezenas de perguntas a fazer a V. Sª, mas o Senador Randolfe foi bastante proativo em suas perguntas, e, conforme V. Sª já disse, não pretende respondê-las. Então, eu não vou fazê-las.
Eu vou fazer duas perguntinhas ao Senhor tão somente. O teor dessas Medidas Provisórias 471, 512, 638 e 627, Senador Randolfe e Senador Donizete, circulava. Mesmo antes de serem publicadas, elas circulavam dentro desses dois escritórios de lobby. Eu pergunto: O senhor tem conhecimento se essa minuta acerca do consórcio se refere a uma dessas Medidas Provisórias, Sr. João Batista Gruginski?
O SR. JOÃO BATISTA GRUGINSKI – Sr. Presidente, continuo calado, valendo-me do direito
calado, valendo-me do direito constitucional ao silêncio.
O SR. PRESIDENTE (Ataídes Oliveira. Bloco Oposição/PSDB - TO) – Por derradeiro aqui, o Sr. Luís Cláudio Lula da Silva prestou serviço, segundo ele, a uma empresa de lobby de São Paulo e recebeu R$1,5 milhão, chegou a R$2,450 milhões.
O senhor sabe que serviço foi esse que ele prestou, já que o senhor é sócio, repito, da SGR, junto com o José Ricardo, com o APS, junto com a presença sempre marcante da ex-Ministra Elenice Guerra, o Sr. Edson Rodrigues, sua filha Megan Sax, que estão atolados até o pescoço nessas vendas de decisões do CARF? O senhor sabe qual o serviço que o Luís Cláudio prestou para receber essa importância de R$2 milhões e quatrocentos e pouco?
O SR. JOÃO BATISTA GRUGINSKI – Sr. Presidente, eu permaneço calado.
O SR. PRESIDENTE (Ataídes Oliveira. Bloco Oposição/PSDB - TO) – O senhor conhece o Luís Cláudio? O senhor conhece ele?
O SR. JOÃO BATISTA GRUGINSKI – Eu permaneço calado, Sr. Presidente.
O SR. PRESIDENTE (Ataídes Oliveira. Bloco Oposição/PSDB - TO) – Acho que o senhor está perdendo uma oportunidade de ouro. Mas, como diz o art. 5º, inciso LXIII, da nossa Carta Maior, há o direito ao senhor de permanecer calado, e nós temos o dever de respeitar.
Portanto, agradeço a presença de V. Sª.
O SR. DONIZETI NOGUEIRA (Bloco Apoio Governo/PT - TO) – Sr. Presidente.
O SR. PRESIDENTE (Ataídes Oliveira. Bloco Oposição/PSDB - TO) – E agradeço também a presença do Dr. Getúlio Humberto, mas antes eu passo a palavra ao Senador Donizeti.
O SR. DONIZETI NOGUEIRA (Bloco Apoio Governo/PT - TO) – Só para concluir. Nós estamos aqui, uma após a outra audiência ou convocação à oitiva, se não me engano só uma nós logramos êxito no sentido de fazer encaminhamentos aqui da CPI. A Constituição protege. Nós fazemos o nosso exercício aqui de tentar encontrar respostas. O Judiciário, neste caso, nós estamos na segunda juíza, passamos por um juiz, que, num primeiro momento, quer se considerar que criou embaraços para a operação. A operação ocorria em sigilo até a quarta operação dela. E agora, na quarta operação, o Judiciário, o Ministério Público e todos resolveram abrir a quarta operação. Então, quer me parecer correto também que a gente acabe com o sigilo da operação por completo para que quem saiba a gente possa ter um melhor desenvolvimento nisso. Mas eu continuo reafirmando. Nós temos obrigação de perguntar, temos obrigação de inquirir. O Senador Randolfe fez bem a interlocução com as perguntas. Sinto-me frustrado no sentido de que estamos perdendo tempo. A Justiça está fazendo o trabalho dela, o Ministério Público está fazendo o trabalho dele para tocar o processo, como em tantos, eu tenho sentido que as CPIs aqui não têm dado o resultado nem conta de cumprir a obrigação em função de que o art. 5º da Constituição tem recorrentemente impedido de fazer o nosso trabalho. E nós não podemos nos contrapor a isso, porque é constitucional e a gente tem que respeitar. Então, são essas as minhas considerações. Encaminhar para...
O SR. RANDOLFE RODRIGUES (Bloco Socialismo e Democracia/REDE - AP) – Sr. Presidente, eu queria concordar com a preliminar do Senador Donizeti. Na verdade, me parece que, dos depoimentos ocorridos aqui, teremos tivemos dois frutíferos. E eu acho que o mais importante foi a acareação que fizemos entre a Srª Jeliene o Sr. Hugo. Por isso, portanto, até em decorrência, disso, eu creio, primeiro, eu acho que é importante nós termos acesso a todas as informações sobre operação de todas as suas fases. Isso é uma preliminar importante para a CPI. Segundo, eu creio que um instrumento mais útil do que a
mais útil do que as próprias convocações são as transferências de sigilo bancário, fiscal e telefônico. As transferências de sigilo têm prestado, têm trazido a esta CPI informações valiosíssimas, como as que expus agora, apresentei agora nos questionamentos ao Sr. Gruginski. Então, vejam, me parece que as transferências de sigilo dos envolvidos, inclusive aqueles que a própria investigação da Polícia Federal e do Ministério Público assim apontam, são o ponto mais pacífico para contribuir com o relatório final da Senadora Vanessa Grazziotin, já que nós, via de regra, não teremos muito sucesso nas oitivas aqui. Aliás, talvez seja necessário, talvez seja importante, antes, perguntar aos que serão convocados se eles vão utilizar do direito constitucional do art. 5º para a própria CPI avaliar a necessidade da convocação.
Então, eu queria, Senador Ataídes, insistir que priorizássemos os requerimentos de transferência de sigilo bancário, fiscal e telefônico, inclusive tendo como ponto de ancoragem – vou tratar assim, vou utilizar esse termo – as investigações já em curso da Polícia Federal e do Ministério Público. Me parece que são o instrumento, o curso de investigação mais eficiente para esta CPI.
O SR. PRESIDENTE (Ataídes Oliveira. Bloco Oposição/PSDB - TO) – Perfeito.
Senador Donizeti, coaduno com V. Exª de que os trabalhos até então realizados nesta douta Comissão poderiam realmente ter sido mais proveitosos. Concordo com V. Exª, mas já tivemos grandes avanços aqui na CPI. V. Exª é o nosso Vice-Presidente e tem estado sempre aqui conosco. Mesmo diante dessas dificuldades, dessas prerrogativas que os nossos convidados, convocados têm, e a maioria quase absoluta vieram aqui sob a égide de liminar do Supremo Tribunal Federal, como o Sr. João Batista Gruginski, caminhamos muito. Não foram tão somente duas pessoas, foram mais pessoas que contribuíram muito.
Mas como bem o Senador Randolfe colocou, essas quebras de sigilo são de muita valia para a conclusão do relatório da tão competente Senadora Vanessa Grazziotin. Outra colocação que o Senador Randolfe fez, desculpe, que o Senador Donizeti fez foi pedir à Operação Zelotes, ao Ministério Público Federal, à Polícia Federal e, agora também, à Justiça Federal, hoje, comandada, repito, por essa competente Drª Célia Regina... Eles têm atendido com muita urgência, com muita atenção e presteza a remessa de toda essa documentação. Posso já adiantar, Senador Randolfe, que dessa quarta Operação Zelotes já estão todos esses documentos, imagino eu, se não estão todos, deve faltar muito pouco, no banco de dados da CPI. Portanto, essa quebra de sigilo fiscal, bancário e telemática vai contribuir muito com os nossos trabalhos, têm contribuído muito.
Vamos fazer o seguinte, Senador Randolfe. Vou verificar, hoje, ainda, se fazemos duas reuniões por semana. Sabemos que não é muito fácil porque temos muitas outras atribuições. Agora, mesmo diante desta dificuldade, é de competência, é de responsabilidade, e temos o dever, o Senado Federal e nós, como Senadores da República, de fiscalizar a coisa pública neste País, porque sabemos que o povo brasileiro está sofrendo muito, sabemos que lamentavelmente bilhões e bilhões
lamentavelmente, bilhões e bilhões não estão indo para a saúde, para a educação e para a segurança. E o nosso povo está morrendo nas filas até mesmo de consultórios – até mesmo esperando uma consulta.
Então nós temos o dever, Senador Donizeti, mesmo diante dessas nossas dificuldades, de mostrar para o povo brasileiro que nós estamos aqui para fazer esse trabalho. Mesmo diante dessas dificuldades eu estou contente em estar à frente desta CPI e aproveito para liberar aqui o Sr. Gruginski...
O SR. DONIZETI NOGUEIRA (Bloco Apoio Governo/PT - TO) – Só mais uma questão.
O SR. PRESIDENTE (Ataídes Oliveira. Bloco Oposição/PSDB - TO) – Com a palavra.
O SR. DONIZETI NOGUEIRA (Bloco Apoio Governo/PT - TO) – Eu penso que o Senador Randolfe tem razão. E para podermos avançar na questão do sigilo bancário, de vez, temos que pedir a quebra de sigilo de quem tem que pedir. E nós trabalharmos, internamente, na sistematização dessa situação. De forma que a gente possa obter os resultados necessários. E aí não serão duas sessões por semana que vão resolver, mas será o trabalho interno mais efetivo. Diante de tudo o que nós temos para fazer aqui, os nossos assessores são os mesmos para as mesmas coisas. Têm que assessorar no plenário, têm que correr em comissão e têm que acompanhar a CPI.
Um trabalho interno mais efetivo, no sentido de a gente reunir essas informações do sigilo bancário, por exemplo, fiscal, etc., de forma a dar efetividade.
O SR. PRESIDENTE (Ataídes Oliveira. Bloco Oposição/PSDB - TO) – Pois bem, coloco em votação as atas da 20ª e 21ª Reunião.
Os Senadores que aprovam permaneçam como se encontram. (Pausa.)
Aprovado.
Nada mais havendo a tratar, declaro encerrada presente reunião, agradecendo à presença de todos.
Criei uma comunidade no Google Plus: É tudo um assunto só
http://plus.google.com/u/0/communities/113366052708941119914
Outro dia discutindo sobre as manifestações do dia 15, sobre crise do governo e a corrupção da Petrobrás eu perguntei a ele se tinha acompanhado a CPI da Dívida Pública. Então ele me respondeu: Eu lá estou falando de CPI?! Não me lembro de ter falado de CPI nenhuma! Estou falando da roubalheira... A minha intenção era dizer que apesar de ter durado mais de 9 meses e de ter uma importância ímpar nas finanças do país, a nossa grande mídia pouco citou que houve a CPI e a maioria da população ficou sem saber dela e do assunto... Portanto não quis fugir do assunto... é o mesmo assunto: é a política, é a mídia, é a corrupção, são as eleições, é a Petrobras, a auditoria da dívida pública, democracia, a falta de educação, falta de politização, compra de votos, proprina, reforma política, redemocratização da mídia, a Vale, o caso Equador, os Bancos, o mercado de notícias, o mensalão, o petrolão, o HSBC, a carga de impostos, a sonegação de impostos,a reforma tributária, a reforma agrária, os Assassinos Econômicos, os Blog sujos, o PIG, as Privatizações, a privataria, a Lava-Jato, a Satiagraha, o Banestado, o basômetro, o impostômetro, É tudo um assunto só!...
Comentários políticos com Bob Fernandes.
Acompanhando o Caso HSBC V - Defina: O que é um paraíso fiscal? Eles estão ligados a que países?
KKK Lembra daquele desenho da motinha?! Kajuru, Kfouri, Kalil:
Cristiano Zanin Martins
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Pois é senhoras e senhores:
Que comece o espetáculo!!
O que eu prevejo a partir de agora é um bombardeio da nossa mídia cartelizada que vai bombardear nossa sociedade com fatos relacionados à "Operação filhos de Odin", chamando de Operação Zelotes até fixar na cabeça de todos que o culpado é o filho do Lula e não um esquema onde as empresas corrompem conselheiros para deixar de pagar impostos ao Estado.
A investigação desde fevereiro de 2014 vinha de forma natural apesar da falta de pessoal e dificuldades operacionais (dificuldades relatadas pelo Senador José Pimentel em algumas seções da CPI.) Enquanto a Polícia Federal e o Ministério público estiveram a frente do processo, nada de MP que virou lei, propina e trafico de influência para aprovar lei estava sendo investigada. A partir da matéria do Estadão do dia 1 de outubro, foi lançado a suspeita da participação do filho do Lula em fatos que pouco tem a ver com o caso investigado. E que até então ninguém sabia...
Funciona assim:
Você planta na investigações um fato falso e mistura, enrola e confunde a investigação com aquele fato falso de forma que o caso e o fato falso se torne um só... Depois descobre-se que aquele fato era falso. E anula-se todas as investigações.
Foi assim que foi enterrada a Satiagraha.
O que vou falar agora é pura especulação. Podem desconsiderar...
Aquele boato de que o Lulinha, o irmão mais velho desse envolvido na "Operação filhos de Odin", era dono da Friboi(boato esse já desmentido pelos verdadeiros donos da Friboi, empresários de Goiais ), nasceu de um discurso sem propósito, foi crescendo o boato na sociedade, e de repente já era uma verdade! Foi uma mentira repetida até virar verdade de forma natural dentro da sociedade. A partir de um certo momento o filho do Lula era o dono da Friboi!
Imagino que essa escolha(de envolver outro filho do Lula no caso) foi a reboque do boato que virou verdade...
Imagino que essa escolha(de envolver outro filho do Lula no caso) foi a reboque do boato que virou verdade...
Ou não... Talvez eu quebre a cara... E esse moço tenha mesmo recebido propina para seu pai apresentar uma prorrogação de medida provisória...
Mas que está com cara de armação, sim está!
Você tem todo o direito de duvidar de mim quando eu falo o Daniel Dantas deveria ter ido a julgamento junto com o Marcos Valério no julgamento do mensalão, afinal a informação que você possui é outra...
Mas agora não, você está acompanhando passo-a-passo a Operação Zelotes, não tem o porque duvidar de mim quando eu digo que a "Operação filhos de Odin" é uma cortina de fumaça para a Operação Zelotes: Você está acompanhando comigo desde o início... Não está?!
Ou você é um analfabeto político?
Vamos então, finalmente, falar sobre a seção de hoje.
Antes da participação do "RRR está em todas" (Randolfe Rodrigues da Rede), duas coisas misteriosas aconteceram: A senadora-relatora-comunista Vanessa Grazziontin teve que sair por motivos não declarados e informou que dois de seus requerimentos por "um acordo de eles ingressarem na reunião subsequente" . Assim o pedido de quebra de sigilo do sobrinho do Augusto Nardes nem foi colocado em votação... será na semana que vem... E então se retirou sem falar o porque!... Por que?! Para que o pedido de quebra de sigilo do Nardes sobrinho do Nardes ficasse para a semana que vem o Randolfe Rodrigues, autor do requerimento, teve que se ausentar um pouquinho para justificar: "já que o autor não está aqui deixamos para semana que vem"...
O convocado João Batista Gruginski, ficou calado, como a maioria dos investigados nessa CPI.
Mas essa seção teve uma novidade: o "RRR está em todas" estava presente e não cumpriu o acordo que estava prevalecendo na CPI de não fazer perguntas para quem está em silêncio. Ele fez várias perguntas nos informar o que e como o investigado está envolvido... Ficamos sabendo que o investigado presta serviços ao PP (Partido Progressista). Várias conversas por e-mails comprometedoras, mas a última foi a mais alarmante(vou colocar de verde em homenagem ao novo partido do senador):
Além dessa mensagem, foi identificada uma outra, enviada por seu sócio na SGR, Sr. José Ricardo, no dia 29 de dezembro de 2009, em que ele, falando com alguém chamado Eduardo – que imaginamos ser o Sr. Eduardo Valadão –
que imaginamos ser o Sr. Eduardo Valadão –, preso também na 2ª feira. Sócio Alexandre Paz dos Santos afirma o seguinte:
Caro Eduardo,
Não consegui falar com os Parlamentares. Embarco amanhã às 9 horas e 50 minutos para Santiago. São quatro horas e meia de voo. Portanto, chegarei lá às 14 horas e 30 minutos, hora de Brasília. Entrarei em contato assim que chegar.
De qualquer forma, se você achar por bem, diga a eles que faremos, assim que eu retornar, toda a prestação de contas com os devidos acertos. Há realmente diferenças a serem repassadas
Senadores Donizeti Nogueira e Ataídes Oliveira, quero só reiterar o começo deste e-mail. Ele começa, dizendo o seguinte:
Caro Eduardo,
Não consegui falar com os Parlamentares.
Repito: "Parlamentares". Mais adiante, V. Sª diz no e-mail:
De qualquer forma, se você achar por bem, diga a eles
Ou seja, os "Parlamentares".
que faremos, assim que eu retornar toda a prestação de contas com os devidos acertos.
"Prestação de contas com os devidos acertos" com os Parlamentares.
Há realmente diferenças a serem repassadas.
"Diferenças a serem repassadas" – aí, é ilação minha, obviamente – aos Parlamentares.
Contudo, não tive como levantar isso, hoje, com o detalhamento necessário. Há também despesas a serem consideradas.
É importante que eles, os Parlamentares, entendam que não é conveniente que os acertos sejam feitos sempre de imediato. As receitas e as retiradas devem obedecer a um fluxo normal, pertinentes com as atividades do escritório. Se não for assim, as prestações de serviços serão de difícil justificativa, entende?
Veja se você consegue explicar essa situação para eles com tranquilidade.
Parece-me que eles estavam pressionando, Sr. Presidente.
Além disso, do ponto de vista da movimentação financeira, para a segurança dos procedimentos, seria bom esperarmos o encerramento do exercício, para retomarmos o fluxo dos negócios. É importante, do ponto de vista dos controles financeiros e fiscais. Qualquer diferença ainda a ser acertada será devidamente equacionada.
Acontece que, neste momento, não tenho condições de precisar daqui, com certeza, os acertos a serem feitos.
Os negócios transcorrerão com tranquilidade e segurança, a partir da concretização daquele modelo apresentado, o que ocorrerá em breve.
É preciso ter paciência para desenvolvermos um bom trabalho. É importante que eles entendam que não somos carregadores de carga. Somos profissionais prestadores de serviço, visando a prospecção e desenvolvimento de negócios de interesse de todos, ok?
Veja se consegue reforçar com eles esses conceitos, mas o faça de maneira tranquila e serena, sem criar tensões no sentimento deles.
Desculpe-me. Não sei se consegui transmitir o conceito da coisa.
De qualquer modo, nos falamos amanhã, assim que eu estiver em local de contato, ok?
Fique tranquilo. Jogue a responsabilidade para cima de mim, que, a partir da semana que vem, tudo se resolverá. Retornarei em breve.
Nos falamos amanhã.
Forte abraço,
Zé Ricardo.
A época do envio deste texto, Sr. Gruginski, é a mesma da chamada MP 471.
Em 26 de novembro de 2009, a MP 471 estava em tramitação na Comissão Especial do Congresso, de que eram titulares Parlamentares do Partido Progressista, que, conforme constam dos inquéritos a que temos acesso e das informações que temos de V. Sª, têm longíqua relação com V. Sª.
Na segunda parte da mensagem, Sr. Presidente, faz-se claramente alusão a pagamentos. "Parlamentares", deduzo que só possam ter uma fonte de pagamentos: os seus vencimentos enquanto Parlamentares. Pagamento a Parlamentar tem nome; isso se chama propina, corrupção.
Foi enviado
Essa mensagem foi enviada sete dias após a prorrogação dos efeitos da MP 471, por ato da Mesa Diretora do Congresso Nacional, devido à inércia do Congresso.
É inevitável as perguntas sobre este e-mail, Sr. Grunginski
Esse mais alarmante, tudo indica, refere-se à "Operação filhos de Odin". O que parecia que não iria acontecer na reunião passada: As manchetes de jornal pautar a CPI começa a acontecer aqui nessa seção...
Quando teremos o que foi prometido lá na 4ª reunião da CPI quando foi apresentado o plano de trabalho? Quando vamo invertes a lógica das investigações? Quando será que ouviremos as respostas das grandes corporações sobre como eles sonegam os impostos...
Mas agora não, você está acompanhando passo-a-passo a Operação Zelotes, não tem o porque duvidar de mim quando eu digo que a "Operação filhos de Odin" é uma cortina de fumaça para a Operação Zelotes: Você está acompanhando comigo desde o início... Não está?!
Ou você é um analfabeto político?
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Vamos então, finalmente, falar sobre a seção de hoje.
Antes da participação do "RRR está em todas" (Randolfe Rodrigues da Rede), duas coisas misteriosas aconteceram: A senadora-relatora-comunista Vanessa Grazziontin teve que sair por motivos não declarados e informou que dois de seus requerimentos por "um acordo de eles ingressarem na reunião subsequente" . Assim o pedido de quebra de sigilo do sobrinho do Augusto Nardes nem foi colocado em votação... será na semana que vem... E então se retirou sem falar o porque!... Por que?! Para que o pedido de quebra de sigilo do Nardes sobrinho do Nardes ficasse para a semana que vem o Randolfe Rodrigues, autor do requerimento, teve que se ausentar um pouquinho para justificar: "já que o autor não está aqui deixamos para semana que vem"...
O convocado João Batista Gruginski, ficou calado, como a maioria dos investigados nessa CPI.
Mas essa seção teve uma novidade: o "RRR está em todas" estava presente e não cumpriu o acordo que estava prevalecendo na CPI de não fazer perguntas para quem está em silêncio. Ele fez várias perguntas nos informar o que e como o investigado está envolvido... Ficamos sabendo que o investigado presta serviços ao PP (Partido Progressista). Várias conversas por e-mails comprometedoras, mas a última foi a mais alarmante(vou colocar de verde em homenagem ao novo partido do senador):
Além dessa mensagem, foi identificada uma outra, enviada por seu sócio na SGR, Sr. José Ricardo, no dia 29 de dezembro de 2009, em que ele, falando com alguém chamado Eduardo – que imaginamos ser o Sr. Eduardo Valadão –
que imaginamos ser o Sr. Eduardo Valadão –, preso também na 2ª feira. Sócio Alexandre Paz dos Santos afirma o seguinte:
Caro Eduardo,
Não consegui falar com os Parlamentares. Embarco amanhã às 9 horas e 50 minutos para Santiago. São quatro horas e meia de voo. Portanto, chegarei lá às 14 horas e 30 minutos, hora de Brasília. Entrarei em contato assim que chegar.
De qualquer forma, se você achar por bem, diga a eles que faremos, assim que eu retornar, toda a prestação de contas com os devidos acertos. Há realmente diferenças a serem repassadas
Senadores Donizeti Nogueira e Ataídes Oliveira, quero só reiterar o começo deste e-mail. Ele começa, dizendo o seguinte:
Caro Eduardo,
Não consegui falar com os Parlamentares.
Repito: "Parlamentares". Mais adiante, V. Sª diz no e-mail:
De qualquer forma, se você achar por bem, diga a eles
Ou seja, os "Parlamentares".
que faremos, assim que eu retornar toda a prestação de contas com os devidos acertos.
"Prestação de contas com os devidos acertos" com os Parlamentares.
Há realmente diferenças a serem repassadas.
"Diferenças a serem repassadas" – aí, é ilação minha, obviamente – aos Parlamentares.
Contudo, não tive como levantar isso, hoje, com o detalhamento necessário. Há também despesas a serem consideradas.
É importante que eles, os Parlamentares, entendam que não é conveniente que os acertos sejam feitos sempre de imediato. As receitas e as retiradas devem obedecer a um fluxo normal, pertinentes com as atividades do escritório. Se não for assim, as prestações de serviços serão de difícil justificativa, entende?
Veja se você consegue explicar essa situação para eles com tranquilidade.
Parece-me que eles estavam pressionando, Sr. Presidente.
Além disso, do ponto de vista da movimentação financeira, para a segurança dos procedimentos, seria bom esperarmos o encerramento do exercício, para retomarmos o fluxo dos negócios. É importante, do ponto de vista dos controles financeiros e fiscais. Qualquer diferença ainda a ser acertada será devidamente equacionada.
Acontece que, neste momento, não tenho condições de precisar daqui, com certeza, os acertos a serem feitos.
Os negócios transcorrerão com tranquilidade e segurança, a partir da concretização daquele modelo apresentado, o que ocorrerá em breve.
É preciso ter paciência para desenvolvermos um bom trabalho. É importante que eles entendam que não somos carregadores de carga. Somos profissionais prestadores de serviço, visando a prospecção e desenvolvimento de negócios de interesse de todos, ok?
Veja se consegue reforçar com eles esses conceitos, mas o faça de maneira tranquila e serena, sem criar tensões no sentimento deles.
Desculpe-me. Não sei se consegui transmitir o conceito da coisa.
De qualquer modo, nos falamos amanhã, assim que eu estiver em local de contato, ok?
Fique tranquilo. Jogue a responsabilidade para cima de mim, que, a partir da semana que vem, tudo se resolverá. Retornarei em breve.
Nos falamos amanhã.
Forte abraço,
Zé Ricardo.
A época do envio deste texto, Sr. Gruginski, é a mesma da chamada MP 471.
Em 26 de novembro de 2009, a MP 471 estava em tramitação na Comissão Especial do Congresso, de que eram titulares Parlamentares do Partido Progressista, que, conforme constam dos inquéritos a que temos acesso e das informações que temos de V. Sª, têm longíqua relação com V. Sª.
Na segunda parte da mensagem, Sr. Presidente, faz-se claramente alusão a pagamentos. "Parlamentares", deduzo que só possam ter uma fonte de pagamentos: os seus vencimentos enquanto Parlamentares. Pagamento a Parlamentar tem nome; isso se chama propina, corrupção.
Foi enviado
Essa mensagem foi enviada sete dias após a prorrogação dos efeitos da MP 471, por ato da Mesa Diretora do Congresso Nacional, devido à inércia do Congresso.
É inevitável as perguntas sobre este e-mail, Sr. Grunginski
Esse mais alarmante, tudo indica, refere-se à "Operação filhos de Odin". O que parecia que não iria acontecer na reunião passada: As manchetes de jornal pautar a CPI começa a acontecer aqui nessa seção...
Quando teremos o que foi prometido lá na 4ª reunião da CPI quando foi apresentado o plano de trabalho? Quando vamo invertes a lógica das investigações? Quando será que ouviremos as respostas das grandes corporações sobre como eles sonegam os impostos...
Bomba! Os documentos secretos da Operação Zelotes!
Mais um furo histórico do Cafezinho!
Fontes do Cafezinho que detêm informações e documentos sigilosos sobre a Operação Zelotes estão chocadas com a armação midiático-policial montada para cima do filho de Lula.
A Zelotes envolve dezenas de empresas e figurões. É a nata do sistema bancário e midiático nacional. Largar esse osso para perseguir o filho de Lula é o cúmulo do mau caratismo!
Jamais a imprensa procurou obter, junto aos órgãos competentes, informações sobre esses suspeitos.
Milhares de repórteres, e nada!
Tão diferente da Lava Jato, onde as informações, também sigilosas, são vazadas praticamente online para a imprensa!
No Senado, foi montada uma CPI, sob presidência do PSDB, e nenhuma informação jamais vazou, apesar da importância capital dessa operação, que poderia se tornar o símbolo do combate à principal corrupção no país: a corrupção fiscal, que desvia mais de R$ 600 bilhões por ano dos cofres públicos!
Uma dessas fontes, revoltada com a pistolagem de setores da mídia e do Ministério Público, que parecem ter se tornado agentes políticos anti-PT ao invés de autênticos representantes do povo na luta contra a corrupção no país, passou-me um conjunto de documentos sigilosos da Polícia Federal, contendo os pedidos de prisão, de busca e apreensão, de bloqueio de contas.
Com esses documentos, a mídia não poderá mais seguir o seu jogo sujo de desviar o foco para o "filho de Lula", que não tem nada a ver com a história.
São 494 páginas! A imprensa, se estiver mesmo interessada, se quiser ao menos fingir que é imprensa, poderá se fartar!
Os leitores do Cafezinho - que são repórteres bem mais honestos e livres do que a nossa imprensa comercial - também podem ajudar, recortando partes específicas e trazendo para a área de comentários.
São bilhões de reais desviados, que envolvem sobretudo bancos e empresas de mídia, como a RBS, afiliada da Globo.
Usem a ferramenta de buscar e confiram: os documentos estão cheios de referências à RBS, ao banco Safra, ao Santander, ao Bradesco, à Gerdau.
Nada sobre o filho de Lula!
Enfiar o filho de Lula ou sua empresa nesse lamaçal é a mais sombria desonestidade jornalística.
Esta nova fase Operação Zelotes, me contam essas fontes, foi aberta como forma de tentar tirar do foco a incapacidade da PF e do MPF de prender os responsáveis pelos desvios no CARF, estimados pela PF em quase R$ 20 bilhões.
Segundo minhas fontes, e os documentos estão aí, as investigações da Zelotes levantaram os seguintes nomes, como suspeitos pelos desvios no CARF: Leonardo Siade Manzan, Maurício Taveira e Silva, Antônio Lisboa Cardoso, Mauro Marcondes Machado, Edison Pereira Rodrigues (ex-presidente do CARF nomeado por FHC), Meigan Sack Rodrigues (filha do Edison), Jorge Victor Rodrigues (caso Santander e Safra), Lutero Fernandes do Nascimento, Eduardo Cerqueira Leite (caso Bradesco), Jeferson Ribeiro Salazar (caso Santander), José Teriju Tamazato (caso Santander e Bradesco), Mário Pagnozzi Junior, João Inácio Puga (ex-diretor banco Safra), Wagner Pires de Oliveira (caso JS SAFRA), Jorge Celso Freire da Silva (caso Santander), José Ricardo da Silva (centro das investigações), João Batista Gruginski (caso Gerdau), Adriana Oliveira e Ribeiro (caso Gerdau), Silvio Guatura Romão, Ezequiel Antonio Cavallari, Alexandre Paes dos Santos (lobista).
Destes 21, só foi pedida a prisão de Alexandre Paes dos Santos, José Ricardo, Eduardo Valadão, Mauro Marcondes e Cristina Marcondes. Há um foragido.
Por que os envolvidos com o sistema bancário não foram alvo de prisão temporária?
Por que a busca e apreensão na empresa do filho do Lula senão houve busca e apreensão nas empresas que, segundo a PF, fraudaram o CARF?
Não há exatamente nada contra o filho de Lula nas investigações da Zelotes. Houve até uma CPI, presidida pelo PSDB, e o nome do filho de Lula jamais foi sequer citado.
Com a palavra, o ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, que deveria ser responsável por não deixar a Polícia Federal se transformar numa polícia política de terceira categoria.
Deveria, no mínimo, promover um debate, dar entrevistas, fazer a batalha da comunicação.
Cardozo prefere dar entrevistas à TV Veja...
Acho oportuno acrescentar uma observação.
A Polícia Federal não fez nada para investigar a sonegação da Rede Globo, apesar das provas contundentes, dos documentos contendo as assinaturas dos irmãos Marinho, e do histórico de problemas fiscais da emissora.
E quem vai para as manchetes é o filho de Lula?
Fontes do Cafezinho que detêm informações e documentos sigilosos sobre a Operação Zelotes estão chocadas com a armação midiático-policial montada para cima do filho de Lula.
A Zelotes envolve dezenas de empresas e figurões. É a nata do sistema bancário e midiático nacional. Largar esse osso para perseguir o filho de Lula é o cúmulo do mau caratismo!
Jamais a imprensa procurou obter, junto aos órgãos competentes, informações sobre esses suspeitos.
Milhares de repórteres, e nada!
Tão diferente da Lava Jato, onde as informações, também sigilosas, são vazadas praticamente online para a imprensa!
No Senado, foi montada uma CPI, sob presidência do PSDB, e nenhuma informação jamais vazou, apesar da importância capital dessa operação, que poderia se tornar o símbolo do combate à principal corrupção no país: a corrupção fiscal, que desvia mais de R$ 600 bilhões por ano dos cofres públicos!
Uma dessas fontes, revoltada com a pistolagem de setores da mídia e do Ministério Público, que parecem ter se tornado agentes políticos anti-PT ao invés de autênticos representantes do povo na luta contra a corrupção no país, passou-me um conjunto de documentos sigilosos da Polícia Federal, contendo os pedidos de prisão, de busca e apreensão, de bloqueio de contas.
Com esses documentos, a mídia não poderá mais seguir o seu jogo sujo de desviar o foco para o "filho de Lula", que não tem nada a ver com a história.
São 494 páginas! A imprensa, se estiver mesmo interessada, se quiser ao menos fingir que é imprensa, poderá se fartar!
Os leitores do Cafezinho - que são repórteres bem mais honestos e livres do que a nossa imprensa comercial - também podem ajudar, recortando partes específicas e trazendo para a área de comentários.
São bilhões de reais desviados, que envolvem sobretudo bancos e empresas de mídia, como a RBS, afiliada da Globo.
Usem a ferramenta de buscar e confiram: os documentos estão cheios de referências à RBS, ao banco Safra, ao Santander, ao Bradesco, à Gerdau.
Nada sobre o filho de Lula!
Enfiar o filho de Lula ou sua empresa nesse lamaçal é a mais sombria desonestidade jornalística.
Esta nova fase Operação Zelotes, me contam essas fontes, foi aberta como forma de tentar tirar do foco a incapacidade da PF e do MPF de prender os responsáveis pelos desvios no CARF, estimados pela PF em quase R$ 20 bilhões.
Segundo minhas fontes, e os documentos estão aí, as investigações da Zelotes levantaram os seguintes nomes, como suspeitos pelos desvios no CARF: Leonardo Siade Manzan, Maurício Taveira e Silva, Antônio Lisboa Cardoso, Mauro Marcondes Machado, Edison Pereira Rodrigues (ex-presidente do CARF nomeado por FHC), Meigan Sack Rodrigues (filha do Edison), Jorge Victor Rodrigues (caso Santander e Safra), Lutero Fernandes do Nascimento, Eduardo Cerqueira Leite (caso Bradesco), Jeferson Ribeiro Salazar (caso Santander), José Teriju Tamazato (caso Santander e Bradesco), Mário Pagnozzi Junior, João Inácio Puga (ex-diretor banco Safra), Wagner Pires de Oliveira (caso JS SAFRA), Jorge Celso Freire da Silva (caso Santander), José Ricardo da Silva (centro das investigações), João Batista Gruginski (caso Gerdau), Adriana Oliveira e Ribeiro (caso Gerdau), Silvio Guatura Romão, Ezequiel Antonio Cavallari, Alexandre Paes dos Santos (lobista).
Destes 21, só foi pedida a prisão de Alexandre Paes dos Santos, José Ricardo, Eduardo Valadão, Mauro Marcondes e Cristina Marcondes. Há um foragido.
Por que os envolvidos com o sistema bancário não foram alvo de prisão temporária?
Por que a busca e apreensão na empresa do filho do Lula senão houve busca e apreensão nas empresas que, segundo a PF, fraudaram o CARF?
Não há exatamente nada contra o filho de Lula nas investigações da Zelotes. Houve até uma CPI, presidida pelo PSDB, e o nome do filho de Lula jamais foi sequer citado.
Com a palavra, o ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, que deveria ser responsável por não deixar a Polícia Federal se transformar numa polícia política de terceira categoria.
Deveria, no mínimo, promover um debate, dar entrevistas, fazer a batalha da comunicação.
Cardozo prefere dar entrevistas à TV Veja...
Acho oportuno acrescentar uma observação.
A Polícia Federal não fez nada para investigar a sonegação da Rede Globo, apesar das provas contundentes, dos documentos contendo as assinaturas dos irmãos Marinho, e do histórico de problemas fiscais da emissora.
E quem vai para as manchetes é o filho de Lula?
Zelotes sai do encalço do poder econômico para perseguir filho de Lula
Antes, operação focava em máfia criada para abater dívidas de grandes empresas - RBS (Rede Globo), Banco Safra, Santander, Camargo Corrêa - com a Receita. Agora, a reboque da mídia, apura uma suposta - e mal explicada - compra de Medida Provisória no governo Lula
Mas há semanas alguns fatores mudaram, e o principal deles é que o foco da operação saiu do encalço de grandes grupos econômicos - como Rede Globo, bancos e empreiteiras - e de políticos já protegidos pelo foro privilegiado, e passou a perseguir a família do ex-presidente Lula (PT).
Foi o suficiente para transferir a Zelotes das tímidas páginas de jornais da mídia impressa para os espaços de destaque, aqueles destinados às denúncias bombásticas, mesmo que vazias.
Foi o que aconteceu na manhã desta segunda-feira (26), quando a
Polícia Federal, a Receita Federal e o Ministério Público Federal
deflagraram a terceira fase da Zelotes - que nada tem a ver com a origem
da investigação, que começou desbaratando uma máfia instaurada no Carf
(Conselho Administrativo de Recursos Fiscais) para abater dívidas de
grandes empresas com a Receita Federal, em troca de pagamento de propina
a agentes públicos.
Após a publicação de uma reportagem do Estadão, denunciando uma suposta “compra” de Medida Provisória no governo Lula, a PF recebeu autorização para fazer busca e apreensão em duas empresas de Luís Cláudio Lula da Silva: a TouchDown Promoção de Eventos Esportivos e a LFT Marketing Esportivo. O pedido partiu do Ministério Público Federal, segundo informações da Folha.
O desvirtuamento da Zelotes foi apontada pela defesa do filho de Lula, em nota enviada à imprensa após a operação. Nela, o advogado Cristiano Zanin Martins sustenta que a busca e apreensão na TouchDown, para começar, foi “despropositada”, uma vez que a empresa que “organiza o campeonato brasileiro de futebol americano (...), uma atividade lícita" está fora do âmbito da operação. Além disso, segundo o informe, a associação da LFT Marketing à "compra" mal explicada de uma MP não se sustenta nem mesmo na reportagem publicada pelo Estadão.
Da denúncia contra o filho de Lula
No radar da PF e do MPF estão informações que constam em reportagem publicada em 1º de outubro, indicando que, em 2009, empresas do setor automobilístico contrataram escritórios de assessoria empresarial e jurídica para fazer lobby no Congresso e junto ao governo Lula, com vistas à aprovação da MP 471. A medida provisória prorrogaria, até dezembro de 2015, benefícios fiscais da ordem de R$ 1,3 bilhão por ano a montadoras, nas regiões Nordeste, Centro e Norte do País. O montante envolvido nesse suposto esquema era da ordem de R$ 36 milhões.
Estão "implicados" na história a MMC Automotores (representante da Mitsubishi) e o Grupo CAOA (Ford, Hyundai e Subaru), que contrataram o “consórcio” formado pelos escritórios SGR (do empresário José Ricardo da Silva) e Marcondes & Mautoni (Mauro Marcodes) para destravar a MP 471.
A reportagem do Estadão insinua que, a partir de 2014, cinco anos após a aprovação da MP, a LFT, criada pelo filho de Lula em 2011, recebeu R$ 2,4 milhões da Marcondes & Mautoni. O dinheiro seria, pelas suspeitas das autoridades da Zelotes, pagamento indevido pelo lobby. A defesa de Luís Cláudio explicou que os recursos estão ligados a contratos de prestação de serviço na área de marketing.
Na matéria do Estadão, há trechos de um e-mail que serviria de "prova" do pagamento de vantagens indevidas. “Mensagens trocadas entre os envolvidos mencionam a oferta de propina a agentes públicos para viabilizar o texto” da MP. Deputados, senadores e gente do “governo, PT” estariam “envolvidos” no esquema. Mas nenhum nome de político foi revelado. E mais: a MP foi aprovada por acordo de líderes, por unanimidade, deixando a seguinte questão não respondida: quem pagaria para aprovar uma MP que era bem vista inclusive entre lideranças do DEM e do PSDB?
A MMC e a CAOA admitiram que atuaram junto ao governo em causa própria (lobby) contratando os serviços da Marcondes, mas não para comprar medidas provisórias. A Marcondes e a SGR, por sua vez, admitiram que atuaram para emplacar a MP, mas não com uso de corrupção. Consta ainda na reportagem do Estadão que a MMC não participou do “acerto” para pagamento de propina, diferentemente da CAOA e da Marcondes, que teriam “recuado” e faltado com o “compromisso”. Ou seja: não há indícios de que houve, de fato, qualquer pagamento, nem de que todas as partes sabiam do suposto esquema.
Na reportagem, sequer ficou claro quais as intenções da PF e do MPF com a empresa SGR, de José Ricardo da Silva. Para criar algum vínculo com o governo Lula, o Estadão apenas escreveu que José Ricardo, ex-conselheiro do Carf, tem relações de “parceria com o lobista Alexandre Paes dos Santos (APS)”, “ligado à advogada Erenice Guerra, secretária executiva de Dilma [Rousseff] na Casa Civil quando a MP foi discutida.” O jornal também observou que a MP, antes de ir à sanção presidencial, passou pelas mãos de Dilma, então ministra.
Nesta terceira fase da Zelotes, foram presos “José Ricardo da Silva, em sua casa em Brasília, e o consultor Mauro Marcondes. Há também um mandado contra Cristina Marcondes, mulher de Mauro Marcondes. O dono da CAOA, Carlos Alberto Oliveira Andrade, foi alvo de mandado de condução coercitiva”, entre outros atores envolvidos no “lobby”, segundo informou o Estadão.
Da aprovação da MP
Além do súbito interesse da mídia na Zelotes, outra questão pouco explorada é a origem da MP 471. No mesmo dia em que o Estadão publicou a denúncia de “compra” de MP envolvendo a empresa do filho de Lula, o líder do PSDB na Câmara, Carlos Sampaio, informou que pediria às autoridades competentes uma investigação sobre o caso. Sem citar, claro, uma única palavra sobre a participação dos tucanos na aprovação da proposta, em 2009.
Para começar, a MP prorroga um pacote de incentivos fiscais que foi criado no governo Fernando Henrique Cardoso (PSDB), em 1999. Nos registros do Senado, consta como fruto de uma batalha de anos do então senador Antônio Carlos Magalhães. Foi com a isenção a montadoras que a indústria automobilística desembarcou na Bahia, Estado que ACM governou em três mandatos.
Em 2009, ACM Junior, à época no DEM, comemorou a prorrogação assinada por Lula, assim como Arthur Virgílio (PSDB). Para o tucano, a MP de Lula era um motivo para fazer o Brasil “feliz”, pois mantinha as portas abertas para que as riquezas do País não fossem produzidas apenas nas regiões Sul e Sudeste. José Agripino (DEM) e Tasso Jereissati (PSDB) também elogiaram a MP 471. Todos, caciques de oposição à gestão petista, mas favoráveis a uma MP que, para a Zelotes, teria recheado o bolso de governistas desconhecidos, apenas....
Após a publicação de uma reportagem do Estadão, denunciando uma suposta “compra” de Medida Provisória no governo Lula, a PF recebeu autorização para fazer busca e apreensão em duas empresas de Luís Cláudio Lula da Silva: a TouchDown Promoção de Eventos Esportivos e a LFT Marketing Esportivo. O pedido partiu do Ministério Público Federal, segundo informações da Folha.
O desvirtuamento da Zelotes foi apontada pela defesa do filho de Lula, em nota enviada à imprensa após a operação. Nela, o advogado Cristiano Zanin Martins sustenta que a busca e apreensão na TouchDown, para começar, foi “despropositada”, uma vez que a empresa que “organiza o campeonato brasileiro de futebol americano (...), uma atividade lícita" está fora do âmbito da operação. Além disso, segundo o informe, a associação da LFT Marketing à "compra" mal explicada de uma MP não se sustenta nem mesmo na reportagem publicada pelo Estadão.
Da denúncia contra o filho de Lula
No radar da PF e do MPF estão informações que constam em reportagem publicada em 1º de outubro, indicando que, em 2009, empresas do setor automobilístico contrataram escritórios de assessoria empresarial e jurídica para fazer lobby no Congresso e junto ao governo Lula, com vistas à aprovação da MP 471. A medida provisória prorrogaria, até dezembro de 2015, benefícios fiscais da ordem de R$ 1,3 bilhão por ano a montadoras, nas regiões Nordeste, Centro e Norte do País. O montante envolvido nesse suposto esquema era da ordem de R$ 36 milhões.
Estão "implicados" na história a MMC Automotores (representante da Mitsubishi) e o Grupo CAOA (Ford, Hyundai e Subaru), que contrataram o “consórcio” formado pelos escritórios SGR (do empresário José Ricardo da Silva) e Marcondes & Mautoni (Mauro Marcodes) para destravar a MP 471.
A reportagem do Estadão insinua que, a partir de 2014, cinco anos após a aprovação da MP, a LFT, criada pelo filho de Lula em 2011, recebeu R$ 2,4 milhões da Marcondes & Mautoni. O dinheiro seria, pelas suspeitas das autoridades da Zelotes, pagamento indevido pelo lobby. A defesa de Luís Cláudio explicou que os recursos estão ligados a contratos de prestação de serviço na área de marketing.
Na matéria do Estadão, há trechos de um e-mail que serviria de "prova" do pagamento de vantagens indevidas. “Mensagens trocadas entre os envolvidos mencionam a oferta de propina a agentes públicos para viabilizar o texto” da MP. Deputados, senadores e gente do “governo, PT” estariam “envolvidos” no esquema. Mas nenhum nome de político foi revelado. E mais: a MP foi aprovada por acordo de líderes, por unanimidade, deixando a seguinte questão não respondida: quem pagaria para aprovar uma MP que era bem vista inclusive entre lideranças do DEM e do PSDB?
A MMC e a CAOA admitiram que atuaram junto ao governo em causa própria (lobby) contratando os serviços da Marcondes, mas não para comprar medidas provisórias. A Marcondes e a SGR, por sua vez, admitiram que atuaram para emplacar a MP, mas não com uso de corrupção. Consta ainda na reportagem do Estadão que a MMC não participou do “acerto” para pagamento de propina, diferentemente da CAOA e da Marcondes, que teriam “recuado” e faltado com o “compromisso”. Ou seja: não há indícios de que houve, de fato, qualquer pagamento, nem de que todas as partes sabiam do suposto esquema.
Na reportagem, sequer ficou claro quais as intenções da PF e do MPF com a empresa SGR, de José Ricardo da Silva. Para criar algum vínculo com o governo Lula, o Estadão apenas escreveu que José Ricardo, ex-conselheiro do Carf, tem relações de “parceria com o lobista Alexandre Paes dos Santos (APS)”, “ligado à advogada Erenice Guerra, secretária executiva de Dilma [Rousseff] na Casa Civil quando a MP foi discutida.” O jornal também observou que a MP, antes de ir à sanção presidencial, passou pelas mãos de Dilma, então ministra.
Nesta terceira fase da Zelotes, foram presos “José Ricardo da Silva, em sua casa em Brasília, e o consultor Mauro Marcondes. Há também um mandado contra Cristina Marcondes, mulher de Mauro Marcondes. O dono da CAOA, Carlos Alberto Oliveira Andrade, foi alvo de mandado de condução coercitiva”, entre outros atores envolvidos no “lobby”, segundo informou o Estadão.
Da aprovação da MP
Além do súbito interesse da mídia na Zelotes, outra questão pouco explorada é a origem da MP 471. No mesmo dia em que o Estadão publicou a denúncia de “compra” de MP envolvendo a empresa do filho de Lula, o líder do PSDB na Câmara, Carlos Sampaio, informou que pediria às autoridades competentes uma investigação sobre o caso. Sem citar, claro, uma única palavra sobre a participação dos tucanos na aprovação da proposta, em 2009.
Para começar, a MP prorroga um pacote de incentivos fiscais que foi criado no governo Fernando Henrique Cardoso (PSDB), em 1999. Nos registros do Senado, consta como fruto de uma batalha de anos do então senador Antônio Carlos Magalhães. Foi com a isenção a montadoras que a indústria automobilística desembarcou na Bahia, Estado que ACM governou em três mandatos.
Em 2009, ACM Junior, à época no DEM, comemorou a prorrogação assinada por Lula, assim como Arthur Virgílio (PSDB). Para o tucano, a MP de Lula era um motivo para fazer o Brasil “feliz”, pois mantinha as portas abertas para que as riquezas do País não fossem produzidas apenas nas regiões Sul e Sudeste. José Agripino (DEM) e Tasso Jereissati (PSDB) também elogiaram a MP 471. Todos, caciques de oposição à gestão petista, mas favoráveis a uma MP que, para a Zelotes, teria recheado o bolso de governistas desconhecidos, apenas....
Pimenta: Globo mente descaradamente ao dizer que a Zelotes é para investigar compra e venda de Medidas Provisórias para o setor automobilístico
publicado em 28 de outubro de 2015 às 10:22
Edição dos telejornais da Rede Globo sobre a Zelotes é criminosa, denuncia Pimenta
da assessoria de imprensa da Liderança do PT na Câmara dos Deputados
O deputado federal Paulo Pimenta (PT-RS) denunciou hoje (27) a manipulação da imprensa brasileira na cobertura da Operação Zelotes, deflagrada pelo Ministério Público Federal e a Polícia Federal. De acordo com Pimenta, que é relator da subcomissão na Câmara dos Deputados que apura o escândalo de corrupção no Conselho Administrativo de Recursos Fiscais da Receita Federal (Carf), a Rede Globo “mentiu descaradamente” ao informar que a Zelotes seja uma operação para investigar compra e venda de Medidas Provisórias para o setor automobilístico.
“A edição dos telejornais da Rede Globo foi criminosa”, protestou Pimenta. “Estão forçando a barra para dizer que houve pagamento a uma empresa do filho do Lula, mas se esquecem de um detalhe importante: a MP 471 foi editada em 2009, e empresa do filho do Lula só foi criada em 2011. E não dá para vincular a MP a contrato que só iria ocorrer em 2014 e um pagamento realizado em 2015, seis anos depois. Não faz sentido relacionar o contrato do filho do Lula com a MP”, afirmou Pimenta.
O parlamentar explicou que a Operação Zelotes foi deflagrada em março de 2015 para apurar um esquema criminoso de sonegação fiscal que provocou prejuízo aos cofres públicos da ordem de R$ 21 bilhões, um dos mais escandalosos casos de corrupção da história do País. O esquema para reduzir valor de multas envolve conselheiros do Carf e grandes empresas, a maior parte delas anunciantes da mídia brasileira. E entre as empresas há uma do setor de comunicação, a RBS, afiliada da própria Rede Globo e que é acusada de praticar corrupção.
Pimenta lembrou que a Zelotes, desde que foi deflagrada, sempre foi escondida pelos jornais brasileiros, já que é um escândalo que envolve, justamente, o poder econômico que a mídia atua para proteger. Agora, “criaram essa história sem pé nem cabeça para atingir o ex-presidente Lula na véspera do seu aniversário”, observou o deputado. Ontem (26), a Polícia Federal realizou busca e apreensão no escritório da empresa LFT Marketing Esportivo, de propriedade de Luis Cláudio Lula da Silva, filho de Lula.
O deputado Pimenta desmontou o factoide midiático expondo as fragilidades da cobertura da imprensa. “Se alguém comprou, como dizem os jornais, é por que alguém vendeu? Mas quem? Isso não está no jornal, não está no inquérito, não está no despacho da juíza, não está na CPI, não está em lugar nenhum”, lembrou Pimenta.
“Medida Provisória não nasce da cabeça do presidente. Aliás, nenhuma política pública nasce sem um bom debate, sem muitas discussões. Governadores, deputados, empresários, sindicalistas. Todos os interessados conversam nos ministérios, na Casa Civil, na Fazenda. E muitas vezes contratam escritórios para defender seus interesses. É assim em qualquer governo democrático. E depois tem o Congresso, que pode modificar e acrescentar”, esclareceu Pimenta.
A MP 471 prorrogou incentivos fiscais para a indústria automotiva no Nordeste, Norte e Centro-Oeste. Na época, a medida era uma reivindicação forte dos estados, para gerar empregos, arrecadação e fortalecer o desenvolvimento regional. E não era nenhuma invenção: a MP apenas prorrogava o prazo de vigência de uma Lei de 1999, do governo do PSDB.
A MP 471 teve como relatores parlamentares da oposição na Câmara e no Senado e foi aprovada com voto unânime, por acordo de líderes do governo e da oposição, sem nenhuma emenda ou alteração. “Então compararam o Congresso inteiro? Governo e oposição?”, questionou Pimenta. “Esse episódio combina ignorância sobre como funciona uma democracia com a má-fé da imprensa que promove uma desleal, autoritária e vergonhosa perseguição política ao ex-presidente Lula”, disse o deputado petista.
Pimenta destaca ainda que “estranhamente” e de forma “privilegiada” a imprensa teve acesso aos documentos da 4ª fase da Operação Zelotes, enquanto aos advogados de defesa de Luís Cláudio Lula da Silva o acesso aos autos foi negado.
29/10/2015 - 22ª reunião - CPI do CARF
O SR. PRESIDENTE (Ataídes Oliveira. Bloco Oposição/PSDB - TO) – Bom dia a todos os presentes, nossos Senadores e Senadoras.
Em 29 de outubro de 2015, declaro aberta a 22ª Reunião da Comissão Parlamentar de Inquérito criada pelo Requerimento nº 407, de 2015. Conforme convocação, a presente reunião destina-se à apreciação de requerimentos e à realização de oitivas do Sr. João Batista Gruginski, Requerimento nº 14, de 2015, de autoria do Senador José Pimentel; e também do Sr. Jason Zhao, Requerimento nº 102, de 2015, de autoria de Ataídes de Oliveira, que vos fala.
Esta Presidência informa que o Sr. Jason Zhao apresentou uma petição justificando o motivo de sua ausência hoje. Então, quero informar que foi recebido no meu gabinete o advogado Dr. Roberto Podval, representando um de nossos convocados, o Sr. Jason Zhao, Presidente da HUAWEI do Brasil. O ilustre advogado informou que seu cliente, de nacionalidade chinesa, já estava com viagem marcada para a China na data de hoje, com previsão de retorno no final de novembro
com previsão de retorno no final de novembro. Diante disso, informo que eu redigirei a oitiva do Sr. Jason Zhao para a primeira semana de dezembro, melhor dizendo, de novembro...
A SRª VANESSA GRAZZIOTIN (Bloco Socialismo e Democracia/PCdoB - AM) – É dezembro mesmo, porque ele chega no final de novembro.
O SR. PRESIDENTE (Ataídes Oliveira. Bloco Oposição/PSDB - TO) – É dezembro. Perdão. Repito: será então para a primeira semana de dezembro a presença dele aqui na CPI. Portanto, peço à Secretaria que providencie esse reagendamento. Isso já ficou acertado com o advogado do Sr. Jason, o Dr. Roberto Podval.
O SR. JOSÉ PIMENTEL (Bloco Apoio Governo/PT - CE) – Sr. Presidente, pela ordem.
O SR. PRESIDENTE (Ataídes Oliveira. Bloco Oposição/PSDB - TO) – Pela ordem.
O SR. JOSÉ PIMENTEL (Bloco Apoio Governo/PT - CE) – Eu proponho a V. Exª e aos nossos pares a inversão da pauta, a fim de que possamos inciar pelos requerimentos.
O SR. PRESIDENTE (Ataídes Oliveira. Bloco Oposição/PSDB - TO) – V. Exª será atendido.
Vamos fazer a inversão de pauta.
O SR. JOSÉ PIMENTEL (Bloco Apoio Governo/PT - CE) – Sr. Presidente, eu apresentei, para votação em conjunto, os itens 4, 5 e 8 por tratar de convocação.
O SR. PRESIDENTE (Ataídes Oliveira. Bloco Oposição/PSDB - TO) – Também será atendida a reivindicação de V. Exª.
Antes de colocar em votação, se me permitirem, Srs. Senadores e Srªs Senadoras, a Polícia Federal, o Ministério Público Federal, a juíza...
A SRª VANESSA GRAZZIOTIN (Bloco Socialismo e Democracia/PCdoB - AM) – Sr. Presidente Ataídes, se V. Exª me permitir, antes que faça esse importante comunicado, eu tenho que me retirar nesse momento e quero pedir desculpas aos meus pares e sugerir – temos quórum – que o nosso Vice-Presidente, o Senador Donizeti, possa me substituir hoje na oitiva na relatoria.
O SR. PRESIDENTE (Ataídes Oliveira. Bloco Oposição/PSDB - TO) – Sem problema, Senadora.
A SRª VANESSA GRAZZIOTIN (Bloco Socialismo e Democracia/PCdoB - AM) – Também dizer que apresentei dois requerimentos que, obviamente, não vou solicitar que sejam votados hoje, porque temos um acordo de eles ingressarem na reunião subsequente, um que questiona o Poder Judiciário o porquê de as três fases anteriores da Zelotes terem sido sigilosas e essa quarta é pública, e o outro, também solicito que seja quebrado o sigilo de toda a Operação tal qual fizerem com a quarta Operação Zelotes, Sr. Presidente. Essa última que ocorreu foi a quarta.
O SR. PRESIDENTE (Ataídes Oliveira. Bloco Oposição/PSDB - TO) – Não foi a terceira?
A SRª VANESSA GRAZZIOTIN (Bloco Socialismo e Democracia/PCdoB - AM) – Não. Houve três e essa foi a quarta.
Muito obrigada.
O SR. PRESIDENTE (Ataídes Oliveira. Bloco Oposição/PSDB - TO) – Não há de quê. Eu que agradeço.
Convido, então, o Senador Donizeti Nogueira para assumir a relatoria ad hoc, seguindo, aqui o pedido da Senadora Vanessa Grazziotin.
Por favor, Senador.
Quero fazer, aqui, um comunicado ao Ministério Público Federal, à Polícia Federal, à juíza e à Corregedoria. Quero, aqui, publicamente parabenizar todos os envolvidos na Operação Zelotes – a Polícia Federal, o Ministério Público Federal, a diligente e competente Corregedoria-Geral do Ministério da Fazenda –, pelas ações corajosas tomadas nos últimos dias.
Todos sabemos o quanto é difícil investigar a fundo os desmandos de qualquer governo. Mas a investigação ainda é mais difícil quando o governo tem uma ideologia de dominação, de aparelhamento do Estado e de suas instituições. Todo esse trabalho de investigação meticuloso e profundo permitiu que a Juíza Federal, Drª Célia Regina Og Bernardes, autorizasse, dentro das leis, as prisões e outras medidas que atingiram os criminosos envolvidos na venda de leis, na negociação de medidas provisórias e vendas também de julgados dentro do Carf.
Quero, então, mais uma vez, parabenizar a Drª Célia Regina Og Bernardes, essa jovem Juíza, que hoje é responsável pela 10ª Região, por essas decisões competentes e corajosas, que a Drª Célia vem tomando à frente da 10ª Região.
(...) tomando a frente da 10ª Região.
Então, vamos colocar aqui em julgamento, para apreciação dos membros desta...
(Interrupção do som.)
O SR. PRESIDENTE (Ataídes Oliveira. Bloco Oposição/PSDB - TO) – Segue aqui o pedido e o requerimento do Senador José Pimentel:
Requeiro, nos termos regimentais, a votação em globo dos Requerimentos nº 165, 166 e 169, de 2015, itens 4, 5 e 8 da pauta.
Pois bem, vamos a esses itens referidos.
O SR. JOSÉ PIMENTEL (Bloco Apoio Governo/PT - CE) – Sr. Presidente, como o Senado Randolfe não está, estou subscrevendo o item 4 como coautor.
O SR. PRESIDENTE (Ataídes Oliveira. Bloco Oposição/PSDB - TO) – Correto. V. Exª pede, então, a retirada desse requerimento?
O SR. JOSÉ PIMENTEL (Bloco Apoio Governo/PT - CE) – Não, senhor, a votação em globo dos itens 4, 5 e 8.
O SR. PRESIDENTE (Ataídes Oliveira. Bloco Oposição/PSDB - TO) – V. Exª está subscrevendo?
O SR. JOSÉ PIMENTEL (Bloco Apoio Governo/PT - CE) – Estou subscrevendo o 4.
O SR. PRESIDENTE (Ataídes Oliveira. Bloco Oposição/PSDB - TO) – Esse sigilo...V. Exª disse, há poucos minutos, que iria retirá-lo.
O SR. JOSÉ PIMENTEL (Bloco Apoio Governo/PT - CE) – Mas é o item 1.
O SR. PRESIDENTE (Ataídes Oliveira. Bloco Oposição/PSDB - TO) – O item 1. Está o.k.
O SR. OTTO ALENCAR (Bloco Parlamentar Democracia Progressista/PSD - BA) – Sr. Presidente, a solicitação de retirada é do item 1 porque o autor não está presente, o Senador Randolfe Rodrigues.
O SR. PRESIDENTE (Ataídes Oliveira. Bloco Oposição/PSDB - TO) – Perfeito. Fiz aqui uma ligeira confusão.
O SR. OTTO ALENCAR (Bloco Parlamentar Democracia Progressista/PSD - BA) – Retiramos de pauta devido à ausência de S. Exª aqui.
O SR. PRESIDENTE (Ataídes Oliveira. Bloco Oposição/PSDB - TO) – Está perfeito. Senador.
O SR. OTTO ALENCAR (Bloco Parlamentar Democracia Progressista/PSD - BA) – S. Exª subscreveu os outros.
O SR. PRESIDENTE (Ataídes Oliveira. Bloco Oposição/PSDB - TO) – Perfeito.
ITEM 4
Requerimento Nº 165/2015
Requer a convocação do Sr. José Ricardo da Silva.
Autoria: Senador Randolfe Rodrigues.
ITEM 5
Requerimento Nº 166/2015
Requer a convocação do Sr. Eduardo Gonçalves Valadão.
Autoria: Senador Ataídes Oliveira
ITEM 8
Requerimento Nº 169/2015
Convoca o Sr. Carlos Alberto de Oliveira Andrade, fundador do Grupo CAOA.
Autoria: Senador Ataídes Oliveira
Portanto, atendendo ao requerimento de V. Exª, Senador José Pimentel, coloco em votação.
As Srªs e Srs. Senadores que aprovam os aludidos requerimentos permaneçam como se encontram (Pausa.)
Aprovados.
O SR. JOSÉ PIMENTEL (Bloco Apoio Governo/PT - CE) – Sr. Presidente, o item 1, por acordo, estamos retirando de pauta.
Os itens 2 e 3, como o autor não está presente, também os estou subscrevendo como coautor, para superar a parte regimental
O SR. PRESIDENTE (Ataídes Oliveira. Bloco Oposição/PSDB - TO) – V. Exª os subscreve.
O item 1, conforme já anunciado, será retirado de pauta. É de autoria do Senador Randolfe, que não se encontra.
Indago aos Srs. Senadores se podemos tirar de pauta realmente esse requerimento. (Pausa.)
O.k.
Aprovada a retirada de pauta do Requerimento nº 161, de 2015, de autoria do Senador Randolfe Rodrigues.
(É o seguinte o requerimento retirado de pauta:
ITEM 1
Requerimento Nº 161/2015
Requer a transferência dos sigilos fiscal, bancário e telefônico do Sr. CARLOS JULIANO RIBEIRO NARDES.
Autoria: Senador Randolfe Rodrigues)
O SR. PRESIDENTE (Ataídes Oliveira. Bloco Oposição/PSDB - TO) – Item 2. Esse requerimento foi subscrito, agora, pelo Senador José Pimentel.
ITEM 2
Requerimento Nº 162/2015
Requer a transferência dos sigilos fiscal, bancário e telefônico da sociedade de advogados J.R. SILVA ADVOGADOS & ASSOCIADOS.
Autoria: Senador Randolfe Rodrigues
Esses requerimentos serão votados,todos, em globo, não é?
Então, coloco em votação (...)
(Intervenção fora do microfone.)
O SR. PRESIDENTE (Ataídes Oliveira. Bloco Oposição/PSDB - TO) – Nominal? Então, vamos fazer votação nominal.
ITEM 2
Requerimento Nº 162/2015
Requer a transferência dos sigilos fiscal, bancário e telefônico da sociedade de advogados J.R. SILVA ADVOGADOS & ASSOCIADOS.
Autoria: Senador Randolfe Rodrigues.
Neste momento, o Senador José Pimentel também o subscreve.
Como vota o Senador Otto Alencar?
(Intervenção fora do microfone.)
O SR. PRESIDENTE (Ataídes Oliveira. Bloco Oposição/PSDB - TO) – Vota "sim".
Como vota o Senador José Pimentel?
(Intervenção fora do microfone.)
O SR. PRESIDENTE (Ataídes Oliveira. Bloco Oposição/PSDB - TO) – Como vota o Senador Acir Gurgacz?
(Intervenção fora do microfone.)
O SR. PRESIDENTE (Ataídes Oliveira. Bloco Oposição/PSDB - TO) – Como vota o nosso querido Senador Flexa Ribeiro?
O SR. FLEXA RIBEIRO (Bloco Oposição/PSDB - PA. Fora do microfone.) – Sim, Sr. Presidente.
O SR. PRESIDENTE (Ataídes Oliveira. Bloco Oposição/PSDB - TO) – Senador Randolfe, como vota V. Exª?
O SR. RANDOLFE RODRIGUES (Bloco Socialismo e Democracia/REDE - AP) – Voto "sim", Sr. Presidente.
O SR. PRESIDENTE (Ataídes Oliveira. Bloco Oposição/PSDB - TO) – Como vota o Relator?
O SR. DONIZETI NOGUEIRA (Bloco Apoio Governo/PT - TO. Fora do microfone.) – Sim, Sr. Presidente.
O SR. PRESIDENTE (Ataídes Oliveira. Bloco Oposição/PSDB - TO) – Portanto, aprovado por unanimidade.
ITEM 3
Requerimento Nº 163/2015
Requer a transferência dos sigilos fiscal, bancário e telefônico do Sr. José Ricardo da Silva.
Autoria: Senador Randolfe Rodrigues.
Como vota o Senador Otto Alencar?
O SR. OTTO ALENCAR (Bloco Parlamentar Democracia Progressista/PSD - BA. Fora do microfone.) – Voto "sim", Sr. Presidente.
O SR. PRESIDENTE (Ataídes Oliveira. Bloco Oposição/PSDB - TO) – Como vota o Senador Acir Gurgacz?
O SR. ACIR GURGACZ (Bloco Apoio Governo/PDT - RO) – Sim, Sr. Presidente.
O SR. PRESIDENTE (Ataídes Oliveira. Bloco Oposição/PSDB - TO) – Como vota o Senador Flexa Ribeiro?
O SR. FLEXA RIBEIRO (Bloco Oposição/PSDB - PA) – Sim, Sr. Presidente.
O SR. PRESIDENTE (Ataídes Oliveira. Bloco Oposição/PSDB - TO) – Como vota o Senador José Pimentel?
O SR. JOSÉ PIMENTEL (Bloco Apoio Governo/PT - CE. Fora do microfone.) – Sim, Sr. Presidente.
O SR. PRESIDENTE (Ataídes Oliveira. Bloco Oposição/PSDB - TO) – Como vota o Senador Randolfe Rodrigues?
O SR. RANDOLFE RODRIGUES (Bloco Socialismo e Democracia/REDE - AP) – Sim, Sr. Presidente.
O SR. PRESIDENTE (Ataídes Oliveira. Bloco Oposição/PSDB - TO) – Como vota o nosso Relator, Senador Donizeti?
(Intervenção fora do microfone.)
O SR. PRESIDENTE (Ataídes Oliveira. Bloco Oposição/PSDB - TO) – Portanto, aprovado por unanimidade.
Ah, Senador Humberto Costa, perdão! V. Exª está aí um pouco atrás e eu não perguntei como V. Exª votaria no Requerimento nº 162, e, agora, estava também passando também. Peço perdão a V. Exª.
Como vota V. Exª?
O SR. HUMBERTO COSTA (Bloco Apoio Governo/PT - PE) – Eu não disse nada, Sr. Presidente, porque pensei que já havia sido completado o número dos votantes titulares. Mas eu voto "sim" neste e no anterior.
O SR. PRESIDENTE (Ataídes Oliveira. Bloco Oposição/PSDB - TO) – Mas o voto de V. Exª é de extrema importância.
Portanto, ratifico: aprovados, por unanimidade, os Requerimentos de nºs 162 e 163.
ITEM 9
Requerimento Nº 170/2015
Requer a transferência do sigilo bancário, fiscal e telefônico de Alexandre Paes dos Santos.
Autoria: Senador Randolfe Rodrigues.
Coloco em votação.
Como vota o Senador Otto Alencar?
O SR. OTTO ALENCAR (Bloco Parlamentar Democracia Progressista/PSD - BA. Fora do microfone.) – Voto "sim", Sr. Presidente.
O SR. PRESIDENTE (Ataídes Oliveira. Bloco Oposição/PSDB - TO) – Como vota o Senador José Pimentel?
O SR. JOSÉ PIMENTEL (Bloco Apoio Governo/PT - CE. Fora do microfone.) – Voto "sim", Sr. Presidente.
O SR. PRESIDENTE (Ataídes Oliveira. Bloco Oposição/PSDB - TO) – Como vota o Senador Acir Gurgacz?
O SR. ACIR GURGACZ (Bloco Apoio Governo/PDT - RO) – Voto "sim", Sr. Presidente.
O SR. PRESIDENTE (Ataídes Oliveira. Bloco Oposição/PSDB - TO) – Como vota o Senador Humberto Costa?
O SR. HUMBERTO COSTA (Bloco Apoio Governo/PT - PE. Fora do microfone.) – Sim, Sr. Presidente.
O SR. PRESIDENTE (Ataídes Oliveira. Bloco Oposição/PSDB - TO) – Como vota o Senador Flexa Ribeiro?
O SR. FLEXA RIBEIRO (Bloco Oposição/PSDB - PA) – Sim, Presidente.
O SR. PRESIDENTE (Ataídes Oliveira. Bloco Oposição/PSDB - TO) – Como vota o Senador Randolfe Rodrigues?
O SR. RANDOLFE RODRIGUES (Bloco Socialismo e Democracia/REDE - AP) – Sim, Sr. Presidente.
O SR. PRESIDENTE (Ataídes Oliveira. Bloco Oposição/PSDB - TO) – Como vota o nosso Relator ad hoc, Senador Donizeti Nogueira?
O SR. DONIZETI NOGUEIRA (Bloco Apoio Governo/PT - TO) – Sim, Sr. Presidente.
O SR. PRESIDENTE (Ataídes Oliveira. Bloco Oposição/PSDB - TO) – Portanto, o Requerimento nº 170 está aprovado por unanimidade.
O SR. JOSÉ PIMENTEL (Bloco Apoio Governo/PT - CE) – Sr. Presidente, os itens 10, 11 e 12 – eu falhei – deveriam ter sido incluídos também na votação em globo, porque se referem a convocação.
Portanto, se V. Exª e nossos Pares concordarem, os itens 10, 11 e 12 nós também votaríamos em globo.
O SR. PRESIDENTE (Ataídes Oliveira. Bloco Oposição/PSDB - TO) – Vamos colocar em votação os itens de nºs 10, 11 e 12.
ITEM 10
Requerimento Nº 177/2015
Convoca a senhora Lytha Battiston Spíndola, ex-Secretária-Executiva da Câmara de Comércio Exterior (Camex).
Autoria: Senador Ataídes Oliveira.
Vamos votar em globo, não é isso?
O SR. JOSÉ PIMENTEL (Bloco Apoio Governo/PT - CE. Fora do microfone.) – Sim.
Vamos votar em globo?
(Intervenção fora do microfone.)
O SR. PRESIDENTE (Ataídes Oliveira. Bloco Oposição/PSDB - TO) – Item 11 da pauta.
O SR. RANDOLFE RODRIGUES (Bloco Socialismo e Democracia/REDE - AP) – Sr. Presidente, V. Exª me permite?
O SR. PRESIDENTE (Ataídes Oliveira. Bloco Oposição/PSDB - TO) – Sim.
O SR. RANDOLFE RODRIGUES (Bloco Socialismo e Democracia/REDE - AP) – Esses três últimos são requerimentos de autoria de V. Exª. Perfeito? (Pausa.)
Acho que V. Exª poderia, já que, conforme encaminhamento do Senador Pimentel, nós vamos votá-los em globo, preliminarmente, justificar para os nossos colegas aqui da Comissão esses três requerimentos, até para esclarecer o objetivo deles.
Antes de votá-los, que V. Exª esclarecesse o objetivo: qual é a intenção da convocação da Srª Lytha Battiston e dos Srs. Helder Chaves e Halysson Carvalho Silva. Tenho conhecimento, mas, obviamente, acho importante para os colegas terem noção...
O SR. PRESIDENTE (Ataídes Oliveira. Bloco Oposição/PSDB - TO) – Sim, como já é sabido, a imprensa nacional e até mesmo internacional, nesses últimos dias, Senador Randolfe, tem dado atenção e publicidade bastante contundentes com relação à Srª Lytha Battiston Spíndola, ex-Secretária-Executiva da Camex. Ela, nessa última Operação Zelotes – parece-me que a nº 3...
(Intervenção fora do microfone.)
O SR. PRESIDENTE (Ataídes Oliveira. Bloco Oposição/PSDB - TO) – Operação nº 4. É interessante que o jornal soltou a nº 3, e fiquei com a 3 na cabeça. Operação nº 4.
A Srª Lytha teve uma participação...
(Intervenção fora do microfone.)
O SR. PRESIDENTE (Ataídes Oliveira. Bloco Oposição/PSDB - TO) – Eu vou até justificar, porque o nosso assessor trouxe aqui.
É fundamental que a CPI possa ouvir tais personagens, dentre as quais se destaca Lytha Battiston Spíndola, ex-Secretária da Camex, suspeita de ser a destinatária de mais de meio milhão de reais, oriundos do esquema criminoso orquestrado por Mauro Marcondes, José Ricardo da Silva e Alexandre Paes dos Santos, todos eles, Senador Randolfe, hoje em regime de prisão. Estão todos hoje presos.
O SR. RANDOLFE RODRIGUES (Bloco Socialismo e Democracia/REDE - AP) – Os três foram presos?
O SR. PRESIDENTE (Ataídes Oliveira. Bloco Oposição/PSDB - TO) – Isso.
Aqui, então, o que sobrecai sobre a Srª Lyitha...
O SR. RANDOLFE RODRIGUES (Bloco Socialismo e Democracia/REDE - AP) – Permita-me, Sr. Presidente, Senador Ataídes. Considero esta informação fundamental: os três estão presos.
O SR. PRESIDENTE (Ataídes Oliveira. Bloco Oposição/PSDB - TO) – Sim, os três.
O SR. RANDOLFE RODRIGUES (Bloco Socialismo e Democracia/REDE - AP) – Foram presos na última fase da Operação Zelotes.
O SR. PRESIDENTE (Ataídes Oliveira. Bloco Oposição/PSDB - TO) – Na 4ª Operação Zelotes.
O SR. RANDOLFE RODRIGUES (Bloco Socialismo e Democracia/REDE - AP) – Perfeito.
O SR. PRESIDENTE (Ataídes Oliveira. Bloco Oposição/PSDB - TO) – Tanto o Sr. Mauro Marcondes, como José Ricardo da Silva e Alexandre Paes dos Santos estão recolhidos.
Recai sobre a Srª Lytha a suspeita de ser destinatária de mais de meio milhão de reais, oriundos do esquema criminoso. Então, essa é a justificativa da Srª Lytha.
Vamos à sequência.
O Requerimento nº 178, item 11 da pauta, também de minha autoria.
ITEM 11
Requerimento Nº 178/2015
Convoca o senhor Helder Silva Chaves, ex-Secretário-Executivo da Câmara de Comércio Exterior – CAMEX.
Autoria: Senador Ataídes Oliveira.
Também, seguindo a solicitação do Senador Randolfe, faço aqui uma pequena justificativa.
Diante desta convocação, é fundamental que esta CPI possa ouvir tais personagens, dentre eles Helder da Silva Chaves, ex-Secretário-Executivo da Câmara de Comércio Exterior – Camex, sobre quem pesa a suspeita de ter sido beneficiado por tráfico de influência de José Ricardo da Silva, que, ratifico, hoje se encontra preso, nessa 4ª Operação Zelotes.
Item 12 da pauta.
ITEM 12
Requerimento Nº 179/2015
Convoca o senhor Halysson Carvalho Silva, ex-diretor financeiro da Fundação Cultural do Piauí – FUNDAC.
Autoria: Senador Ataídes Oliveira.
Justifico essa convocação. O Sr. Halysson Carvalho Silva
é suspeito de tentar extorquir o empresário Eduardo Souza Ramos para dele obter US$1,5 milhão e informo Senador Randolfe, que o Sr. Halysson Carvalho Silva também se encontra preso.
O SR. RANDOLFE RODRIGUES (Bloco Socialismo e Democracia/REDE - AP) – Foi preso na última 2ª feira.
O SR. PRESIDENTE (Ataídes Oliveira. Bloco Oposição/PSDB - TO) – Nesta última 2ª feira, nesta última operação. Ele queria obter aqui um resultado, quis extorquir o empresário no valor aqui de uma cifra de US$1,5 milhão.
Eu pergunto a V. Exª, se eu justifiquei o porquê dos nossos requerimentos?
O SR. RANDOLFE RODRIGUES (Bloco Socialismo e Democracia/REDE - AP) – Perfeitamente, Sr. Presidente, principalmente em relação ao Sr. Halysson que, segundo informações da última fase da Operação Zelotes, ocorrida na última 2ª feira, teria uma participação destacada no esquema criminoso que operava a partir do mesmo operador das fraudes no CARF, mesmo comandante das fraudes do CARF, que era o Sr. José Ricardo.
Então, feliz a iniciativa de V. Exª. Os três requerimentos se justificam, o último mais e, principalmente, pelos notórios acontecimentos que envolvem o Sr. Halysson, pela participação dele, pelo documento probatório que temos nesta CPI, então, considero fundamental para o curso das investigações a CPI, no dia de hoje, aprovar esses requerimentos.
O SR. PRESIDENTE (Ataídes Oliveira. Bloco Oposição/PSDB - TO) – Agradeço a V. Exª e coloco, então, em votação os Requerimentos nºs 169, de 2015; 177, de 2015; 178, de 2015 e 179, de 2015, todos de minha autoria.
Em votação.
(Intervenção fora do microfone.)
O SR. PRESIDENTE (Ataídes Oliveira. Bloco Oposição/PSDB - TO) – Nominal.
O SR. FLEXA RIBEIRO (Bloco Oposição/PSDB - PA) – Sr. Presidente, são seis requerimentos em globo.
O SR. PRESIDENTE (Ataídes Oliveira. Bloco Oposição/PSDB - TO) – Em globo?
O SR. FLEXA RIBEIRO (Bloco Oposição/PSDB - PA) – Seis.
O SR. PRESIDENTE (Ataídes Oliveira. Bloco Oposição/PSDB - TO) – Um, dois, três, quatro.
O SR. FLEXA RIBEIRO (Bloco Oposição/PSDB - PA) – O quatro, o cinco, o oito.
O SR. PRESIDENTE (Ataídes Oliveira. Bloco Oposição/PSDB - TO) – Perdão, o um, o meia e o nove já tinham sido?
O SR. FLEXA RIBEIRO (Bloco Oposição/PSDB - PA) – É.
O SR. PRESIDENTE (Ataídes Oliveira. Bloco Oposição/PSDB - TO) – Perdão. Eu quero retificar. São os requerimentos do item 10, Requerimento nº 177; o item 11, Requerimento nº 178 e o item 12, da pauta, o Requerimento nº 179, todos de minha autoria.
ITEM 10
Requerimento Nº 177/2015
Convoca a Srª Lytha Battiston Spíndola, ex-Secretária-Executiva da Câmara de Comércio Exterior – CAMEX.
Autoria: Senador Ataídes Oliveira
ITEM 11
Requerimento Nº 178/2015
Convoca o Sr. Helder Silva Chaves, ex-Secretário-Executivo da Câmara de Comércio Exterior – CAMEX.
Autoria: Senador Ataídes Oliveira
ITEM 12
Requerimento Nº 179/2015
Convoca o Sr. Halysson Carvalho Silva, ex-diretor financeiro da Fundação Cultural do Piauí – FUNDAC.
Autoria: Senador Ataídes Oliveira
O SR. FLEXA RIBEIRO (Bloco Oposição/PSDB - PA) – Só os três.
O SR. PRESIDENTE (Ataídes Oliveira. Bloco Oposição/PSDB - TO) – Isso. E nós podemos votar, sim, em globo – eu estou tendo aqui a informação.
Então, os Senadores que concordam com a aprovação dos referidos requerimentos permaneçam como se encontram. (Pausa.)
Aprovados.
O SR. ACIR GURGACZ (Bloco Apoio Governo/PDT - RO) – Presidente, eu voto "sim" e cumprimentando V. Exª pela iniciativa de seu requerimento de trazer essas pessoas para serem ouvidas aqui na CPI.
Meus cumprimentos,Sr. Presidente.
O SR. PRESIDENTE (Ataídes Oliveira. Bloco Oposição/PSDB - TO) – Muito obrigado, Senador Acir Gurgacz, com a palavra...
O SR. RANDOLFE RODRIGUES (Bloco Socialismo e Democracia/REDE - AP) – Sr. Presidente, ao passo que cumprimento também V. Exª, me permita lhe solicitar o seguinte esclarecimento, em relação aos três: Srª Lytha, Sr. Helder e Sr. Halysson, existe também requerimento de quebra de transferência dos sigilos?
O SR. PRESIDENTE (Ataídes Oliveira. Bloco Oposição/PSDB - TO) – Ainda não, mas pode redigir os referidos...
O SR. RANDOLFE RODRIGUES (Bloco Socialismo e Democracia/REDE - AP) – Perfeito, comunique pelo menos em relação ao Sr. Hallysson
O SR. PRESIDENTE (Ataídes Oliveira. Bloco Oposição/PSDB - TO) – Importantíssimo, Senador.
O SR. RANDOLFE RODRIGUES (Bloco Socialismo e Democracia/REDE - AP) – Protocolizarei requerimento de transferência de sigilo.
O SR. PRESIDENTE (Ataídes Oliveira. Bloco Oposição/PSDB - TO) – Importantíssimo.
O SR. RANDOLFE RODRIGUES (Bloco Socialismo e Democracia/REDE - AP) – Obrigado, Sr. Presidente.
O SR. PRESIDENTE (Ataídes Oliveira. Bloco Oposição/PSDB - TO) – Muito importante.
Portanto, agora, resta, na nossa pauta, para aprovação o item 6 da pauta e o item 7.
O SR. JOSÉ PIMENTEL (Bloco Apoio Governo/PT - CE) – Sr. Presidente, o item 6, como a autora teve que sair, eu também estou subscrevendo para preencher a questão regimental.
O SR. PRESIDENTE (Ataídes Oliveira. Bloco Oposição/PSDB - TO) – O item 6, então, da pauta, o Requerimento nº 167, de 2015, de autoria da Senadora Vanessa Grazziotin, que neste momento, então, por força maior, teve que se ausentar, o Senador José Pimentel subscreve o mesmo, que solicita ao Ministério Público Federal as cópias do relatório enviado ao Supremo Tribunal Federal, relativo ao possível envolvimento do Ministro do TCU, João Augusto Ribeiro Nardes e outros, relativos à Operação Zelotes.
Então, vamos fazer em globo aqui o item 6 e o item 7.
ITEM 6
Requerimento Nº 167/2015
Requer que seja solicitado ao Ministério Público Federal as cópias do Relatório enviado ao Supremo Tribunal Federal relativo ao envolvimento do Ministro do TCU João Augusto Ribeiro Nardes e outros relativos à Operação Zelotes.
Autoria: Senadora Vanessa Grazziotin
ITEM 7
Requerimento Nº 168/2015
Requer que a Corregedoria-Geral do Ministério da Fazenda encaminhe a esta CPI cópia do processo administrativo disciplinar (e documentos correlatos) por ela instaurado para apurar a responsabilidade funcional de agentes que ocuparam o cargo de conselheiro junto ao CARF.
Autoria: Senador Ataídes Oliveira
ITEM 7
Requerimento Nº 168/2015
Requer que a Corregedoria-Geral do Ministério da Fazenda encaminhe a esta CPI cópia do processo administrativo disciplinar (e documentos correlatos) por ela instaurado para apurar a responsabilidade funcional de agentes que ocuparam o cargo de conselheiro junto ao CARF.
Autoria: Senador Ataídes Oliveira
Portanto, peço aos nossos Senadores e Senadoras, sobre os Requerimentos nºs 167, 168 que, se os aprovam, permaneçam como se encontram. (Pausa.)
Aprovados.
O SR. RANDOLFE RODRIGUES (Bloco Socialismo e Democracia/REDE - AP) – Presidente, permita-me.
O SR. PRESIDENTE (Ataídes Oliveira. Bloco Oposição/PSDB - TO) – Com a palavra.
O SR. RANDOLFE RODRIGUES (Bloco Socialismo e Democracia/REDE - AP) – O item 1 da pauta, que é o requerimento de transferência de sigilos fiscal, bancário e telefônico, S. Exª, o Senador Pimentel já havia me esclarecido que foi retirado de pauta por acordo desta CPI. Eu só indago a V. Exª – e, ao indagar, também já justifico – que este requerimento de transferência de sigilo do Sr. Carlos Juliano Ribeiro Nardes é, fundamentalmente, em função da acareação que nós tivemos, na última reunião desta Comissão Parlamentar de Inquérito, entre a Srª Gegliane, secretária do Sr. José Ricardo, e o Sr. Hugo, motorista da empresa do Sr. Ricardo, em que ambos, no depoimento, confirmaram a participação, o envolvimento, a atuação do Sr. Juliano Ribeiro Nardes junto à empresa do Sr. José Ricardo, inclusive, segundo a acareação feita aqui, com recebimento de valores dessa empresa. Então, foi em decorrência disso que propus esse requerimento, Senador Otto, de quebra, de transferência do sigilo do Sr. Juliano Nardes, e considero que essas informações são importantes também para a condução de nossa investigação. Pergunto a V. Exª qual a intenção de apreciar esse requerimento e em qual momento?
O SR. PRESIDENTE (Ataídes Oliveira. Bloco Oposição/PSDB - TO) – Esse requerimento foi aprovado hoje. Não, ele foi retirado.
O SR. RANDOLFE RODRIGUES (Bloco Socialismo e Democracia/REDE - AP) – Foi retirado.
O SR. PRESIDENTE (Ataídes Oliveira. Bloco Oposição/PSDB - TO) – Requerimento de vossa autoria. Então, já podemos agendá-lo, colocando-o na pauta da reunião seguinte.
O SR. RANDOLFE RODRIGUES (Bloco Socialismo e Democracia/REDE - AP) – Na próxima quinta-feira?
O SR. PRESIDENTE (Ataídes Oliveira. Bloco Oposição/PSDB - TO) – Próxima quinta-feira.
O SR. RANDOLFE RODRIGUES (Bloco Socialismo e Democracia/REDE - AP) – Agradeço V. Exª.
O SR. PRESIDENTE (Ataídes Oliveira. Bloco Oposição/PSDB - TO) – Já está colocado o requerimento.
Aproveito para dizer aqui aos nossos membros desta douta CPI que, diante dos fatos ora acontecidos e verificados, nesta quarta operação da Zelotes, foi jogada muita luz e muita responsabilidade sobre os trabalhos desta CPI. Muita. E quero aproveitar, neste momento, Senador Randolfe, Senador Otto e os demais, para ler alguns requerimentos de minha autoria, que, já, neste momento, colocarei em pauta também para a próxima reunião.
Num deles, requeiro – e peço a atenção do Senador Randolfe. Por favor, Senador. Estou dizendo que, diante de todos esses novos fatos que vieram à luz através da Operação Zelotes, com essas quatro prisões – com uma domiciliar, por força maior, pois a pessoa se encontra enferma –, foi jogada mais responsabilidade ainda sobre os trabalhos desta CPI.
Portanto, quero, aqui, apresentar seis requerimentos, que vou ler e pautá-los para a próxima reunião, na semana seguinte.
O primeiro requerimento:
Requeiro, nos termos do art. 58, §3º, da Constituição Federal, do art. 2º da Lei nº 1.579, de 1952, e do art. 148 do Regimento Interno do Senado Federal, que seja convocada para prestar depoimento perante esta Comissão Parlamentar de Inquérito a Srª Erenice Alves Guerra, advogada e ex-ministra chefe da Casa Civil.
Aqui, temos justificativas.
A fim de prestar esclarecimentos, para que possamos nos debruçar sobre essa gravíssima denúncia, que põe em dúvida a lisura e a honestidade de toda a política de benefícios fiscais adotada pelo Governo que hoje se encontra, do PT. É fundamental a oitiva da ex-Ministra Erenice Guerra, que poderá prestar esclarecimentos a respeito do processo de edição das Medidas Provisórias nºs 471, de 2009; 512, de 2010; 627, de 2013, e da participação de José Ricardo da Silva, Mauro Marcondes Machado e Alexandre Paes dos Santos nesse processo.
Esse é o primeiro requerimento que já coloco na pauta seguinte.
Requeiro também, nos termos do art. 58, §3º, da Constituição Federal, do art. 2º da Lei nº 1.579, de 1952, e do art. 148 do Regimento Interno do Senado Federal, que sejam transferidos a esta CPI os sigilos fiscal e bancário da empresa Guerra, Advogados Associadas, inscrita no CNPJ/MF sob o nº 13574765/0001-81, a partir do ano base de 2011 até a presente data.
Mais um requerimento:
Requeiro, também, nos termos do art. 58, §3º, da Constituição Federal, do art. 2º da Lei nº 1.579, de 1952, e do art. 148 do Regimento Interno do Senado Federal, que seja convocado para prestar depoimento perante esta Comissão Parlamentar de Inquérito o Sr. Gilberto Carvalho, ex-Ministro Chefe da Secretaria-Geral da Presidência da República.
Aí, também, as nossas justificativas. São longas, mas, para não nos estender, poderá prestar esclarecimento a respeito do processo da edição das Medidas Provisórias nºs 471, de 2009; 512, de 2010; 627, de 2013, e da participação de José Ricardo da Silva – que, repito, hoje está preso –, Mauro Marcondes Machado e Alexandre Paes dos Santos nesse processo.
Senador Randolfe, é o núcleo nervoso e criminoso que habitava no contencioso Carf.
Então, estamos aqui também colocando esse requerimento, que também está pautado para a próxima reunião da semana seguinte, a ser deliberado pelo Plenário desta Comissão.
Mais um requerimento:
Requeiro, também, nos termos do art. 58, §3º, da Constituição Federal, do art. 2º da Lei nº 1.579, de 1952, e do art. 148 do Regimento Interno do Senado Federal, que seja convocado para prestar depoimento perante esta Comissão Parlamentar de Inquérito o Sr. Luís Claudio Lula da Silva, empresário e fundador da empresa LFT Marketing Esportivo Ltda.
Também faço aqui uma breve justificativa. É fundamental que o Sr. Luís Claudio venha a esta CPI para justificar essa possível participação dele também na venda, ou na negociata... Não sei como colocar, porque muito me deixa indignado e surpreso quando se fala em venda de leis. Isso me deixa estarrecido, Senador Randolfe, Senador Davi Alcolumbre e demais Senadores.
Aqui, neste caso, há uma justificativa ainda maior, porque o Ministério da Fazenda e a Receita Federal pedem quebra de sigilo de filho de Lula e também do ex-Ministro Gilberto Carvalho; ou seja, a própria Receita Federal, Senador Flexa, pede aqui a quebra de sigilo tanto do
sigilo tanto do filho do Lula, do nosso ex-Presidente Lula, o Luis Claudio, como também pede a quebra de sigilo do ex-Ministro Gilberto Carvalho – a própria Receita.
Então, acredito que esteja mais do que justificada a convocação do Sr. Luis Claudio para que ele venha aqui prestar esclarecimentos sobre essa participação que ele teve junto a um lobista lá de São Paulo e também aos lobistas aqui do Distrito Federal, que hoje se encontram todos presos.
Com a palavra, Senador.
O SR. RANDOLFE RODRIGUES (Bloco Socialismo e Democracia/REDE - AP) – Presidente, é para uma indagação a V. Exª. Eu protocolizei dois requerimentos de transferência dos sigilos bancário, fiscal e telefônico das empresas – repito, das empresas Rumos e LFT. Pergunto a V. Exª... Obviamente, não está na pauta do dia de hoje. A pretensão é também apreciarmos esse requerimento na próxima quinta?
O SR. PRESIDENTE (Ataídes Oliveira. Bloco Oposição/PSDB - TO. Fora do microfone.) – Já colocamos e eu ratifico: está para a semana seguinte. Já está pautado para a semana seguinte, Senador Randolfe.
O SR. RANDOLFE RODRIGUES (Bloco Socialismo e Democracia/REDE - AP) – Para quinta-feira. Agradeço a V. Exª.
O SR. PRESIDENTE (Ataídes Oliveira. Bloco Oposição/PSDB - TO) – O outro requerimento.
Requeiro, nos termos do art. 58...
O SR. RANDOLFE RODRIGUES (Bloco Socialismo e Democracia/REDE - AP) – Só uma retificação, eu vou chamar a atenção...
O SR. PRESIDENTE (Ataídes Oliveira. Bloco Oposição/PSDB - TO) – À vontade.
O SR. RANDOLFE RODRIGUES (Bloco Socialismo e Democracia/REDE - AP) – A empresa Rumos, do Sr. J. Ricardo da Silva, que mudou a razão social e se chama atualmente Davos. É sobre esta empresa, para não restar dúvida sobre de qual empresa se trata.
Obrigado, Sr. Presidente.
O SR. PRESIDENTE (Ataídes Oliveira. Bloco Oposição/PSDB - TO) – Está perfeito.Portanto, requeiro, nos termos do... Continuando a ler os requerimentos que já estão pautados para a semana seguinte.
Requeiro, nos termos [também] do art. 58, §3º da Constituição Federal, e do art. 2º da Lei nº 1.579, de 1952, e do art. 148 do Regimento Interno do Senado Federal, que sejam transferidos a esta CPI os sigilos fiscal, bancário, telefônico e telemático de Luis Claudio Lula da Silva, inscrito no CPF/MF sob o nº 339.744.178/18, a partir do ano-base de 2002 até a presente data.
E o último requerimento.
Requeiro, nos termos do art. 58, §3º da Constituição Federal e do art. 2º da Lei nº 1.579, de 1952, e do art. 148 do Regimento Interno do Senado Federal, que sejam transferidos a esta CPI os sigilos bancário e fiscal da empresa LFT Marketing Esportivo, inscrita no CNPJ/MF sob o nº 13.441.341/0001-44, a partir do ano-base de 2011 até a presente data.
Portanto, são esses os requerimentos que eu queria ler – que eu acabei de ler, melhor dizendo, e que já estão pautados para a sessão da semana seguinte. Quero, inclusive, aqui, neste momento, dizer que há possibilidade de realização de duas sessões na semana seguinte. Vou conversar com a Senadora relatora, Vanessa Grazziotin, para que, diante desse novo quadro, façamos na semana seguinte pelo menos duas sessões, pelo tempo, que está um pouco exíguo. Uma sessão na quarta-feira e outra sessão na quinta, diante de todos esses requerimentos e desses fatos.
Vamos para o item 2 da pauta.
Peço à Secretaria que encaminhe até esta Mesa o Sr. João Batista Gruginski.
O Sr. João Batista Grunginski, devo informar aos senhores, está sob a égide de uma liminar do Supremo Tribunal Federal. Obteve decisão, em caráter liminar, do Supremo Tribunal Federal, para que lhe seja garantido o direito de permanecer calado perante esta CPI, se assim o desejar, além da assistência do seu advogado, ou dos seus advogados. Está acompanhado do Dr. Getúlio – que já esteve aqui conosco, não é, Dr. Getúlio? Getúlio?...
(Intervenção fora do microfone.)
O SR. PRESIDENTE (Ataídes Oliveira. Bloco Oposição/PSDB - TO) – Humberto.
Repito, o Sr. João Batista Gruginski tem o direito de permanecer calado, em silêncio, se assim
... permanecer calado ou em silêncio, se assim o desejar, mas nós temos o direito de fazer perguntas.
Então, como é de praxe aqui nesta CPI, geralmente agradeço a presença do senhor, Sr. João Batista Gruginski, do Dr. Getúlio Humberto, como é de praxe a gente tem passado a palavra aos nossos convocados para que eles, se acharem necessário, possam fazer uma exposição sobre o funcionamento do Carf.
O que o senhor, Sr. João Batista, pode nos informar sobre o funcionamento do Carf?
O senhor acha que aquele formato do Carf, composto por 216 conselheiros, sendo 50% representantes das empresas, prestando serviços gratuitamente, e os outros 50% composto pelos auditores fiscais, devidamente concursados, e que nesses últimos seis anos julgou naquele contencioso o Carf, o Conselho Administrativo Fiscal, que funciona como uma Suprema Corte de julgamento superior administrativo, e que, somente nesses seis anos, julgou lá, foi julgado no Carf, R$1,3 trilhão em menos de seis anos um pouco?
E que esses advogados, como o Sr. José Ricardo, o Sr. Edson Rodrigues e outros, Senador Randolfe, os pareceres dessas decisões eram decididos dentro dos escritórios fora do Carf, segundo relatou o Sr. Hugo – eu não me lembro o sobrenome do Hugo –, que V. Exª, Senador Randolfe, colocou há poucos minutos, em que nós fizemos a acareação entre ele e a Srª Gegliane Bessa, o Sr. Hugo disse que nos dias dos julgamentos ele ficava incumbido, ele era incumbido, de pegar todos os processos dentro do escritório da SGR, lá do Sr. José Ricardo da Silva e do Sr. Alexandre Paes dos Santos, e levar no carro dele e colocar sobre a mesa lá do plenário para ser julgado.
Olha isso traz dúvidas enormes, não é?
Então, eu pergunto a V. Sª, Sr. João Batista, se o senhor quer fazer uso da palavra? E o senhor contar para nós o que o senhor achava daquilo lá, o que naquilo estava certo? O que estava errado?
Nós temos aqui informação sobre V. Sª, a competência de V. Sª, uma biografia extraordinária, um técnico extremamente competente, mas que está citado. Esse é o motivo maior da presença do senhor aqui, o senhor está citado aqui por diversas vezes – é tanto papel que a gente às vezes se perde, mas eu não vou nem neste momento...
Eu passo a palavra para o senhor.
O SR. JOÃO BATISTA GRUGINSKI – Sr. Presidente, Srs. Senadores, a minha manifestação aqui é a seguinte, eu tenho aqui a orientação dos meus advogados no sentido de manter-me em silêncio, de fazer o uso do direito constitucional ao silêncio.
E é o que eu desejo fazer, inclusive, Sr. Senador, no que tange a essas eventuais considerações iniciais.
De forma que, ao longo de toda essa sessão, a cada pergunta que me for formulada, eu vou repetir essa minha posição tomada com bastante...
tomada com bastante consciência e segurança, inclusive agradecendo a oportunidade que me foi dada de fazer considerações iniciais. Inclusive essas vou dispensar, fazendo uso do meu direito constitucional ao silêncio.
O SR. PRESIDENTE (Ataídes Oliveira. Bloco Oposição/PSDB - TO) – Respeitamos imensamente o direito que V. Exª tem, o direito constitucional que V. Exª tem.
Então, passo a palavra aos nossos Senadores. Senador Relator Donizeti.
O SR. DONIZETI NOGUEIRA (Bloco Apoio Governo/PT - TO) – Senador Ataídes, penso que, pela colocação do convidado, do convocado a dar esclarecimentos, como ele disse que vai ficar calado, sugiro que encerremos a audiência, uma vez que, se ele não vai nos responder às perguntas que temos para fazer, não vale a pena ficarmos aqui perdendo tempo, no sentido de que não vamos poder ouvi-lo.
O SR. RANDOLFE RODRIGUES (Bloco Socialismo e Democracia/REDE - AP) – Presidente, divirjo.
O SR. PRESIDENTE (Ataídes Oliveira. Bloco Oposição/PSDB - TO) – Senador Randolfe.
O SR. RANDOLFE RODRIGUES (Bloco Socialismo e Democracia/REDE - AP) – Presidente, é direito constitucional do Sr. Gruginski ficar em silêncio. É prerrogativa e atribuição nossa, enquanto Senadores membros desta Comissão Parlamentar de Inquérito, que tem por função investigação, fazer as perguntas. Se o Sr. Gruginski não quiser responder, tudo bem, mas as perguntas que tenho... Eu gostaria que fosse assegurada a minha atribuição de fazê-las.
O SR. PRESIDENTE (Ataídes Oliveira. Bloco Oposição/PSDB - TO) – Asseguro, sim, Senador.
O SR. DONIZETI NOGUEIRA (Bloco Apoio Governo/PT - TO) – Respeito a posição do Senador Randolfe, mas eu não vou fazer perguntas para quem não vai responder.
O SR. PRESIDENTE (Ataídes Oliveira. Bloco Oposição/PSDB - TO) – Perfeito. Perfeito.
Mas, como bem V. Exª colocou é uma prerrogativa dos membros desta CPI fazer as suas perguntas. Então, V. Exª está com a palavra e pode, então, fazer as suas indagações, Senador Randolfe Rodrigues.
O SR. RANDOLFE RODRIGUES (Bloco Socialismo e Democracia/REDE - AP) – Obrigado, Sr. Presidente.
Assim o faço, Sr. Presidente, porque considero, no mínimo, esta Comissão Parlamentar de Inquérito, assim como o Congresso Nacional, pautada pela publicidade dos seus atos. Creio que esta é uma oportunidade para o esclarecimento dos fatos aqui e para sabermos, todos que estão acompanhando esta reunião, quais as razões que nos levam a ter convocado o Sr. Gruginski e qual a contribuição que ele pode ou, utilizando o direito constitucional, poderia dar às investigações desta Comissão Parlamentar.
Diante disso, Sr. Presidente, Sr. Gruginski, V. Exª... V. Srª, perdão, é fundador da SGR Consultoria Empresarial, em maio de 2004; em agosto de 2004, deixou de ser o sócio; e retornou à empresa em outubro de 2004. Esclareço aqui...
Senador Donizeti, algum problema?
(Intervenção fora do microfone.)
O SR. RANDOLFE RODRIGUES (Bloco Socialismo e Democracia/REDE - AP) – Está bom. Desculpe-me.
V. Exª retornou à empresa em outubro de 2004.
Essa empresa, só destaco, é a mesma empresa do Sr. José Ricardo, que, segundo as investigações, desta CPI, é operador dos esquemas no âmbito do Carf. Foi preso na terceira fase da Operação Zelotes, na última segunda-feira.
V. Exª foi auditor fiscal da Secretaria da Receita Federal de 1970 a 1991. Foi consultor legislativo tributário da Câmara dos Tributários de 1991 a 1998. Presta ou prestou serviços ao Partido Progressista no Congresso Nacional em diversas demandas na área tributária, conforme informações que temos, aliás, são informações da Polícia Federal, Sr. Presidente. Em 2 de agosto de 2007, V. Exª fez um aporte em investimentos, PGBL, VGBL e outros títulos de capitalização, de R$400 mil, mesma data em que Edison Pereira Rodrigues fez o mesmo investimento. Essas também são informações da Polícia Federal.
Só esclarecendo, o Sr. Edison Pereira Rodrigues... O Sr. Edison Pereira Rodrigues, Sr. Presidente, conforme informações que temos disponíveis nesta CPI, também presta serviço ao Partido Progressista e também é sócio da SGR desde junho de 2004
da SGR, desde junho de 2004, e foi Presidente do Conselho de Contribuintes do Ministério da Fazenda e Conselheiro do Carf, entre 2001 e 2003.
Diante dessas informações, Sr. Gruginski, que temos de V. Sª, as perguntas que faço – obviamente V. Sª pode escolher respondê-las ou não – são as seguintes: o senhor presta algum tipo de serviço ao Partido Progressista no Congresso Nacional, ou algum de seus representantes? Se prestou, em que período prestou e quem V. Sª atendeu? (Falha na gravação.)
O SR. RANDOLFE RODRIGUES (Bloco Socialismo e Democracia/REDE - AP) – Agradeço a V. Sª.
No período em que prestou seus serviços... No período em que V. Sª prestou os seus serviços, pelas informações que temos nesta Comissão Parlamentar de Inquérito, o Deputado Augusto Nardes manteve algum contato ou negócio com V. Sª?
O SR. JOÃO BATISTA GRUGINSKI – Sr. Senador, mantenho-me em silêncio, fazendo uso do meu direito constitucional correspondente.
O SR. RANDOLFE RODRIGUES (Bloco Socialismo e Democracia/REDE - AP) – Em 2 de agosto de 2007, o senhor, como já disse, fez um aporte financeiro, como eu já relatei, de R$400 mil ao Sr. Edson Pereira Rodrigues. Esse valor era proveniente de quem e era destinado a quê?
O SR. JOÃO BATISTA GRUGINSKI – Mantenho-me em silêncio, Sr. Senador, por orientação dos meus advogados.
O SR. RANDOLFE RODRIGUES (Bloco Socialismo e Democracia/REDE - AP) – Sr. Gruginski, no dia 24 de novembro de 2011, o Sr. José Ricardo, na época Conselheiro do Carf, enviou-lhe uma mensagem – isto está nos documentos que estão com a nossa CPI, Sr. Presidente, e Relator, Senador Donizeti. Diz a mensagem do Sr. José Ricardo: "Na segunda-feira, pretendo – abro aspas – "pôr em dia" – fecho aspas – os repasses que lhe cabem relativamente aos honorários daquelas causas em que trabalhamos. Se os trabalhos terminarem até amanhã à tarde, te ligarei amanhã mesmo para dar-lhe satisfação e conhecimento dos últimos acontecimentos, já que, há tempos, nós não nos falamos – entre parênteses. Além disso, se for possível, gostaria de conversar, pessoalmente, na próxima semana, sobre os casos que temos."
A pergunta inevitável que faço a V. Sª é: o que não estava em dia? E por que "em dia" está entre aspas? Quais os repasses que cabiam a V. Sª da parte do Sr. José Ricardo? E que causas são essas que estão destacadas em que o senhor e o Sr. José Ricardo, preso na última segunda-feira, trabalharam? Quais eram os "casos que temos"?
E, por fim, o senhor redigiu votos em benefício de algum cliente da SGR Consultoria ou JR Advogados?
O SR. JOÃO BATISTA GRUGINSKI – Sr. Senador, continuo me mantendo em silêncio.
O SR. RANDOLFE RODRIGUES (Bloco Socialismo e Democracia/REDE - AP) – Mais adiante, no dia 6 de março de 2009, o senhor envia uma mensagem ao Sr. José Ricardo e, nessa mensagem – relato aqui para o nosso colega Relator e para o Presidente, que também deve ter conhecimento –, o senhor dizia o seguinte: "Conforme acertamos na reunião de 5 de março de 2009, estou enviando o arquivo – abro aspas – "via IPEN-P286", nova análise do caso para a sessão de 11 de março de 2009 – repito: nova análise do caso para a sessão de 11 de março –, em que apresento sugestão de uma nova abordagem ao caso compatível com as declarações de voto proferidas nas decisões anteriores. Procurei adotar uma forma de redigir diferente da habitual, mas, se for adotada a sugestão ora apresentada e ela produzir os efeitos desejados nos dois processos...
produzir os efeitos desejados nos dois processos tudo estará ok. Confesso que tenho algum receio quanto à questão da decadência. A operação não foi realizada em 1999; foi declarada e publicada em 2000. Nesse caso, a Receita poderia inquiná-la de regular, a partir de 2000 ou de 2001. Se, a partir de 2001, o prazo decadencial começaria a partir de janeiro de 2002. Aí" – aqui está destacado – “não estaríamos protegidos. Grande abraço. Gruginski. 6 de março de 2009.”
Diante disso, eu lhe pergunto: o senhor redigiu os votos do Sr. José Ricardo no CARF? O que ocorreu nesta reunião de 5 de março de 2009 e quem dela participou? Quais eram os efeitos desejados nos dois processos e quem eram os envolvidos? Chama a atenção, Sr. Gruginski, o “aí não estaríamos protegidos”. Protegidos de quem e protegendo o quê, pergunto a V. Sª? Por fim, ainda em relação a este e-mail: quais eram os efeitos desejados nos dois processos que o senhor aqui destaca?
O SR. JOÃO BATISTA GRUGINSKI – Sr. Senador, por orientação dos meus advogados, eu me mantenho calado.
O SR. RANDOLFE RODRIGUES (Bloco Socialismo e Democracia/REDE - AP) – Existe aqui uma outra mensagem, Srs. Senadores, que considero mais comprometedora ainda, e essa seria a oportunidade para o Sr. Gruginski aqui apresentar os esclarecimentos sobre essa mensagem. Diz essa mensagem, Sr. Presidente:
“Prezado José Ricardo, desde que voltei de Curvelo, na quinta-feira da semana passada, 29 de setembro de 2011, tenho procurado falar com você, mas não tenho conseguido em razão de sua agenda. Liguei para o Edson, na sexta-feira, dia 30 de setembro de 2011. Ele me informou que o banco já fez o pagamento, bem como me deu notícias do acerto feito com o Romeu. Hoje de tarde, estive no escritório, aguardando o seu retorno do Conselho para podermos conversar, mas também não foi possível. Em conversa telefônica com a Lúcia, ao fim de expediente, ela me informou que você estará viajando amanhã. Assim sendo, tomo a liberdade de enviar-lhe o presente e-mail.” Continua o e-mail: “O fato é o seguinte: a minha recente viagem a Curvelo não foi só para descansar, mas também para fechar a compra de um imóvel para a Nilza, como se vê pelo documento em anexo. A escritura dessa compra vai ser passada na próxima sexta-feira, dia 7 de outubro de 2011. Na ocasião, vou ter que fazer um pagamento ao vendedor de R$200 mil. Tenho esse dinheiro aplicado em fundo de investimento, cujo rendimento está sujeito à alíquota de 15% de imposto de renda em razão do tempo de aplicação. Numa eventual substituição da aplicação, a alíquota do imposto passará a 22,5%. Assim sendo, peço-lhe a gentileza de me informar da possibilidade de mandar fazer depósito em minha conta ou transferência TED no valor de R$210 mil até quinta-feira, 6 de outubro de 2011.”
Aí, o senhor passa os dados de sua conta, o seu CPF, e continua: “Por favor, José Ricardo, peço alguma notícia sobre o assunto. Grande abraço. Gruginski. 4 de outubro de 2011.”
São inevitáveis as perguntas a partir daí Dr. Gruginski. Quem é Edson? Quem é Romeu? Esse pagamento de R$210 mil foi efetuado? A que título era devido este pagamento? A que pagamento o senhor se referia quando afirmou que ligou para o Edson, e este lhe informou que o banco já havia feito o pagamento? Qual foi o acerto feito com Romeu?
O SR. JOÃO BATISTA GRUGINSKI – Continuo calado, Sr. Senador, seguindo orientação de meus advogados.
O SR. RANDOLFE RODRIGUES (Bloco Socialismo e Democracia/REDE - AP) – Há mais dois e-mails, Sr. Presidente, que eu quero trazer aqui, em que o Sr. Gruginski diz o seguinte: "Prezado José Ricardo, em 5 de agosto de 2009, apresentei à Caenge os relatórios de
os relatórios de cálculo dos honorários da SGR – lembrando que SGR é a empresa do Sr. José Ricardo – pelos serviços prestados na defesa do processo de IRPJ e CSLL. O montante dos créditos exonerados, atualizados em agosto de 2009, era de R$3.641.445. Em consequência, nossos honorários alcançavam um valor de R$364 mil.
Como se vê, apresentei essa conta no início de agosto. Na ocasião, conversei com o Dr. Pedro Henrique, advogado, no sentido de que, conferidas as contas, nos fosse liberada a emissão de nota fiscal. Poucos dias depois, Pedro Henrique disse que já tinha conferido os relatórios – tudo o.k. – e que tinha enviado o dossiê para a área financeira.
Quem cuida da área financeira é a Drª Nelinilce, conhecida como Neli. Eu já tinha avisado a Neli, previamente, de que iríamos mandar as contas. "Pode mandá-las", disse ela. Mas nada até o final de agosto. Aí comecei um processo de cobrança por telefone. Por vezes tentei falar com a Neli. Foi difícil. Estava em reunião ou em curso. Mas finalmente a Neli marcou uma reunião para o dia 8 de setembro de 2009, às 15 horas, na Caenge, para fecharmos, em conjunto, uma data para a emissão da nota fiscal. Só que aí apareceu um personagem novo, do qual eu não tinha ouvido falar ainda. Segundo a Neli, "vamos fazer a reunião com o Dr. Paulo Castanheira, Diretor Financeiro".
Em resumo, os personagens, para a reunião de 8 de setembro de 2009, às 15 horas, são os seguintes: Paulo Castanheira, Diretoria Financeira; Nelinilce, Superintendência Financeira; e provavelmente Pedro Henrique, Superintendência Jurídica, e Jane Ferreira Alves, área contábil.
A Caenge tem sede no SIA Sul, Quadra 2... Aqui vem o endereço da Caenge... E mais adiante V. Sª continua: "Prezado José Ricardo, como lhe falei, a Nilza passará por cirurgia, exatamente no dia 8 de setembro de 2009, com início previsto para as 15 horas. De tal forma, eu não terei condições de estar presente à reunião marcada pela Neli. Peço sua grande ajuda. Grande abraço. P.S.: envio-lhe, em anexo, os arquivos dos documentos que apresentei à Caenge, em 5 de agosto de 2009, relativos à prestação de contas". E vêm aqui os anexos dos documentos.
As perguntas que lhe faço são as seguintes: considerando que o destinatário desta mensagem era o Sr. José Ricardo, à época Conselheiro do Carf – é bom que se diga. E pelas informações que temos, Presidente, na CPI, na prática era quem mandava no Carf –, pergunto: a Caenge foi beneficiada por recursos junto ao Carf? Qual era o serviço prestado pela SGR? Quais eram as atividades prestadas no cumprimento do contrato? Houve o pagamento dos honorários que V. Sª reclama, de R$364 mil? Considerando que o senhor alega, na mensagem, que o valor de honorários seria de exatamente 10% do valor do crédito exonerado, pergunto quais atividades de consultoria prestadas proporcionaram o pagamento de honorários por êxito. De que forma atuaram para reduzir os tributos da Caenge? O Sr. José Ricardo praticou atos, como Conselheiro do Carf, em benefício da Caenge?
O SR. JOÃO BATISTA GRUGINSKI – Sr. Senador, continuo me valendo do direito constitucional ao silêncio.
O SR. RANDOLFE RODRIGUES (Bloco Socialismo e Democracia/REDE - AP) – E, para concluir, Sr. Presidente, o último e-mail que temos aqui, que envolve o Sr. Gruginski, diz o seguinte: "Prezado José Ricardo, envio minuta de emenda, conforme falamos hoje de manhã. Grande Abraço. Gruginski. Vinte e seis de novembro de 2009".
Além dessa mensagem, foi identificada uma outra, enviada por seu sócio na SGR, Sr. José Ricardo, no dia 29 de dezembro de 2009, em que ele, falando com alguém chamado Eduardo – que imaginamos ser o Sr. Eduardo Valadão –
que imaginamos ser o Sr. Eduardo Valadão –, preso também na 2ª feira. Sócio Alexandre Paz dos Santos afirma o seguinte:
Caro Eduardo,
Não consegui falar com os Parlamentares. Embarco amanhã às 9 horas e 50 minutos para Santiago. São quatro horas e meia de voo. Portanto, chegarei lá às 14 horas e 30 minutos, hora de Brasília. Entrarei em contato assim que chegar.
De qualquer forma, se você achar por bem, diga a eles que faremos, assim que eu retornar, toda a prestação de contas com os devidos acertos. Há realmente diferenças a serem repassadas
Senadores Donizeti Nogueira e Ataídes Oliveira, quero só reiterar o começo deste e-mail. Ele começa, dizendo o seguinte:
Caro Eduardo,
Não consegui falar com os Parlamentares.
Repito: "Parlamentares". Mais adiante, V. Sª diz no e-mail:
De qualquer forma, se você achar por bem, diga a eles
Ou seja, os "Parlamentares".
que faremos, assim que eu retornar toda a prestação de contas com os devidos acertos.
"Prestação de contas com os devidos acertos" com os Parlamentares.
Há realmente diferenças a serem repassadas.
"Diferenças a serem repassadas" – aí, é ilação minha, obviamente – aos Parlamentares.
Contudo, não tive como levantar isso, hoje, com o detalhamento necessário. Há também despesas a serem consideradas.
É importante que eles, os Parlamentares, entendam que não é conveniente que os acertos sejam feitos sempre de imediato. As receitas e as retiradas devem obedecer a um fluxo normal, pertinentes com as atividades do escritório. Se não for assim, as prestações de serviços serão de difícil justificativa, entende?
Veja se você consegue explicar essa situação para eles com tranquilidade.
Parece-me que eles estavam pressionando, Sr. Presidente.
Além disso, do ponto de vista da movimentação financeira, para a segurança dos procedimentos, seria bom esperarmos o encerramento do exercício, para retomarmos o fluxo dos negócios. É importante, do ponto de vista dos controles financeiros e fiscais. Qualquer diferença ainda a ser acertada será devidamente equacionada.
Acontece que, neste momento, não tenho condições de precisar daqui, com certeza, os acertos a serem feitos.
Os negócios transcorrerão com tranquilidade e segurança, a partir da concretização daquele modelo apresentado, o que ocorrerá em breve.
É preciso ter paciência para desenvolvermos um bom trabalho. É importante que eles entendam que não somos carregadores de carga. Somos profissionais prestadores de serviço, visando a prospecção e desenvolvimento de negócios de interesse de todos, ok?
Veja se consegue reforçar com eles esses conceitos, mas o faça de maneira tranquila e serena, sem criar tensões no sentimento deles.
Desculpe-me. Não sei se consegui transmitir o conceito da coisa.
De qualquer modo, nos falamos amanhã, assim que eu estiver em local de contato, ok?
Fique tranquilo. Jogue a responsabilidade para cima de mim, que, a partir da semana que vem, tudo se resolverá. Retornarei em breve.
Nos falamos amanhã.
Forte abraço,
Zé Ricardo.
A época do envio deste texto, Sr. Gruginski, é a mesma da chamada MP 471.
Em 26 de novembro de 2009, a MP 471 estava em tramitação na Comissão Especial do Congresso, de que eram titulares Parlamentares do Partido Progressista, que, conforme constam dos inquéritos a que temos acesso e das informações que temos de V. Sª, têm longíqua relação com V. Sª.
Na segunda parte da mensagem, Sr. Presidente, faz-se claramente alusão a pagamentos. "Parlamentares", deduzo que só possam ter uma fonte de pagamentos: os seus vencimentos enquanto Parlamentares. Pagamento a Parlamentar tem nome; isso se chama propina, corrupção.
Foi enviado
Essa mensagem foi enviada sete dias após a prorrogação dos efeitos da MP 471, por ato da Mesa Diretora do Congresso Nacional, devido à inércia do Congresso.
É inevitável as perguntas sobre este e-mail, Sr. Grunginski: a emenda enviada ao Sr. José Ricardo foi apresentada a quem? Feita a pedido de quem e remetida a qual Parlamentar? Para quem a SGR estava trabalhando neste período? Quais eram os Parlamentares que tinham que ser feito o acerto? Quais atividades prestadas pela SGR no atendimento a estes clientes beneficiados pela medida provisória? Para o êxito do que pretendiam clientes da SGR este pagamento aos Parlamentares se concretizou – o transcorrer do e-mail diz que sim? A SGR foi remunerada pela prorrogação dos efeitos da MP 471 e pelo êxito da aprovação da própria medida provisória?
O SR. JOÃO BATISTA GRUGINSKI – Sr. Senador, continuo me valendo do direito de permanecer calado.
O SR. RANDOLFE RODRIGUES (Bloco Socialismo e Democracia/REDE - AP) – S. Presidente, Sr. Relator, Senador Donizeti, eram essas minhas perguntas. Nós temos até o dia 18 de dezembro para esta CPI continuar, ainda tem muita água para passar debaixo dessa ponte, ainda tem muita água.
A documentação que temos aqui é farta. Tivemos a ocorrência da quarta fase da operação na última segunda-feira. Há vários institutos que o Direito brasileiro hoje dispõe, inclusive como estratégia da defesa, para aqueles que estão presos, um desses títulos é a delação premiada.
Eu lamento, sinceramente, Sr. Gruginski, V. Sª e o seu advogado têm todo o direito de utilizar a prerrogativa constitucional do art. 5º, mas eu lamento porque isso não contribui agora com as investigações, mas eu estou muito convencido com a condução que está sendo dada pelo Ministério Público e pela Polícia Federal em relação a este caso.
Eu creio, Sr. Grunginski, que chegará um determinado momento em que será necessário que V. Sª e a sua defesa entendam que a colaboração com as instituições de investigação é o melhor que pode ser feito até para sua própria defesa.
Era o que tinha, Sr. Presidente, Sr. Relator.
O SR. PRESIDENTE (Ataídes Oliveira. Bloco Oposição/PSDB - TO) – Muito obrigado, Senador Randolfe Rodrigues.
Sr. João Batista, conforme V. Sª pôde perceber nas considerações, nas informações e nas indagações do Senador Randolfe Rodrigues, inclusive no início de sua fala sobre a atuação de V. Sª, que participou ativamente do núcleo do esquema criminoso dentro do contencioso Carf, percebe-se que o senhor tem muito conhecimento, até porque, repito, quando o Senador Randolfe descreveu a história, uma parte do vosso currículo, percebe-se que é uma pessoa de muita sabedoria. E eu vejo, Sr. João Grunginski e Dr. Getúlio Humberto que as coisas no País estão mudando.
A Drª Célia, Senador Randolfe, a Drª Célia Regina Ody Bernardes, que hoje
Regina Ody Bernardes, que hoje está à frente da 10ª Região, uma jovem juíza federal, extremamente competente e corajosa. Ela inclusive coloca, Senador Randolfe e Senador Donizete, que pede à Presidente Dilma que informe sobre as reuniões que teve, lá na Presidência da República, com relação a essa possível venda de leis.
Então, Sr. João Gruginski, eu percebo que este é um momento ímpar, em que o senhor – se assim quisesse ou julgasse necessário – poderia fazer a sua defesa, dar as suas explicações, porque a coisa, lá para frente, pode ficar muito ruim para V. Sª.
O Senador Randolfe leu vários e-mails, e nós temos aqui ainda diversos outros. Há um e-mail, do dia 3/10, em que José Ricardo, que – repito – encontra-se hoje preso, o dono da SGR, empresa de que V. Sª era membro e era sócio. Ele escreve para o senhor a respeito da estória da minuta. O Senador Randolfe se referiu à minuta a respeito Medida Provisória 471, de 2009, a minuta do consórcio da SGR, Marconi & Mautoni.
Logo no dia 4, João Batista Gruginski – o senhor – manda um e-mail para Alexandre Paes dos Santos – o APS – e também a José Ricardo, em que o senhor diz: "Prezados Alexandre e José Ricardo, embora faltando ainda a cláusula que venha a tratar da questão do POP..." Eu queria tanto saber o que é POP. Se alguém sabe o que é POP, explique-me. Eu vou perguntar para o senhor, mesmo que o senhor não queira responder. POP. Eu não sei se é incentivos fiscais, eu não sei.
"... matéria sobre a qual não encontrei nenhum documento na internet, inclusive no site da Wikipédia. Parece-me conveniente, mesmo assim, já submeter à apreciação a minuta da nova versão do contrato de constituição do consórcio, com as mudanças de que falamos, na sexta-feira de tarde. As mudanças feitas estão assinaladas [aspas] 'iluminação' [fecha aspas] amarela." Continua: "Estamos ainda com a tarde toda para fazer as correções ou os ajustes necessários. Grande abraço, Gruginski."
De forma, Sr. João Batista Gruginski, que eu tenho dezenas de perguntas a fazer a V. Sª, mas o Senador Randolfe foi bastante proativo em suas perguntas, e, conforme V. Sª já disse, não pretende respondê-las. Então, eu não vou fazê-las.
Eu vou fazer duas perguntinhas ao Senhor tão somente. O teor dessas Medidas Provisórias 471, 512, 638 e 627, Senador Randolfe e Senador Donizete, circulava. Mesmo antes de serem publicadas, elas circulavam dentro desses dois escritórios de lobby. Eu pergunto: O senhor tem conhecimento se essa minuta acerca do consórcio se refere a uma dessas Medidas Provisórias, Sr. João Batista Gruginski?
O SR. JOÃO BATISTA GRUGINSKI – Sr. Presidente, continuo calado, valendo-me do direito
calado, valendo-me do direito constitucional ao silêncio.
O SR. PRESIDENTE (Ataídes Oliveira. Bloco Oposição/PSDB - TO) – Por derradeiro aqui, o Sr. Luís Cláudio Lula da Silva prestou serviço, segundo ele, a uma empresa de lobby de São Paulo e recebeu R$1,5 milhão, chegou a R$2,450 milhões.
O senhor sabe que serviço foi esse que ele prestou, já que o senhor é sócio, repito, da SGR, junto com o José Ricardo, com o APS, junto com a presença sempre marcante da ex-Ministra Elenice Guerra, o Sr. Edson Rodrigues, sua filha Megan Sax, que estão atolados até o pescoço nessas vendas de decisões do CARF? O senhor sabe qual o serviço que o Luís Cláudio prestou para receber essa importância de R$2 milhões e quatrocentos e pouco?
O SR. JOÃO BATISTA GRUGINSKI – Sr. Presidente, eu permaneço calado.
O SR. PRESIDENTE (Ataídes Oliveira. Bloco Oposição/PSDB - TO) – O senhor conhece o Luís Cláudio? O senhor conhece ele?
O SR. JOÃO BATISTA GRUGINSKI – Eu permaneço calado, Sr. Presidente.
O SR. PRESIDENTE (Ataídes Oliveira. Bloco Oposição/PSDB - TO) – Acho que o senhor está perdendo uma oportunidade de ouro. Mas, como diz o art. 5º, inciso LXIII, da nossa Carta Maior, há o direito ao senhor de permanecer calado, e nós temos o dever de respeitar.
Portanto, agradeço a presença de V. Sª.
O SR. DONIZETI NOGUEIRA (Bloco Apoio Governo/PT - TO) – Sr. Presidente.
O SR. PRESIDENTE (Ataídes Oliveira. Bloco Oposição/PSDB - TO) – E agradeço também a presença do Dr. Getúlio Humberto, mas antes eu passo a palavra ao Senador Donizeti.
O SR. DONIZETI NOGUEIRA (Bloco Apoio Governo/PT - TO) – Só para concluir. Nós estamos aqui, uma após a outra audiência ou convocação à oitiva, se não me engano só uma nós logramos êxito no sentido de fazer encaminhamentos aqui da CPI. A Constituição protege. Nós fazemos o nosso exercício aqui de tentar encontrar respostas. O Judiciário, neste caso, nós estamos na segunda juíza, passamos por um juiz, que, num primeiro momento, quer se considerar que criou embaraços para a operação. A operação ocorria em sigilo até a quarta operação dela. E agora, na quarta operação, o Judiciário, o Ministério Público e todos resolveram abrir a quarta operação. Então, quer me parecer correto também que a gente acabe com o sigilo da operação por completo para que quem saiba a gente possa ter um melhor desenvolvimento nisso. Mas eu continuo reafirmando. Nós temos obrigação de perguntar, temos obrigação de inquirir. O Senador Randolfe fez bem a interlocução com as perguntas. Sinto-me frustrado no sentido de que estamos perdendo tempo. A Justiça está fazendo o trabalho dela, o Ministério Público está fazendo o trabalho dele para tocar o processo, como em tantos, eu tenho sentido que as CPIs aqui não têm dado o resultado nem conta de cumprir a obrigação em função de que o art. 5º da Constituição tem recorrentemente impedido de fazer o nosso trabalho. E nós não podemos nos contrapor a isso, porque é constitucional e a gente tem que respeitar. Então, são essas as minhas considerações. Encaminhar para...
O SR. RANDOLFE RODRIGUES (Bloco Socialismo e Democracia/REDE - AP) – Sr. Presidente, eu queria concordar com a preliminar do Senador Donizeti. Na verdade, me parece que, dos depoimentos ocorridos aqui, teremos tivemos dois frutíferos. E eu acho que o mais importante foi a acareação que fizemos entre a Srª Jeliene o Sr. Hugo. Por isso, portanto, até em decorrência, disso, eu creio, primeiro, eu acho que é importante nós termos acesso a todas as informações sobre operação de todas as suas fases. Isso é uma preliminar importante para a CPI. Segundo, eu creio que um instrumento mais útil do que a
mais útil do que as próprias convocações são as transferências de sigilo bancário, fiscal e telefônico. As transferências de sigilo têm prestado, têm trazido a esta CPI informações valiosíssimas, como as que expus agora, apresentei agora nos questionamentos ao Sr. Gruginski. Então, vejam, me parece que as transferências de sigilo dos envolvidos, inclusive aqueles que a própria investigação da Polícia Federal e do Ministério Público assim apontam, são o ponto mais pacífico para contribuir com o relatório final da Senadora Vanessa Grazziotin, já que nós, via de regra, não teremos muito sucesso nas oitivas aqui. Aliás, talvez seja necessário, talvez seja importante, antes, perguntar aos que serão convocados se eles vão utilizar do direito constitucional do art. 5º para a própria CPI avaliar a necessidade da convocação.
Então, eu queria, Senador Ataídes, insistir que priorizássemos os requerimentos de transferência de sigilo bancário, fiscal e telefônico, inclusive tendo como ponto de ancoragem – vou tratar assim, vou utilizar esse termo – as investigações já em curso da Polícia Federal e do Ministério Público. Me parece que são o instrumento, o curso de investigação mais eficiente para esta CPI.
O SR. PRESIDENTE (Ataídes Oliveira. Bloco Oposição/PSDB - TO) – Perfeito.
Senador Donizeti, coaduno com V. Exª de que os trabalhos até então realizados nesta douta Comissão poderiam realmente ter sido mais proveitosos. Concordo com V. Exª, mas já tivemos grandes avanços aqui na CPI. V. Exª é o nosso Vice-Presidente e tem estado sempre aqui conosco. Mesmo diante dessas dificuldades, dessas prerrogativas que os nossos convidados, convocados têm, e a maioria quase absoluta vieram aqui sob a égide de liminar do Supremo Tribunal Federal, como o Sr. João Batista Gruginski, caminhamos muito. Não foram tão somente duas pessoas, foram mais pessoas que contribuíram muito.
Mas como bem o Senador Randolfe colocou, essas quebras de sigilo são de muita valia para a conclusão do relatório da tão competente Senadora Vanessa Grazziotin. Outra colocação que o Senador Randolfe fez, desculpe, que o Senador Donizeti fez foi pedir à Operação Zelotes, ao Ministério Público Federal, à Polícia Federal e, agora também, à Justiça Federal, hoje, comandada, repito, por essa competente Drª Célia Regina... Eles têm atendido com muita urgência, com muita atenção e presteza a remessa de toda essa documentação. Posso já adiantar, Senador Randolfe, que dessa quarta Operação Zelotes já estão todos esses documentos, imagino eu, se não estão todos, deve faltar muito pouco, no banco de dados da CPI. Portanto, essa quebra de sigilo fiscal, bancário e telemática vai contribuir muito com os nossos trabalhos, têm contribuído muito.
Vamos fazer o seguinte, Senador Randolfe. Vou verificar, hoje, ainda, se fazemos duas reuniões por semana. Sabemos que não é muito fácil porque temos muitas outras atribuições. Agora, mesmo diante desta dificuldade, é de competência, é de responsabilidade, e temos o dever, o Senado Federal e nós, como Senadores da República, de fiscalizar a coisa pública neste País, porque sabemos que o povo brasileiro está sofrendo muito, sabemos que lamentavelmente bilhões e bilhões
lamentavelmente, bilhões e bilhões não estão indo para a saúde, para a educação e para a segurança. E o nosso povo está morrendo nas filas até mesmo de consultórios – até mesmo esperando uma consulta.
Então nós temos o dever, Senador Donizeti, mesmo diante dessas nossas dificuldades, de mostrar para o povo brasileiro que nós estamos aqui para fazer esse trabalho. Mesmo diante dessas dificuldades eu estou contente em estar à frente desta CPI e aproveito para liberar aqui o Sr. Gruginski...
O SR. DONIZETI NOGUEIRA (Bloco Apoio Governo/PT - TO) – Só mais uma questão.
O SR. PRESIDENTE (Ataídes Oliveira. Bloco Oposição/PSDB - TO) – Com a palavra.
O SR. DONIZETI NOGUEIRA (Bloco Apoio Governo/PT - TO) – Eu penso que o Senador Randolfe tem razão. E para podermos avançar na questão do sigilo bancário, de vez, temos que pedir a quebra de sigilo de quem tem que pedir. E nós trabalharmos, internamente, na sistematização dessa situação. De forma que a gente possa obter os resultados necessários. E aí não serão duas sessões por semana que vão resolver, mas será o trabalho interno mais efetivo. Diante de tudo o que nós temos para fazer aqui, os nossos assessores são os mesmos para as mesmas coisas. Têm que assessorar no plenário, têm que correr em comissão e têm que acompanhar a CPI.
Um trabalho interno mais efetivo, no sentido de a gente reunir essas informações do sigilo bancário, por exemplo, fiscal, etc., de forma a dar efetividade.
O SR. PRESIDENTE (Ataídes Oliveira. Bloco Oposição/PSDB - TO) – Pois bem, coloco em votação as atas da 20ª e 21ª Reunião.
Os Senadores que aprovam permaneçam como se encontram. (Pausa.)
Aprovado.
Nada mais havendo a tratar, declaro encerrada presente reunião, agradecendo à presença de todos.
Especial: É tudo um assunto só!
Criei uma comunidade no Google Plus: É tudo um assunto só
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Outro dia discutindo sobre as manifestações do dia 15, sobre crise do governo e a corrupção da Petrobrás eu perguntei a ele se tinha acompanhado a CPI da Dívida Pública. Então ele me respondeu: Eu lá estou falando de CPI?! Não me lembro de ter falado de CPI nenhuma! Estou falando da roubalheira... A minha intenção era dizer que apesar de ter durado mais de 9 meses e de ter uma importância ímpar nas finanças do país, a nossa grande mídia pouco citou que houve a CPI e a maioria da população ficou sem saber dela e do assunto... Portanto não quis fugir do assunto... é o mesmo assunto: é a política, é a mídia, é a corrupção, são as eleições, é a Petrobras, a auditoria da dívida pública, democracia, a falta de educação, falta de politização, compra de votos, proprina, reforma política, redemocratização da mídia, a Vale, o caso Equador, os Bancos, o mercado de notícias, o mensalão, o petrolão, o HSBC, a carga de impostos, a sonegação de impostos,a reforma tributária, a reforma agrária, os Assassinos Econômicos, os Blog sujos, o PIG, as Privatizações, a privataria, a Lava-Jato, a Satiagraha, o Banestado, o basômetro, o impostômetro, É tudo um assunto só!...
A dívida pública brasileira - Quem quer conversar sobre isso?
Escândalo da Petrobrás! Só tem ladrão! O valor de suas ações caíram 60%!! Onde está a verdade?
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Sobre o caso Operação Zelotes (CARF):
Acompanhando a Operação Zelotes!
Acompanhando a Operação Zelotes II - Globo (RBS) e Dantas empacam as investigações! Entrevista com o procurador Frederico Paiva.
Acompanhando a Operação Zelotes IV (CPI do CARF) - Apresentação da Polícia Federal, Explicação do Presidente do CARF e a denuncia do Ministério Público.
Acompanhando a Operação Zelotes V (CPI do CARF) - Vamos inverter a lógica das investigações?
Acompanhando a Operação Zelotes VI (CPI do CARF) - Silêncio, erro da polícia e acusado inocente depõe na 5ª reunião da CPI do CARF.
Acompanhando a Operação Zelotes VII (CPI do CARF) - Vamos começar a comparar as reportagens das revistas com as investigações...
Acompanhando a Operação Zelotes VIII (CPI do CARF) - Tem futebol no CARF também!...
Acompanhando a Operação Zelotes IX (CPI do CARF): R$1,4 Trilhões + R$0,6 Trilhões = R$2,0Trilhões. Sabe do que eu estou falando?
Acompanhando a Operação Zelotes X (CPI do CARF): No meio do silêncio, dois tucanos batem bico...
Acompanhando a Operação Zelotes XII (CPI do CARF): Nem tudo é igual quando se pensa em como tudo deveria ser...
Acompanhando a Operação Zelotes XIII (CPI do CARF): APS fica calado. Meigan Sack fala um pouquinho. O Estadão está um passo a frente da comissão?
Acompanhando a Operação Zelotes XIV (CPI do CARF): Para de tumultuar, Estadão!
Acompanhando a Operação Zelotes XV (CPI do CARF): Juliano? Que Juliano que é esse? E esse Tio?
Sobre CBF/Globo/Corrupção no futebol/Acompanhando a CPI do Futebol:
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