Eu estudei por quatro anos ciências da computação em uma universidade pública. Quando terminei o segundo grau não teria condição de manter meus estudos nem por um semestre se fosse uma faculdade privada. Devo então a minha atual profissão e sustento à sociedade brasileira. Fico agradecido porém triste. Ao ver os dados do último senso do IBGE ficamos sabendo que apenas 7,9% da população brasileira possui terceiro grau completo. Significa que a sociedade brasileira não consegue fazer para seus jovens o mesmo que fez por mim. Claro que tenho algum mérito, em 1480 candidatos eu fiquei entre os 70 primeiros no exame vestibular, por isso fui um dos poucos privilegiados da sociedade a ter acesso a educação superior e uma profissão digna. Mas está na constituição brasileira que isso não deveria ser privilégio de poucos com méritos, tem que ser a regra para todos. E se você ver que estamos num país que está entre as 10 maiores economia do mundo( já chegou a sexto, nesse momento em que escrevo está em 9o mas não varia muito disso) e tem:
Maior reserva de água potável do mundo
Maior área agriculturável do mundo
Terceira maior reserva de petróleo
Maior reserva de Nióbio do mundo
Riquezas minerais diversas e Terras Raras
Riquezas biológicas: fauna e flora
Extensão territorial e mesmo idioma
Clima favorável
Potencial energético, industrial e comercial
Riqueza humana e cultural
Fica difícil entender o motivo de não conseguirmos dar educação a população. Acho que foi por isso que comecei a juntar as peças para montar o especial "É tudo um assunto só". Não é fácil explicar o motivo disso. Qualquer tentativa de simplificar a situação não resiste a cinco minutos de debate.
É complicado mesmo e o pior é que ninguém quer entender, preferem a simplificação.
Nem um raciocínio lógico chega a esse resultado.
O que faz um bacharel em ciências da computação depois de formado?
O profissional de TI,( tecnologia da informação) trabalha com tecnologia e informação
( não me diga?!?! dããã).
O profissional deve identificar a origem da informação, normalmente na área produtiva, utilizar a tecnologia para otimizar a realização e registro das tarefas operacionais, capturando as informações geradas ali. Deve-se reconhecer quais as informações mais relevantes e importantes e gerar o fluxo da informação: Para o setor decisório a TI tem que fazer as informações cheguem verdadeiras, confiáveis, organizadas, sucintas, resumidas porém com a opção de detalhamento e aprofundamento de uma certa informação para saber onde deve-se agir para otimizar esse ou aquele resultado ou previsão. Papel importantíssimo porém não é simples.
Com o avanço da tecnologia o número de informação produzida explodiu para o infinito e o papel de um analista de sistemas( ou analista de banco de dados, ou analista estatístico) para organizar, classificar, separar o grau de relevância, descartar o que é lixo, ruído de informação, encontrar o que é falha humana ou tecnológica ou de medição. Nada disso é fácil. Quanto mais complexo o sistema, mais informação é gerada mais trabalho para lidar com tanta importância e irrelevância. Não entender a importância de certo número e classifica-lo como irrelevante é o caminho para o fracasso de todo um projeto ou organização. O contrário também vale: considerar uma informação irrelevante como importante é tão perigoso quanto. Esse profissional( se fizer bem o seu papel) acaba sendo bastante valorizado. As habilidades necessárias para um bom trabalho é percepção, atenção, inteligência, raciocínio lógico, intuição investigativa e conhecimento da realidade para entender os limites humanos, tecnológicos e factíveis...
A complexidade do Brasil é extrema.
A quantidade de informação produzida aqui é infinita.
A quantidade de lixo, irrelevância, mesquinharias e ruídos de informação é inacreditável.
A exploração, replicação e disseminação desses ruídos é inaceitavelmente absurda.
Em alguns casos intencional.
Confusões sobre o que é importante e o que é irrelevante é abundante.
Mas tudo isso é uma realidade.
Saber onde e como agir, que fatos devem balizar nossos atos é tarefa bastante complicada.
Recebo criticas tanto pessoalmente quanto virtualmente.
Recebo elogios também, mas os elogios é melhor não disseminar, é melhor que alguém perceba sozinho sem ninguém chamar atenção para tal, pois o próximo elogio torna-se mais verdadeiro e não uma mera repetição do que já foi percebido e disseminado.
Já as criticas é bom recebe-las, aceita-las e corrigi-las ou explica-las.
"Você dá muita importância a coisas antigas, nossa realidade é outra.."
"Você defende muito esses PTralhas".
Na questão de opinião sobre a terceirização eu falei um pouco sobre sindicatos. Sindicatos são instituições sem fins lucrativos fundada por trabalhadores, formada por trabalhadores, financiada por trabalhadores, com finalidade de defender trabalhadores. Imagino ser por conta da eleição do Lula em 2002, que veio do movimento sindical, há uma confusão entre governo e sindicato que não deveria existir. Existe também sindicatos laranjas e fraudulentos que não são fundado por trabalhadores e que existem para fragmentar a representação dos trabalhadores.
Como indiquei no primeiro tópico sobre a divida pública eu acompanho os passos da auditoria cidadã. E no ultimo dia 19/10/2015 a Maria Lúcia Fattorelli iria participar de um seminário de pauta organizado pela CSB/SindPD de São Paulo.
Seminário de pauta é um evento de nivelamento de informação e conhecimento que antecede a decisão da pauta de reivindicações. Imagine funcionários que em um ambiente de "crise financeira" e desemprego decidem reivindicar 30% de aumento acima da inflação, se não paramos de trabalhar... Esses serão demitidos e contratado aqueles desempregados que estão na fila das oportunidades. Os trabalhadores tem que ter consciência da atual situação para saber os limites possíveis de melhorias salariais e de condições de trabalho.
SindPD é o sindicato de processamento de dados de São Paulo. Se um dia eu for trabalhar lá é esse sindicato que irá me representar. Imagine todos os profissionais que por ofício deve ter acesso a todas informações e filtrar o que é importante e o que é irrelevante. Imagine esses trabalhadores fazendo um seminário de pauta para analisar a atual conjectura do país para saber o que e como reivindicar.
Tive curiosidade de saber a agenda do evento...
Além da Fattorelli, quem mais participaria? Quem encontrei? Olha!!!
O Paulo Henrique Amorim fazendo o lançamento do 4° Poder!!...
Olha!!!
O Ciro Gomes falando da atual situação política...
Olha!!
O Flavio Tavares... Falando sobre o Golpe de 64, a ditadura brasileira e suas consequências que até hoje ainda sofremos!!...
Olha!!!
O Luis Nassif ... Falando sobre a atual "Crise econômica" e como podemos sair dela...
Caracas!!!
Se eu estivesse montando um evento desses era assim que montaria...
Posso dizer que mesmo sem trabalhar em São Paulo eles me representam!
E fico feliz também em saber que eu ando ma trilha certa...
O meu esforço individual para entender o momento econômico e político do país bate com o esforço coletivo dos trabalhadores da área de tecnologia e informação.
Entender a atual situação politica/econômica do país não é simples.
Não é com um raciocínio lógico que entenderemos o porque a nona maior economia do mundo está no 79° lugar do IDH mundial.
Organizar a informação, desprezar o irrelevante, dar prioridade ao mais importante, reconhecer onde estão os dissimulados/fraudes e quem está combatendo os maus feitos é tarefa essencial, porém poucos, muito poucos no país tem acesso às informações necessárias e talento suficiente para enxergar o quadro inteiro e perceber onde estão as portas de saídas.
Vou fazer o seguinte...
Vou colocar todo o Seminário de Pauta organizado pela Central dos Sindicatos Brasileiros e pelo Sindicato de processamento de dados de São Paulo - SindPD/SP
Vou colocar a palestra, a apresentação do palestrante (se houver), os tópicos que se relacionam com o "Especial É tudo um assunto só" (se houver), um ou outro livro que os palestrantes fazem referencia e a notícia sobre a palestra divulgado pela Central.
Daqui para frente só continue quem tem talento, paciência e coragem suficientes para essa missão espinhosa.
Eu disse que as criticas é bom recebe-las, aceita-las e corrigi-las ou explica-las. Podem formular as críticas a vontade... desde que estejam baseando no mínimo na mesma quantidade de informações que estão coletadas aqui...
A dívida pública brasileira - Quem quer conversar sobre isso?
Spotniks, o caso Equador e a história de Rafael Correa.
O caso grego: O fogo grego moderno que pode nos dar esperanças contra a ilegítima, odiosa, ilegal, inconstitucional e insustentável classe financeira.
O Brasil está entregando seu patrimônio para rolar a dívida pública, afirma Maria Lucia Fattorelli
Coordenadora da Auditoria Cidadã diz que Brasil tem potencial para ser um dos países mais desenvolvidos do mundo
Abrindo o clico de palestras do Seminário de Pauta 2015 do Sindpd, Maria Lucia Fattorelli – auditora aposentada da Receita Federal e coordenadora do movimento pela Auditoria Cidadã da Dívida Pública – abordou o caráter nocivo do denominado sistema da dívida pública brasileira e seu impacto sobre a classe trabalhadora.
A palestrante destacou que a dívida tem
papel fundamental no modelo econômico baseado no desperdício e na
concentração da renda, que joga a população na miséria e cria uma
desordem total no País. “Com ela [dívida pública], o Brasil tem de
cortar tudo e entregar o patrimônio para pagar a dívida”, disse Maria
Lucia.
Dados do Tesouro Nacional apontam que,
de janeiro a agosto de 2015, a dívida pública aumentou quase meio
trilhão de reais. Até 30 de setembro deste ano, a dívida consumiu R$ 773
bilhões, o que representa 47% do gasto federal segundo o portal
Auditoria Cidadã da Dívida. E a dívida interna brasileira, que começou
no governo de Fernando Henrique Cardoso, alcançou R$ 3,7 trilhões em
agosto afirma Maria Lucia.
“Essa
dívida sem contrapartida [ou seja, sem a aplicação dos recursos nas
áreas sociais e nos serviços públicos] gera juros sobre juros, conflito
de interesses e falta de transparência”, destacou a coordenadora da
Auditoria Cidadã. Antonio Neto, presidente do Sindpd, disse que o
sistema de geração de juros sobre juros leva a dívida para além dos
limites do bom senso. “O ministro do Planejamento [Nelson Barbosa] não
tocou no assunto quando nos reunimos com ele para discutir o fórum sobre
emprego, trabalho e renda. O governo prefere cortar gastos na
Previdência, cortar gastos públicos sociais. Ninguém fala da dívida”,
criticou Neto.
Privilégios financeiros
O lucro dos bancos não ficou de fora da
análise de Maria Lucia Fattorelli. Nos dados apresentados pela
especialista, as instituições financeiras lucraram em 2014 R$ 80
bilhões. “Isso é quase o orçamento anual da saúde e é feito enquanto a
economia brasileira está em queda”, revelou. Para a palestrante, está
havendo a transferência de recursos públicos para o setor financeiro
privado. “E a mola disso é o sistema da dívida. A primeira mola são os
juros da dívida, aumentando o lucro. Em segundo, o abuso dos mecanismos
financeiros. Estão aproveitando e avançando em mecanismos financeiros”,
enfatizou.
Para Maria Lucia, o chamado “sistema da
dívida” impede o caráter positivo da dívida pública, que se trata do
financiamento que o País deveria fazer para garantir os direitos
sociais. “Este sistema utiliza o endividamento como mecanismo de
subtração de recursos e não para o financiamento dos Estados. E se
reproduz internacionalmente e internamente, em âmbito dos estados e
municípios, gerando uma crise generalizada”, sentenciou.
A especialista explicou que, com o Plano
Brady – sistema de reestruturação da dívida externa de alguns países –,
o Brasil trocou a dívida com os bancos por títulos da dívida externa.
“E esse títulos foram entregues a esses bancos e foram aceitos como
moedas para comprar nossas empresas, que foram privatizadas. Os títulos
que não levaram nossas empresas foram embutidos na dívida interna”,
esclareceu.
Além disso, a prática de Swap – operação
em que há troca de posições quanto ao risco e à rentabilidade entre
investidores – representa um verdadeiro “suicídio” para o Banco Central
brasileiro afirma Maria Lucia Fattorelli. “O Swap é a garantia que o BC
dá para grandes empresas de cobrir a variação cambial. Nos últimos 12
meses, o Banco Central teve prejuízo de R$169 bilhões com isso”,
afirmou.
As armas do Brasil
O Brasil é hoje a 9ª economia mundial.
Dispõe da maior reserva de Nióbio do mundo (95% da produção mundial), é a
terceira maior reserva de petróleo e dispõe de outras riquezas naturais
em nível autossustentável, com água e área agriculturável em
abundância. Com esta análise, Maria Lucia Fattorelli afirma que é
inadmissível que o desenvolvimento socioeconômico brasileiro seja
travado com insuficiência de investimentos em direitos elementares como
educação, saúde e segurança.
Para a palestrante, os dados da desordem
passam pela não regulamentação do nosso patrimônio natural – como o
nióbio – e pelo sistema tributário às avessas. “As grandes fortunas não
pagam impostos. Isso está na Constituição, mas não foi regulamentado. As
heranças, idem”, reiterou. Maria Lucia diz que a injustiça brasileira
passa, entre outros pontos, pela desigualdade no pagamento de impostos,
que sempre acaba por recair com peso maior sobre a camada mais pobre da
sociedade brasileira.
“A conjuntura é de crise econômica
seletiva, porque alguns setores não estão em crise. A indústria e
atividade comercial estão em queda. Desemprego, com categorias em
calamidade, perdas salariais, privatizações com entrega do nosso
patrimônio”, pontuou. Segundo Maria Lucia, “estamos vendo agora a
entrega da estrutura de estados, privatizando portos, aeroportos, áreas
estratégicas e essenciais, além do encolhimento do PIB”.
A especialista afirma que o Brasil
precisa seguir o modelo do Equador, que anulou 70% da sua dívida e é “um
exemplo de ética e soberania”. “95 % dos detentores aceitaram a
proposta equatoriana, o que significou anulação de 70% dessa dívida com
os bancos privados internacionais”, disse revelando que, com a medida, o
país fará uma economia de US$ 7,7 bilhões nos próximos 20 anos,
aumentando os gastos sociais, principalmente com saúde e educação.
Para ela, a saída passa por esta intensa
luta. “É o nosso país, um país riquíssimo, abundante. Precisamos partir
para ações concretas. Nossa arma é o conhecimento, a mobilização social
consciente. Vamos trabalhar para isso e incentivarmos a criação de
núcleos da auditoria cidadã para que a população tenha consciência de
todo este cenário desastroso. A ferramenta fundamental é a auditoria da
dívida”, concluiu Maria Lucia Fattorelli.
As histórias do ex-marido da Patrícia Pillar
“A gente tem que se concentrar em emancipar o Brasil”, afirma Ciro Gomes em Seminário de Pauta
“Esse livro é o testemunho da minha vida”, afirma Paulo Henrique Amorim
“O quarto poder” escancara as verdades escondidas da mídia e do poder no Brasil
O jornalista Paulo Henrique Amorim encerrou o 1º dia do Seminário de Pauta com a sessão de autógrafos do livro O quarto poder,
obra que conta histórias escondidas e pouco conhecidas da grande mídia,
passando pela criação e consolidação da Rede Globo, durante o governo
militar, incluindo também momentos da história brasileira. PHA narra os
encontros reveladores que teve com os principais nomes da imprensa e do
poder no Brasil.
Uma dessas revelações diz respeito ao
processo de construção da indústria de TV no País, com a ligação entre a
empresa Time Life e a Globo. “A Time Life criou um dos maiores grupos
de TV do Brasil. Vendo isso, o Costa e Silva mandou o Roberto Marinho
comprar as ações que a Time Life tinha. Porque o ex-presidente Castelo
Branco já não tinha gostado da Time Life ser sócia da Globo, e o Costa e
Silva herdou esse problema, porque o Castelo não quis sujar as mãos. E
ele deu uma instrução clara a um de seus ministros: ‘Resolva esse
problema de ter uma companhia estrangeira sócia de uma rede de televisão
no Brasil’”, narrou Amorim.
O escritor reitera que essa negociação
de tirar a Time Life da sociedade só aconteceu depois do acordo de
Roberto Marinho com o Banco do Brasil, Caixa Econômica Federal e
Petrobrás. “O Banco do Brasil, a Caixa e a Petrobrás financiaram a Globo
em troca de publicidade”, disse.
Revelando ainda as articulações feitas
pelo poder, Amorim relata como Antonio Carlos Magalhães foi nomeado
ministro das Comunicações por Tancredo Neves, sendo confirmado no cargo
por José Sarney, além da ligação do presidente com a Globo. “Eu conto
também como o Magalhães foi escolhido ministro das Comunicações pelo
Tancredo. E a ligação do presidente Sarney com a Globo. Pois quem
mandava no governo Sarney era o Roberto Marinho. A Globo é muito pelo
que não deu do que pelo que deu”, revelou.
Paulo Henrique Amorim é categórico ao
resumir sua obra. “Esse livro é uma tentativa de explicar a indústria
brasileira de televisão e a minha participação nesse processo como
repórter e personagem de alguns episódios”, finalizou.
O quarto poder é resultado de
intenso trabalho do jornalista durante quatro anos, em um longo processo
de catalogação, pesquisa e reunião das anotações de PHA em seu trabalho
como jornalista nos últimos 50 anos.
Sobre a Ditadura Militar e o Golpe de 64:
Dossiê Jango - Faz você lembrar de alguma coisa?
Comissão Nacional da Verdade - A história sendo escrita (pela primeira vez) por completo.
“A crise de hoje teve origem em 64, é a crise da simulação”, diz Flávio Tavares
Jornalista
e militante da esquerda durante o golpe, ele argumenta que ainda há
ressonâncias da ditadura militar no sistema político brasileiro
O jornalista e militante da esquerda durante o regime militar Flávio Tavares foi contundente ao afirmar que a conjuntura atual brasileira, de colapso político, é ressonância da ditadura militar. A origem da crise política brasileira foi tema central em sua palestra no Seminário de Pauta.
Ávido na luta pela redemocratização do Brasil, Tavares – que foi um dos presos políticos trocados pelo embaixador norte-americano Charles Burke Elbrick, sequestrado durante os anos de chumbo – destacou que uma das estratégias para a implantação do regime foi retirar das instâncias de poder as figuras combativas. “Para manter a legalidade do horror, o parlamento continuou, as Câmaras Legislativas continuaram, mas os melhores foram expulsos. (…) Eu quero chamar a atenção para o que isto gerou. Acho que a crise de hoje é mais uma crise dos políticos do que uma crise na política. A crise de hoje teve origem em 64, é a crise da simulação”, analisou.
Segundo afirma, o Brasil vive hoje uma espécie de AIDS, uma Síndrome da Imunodeficiência Adquirida no poder, resultado da grande simulação deixada pela ditadura. “Temos uma engrenagem política, um simulacro de partidos políticos. A simulação é a mentira profunda. É a mentira que se disfarça de ser verdadeira, de ser aquilo que as pessoas desejariam que fosse a verdade”, ressalta. Para ele, à época da ditadura, o Congresso se enfraqueceu e deu lugar a uma máquina burocrática. “O Congresso, que não tinha condição alguma, se tornou pequeno. (…) Não tinha função nenhuma na ditadura, mas precisava de mais espaço para manter a democracia do simulacro”, enfatizou.
O jornalista aponta a regulamentação do Ato Institucional 5 – considerado o mais duro atentado contra a democracia, estabelecido em 13 de dezembro de 1968, durante o governo do general Costa e Silva – como umas das vias para que a opinião pública, e os Estados Unidos, desenhassem um cenário deturpado sobre o que estava acontecendo no País. “O AI5 acabou com tudo. [surge] Nova ocupação das sedes dos sindicatos, novamente o horror de corpo inteiro. O terror se desnuda, passou-se a censurar até a previsão do tempo”, disse.
Para ele, embora se tenha enraizada a ideia de que a imprensa foi levada a colaborar com o regime, há certa conivência dos meios de comunicação para que se mantenha o cenário de dissimulação da verdade. “Acho que ninguém é obrigado, as pessoas são levadas a fazer, mas não são obrigadas a fazer. Quem não queira praticar o crime se nega a praticá-lo. A imprensa foi conivente, neste dia eu decidi passar de corpo e alma para a resistência”, rememorou.
O legado de Getúlio Vargas
Para Flávio Tavares, além das contribuições sociais e econômicas do governo de Getúlio Vargas para o desenvolvimento nacional, outro importante mérito do presidente foi sua heróica interferência no despertar crítico do povo brasileiro. “Tudo tem um nascedouro. Acompanhei desde estudante a evolução da política. Um mês antes do suicídio de Getúlio eu estive com ele no Palácio do Catete. O suicídio de Vargas foi uma bofetada na sociedade brasileira, a fez despertar da letargia, a fez se reconhecer através do sangue do seu líder máximo”, declarou.
De acordo com o jornalista, é preciso justamente recobrar a consciência política para que o País possa se distanciar da crise. Para ele, há, fatalmente, um sério colapso de representação que afeta, por consequência, a participação social na realidade política. “Das Câmaras de Vereadores até o Congresso Nacional, o grande caudal é de gente desinteressada da política e de gente interessada em si. Esta loucura partidária brasileira não representa nada, a redemocratização se faz às sombras da ditadura”, condenou.
Um exame objetivo da crise
Para Flávio Tavares faz-se emergente um exame objetivo da crise, de modo a conter aquilo que chama de simulacro. Em seu argumento, ele afirma que as fraudes, enquanto mentiras plantadas, contribuem para o desvio da real compreensão da crise. “O legado da ditadura esta aí hoje, tudo é estatística, todos sobrevivem do passado, e isto sintetiza a visão economista do passado”, apontou em referência ao Instituto de Pesquisas e Estudos Sociais (IPES), fundado em novembro de 1961, e dirigido por Golbery do Couto e Silva, um dos mentores da ditadura militar.
O jornalista faz uma crítica contundente sobre as implicações sociais de estimular a cada dia uma sociedade de consumo em detrimento de uma que participe criticamente das decisões políticas. “A sociedade de consumo hoje nos assoberbou escandalosamente, criou consumidores. O convívio com meus semelhantes eu não tenho mais. Estão pensando em consumismo, mas a finalidade da vida não é consumo, é convivência, é solidariedade. (…) Isto mudou nossa visão de mundo, mudou nossa consciência e fez com que aceitemos o que acontece hoje, porque o que a sociedade de consumo quer é isto, as ilusões”, encerrou.
Flávio Tavares é autor dos livros Memórias do esquecimento, O dia em que Getúlio matou Allende,1964 – O golpe, Meus 13 dias com Che Guevara e1961 – O golpe derrotado.
O jornalista e militante da esquerda durante o regime militar Flávio Tavares foi contundente ao afirmar que a conjuntura atual brasileira, de colapso político, é ressonância da ditadura militar. A origem da crise política brasileira foi tema central em sua palestra no Seminário de Pauta.
Ávido na luta pela redemocratização do Brasil, Tavares – que foi um dos presos políticos trocados pelo embaixador norte-americano Charles Burke Elbrick, sequestrado durante os anos de chumbo – destacou que uma das estratégias para a implantação do regime foi retirar das instâncias de poder as figuras combativas. “Para manter a legalidade do horror, o parlamento continuou, as Câmaras Legislativas continuaram, mas os melhores foram expulsos. (…) Eu quero chamar a atenção para o que isto gerou. Acho que a crise de hoje é mais uma crise dos políticos do que uma crise na política. A crise de hoje teve origem em 64, é a crise da simulação”, analisou.
Segundo afirma, o Brasil vive hoje uma espécie de AIDS, uma Síndrome da Imunodeficiência Adquirida no poder, resultado da grande simulação deixada pela ditadura. “Temos uma engrenagem política, um simulacro de partidos políticos. A simulação é a mentira profunda. É a mentira que se disfarça de ser verdadeira, de ser aquilo que as pessoas desejariam que fosse a verdade”, ressalta. Para ele, à época da ditadura, o Congresso se enfraqueceu e deu lugar a uma máquina burocrática. “O Congresso, que não tinha condição alguma, se tornou pequeno. (…) Não tinha função nenhuma na ditadura, mas precisava de mais espaço para manter a democracia do simulacro”, enfatizou.
O jornalista aponta a regulamentação do Ato Institucional 5 – considerado o mais duro atentado contra a democracia, estabelecido em 13 de dezembro de 1968, durante o governo do general Costa e Silva – como umas das vias para que a opinião pública, e os Estados Unidos, desenhassem um cenário deturpado sobre o que estava acontecendo no País. “O AI5 acabou com tudo. [surge] Nova ocupação das sedes dos sindicatos, novamente o horror de corpo inteiro. O terror se desnuda, passou-se a censurar até a previsão do tempo”, disse.
Para ele, embora se tenha enraizada a ideia de que a imprensa foi levada a colaborar com o regime, há certa conivência dos meios de comunicação para que se mantenha o cenário de dissimulação da verdade. “Acho que ninguém é obrigado, as pessoas são levadas a fazer, mas não são obrigadas a fazer. Quem não queira praticar o crime se nega a praticá-lo. A imprensa foi conivente, neste dia eu decidi passar de corpo e alma para a resistência”, rememorou.
O legado de Getúlio Vargas
Para Flávio Tavares, além das contribuições sociais e econômicas do governo de Getúlio Vargas para o desenvolvimento nacional, outro importante mérito do presidente foi sua heróica interferência no despertar crítico do povo brasileiro. “Tudo tem um nascedouro. Acompanhei desde estudante a evolução da política. Um mês antes do suicídio de Getúlio eu estive com ele no Palácio do Catete. O suicídio de Vargas foi uma bofetada na sociedade brasileira, a fez despertar da letargia, a fez se reconhecer através do sangue do seu líder máximo”, declarou.
De acordo com o jornalista, é preciso justamente recobrar a consciência política para que o País possa se distanciar da crise. Para ele, há, fatalmente, um sério colapso de representação que afeta, por consequência, a participação social na realidade política. “Das Câmaras de Vereadores até o Congresso Nacional, o grande caudal é de gente desinteressada da política e de gente interessada em si. Esta loucura partidária brasileira não representa nada, a redemocratização se faz às sombras da ditadura”, condenou.
Um exame objetivo da crise
Para Flávio Tavares faz-se emergente um exame objetivo da crise, de modo a conter aquilo que chama de simulacro. Em seu argumento, ele afirma que as fraudes, enquanto mentiras plantadas, contribuem para o desvio da real compreensão da crise. “O legado da ditadura esta aí hoje, tudo é estatística, todos sobrevivem do passado, e isto sintetiza a visão economista do passado”, apontou em referência ao Instituto de Pesquisas e Estudos Sociais (IPES), fundado em novembro de 1961, e dirigido por Golbery do Couto e Silva, um dos mentores da ditadura militar.
O jornalista faz uma crítica contundente sobre as implicações sociais de estimular a cada dia uma sociedade de consumo em detrimento de uma que participe criticamente das decisões políticas. “A sociedade de consumo hoje nos assoberbou escandalosamente, criou consumidores. O convívio com meus semelhantes eu não tenho mais. Estão pensando em consumismo, mas a finalidade da vida não é consumo, é convivência, é solidariedade. (…) Isto mudou nossa visão de mundo, mudou nossa consciência e fez com que aceitemos o que acontece hoje, porque o que a sociedade de consumo quer é isto, as ilusões”, encerrou.
Flávio Tavares é autor dos livros Memórias do esquecimento, O dia em que Getúlio matou Allende,1964 – O golpe, Meus 13 dias com Che Guevara e1961 – O golpe derrotado.
As empresas da Lava-jato = Os Verdadeiros proprietários do Brasil = Os Verdadeiros proprietários da mídia.
Escândalo da Petrobrás! Só tem ladrão! O valor de suas ações caíram 60%!! Onde está a verdade?
Meias verdades (Democratização da mídia)
“Se o governo mudar a economia, o mercado muda agora; se ele não mudar, o mercado não segura seis meses”, declara Luis Nassif
“Soluções para a crise econômica” foi o tema da palestra do jornalista e comentarista econômico
“Eu tenho uma grande novidade para trazer a vocês hoje: o Brasil não vai acabar”. Jornalista, comentarista e colunista de economia, Luis Nassif afirmou que o País está pronto para enfrentar a atual conjuntura política e retomar o caminho do desenvolvimento.
Convicto de que o setor de Tecnologia da Informação faz parte da mola que impulsionará a economia brasileira, Nassif fez uma analogia com a área para reforçar sua crença no progresso nacional. “Se fôssemos um sistema, já temos um controle de processo e diagnósticos. Estamos em fase de transição, mas se tem um País pronto, é o Brasil”, reiterou o jornalista.
Para o comentarista da TV Cultura, a situação política é similar com a aquela com a qual a sociedade brasileira viveu na década de 1970, com o chamado milagre econômico, e a crise, que levou a campanhas como a Diretas Já!, mas com “todas as peças do tabuleiro”. De acordo com Nassif, “em termos relativos, o crescimento do País em muitos setores é um crescimento significativo”, inclusive, alavancado pela nova classe média.
Segundo dados expostos pelo palestrante durante o Seminário de Pauta, só no comércio eletrônico houve um crescimento de 43%, um salto de 40,5% em dez anos. Em 2011, o número de alfabetizados no Brasil alcançou a marca de 90,17%, o que explica a mudança de demandas da emergente classe C e o “dinamismo monumental” na sociedade brasileira.
Para Luis Nassif, existem pontos que demonstram que o País não ficou parado nos últimos anos, e que “essa crise pega o País em outra situação, com outros predicados e potenciais”. Ainda de acordo com o jornalista, atualmente há 14,7 milhões de jovens promissores no Brasil, 59% com ensino médio completo; 30,3 milhões de trabalhadores e 11,6 milhões de empreendedores.
“[Portanto], o que acontece no mercado, hoje, não tem explicação. Ano passado já tinha um desaquecimento da economia, e o grande economista é aquele que percebe os sinais de mudanças de rumo antes de vir os indicadores”, expôs o colunista econômico. Segundo Nassif, uma das principais causas da crise atual é o aumento da taxa de juros básica que derrubou uma demanda já enfraquecida.
“O que acontece quando você joga a taxa de juros a 14,25%? Provoca uma recessão que derruba a receita fiscal só para manter o grau de investimento nas agências de risco. A dívida pública, com isso, sobe de 20 a 25% ao ano. Dentro desse modelo, o PIB [Produto Interno Bruto] cai e mesmo se tudo der certo, não vai dar certo”, esclareceu Nassif.
De acordo com os últimos dados do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), o PIB caiu 1,9% no segundo trimestre de 2015 e o desemprego chegou a 7,6% em setembro deste ano – a indústria amargou o oitavo resultado negativo consecutivo em agosto, quando caiu 0,8%. Reflexos do endividamento das empresas, o jornalista garante que os índices são resultados de ajuste fiscal e monetário realizado ao mesmo tempo.
“Não existe essa história que em recessão você põe o ajuste fiscal e monetário. Você põe o fiscal, aí você dá tempo para as empresas e pessoas físicas renegociarem suas dívidas com taxas de juros razoáveis para voltar ao estágio de crescimento. Mas, o que estão fazendo é uma pinça: pegando os dois lados”, explica Nassif, mas assegura: “Se o governo mudar a economia, o mercado muda agora; se ele não mudar, o mercado não segura seis meses”.
De acordo com o colunista da Carta Capital, uma das soluções para estabilizar a conjuntura político-econômica brasileira encontra-se na categoria de TI. Para conquistar bem-estar social, serviços públicos e empregos de qualidade, desburocratização e garantir a proteção da democracia e alavancar o País ao patamar da competitividade mundial, a participação dos profissionais do setor é fundamental.
“A aceleração do desenvolvimento tecnológico; as TICs continuando a modificar a natureza do trabalho, a estrutura da produção, educação e relação entre pessoas; o crescimento dos investimentos em automação e robótica e o crescimento dos investimentos e aplicação no campo da nanotecnologia e biotecnologia são as megatendências da ciência”, concluiu Luis Nassif.
O doutor em economia Fernando Ferrari Filho apresentou no Seminário
de Pauta do Sindpd a palestra "A Conjuntura Econômica para 2016" na qual
apresenta o cenário político e econômico do segundo mandato da
presidente Dilma Rousseff.
Para Ferrari, a política adotada pelo atual ministro da Fazenda, Joaquim Levy, pode ser comparada a um "samba de uma nota só". "A previsão de crescimento médio para o segundo governo da petista é ruim, pois as expectativas para 2015 e 2016 são de que o Produto Interno Bruto (PIB) fique negativo em 3,0% e entre -1,0% e -1,5%, respectivamente. Para 2016, a inflação variará entre 6,0% e 6,5%, a taxa Selic deverá ficar em 14,25%, e o dólar deve chegar a R$ 4,20. Atualmente, a política brasileira é sustentada pelo tripé metas ficais, metas de inflação e câmbio flexível. Se continuarmos nesse modelo, não vamos chegar muito longe", avaliou.
Segundo o palestrante, esse cenário econômico de crise vivido pelo Brasil caracteriza-se pelo aumento da inflação, estagnação da atividade produtiva e desemprego em ascensão, que corroboram para os problemas de desindustrialização e perda de competitividade da economia devido ao alto custo de produção. "Entre os anos de 2011 e 2014, o PIB nacional cresceu, em média, 2,1% ao ano e caracterizou-se pela tendência stop and go. A inflação média foi de 6,2% ao ano. Em 2015, o cenário inflacionário e de estagnação agravou-se", expôs.
De acordo com o economista, "outro ponto negativo foi a volatilidade do câmbio. A volatilidade da taxa de câmbio fez com que ora se chegasse a R$ 1,95, ora a R$ 2,65 (como em dezembro do ano passado) e agora está próximo a R$ 4. Isso cria um ambiente desfavorável para a criação de investimentos. Ademais, a política monetária tem de controlar a inflação de demanda e se preocupar com o crescimento do desemprego. O Banco Central tem que intervir no câmbio, bem como a política industrial deve ser ampla, e não setorial", explica Ferrari.
Economicamente, o ano de 2015 está perdido e o de 2016 semiperdido. Em 2018, se ventos favoráveis soprarem, talvez haja crescimento, afirma o economista. "Os maiores problemas do Brasil estão, entre outros, na desindustrialização, na volatilidade cambial e na falta de uma política industrial e tecnológica. Outra questão é a reprimarização da pauta de exportações, ou seja, as exportações estão cada vez mais concentradas em produtos básicos, agropecuários e commodities industriais, em geral, mercadorias de baixa tecnologia. Além disso, surgiram novos países na disputa pelo mercado de manufaturados, como Índia, Vietnã e países africanos, o que gerou queda das exportações brasileiras", frisou.
O aumento da tributação e a ineficiência da máquina pública também foram apontados como agravantes da crise por Fernando Ferrari Filho. "O Brasil é um dos países com os custos tributários mais altos do mundo. A solução para crise é a longo prazo e exigirá reformas estrutural-institucionais. Com essas reformas e com um governo estadista, que tenha um projeto nacional,o Brasil poderá voltar a crescer", finalizou.
“Eu tenho uma grande novidade para trazer a vocês hoje: o Brasil não vai acabar”. Jornalista, comentarista e colunista de economia, Luis Nassif afirmou que o País está pronto para enfrentar a atual conjuntura política e retomar o caminho do desenvolvimento.
Convicto de que o setor de Tecnologia da Informação faz parte da mola que impulsionará a economia brasileira, Nassif fez uma analogia com a área para reforçar sua crença no progresso nacional. “Se fôssemos um sistema, já temos um controle de processo e diagnósticos. Estamos em fase de transição, mas se tem um País pronto, é o Brasil”, reiterou o jornalista.
Para o comentarista da TV Cultura, a situação política é similar com a aquela com a qual a sociedade brasileira viveu na década de 1970, com o chamado milagre econômico, e a crise, que levou a campanhas como a Diretas Já!, mas com “todas as peças do tabuleiro”. De acordo com Nassif, “em termos relativos, o crescimento do País em muitos setores é um crescimento significativo”, inclusive, alavancado pela nova classe média.
Segundo dados expostos pelo palestrante durante o Seminário de Pauta, só no comércio eletrônico houve um crescimento de 43%, um salto de 40,5% em dez anos. Em 2011, o número de alfabetizados no Brasil alcançou a marca de 90,17%, o que explica a mudança de demandas da emergente classe C e o “dinamismo monumental” na sociedade brasileira.
Para Luis Nassif, existem pontos que demonstram que o País não ficou parado nos últimos anos, e que “essa crise pega o País em outra situação, com outros predicados e potenciais”. Ainda de acordo com o jornalista, atualmente há 14,7 milhões de jovens promissores no Brasil, 59% com ensino médio completo; 30,3 milhões de trabalhadores e 11,6 milhões de empreendedores.
“[Portanto], o que acontece no mercado, hoje, não tem explicação. Ano passado já tinha um desaquecimento da economia, e o grande economista é aquele que percebe os sinais de mudanças de rumo antes de vir os indicadores”, expôs o colunista econômico. Segundo Nassif, uma das principais causas da crise atual é o aumento da taxa de juros básica que derrubou uma demanda já enfraquecida.
“O que acontece quando você joga a taxa de juros a 14,25%? Provoca uma recessão que derruba a receita fiscal só para manter o grau de investimento nas agências de risco. A dívida pública, com isso, sobe de 20 a 25% ao ano. Dentro desse modelo, o PIB [Produto Interno Bruto] cai e mesmo se tudo der certo, não vai dar certo”, esclareceu Nassif.
De acordo com os últimos dados do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), o PIB caiu 1,9% no segundo trimestre de 2015 e o desemprego chegou a 7,6% em setembro deste ano – a indústria amargou o oitavo resultado negativo consecutivo em agosto, quando caiu 0,8%. Reflexos do endividamento das empresas, o jornalista garante que os índices são resultados de ajuste fiscal e monetário realizado ao mesmo tempo.
“Não existe essa história que em recessão você põe o ajuste fiscal e monetário. Você põe o fiscal, aí você dá tempo para as empresas e pessoas físicas renegociarem suas dívidas com taxas de juros razoáveis para voltar ao estágio de crescimento. Mas, o que estão fazendo é uma pinça: pegando os dois lados”, explica Nassif, mas assegura: “Se o governo mudar a economia, o mercado muda agora; se ele não mudar, o mercado não segura seis meses”.
De acordo com o colunista da Carta Capital, uma das soluções para estabilizar a conjuntura político-econômica brasileira encontra-se na categoria de TI. Para conquistar bem-estar social, serviços públicos e empregos de qualidade, desburocratização e garantir a proteção da democracia e alavancar o País ao patamar da competitividade mundial, a participação dos profissionais do setor é fundamental.
“A aceleração do desenvolvimento tecnológico; as TICs continuando a modificar a natureza do trabalho, a estrutura da produção, educação e relação entre pessoas; o crescimento dos investimentos em automação e robótica e o crescimento dos investimentos e aplicação no campo da nanotecnologia e biotecnologia são as megatendências da ciência”, concluiu Luis Nassif.
Fernando Ferrari: "Política de Levy é samba de uma nota só"
Economista criticou politica de juro alto, estagnação e desemprego
Para Ferrari, a política adotada pelo atual ministro da Fazenda, Joaquim Levy, pode ser comparada a um "samba de uma nota só". "A previsão de crescimento médio para o segundo governo da petista é ruim, pois as expectativas para 2015 e 2016 são de que o Produto Interno Bruto (PIB) fique negativo em 3,0% e entre -1,0% e -1,5%, respectivamente. Para 2016, a inflação variará entre 6,0% e 6,5%, a taxa Selic deverá ficar em 14,25%, e o dólar deve chegar a R$ 4,20. Atualmente, a política brasileira é sustentada pelo tripé metas ficais, metas de inflação e câmbio flexível. Se continuarmos nesse modelo, não vamos chegar muito longe", avaliou.
Segundo o palestrante, esse cenário econômico de crise vivido pelo Brasil caracteriza-se pelo aumento da inflação, estagnação da atividade produtiva e desemprego em ascensão, que corroboram para os problemas de desindustrialização e perda de competitividade da economia devido ao alto custo de produção. "Entre os anos de 2011 e 2014, o PIB nacional cresceu, em média, 2,1% ao ano e caracterizou-se pela tendência stop and go. A inflação média foi de 6,2% ao ano. Em 2015, o cenário inflacionário e de estagnação agravou-se", expôs.
De acordo com o economista, "outro ponto negativo foi a volatilidade do câmbio. A volatilidade da taxa de câmbio fez com que ora se chegasse a R$ 1,95, ora a R$ 2,65 (como em dezembro do ano passado) e agora está próximo a R$ 4. Isso cria um ambiente desfavorável para a criação de investimentos. Ademais, a política monetária tem de controlar a inflação de demanda e se preocupar com o crescimento do desemprego. O Banco Central tem que intervir no câmbio, bem como a política industrial deve ser ampla, e não setorial", explica Ferrari.
Economicamente, o ano de 2015 está perdido e o de 2016 semiperdido. Em 2018, se ventos favoráveis soprarem, talvez haja crescimento, afirma o economista. "Os maiores problemas do Brasil estão, entre outros, na desindustrialização, na volatilidade cambial e na falta de uma política industrial e tecnológica. Outra questão é a reprimarização da pauta de exportações, ou seja, as exportações estão cada vez mais concentradas em produtos básicos, agropecuários e commodities industriais, em geral, mercadorias de baixa tecnologia. Além disso, surgiram novos países na disputa pelo mercado de manufaturados, como Índia, Vietnã e países africanos, o que gerou queda das exportações brasileiras", frisou.
O aumento da tributação e a ineficiência da máquina pública também foram apontados como agravantes da crise por Fernando Ferrari Filho. "O Brasil é um dos países com os custos tributários mais altos do mundo. A solução para crise é a longo prazo e exigirá reformas estrutural-institucionais. Com essas reformas e com um governo estadista, que tenha um projeto nacional,o Brasil poderá voltar a crescer", finalizou.
Para Marcos Bruno, a internet não é um mundo sem lei
Especialista em direito eletrônico afirma que é preciso educar os usuários da internet para o uso consciente da rede
Marcos Bruno,
especialista em direito digital, discorreu sobre os aspectos que tornam o
Brasil um dos principais alvos de crimes na internet devido ao
crescimento do número de usuários nos últimos anos.
"Os
brasileiros aderiram à internet e a novas tecnologias. [No ranking
mundial de acesso a internet] estamos em segundo lugar em número de
usuários ativos. Como há uma grande demanda, existe uma grande
quantidade de crimes digitais, como é natural, se você tem um país que
tem um número maior de acesso à internet.", apontou o advogado e sócio
da Opice Blum, escritório especializado em direito eletrônico.
Durante
sua palestra no Seminário de Pauta, Bruno apresentou dados sobre o
comportamento dos brasileiros na rede. Por segundo, o Brasil faz cerca
de 54 mil inserções no Facebook e aproximadamente 2.314 horas de uploads
de vídeos do Youtube. "A internet é boa, a gente não pode condenar a
tecnologia, mas quando usada para o mal, ela pode ter uma proporção
muito grande", disse.
Devido ao
aumento da acessibilidade à internet, é natural que ocorram situações
que ultrapassam o limites da liberdade de expressão afirma Marcos Bruno.
"18% [das pessoas] respondem que já foram vítimas de crimes digitais.
Isto é um fenômeno que a gente verifica. Neste ano, 44,5% foram vítima
ou tiveram parentes com cartão [de crédito] clonado. Em 2013, o
percentual era de 31,8%. Os crimes estão cada vez mais migrando para a
internet", explicou o especialista.
"Aquilo
que acontece na internet tem efeitos e consequências. Os rastros
tecnológicos ficam e carregam uma grande possibilidade de identificação
dos seus usuários. A Internet não é um mundo sem lei", lembra Bruno.
Monitoramento
O
palestrante também alertou sobre a necessidade de se cuidar do
monitoramento de acesso dos funcionários que podem fraudar as empresas
para as quais trabalham, enviando informações confidenciais para
concorrentes. "A gente vive numa sociedade hiperconectada. A internet é
uma tecnologia que se espalha muito rapidamente. O ambiente de trabalho
também está se alterando. Hoje você trabalha conectado e isto traz uma
serie de preocupações, especialmente com a conduta do seu funcionário",
conta.
Segundo o Marcos Bruno,
muitas informações confidenciais podem vazar na rede de maneira simples.
"Um funcionário que quer salvar parte do seu trabalho que está na
empresa para continuar em casa coloca isso em ferramentas de
compartilhamento público. E sem nenhuma intenção má por parte do
trabalhador acaba vazando na internet. Isso acontece porque algumas
ferramentas são de uso público. Se fizermos uma busca no Google com a
palavra ?confidencial?, vão aparecer ali cerca de 2 milhões de
documentos de extrema importância", indica.
Outra
questão são as brincadeiras que muitos fazem sem considerar os impactos
posteriores. "Nós temos uma nova geração. Se não a educarmos, eles
podem ser vítimas de coisas muito graves", destacou.
Judiciário
Bruno
conta que o Poder Judiciário tem usado as redes sociais para a apuração
de fatos colocados tanto por pessoas que sofreram com invasões, e por
meio da Justiça solicitam ajuda, quanto para identificar o fraudador.
"Os juízes hoje têm que começar a lidar com a tecnologia, entender que
nem tudo que eles veem é verdade, que é possível fraudar sim",
ressaltou. O palestrante afirma que "esse tipo e situação é cada vez
mais comum, muitas vezes as pessoas postam coisas que são incongruentes
com as ações que empenham. Cada vez mais o Judiciário usa as redes
sociais. Mas é importante lembrar que o mau uso das redes sociais é
constante. Existe uma falta de mensuração, e essa conduta é
prejudicial".
A invasão aos bancos
de dados também fazem parte desse cenário. "Invasão a bancos de dados é
comum. O fraudador vai lá e invade a base de dados de um programa de
fidelidade, por exemplo, e você recebe um e-mail falando que ganhou
milhas. Quando você clica, pega vírus, e aquilo acaba por fornecer dados
pessoais, que teoricamente seriam confidenciais", alertou o
especialista.
Marco Civil
Marcos
Bruno colocou em debate a dificuldade de punição dos crimes por meio da
legislação brasileira, que oferece aos criminosos álibis para a
absolvição. O palestrante acredita que é necessária uma mudança nas leis
para desestimular o crescimento das infrações, já que o Ministério da
Justiça usa o Código Penal Brasileiro para punir os crimes na internet.
"Existe uma potencialização natural, e a lei tem uma falha porque não
conta essa potencialização na hora de aplicar a pena", disse.
"Se
um policial prende uma pessoa com uma quantidade significativa de
droga, aquilo servia de prova. Hoje não, a contabilidade da boca de fumo
pode ser feita através de celular. E aí precisa de autorização do
Judiciário para o acesso a esta informação. Assim acontece com os crimes
virtuais. A defensoria acaba achando artifícios na Lei e acaba
prejudicando o cidadão de bem, que foi lesado por alguma fraude",
completou.
Bruno reforça que
"temos poucos avanços na legislação. A Lei nº 12.737, mais conhecida
como Lei Carolina Dieckman, acabou sendo um avanço, mas ela apenas
tipifica o crime de invasão na internet.". "O fato de você invadir o
dispositivo não era tipificado como crime. O grande avanço da Lei
Carolina Dieckmann foi esta, tipificar a invasão", considerou.
Marcos
Bruno considera que a privacidade na internet não existirá mais e a
cada ano esse processo ficará muito mais complexo. "Nossa intimidade
deixará de existir. Tudo o que a gente faz está sendo coletado",
sentenciou.
"A maior arma do sindicalista é o grito, é preciso gritar", diz Francisco Gérson
Doutor em Direito Constitucional, especialista discutiu a essencialidade do direito de greve durante o Seminário de Pauta 2015
A segunda
palestra da agenda do Seminário de Pauta 2015 trouxe ao debate o
movimento grevista enquanto direito fundamental à classe trabalhadora.
Em "Greve: um direito antipático", Francisco Gérson - procurador
Regional do Trabalho da 7ª Região do Ceará - apresentou as razões pelas
quais as paralisações coletivas de trabalho permanecem marginalizadas.
Doutor em Direito Constitucional pela Universidade Federal de
Pernambuco, o palestrante também é professor adjunto da Universidade
Federal do Ceará, onde criou o GRUPE (Grupo de Estudos e Defesa do
Direito do Trabalho e do Processo Trabalhista).
O especialista apresentou aos espectadores uma introdução sobre a legalidade dos ritos de greve, garantia incorporada na Constituição Federal (Lei nº 7.783, de 28 de junho de 1989) durante o governo Sarney. Em seu argumento, Gérson destacou que, embora esteja integrada ao eixo de direitos fundamentais da Carta Magna, a greve mantém uma imagem negativa no imaginário de diversos setores, inclusive da população. "Quando a gente fala do direito à vida, todo mundo reconhece, o direito ao repouso, à saúde, mas quando falamos em greve, a coisa muda e todo mundo olha enviesado. É interessante que enquanto algumas categorias fazem greve outras criticam, mas esses polos, em algum momento, se invertem", destacou.
O especialista apresentou aos espectadores uma introdução sobre a legalidade dos ritos de greve, garantia incorporada na Constituição Federal (Lei nº 7.783, de 28 de junho de 1989) durante o governo Sarney. Em seu argumento, Gérson destacou que, embora esteja integrada ao eixo de direitos fundamentais da Carta Magna, a greve mantém uma imagem negativa no imaginário de diversos setores, inclusive da população. "Quando a gente fala do direito à vida, todo mundo reconhece, o direito ao repouso, à saúde, mas quando falamos em greve, a coisa muda e todo mundo olha enviesado. É interessante que enquanto algumas categorias fazem greve outras criticam, mas esses polos, em algum momento, se invertem", destacou.
Afirmando
ser a greve um fenômeno social, não jurídico, Gérson apontou que a
transformação da paralisação como garantia inequívoca da classe operária
tornou-se realidade por tratar-se de uma manifestação irreprimível
pelos agentes de poder. "Quando você fala em regulamentar, você fala em
restringir o direito de greve. O capital percebeu que não tinha como
suprimir o direito de greve, então era melhor regulamentar. (...) não
estamos pregando a greve, mas a greve, se necessária, precisa ser
exercida. Mesmo que o Estado tente abafar esses movimentos, só faz
nascerem lideranças e aí se criam mártires e não se resolvem os
problemas", apontou.
Para o professor, é preciso reconhecer a greve enquanto tentativa extrema do trabalhador de reivindicar seus direitos. Segundo diz, além de seus méritos, é importante compreender as complexidades que circundam as ações de mobilização. "O trabalhador recorre ao último recurso que é a paralisação. Não é todo sindicato que consegue puxar uma paralisação, porque requer dinheiro, taxa assistencial, aproximação com a categoria. A greve, para ser deflagrada, vem de um arcabouço enorme, não é coisa simples. O que ocorre antes para chegar até aquele momento daria um livro", disse.
Para o professor, é preciso reconhecer a greve enquanto tentativa extrema do trabalhador de reivindicar seus direitos. Segundo diz, além de seus méritos, é importante compreender as complexidades que circundam as ações de mobilização. "O trabalhador recorre ao último recurso que é a paralisação. Não é todo sindicato que consegue puxar uma paralisação, porque requer dinheiro, taxa assistencial, aproximação com a categoria. A greve, para ser deflagrada, vem de um arcabouço enorme, não é coisa simples. O que ocorre antes para chegar até aquele momento daria um livro", disse.
Evocando o
Artigo nono da Constituição - em que é assegurado o direito de greve,
competindo aos trabalhadores decidir sobre a oportunidade de exercê-lo e
sobre os interesses que devam por meio dele defender -, Gérson
ressaltou que não há razões que deslegitimem o movimento de greve,
tampouco o frágil argumento de que afeta a população. "O direito de
greve está colocado em nossa Constituição dentro do título de direitos
fundamentais, não tem nenhum distanciamento com os demais direitos.
(...) quem escolhe a oportunidade são os trabalhadores, não é a empresa,
nem o Ministério Público. A greve, sim, tem um interesse nítido de
causar prejuízo a alguém, para que haja repercussão, "defendeu.
Segundo destaca, a greve funciona como a luta pela garantia de outros direitos. "É importante para a dignidade dos trabalhadores. É o único grito dos trabalhadores para reivindicar seus direitos e condições de trabalho. É um instrumento de garantia material dos trabalhadores, um instrumento de justiça social, de distribuição de renda, um instrumento de equilíbrio de força entre o capital e o trabalho", declarou.
Greve no serviço público
Segundo destaca, a greve funciona como a luta pela garantia de outros direitos. "É importante para a dignidade dos trabalhadores. É o único grito dos trabalhadores para reivindicar seus direitos e condições de trabalho. É um instrumento de garantia material dos trabalhadores, um instrumento de justiça social, de distribuição de renda, um instrumento de equilíbrio de força entre o capital e o trabalho", declarou.
Greve no serviço público
Embora
esteja previsto no Artigo 37 da Constituição, a greve no serviço
público encontra dificuldades para o seu exercício. De acordo com a
legislação, "o direito de greve deve ser exercido nos termos e limites
definidos em lei específica", mas, por não haver lei específica, os
trabalhadores do serviço público devem seguir as regras do setor
privado.
Sobre este aspecto, a Central dos Sindicatos Brasileiros tem encampado ampla mobilização pela regulamentação da Convenção 151 da Organização Internacional do Trabalho, para garantir o direito à negociação coletiva e à greve no setor público, tendo em vista o vácuo legislativo que perdura há mais de 17 anos.
Conflitos de interesse
O professor afirmou, durante a exposição, haver uma tentativa nítida de enfraquecer a legitimidade do movimento grevista. Para ele, embora a garantia exista há 26 anos, ela ainda incomoda os agentes detentores de poder. "Uma greve quando estoura afeta vários interesses, econômicos, sociais, políticos. Um sindicato que tem poder para organizar uma movimentação muito grande chama aos olhos dos outros poderes", evidenciou.
Em sua análise, Gérson ressaltou que há uma perseguição contra as paralisações, que se faz clara na atuação da polícia durante as ações de greve. "Se tem uma greve, a polícia é logo destacada para lá, mas se tem uma denúncia de trabalho escravo, o sindicalista pede, implora, ora, mas não acontece. A opressão da greve fica a cargo do Estado, pelo capital. Se deflagrada a greve, todo mundo olha para ela amolando o facão, esperando um deslize", considerou.
Para ele, um dos artifícios para desestabilizar o movimento grevista é o interdito proibitório, um mecanismo de processo de defesa da posse, previsto no Artigo 932, do Código do Processo Civil, amplamente utilizado pelas empresas para barrar a aproximação dos sindicatos com os trabalhadores da categoria.
"Interditos proibitórios visam proteger a posse de uma propriedade. Sob esta justificativa, essas empresas ajuízam durante as greves para proibir a depredação contra o imóvel, mas essas medidas são feitas com o propósito de esvaziar a greve. Este juízo crítico não estão [os tribunais] fazendo. A lei é bem clara, na greve o sindicalista pode aliciar os trabalhadores para participar do movimento. Aliciar é uma palavra forte para mostrar o poder que a greve tem", disse.
Outro instrumento de dissuasão do movimento grevista, para o especialista, é o dissídio de abusividade, quando se decreta a ilegalidade da greve. Segundo aponta, basta ajuizar qualquer dissídio para haver 90% de chance de decretarem ilegal a greve. "É natural que na greve exista medição de força, carros de som, palavras de ordem. A maior arma do sindicalista é o grito, é preciso gritar. (...) na greve não pode haver violência, mas que tipo de violência, violência contra quem? Se uma empresa demite em massa e a categoria decide fazer uma greve, de quem é a violência?. Estão querendo domesticar a categoria, domesticar o sindicalista. Precisamos definir o que é violência e em qual momento ela ocorre", acentua Gérson.
Crise econômica
Sobre este aspecto, a Central dos Sindicatos Brasileiros tem encampado ampla mobilização pela regulamentação da Convenção 151 da Organização Internacional do Trabalho, para garantir o direito à negociação coletiva e à greve no setor público, tendo em vista o vácuo legislativo que perdura há mais de 17 anos.
Conflitos de interesse
O professor afirmou, durante a exposição, haver uma tentativa nítida de enfraquecer a legitimidade do movimento grevista. Para ele, embora a garantia exista há 26 anos, ela ainda incomoda os agentes detentores de poder. "Uma greve quando estoura afeta vários interesses, econômicos, sociais, políticos. Um sindicato que tem poder para organizar uma movimentação muito grande chama aos olhos dos outros poderes", evidenciou.
Em sua análise, Gérson ressaltou que há uma perseguição contra as paralisações, que se faz clara na atuação da polícia durante as ações de greve. "Se tem uma greve, a polícia é logo destacada para lá, mas se tem uma denúncia de trabalho escravo, o sindicalista pede, implora, ora, mas não acontece. A opressão da greve fica a cargo do Estado, pelo capital. Se deflagrada a greve, todo mundo olha para ela amolando o facão, esperando um deslize", considerou.
Para ele, um dos artifícios para desestabilizar o movimento grevista é o interdito proibitório, um mecanismo de processo de defesa da posse, previsto no Artigo 932, do Código do Processo Civil, amplamente utilizado pelas empresas para barrar a aproximação dos sindicatos com os trabalhadores da categoria.
"Interditos proibitórios visam proteger a posse de uma propriedade. Sob esta justificativa, essas empresas ajuízam durante as greves para proibir a depredação contra o imóvel, mas essas medidas são feitas com o propósito de esvaziar a greve. Este juízo crítico não estão [os tribunais] fazendo. A lei é bem clara, na greve o sindicalista pode aliciar os trabalhadores para participar do movimento. Aliciar é uma palavra forte para mostrar o poder que a greve tem", disse.
Outro instrumento de dissuasão do movimento grevista, para o especialista, é o dissídio de abusividade, quando se decreta a ilegalidade da greve. Segundo aponta, basta ajuizar qualquer dissídio para haver 90% de chance de decretarem ilegal a greve. "É natural que na greve exista medição de força, carros de som, palavras de ordem. A maior arma do sindicalista é o grito, é preciso gritar. (...) na greve não pode haver violência, mas que tipo de violência, violência contra quem? Se uma empresa demite em massa e a categoria decide fazer uma greve, de quem é a violência?. Estão querendo domesticar a categoria, domesticar o sindicalista. Precisamos definir o que é violência e em qual momento ela ocorre", acentua Gérson.
Crise econômica
Em
exame sobre o atual cenário de crise política, econômica e
institucional, Francisco Gérson argumentou que o Brasil está vivendo uma
inércia crítica. "O País está caído em crise porque teve pouca
paralisação. Se tivesse uma conscientização maior, o País não tinha
chegado aonde chegou. O País chegou a este ponto porque estamos vivendo
uma apatia social e política muito grande. Todo mundo olha como se fosse
nada".
Para ele, a crise, embora uma verdade inegável, "pode estar sendo utilizada para a retirada de direitos trabalhistas". (...) "Eu não estou entendendo o que está acontecendo com o País. Agora os direitos sociais estão sendo retirados. Todo dia quando sai uma nova regulamentação é para tirar direitos do povo. Eu estou estupefato, para não dizer decepcionado. Tem propostas que saem direto do próprio Ministério Público", criticou.
Reforma urgente
Para ele, a crise, embora uma verdade inegável, "pode estar sendo utilizada para a retirada de direitos trabalhistas". (...) "Eu não estou entendendo o que está acontecendo com o País. Agora os direitos sociais estão sendo retirados. Todo dia quando sai uma nova regulamentação é para tirar direitos do povo. Eu estou estupefato, para não dizer decepcionado. Tem propostas que saem direto do próprio Ministério Público", criticou.
Reforma urgente
Francisco
Gérson fez um apelo para que haja uma reforma no modo como a Justiça
tem analisado os processos de greve. "O direito é uma caixa de cupim,
tem saída para todo lado, o que importa é o querer. Se a pessoa quer
fazer o certo, consegue encontrar os princípios, as leis. Quem quer
fazer, faz, para o bem e para o mal. (...) eu faço um apelo para que
nessas ações não sejam [os tribunais] só técnicos, mas que façam um
interpretação social, uma interpretação crítica e social do Direito.
Vamos ver se conseguimos humanizar a jurisprudência dos tribunais",
finalizou.
Clóvis de Barros Filho fala sobre "Ética e Vergonha na Cara" no Seminário de Pauta 2015
Evento que lança a Campanha Salarial 2016 convidou filósofo para falar sobre o assunto
Para lançar à
plateia uma reflexão sobre os princípios e condutas que leva o ser
humano a se posicionar sobre os maiores dilemas existenciais da vida,
tomou a palavra o professor, doutor em comunicação pela USP, mestre em
ciência política pela Universidade Paris III Sorbonne-Nouvelle e
filósofo, Clóvis de Barros Filho. "Ética e Vergonha na Cara" foi o tema
de sua palestra no Seminário de Pauta.
Considerado um dos principais pensadores da modernidade, Clóvis lançou uma constatação: "muitas vezes a vida que decidimos viver é dependente de situações que não controlamos". De acordo com o filósofo, "escolhas" é a palavra-chave que nos impele a "identificar a alternativa de maior valor" em qualquer circunstância imposta pela vida, mesmo nos acontecimentos cotidianos.
"Se tenho escolhido desde que nasci, é sinal que tenho atribuído valor desde que nasci. Se há um bolo de chocolate e outro de qualquer sabor, alguns optarão por um e outros pelo que sobrou. Algum tipo de valor atribuíram", exemplificou o professor. Para o também escritor, "não há vida sem escolha, e não há escolha sem valor", e a angústia, proporcionada por essa liberdade, é algo que sempre acompanhará as tomadas de decisões.
Seja no ambiente de trabalho, educacional ou familiar, Clóvis reitera que "cada segundo da vida é um nó e, assim, haverá o medo de arriscar, de se arrepender". Porém, de acordo com o publicado no livro escrito a quatro mãos, junto ao também filósofo Mario Sergio Cortella, que leva o mesmo nome da palestra - "Ética e Vergonha na Cara" -, o certo e o errado podem ser decididos por meio de um fundamento democrático: "passa a ser o resultado da vitória do melhor argumento numa ética de diálogo, de discussão, de embate".
Tendo como base o teórico Rousseau, o professor explica na obra que o homem transcende a sua natureza, tem capacidade de inventar, criar, improvisar, inovar, empreender e pensar em soluções "nunca antes pensadas para situações nunca antes vividas". Porém, segundo o livre-docente, é justamente essa responsabilidade diária que nos faz culpar o sistema pelo diversos problemas enfrentados pela humanidade, como a corrupção.
"Ética é a necessidade de encontrar caminhos quando o instinto não responde mais; a necessidade de perceber que vontade não é desejo, porque vontade, muito mais do que uma inclinação do corpo, é uma decisão racional, elaborada e criativa sobre para onde queremos ir [...] mas o indivíduo prefere uma solução pronta à outra que ele mesmo tenha que buscar. Existe uma tentativa permanente de protocolos prontos da existência", afirma Clóvis.
Apesar do sentimento de angústia provocado pelos variados cenários de realidade, durante o Seminário, o professor deu a lição de casa sobre como cada um pode problematizar seus dilemas e encontrar saídas menos penosas e compatíveis com a conduta ética. "Entender o que é mais importante de se fazer na vida" é um dos caminhos em direção a soluções democráticas.
O professor reforça que, para isso, é necessário um novo modelo de escola, que também dê ênfase e espaço a aulas de cidadania para mudar a cultura do foco no resultado enraizado em nossa sociedade. De acordo com o exposto pelo doutor em comunicação, "toda vez que o foco está em alguma coisa, fica descaracterizada a ideia de complexidade, diversidade, pluralidade. Se houver um conflito entre honestidade e resultado, então, a resposta está no banner: o foco é no resultado [...], mesmo que isso implique mentir", esclarece.
Segundo Clóvis de Barros Filhos, "excelência, amor, alegria ou fidelidade - [decidir com base nessas quatro filosofias] - prometem a mesma coisa: uma convivência mais feliz". "Felicidade é aquele instante da vida que você gostaria que acontecesse de novo. A meta das metas é proporcionar a alguém um mísero segundo de felicidade. [Com isso], todos nós patrocinaríamos a nós e a nossos filhos uma sociedade muito melhor, mais honesta, mais limpa, mais viva", concluiu, e completou: "Diziam que o céu é o limite, mas o homem já furou o céu faz tempo. Para o homem, não há limite".
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Para terminar, para não dizer que não vi:
Lembro sim das denuncias sobre a diretoria do SindPD que houve em 2012:
e sei das explicações da diretoria sobre o caso:
Com relação às calúnias divulgadas na noite desta terça-feira (17) pelo “Jornal da Record”, o presidente do Sindicato dos Trabalhadores em Tecnologia da Informação do Estado de São Paulo esclarece:
1- Lamentavelmente, ficou claro que um dos objetivos da matéria é alimentar uma campanha em curso para enfraquecer os sindicatos e acabar com a contribuição sindical, recurso indispensável para a sustentação da luta dos trabalhadores e a melhoria de suas condições de vida;
2- A contribuição permite que as entidades sindicais tenham estrutura para enfrentar a pressão constante do capital em busca da redução de direitos. Com organização e muito trabalho, o Sindpd conquistou uma das mais avançadas convenções coletivas do país, com jornada de trabalho de 40 horas, aumentos reais de salário, PLR, Vale Refeição, Hora Extra de até 100%, além de outros benefícios oferecidos à categoria;
3- Os aportes dos trabalhadores em tecnologia da informação são geridos com extrema seriedade, sustentam uma estrutura com 11 unidades espalhadas pelo Estado, um renomado corpo jurídico, dezenas de funcionários e inúmeros benefícios de lazer e saúde aos associados;
4- A Presidência do Sindpd ou o sindicato NÃO são alvo de investigação do Ministério Público Federal, mas sim vítimas de sórdida trama difamatória, visando o linchamento da minha honra e reputação, através de mentiras, calúnias e ilações;
5- Não recebemos recursos federais ou públicos e os números apresentados pela reportagem são distorcidos e majorados, da mesma forma que a denúncia é fundada em ligações fantasiosas, projeções descabidas e dados mentirosos, tal como o seu autor;
6- A matéria veiculada pela Rede Record foi embasada por denúncias vazias do senhor Dalton José Gerth, ex-funcionário do sindicato, demitido por ter sido pego fraudando testes de certificação.
7- Logo após o seu desligamento, em fevereiro de 2011, diretores da entidade passaram a receber e-mails anônimos com ameaças e chantagens, cujo conteúdo é o mesmo que sustentou a matéria. Por se tratar de mentiras e montagens grosseiras, o Diretor de Educação do Sindpd, Emerson Morresi, principal alvo das ameaças, requereu abertura de inquérito para apurar seus autores;
8- O referido procedimento, em curso há mais de seis meses, culminou com a descoberta de que o Senhor Dalton José Gerth não apenas fraudava testes de certificação, mas também praticava os crimes de falsidade ideológica por se apresentar como graduado em Física pela USP e Ciência de Computação na UNIP, exercendo a função de professor universitário na Faculdade Anhanguera sem estar legalmente apto, sem ter diploma de formação superior. Não bastassem todas as mentiras, o fraudador ainda responde um inquérito por homicídio. É esse tipo de pessoa que está me atacando;
9- As disputas políticas iniciadas no ano passado na antiga central que o Sindpd era filiado e a proximidade das eleições internas uniram o senhor Dalton José Gerth a um grupo partidário que almeja se apoderar do sindicato em conluio com setores do patronato;
10- Procurado pelo repórter Vinicius Costa, buscamos informá-lo sobre os fatos e tentamos reiteradas vezes saber quais eram as supostas acusações para apresentarmos contestações concretas. Sem sucesso, entramos em contato com a produção da matéria, esclarecendo ponto por ponto. Em determinado momento do dia, um e-mail do senhor Dalton José Gerth endereçado aos jornalistas que produziam a matéria chegou ao conhecimento do sindicato. No referido e-mail, o ex-funcionário do Sindpd cobrava dos jornalistas a divulgação da reportagem. O e-mail só chegou ao conhecimento da diretoria do sindicato porque o remetente fez questão de repassá-lo para um diretor do Sindpd, que há muito vem atuando sorrateiramente com o senhor Dalton;
11- A mente pervertida do senhor Dalton chegou a induzir o repórter a acreditar que a filha do mesmo estaria sofrendo ameaças. Contudo, como se pode verificar nos e-mails até pouco tempo anônimos, quem ameaçou a integridade física dos filhos do diretor Emerson Morresi ou tentou me chantagear e extorquir foi o autor das calúnias. Em 22 de novembro de 2011, o diretor do Sindpd recebeu mensagem ameaçadora, que encerrava com a seguinte mensagem: “A vida não é toda ruim para você, hoje vi seus filhos na escola, eles são lindos”. Dois dias depois, em e-mail endereçado a mim, o mesmo autor das “denúncias”, afirma: “Sabe, seu Neto, estamos gastando muito $$$, só para o senhor saber aonde isso vai chegar, já contatamos toda a imprensa escrita e televisiva (Globo, SBT, Record, Revista Veja, Isto è, Exame, Carta Capital, Jornal Folha de São Paulo, Diário de São Paulo, Estadão e Hora do Povo, que por sinal abraçou nossa causa) (…) “Vou precisar que o senhor ajude algumas pessoas necessitadas, mais para frente digo como, quando e quanto”;
12- Portanto, não é verdade, assim como o próprio conteúdo da matéria, que me neguei a prestar esclarecimentos. Simplesmente eles não foram levados em consideração pela reportagem como determina as regras do jornalismo transparente e isento. Refuto veementemente todas as acusações e tomarei todas as medidas jurídicas e criminais cabíveis para conquistar o direito de resposta, o justo e elementar direito de defesa, que me foi negado, apesar de insistentes apelos;
13- Além disso, embora todos dados orçamentários do Sindpd estejam disponíveis no site, são submetidos à aprovação e análise dos associados, reunirei a diretoria para propor a contratação de uma auditoria externa para analisar minuciosamente todas as contas do Sindpd e não deixar dúvidas sobre a probidade desta diretoria, que preza pela lisura e muitos serviços tem prestado à categoria e ao setor de tecnologia da informação;
14- Não mediremos esforços para trazer a verdade à tona e rechaçar, uma a uma, as mentiras propaladas. Não nos submeteremos à chantagem, lutaremos com todas as nossas forças para defender a nossa história e nossa dignidade.
São Paulo, 18 de abril de 2012.
Antonio Neto
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Conheço as fontes de financiamento dos sindicatos:
Contribuição sindical, que é obrigatória a todos os trabalhadores de carteira assinada: Somente 60% do valor vai para o sindicato.
Contribuição Assistencial, cobrada de todos os trabalhadores que não se opuserem ao sindicato no período definido na convenção coletiva. O valor vai todo para o sindicato, mas nem todos os funcionários pagam.
Mensalidade dos associados: Valor cobrado mensalmente somente por aqueles que querem usufruir dos serviços que o sindicato oferece.
Isso vale para TODOS os sindicatos.
O resto é briga política e possíveis malversação do dinheiro dos associados/trabalhadores.
Porém devemos parar de atacar a fonte quando o conteúdo nos incomodam!
Não consegue rebater os argumentos colocados por alguém aí acaba com a sua reputação, imaginando que os argumentos são derrubados juntos!
Se esses diretores estão desviando recursos dos trabalhadores, se existe contratação de parentes, se houver mal-feitos por eles, então que eles paguem multas, sejam presos, paguem pelos seus mal-feitos.
Mas nada disso encobre o seminário produzido. Isso não muda os fatos mostrados pelos convidados. Não crie uma cortina de fumaça, não gere lixo, ruido de informação, irrelevâncias para que o importante fique escondido.
Vamos separar o que é irrelevante do que é importante. Você consegue fazer isso?
Criei uma comunidade no Google Plus: É tudo um assunto só
http://plus.google.com/u/0/communities/113366052708941119914
Outro dia discutindo sobre as manifestações do dia 15, sobre crise do governo e a corrupção da Petrobrás eu perguntei a ele se tinha acompanhado a CPI da Dívida Pública. Então ele me respondeu: Eu lá estou falando de CPI?! Não me lembro de ter falado de CPI nenhuma! Estou falando da roubalheira... A minha intenção era dizer que apesar de ter durado mais de 9 meses e de ter uma importância ímpar nas finanças do país, a nossa grande mídia pouco citou que houve a CPI e a maioria da população ficou sem saber dela e do assunto... Portanto não quis fugir do assunto... é o mesmo assunto: é a política, é a mídia, é a corrupção, são as eleições, é a Petrobras, a auditoria da dívida pública, democracia, a falta de educação, falta de politização, compra de votos, proprina, reforma política, redemocratização da mídia, a Vale, o caso Equador, os Bancos, o mercado de notícias, o mensalão, o petrolão, o HSBC, a carga de impostos, a sonegação de impostos,a reforma tributária, a reforma agrária, os Assassinos Econômicos, os Blog sujos, o PIG, as Privatizações, a privataria, a Lava-Jato, a Satiagraha, o Banestado, o basômetro, o impostômetro, É tudo um assunto só!...
Quem inventou o Brasil: Livro/Projeto de Franklin Martins (O ex-guerrilheiro ouve música)
Questões de opinião:
Questão de opinião: Maioridade penal a partir de 16 anos: seria uma boa?
Questão de Opinião: Financiamento de campanha: Público X Privado X Empresarial.
Questão de opinião: Terceirização - Temos que garantir os direitos deles ou dela? (PL 4330) (PCL 30/2015)
Comentários políticos com Bob Fernandes.
Sobre a Ditadura Militar e o Golpe de 64:
O Brasil Mudou. A Mídia não!
Acompanhando o Caso HSBC V - Defina: O que é um paraíso fiscal? Eles estão ligados a que países?
Sobre o caso Operação Zelotes (CARF):
Sobre CBF/Globo/Corrupção no futebol/Acompanhando a CPI do Futebol:
KKK Lembra daquele desenho da motinha?! Kajuru, Kfouri, Kalil:
Acompanhando a CPI do Futebol VI - O Romário é centro-avante ou um juiz?!
Considerado um dos principais pensadores da modernidade, Clóvis lançou uma constatação: "muitas vezes a vida que decidimos viver é dependente de situações que não controlamos". De acordo com o filósofo, "escolhas" é a palavra-chave que nos impele a "identificar a alternativa de maior valor" em qualquer circunstância imposta pela vida, mesmo nos acontecimentos cotidianos.
"Se tenho escolhido desde que nasci, é sinal que tenho atribuído valor desde que nasci. Se há um bolo de chocolate e outro de qualquer sabor, alguns optarão por um e outros pelo que sobrou. Algum tipo de valor atribuíram", exemplificou o professor. Para o também escritor, "não há vida sem escolha, e não há escolha sem valor", e a angústia, proporcionada por essa liberdade, é algo que sempre acompanhará as tomadas de decisões.
Seja no ambiente de trabalho, educacional ou familiar, Clóvis reitera que "cada segundo da vida é um nó e, assim, haverá o medo de arriscar, de se arrepender". Porém, de acordo com o publicado no livro escrito a quatro mãos, junto ao também filósofo Mario Sergio Cortella, que leva o mesmo nome da palestra - "Ética e Vergonha na Cara" -, o certo e o errado podem ser decididos por meio de um fundamento democrático: "passa a ser o resultado da vitória do melhor argumento numa ética de diálogo, de discussão, de embate".
Tendo como base o teórico Rousseau, o professor explica na obra que o homem transcende a sua natureza, tem capacidade de inventar, criar, improvisar, inovar, empreender e pensar em soluções "nunca antes pensadas para situações nunca antes vividas". Porém, segundo o livre-docente, é justamente essa responsabilidade diária que nos faz culpar o sistema pelo diversos problemas enfrentados pela humanidade, como a corrupção.
"Ética é a necessidade de encontrar caminhos quando o instinto não responde mais; a necessidade de perceber que vontade não é desejo, porque vontade, muito mais do que uma inclinação do corpo, é uma decisão racional, elaborada e criativa sobre para onde queremos ir [...] mas o indivíduo prefere uma solução pronta à outra que ele mesmo tenha que buscar. Existe uma tentativa permanente de protocolos prontos da existência", afirma Clóvis.
Apesar do sentimento de angústia provocado pelos variados cenários de realidade, durante o Seminário, o professor deu a lição de casa sobre como cada um pode problematizar seus dilemas e encontrar saídas menos penosas e compatíveis com a conduta ética. "Entender o que é mais importante de se fazer na vida" é um dos caminhos em direção a soluções democráticas.
O professor reforça que, para isso, é necessário um novo modelo de escola, que também dê ênfase e espaço a aulas de cidadania para mudar a cultura do foco no resultado enraizado em nossa sociedade. De acordo com o exposto pelo doutor em comunicação, "toda vez que o foco está em alguma coisa, fica descaracterizada a ideia de complexidade, diversidade, pluralidade. Se houver um conflito entre honestidade e resultado, então, a resposta está no banner: o foco é no resultado [...], mesmo que isso implique mentir", esclarece.
Segundo Clóvis de Barros Filhos, "excelência, amor, alegria ou fidelidade - [decidir com base nessas quatro filosofias] - prometem a mesma coisa: uma convivência mais feliz". "Felicidade é aquele instante da vida que você gostaria que acontecesse de novo. A meta das metas é proporcionar a alguém um mísero segundo de felicidade. [Com isso], todos nós patrocinaríamos a nós e a nossos filhos uma sociedade muito melhor, mais honesta, mais limpa, mais viva", concluiu, e completou: "Diziam que o céu é o limite, mas o homem já furou o céu faz tempo. Para o homem, não há limite".
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Para terminar, para não dizer que não vi:
Lembro sim das denuncias sobre a diretoria do SindPD que houve em 2012:
e sei das explicações da diretoria sobre o caso:
NOTA DE ESCLARECIMENTO DO SINDPD
Com relação às calúnias divulgadas na noite desta terça-feira (17) pelo “Jornal da Record”, o presidente do Sindicato dos Trabalhadores em Tecnologia da Informação do Estado de São Paulo esclarece:
1- Lamentavelmente, ficou claro que um dos objetivos da matéria é alimentar uma campanha em curso para enfraquecer os sindicatos e acabar com a contribuição sindical, recurso indispensável para a sustentação da luta dos trabalhadores e a melhoria de suas condições de vida;
2- A contribuição permite que as entidades sindicais tenham estrutura para enfrentar a pressão constante do capital em busca da redução de direitos. Com organização e muito trabalho, o Sindpd conquistou uma das mais avançadas convenções coletivas do país, com jornada de trabalho de 40 horas, aumentos reais de salário, PLR, Vale Refeição, Hora Extra de até 100%, além de outros benefícios oferecidos à categoria;
3- Os aportes dos trabalhadores em tecnologia da informação são geridos com extrema seriedade, sustentam uma estrutura com 11 unidades espalhadas pelo Estado, um renomado corpo jurídico, dezenas de funcionários e inúmeros benefícios de lazer e saúde aos associados;
4- A Presidência do Sindpd ou o sindicato NÃO são alvo de investigação do Ministério Público Federal, mas sim vítimas de sórdida trama difamatória, visando o linchamento da minha honra e reputação, através de mentiras, calúnias e ilações;
5- Não recebemos recursos federais ou públicos e os números apresentados pela reportagem são distorcidos e majorados, da mesma forma que a denúncia é fundada em ligações fantasiosas, projeções descabidas e dados mentirosos, tal como o seu autor;
6- A matéria veiculada pela Rede Record foi embasada por denúncias vazias do senhor Dalton José Gerth, ex-funcionário do sindicato, demitido por ter sido pego fraudando testes de certificação.
7- Logo após o seu desligamento, em fevereiro de 2011, diretores da entidade passaram a receber e-mails anônimos com ameaças e chantagens, cujo conteúdo é o mesmo que sustentou a matéria. Por se tratar de mentiras e montagens grosseiras, o Diretor de Educação do Sindpd, Emerson Morresi, principal alvo das ameaças, requereu abertura de inquérito para apurar seus autores;
8- O referido procedimento, em curso há mais de seis meses, culminou com a descoberta de que o Senhor Dalton José Gerth não apenas fraudava testes de certificação, mas também praticava os crimes de falsidade ideológica por se apresentar como graduado em Física pela USP e Ciência de Computação na UNIP, exercendo a função de professor universitário na Faculdade Anhanguera sem estar legalmente apto, sem ter diploma de formação superior. Não bastassem todas as mentiras, o fraudador ainda responde um inquérito por homicídio. É esse tipo de pessoa que está me atacando;
9- As disputas políticas iniciadas no ano passado na antiga central que o Sindpd era filiado e a proximidade das eleições internas uniram o senhor Dalton José Gerth a um grupo partidário que almeja se apoderar do sindicato em conluio com setores do patronato;
10- Procurado pelo repórter Vinicius Costa, buscamos informá-lo sobre os fatos e tentamos reiteradas vezes saber quais eram as supostas acusações para apresentarmos contestações concretas. Sem sucesso, entramos em contato com a produção da matéria, esclarecendo ponto por ponto. Em determinado momento do dia, um e-mail do senhor Dalton José Gerth endereçado aos jornalistas que produziam a matéria chegou ao conhecimento do sindicato. No referido e-mail, o ex-funcionário do Sindpd cobrava dos jornalistas a divulgação da reportagem. O e-mail só chegou ao conhecimento da diretoria do sindicato porque o remetente fez questão de repassá-lo para um diretor do Sindpd, que há muito vem atuando sorrateiramente com o senhor Dalton;
11- A mente pervertida do senhor Dalton chegou a induzir o repórter a acreditar que a filha do mesmo estaria sofrendo ameaças. Contudo, como se pode verificar nos e-mails até pouco tempo anônimos, quem ameaçou a integridade física dos filhos do diretor Emerson Morresi ou tentou me chantagear e extorquir foi o autor das calúnias. Em 22 de novembro de 2011, o diretor do Sindpd recebeu mensagem ameaçadora, que encerrava com a seguinte mensagem: “A vida não é toda ruim para você, hoje vi seus filhos na escola, eles são lindos”. Dois dias depois, em e-mail endereçado a mim, o mesmo autor das “denúncias”, afirma: “Sabe, seu Neto, estamos gastando muito $$$, só para o senhor saber aonde isso vai chegar, já contatamos toda a imprensa escrita e televisiva (Globo, SBT, Record, Revista Veja, Isto è, Exame, Carta Capital, Jornal Folha de São Paulo, Diário de São Paulo, Estadão e Hora do Povo, que por sinal abraçou nossa causa) (…) “Vou precisar que o senhor ajude algumas pessoas necessitadas, mais para frente digo como, quando e quanto”;
12- Portanto, não é verdade, assim como o próprio conteúdo da matéria, que me neguei a prestar esclarecimentos. Simplesmente eles não foram levados em consideração pela reportagem como determina as regras do jornalismo transparente e isento. Refuto veementemente todas as acusações e tomarei todas as medidas jurídicas e criminais cabíveis para conquistar o direito de resposta, o justo e elementar direito de defesa, que me foi negado, apesar de insistentes apelos;
13- Além disso, embora todos dados orçamentários do Sindpd estejam disponíveis no site, são submetidos à aprovação e análise dos associados, reunirei a diretoria para propor a contratação de uma auditoria externa para analisar minuciosamente todas as contas do Sindpd e não deixar dúvidas sobre a probidade desta diretoria, que preza pela lisura e muitos serviços tem prestado à categoria e ao setor de tecnologia da informação;
14- Não mediremos esforços para trazer a verdade à tona e rechaçar, uma a uma, as mentiras propaladas. Não nos submeteremos à chantagem, lutaremos com todas as nossas forças para defender a nossa história e nossa dignidade.
São Paulo, 18 de abril de 2012.
Antonio Neto
========================================================================
Conheço as fontes de financiamento dos sindicatos:
Contribuição sindical, que é obrigatória a todos os trabalhadores de carteira assinada: Somente 60% do valor vai para o sindicato.
Contribuição Assistencial, cobrada de todos os trabalhadores que não se opuserem ao sindicato no período definido na convenção coletiva. O valor vai todo para o sindicato, mas nem todos os funcionários pagam.
Mensalidade dos associados: Valor cobrado mensalmente somente por aqueles que querem usufruir dos serviços que o sindicato oferece.
Isso vale para TODOS os sindicatos.
O resto é briga política e possíveis malversação do dinheiro dos associados/trabalhadores.
Porém devemos parar de atacar a fonte quando o conteúdo nos incomodam!
Não consegue rebater os argumentos colocados por alguém aí acaba com a sua reputação, imaginando que os argumentos são derrubados juntos!
Mas nada disso encobre o seminário produzido. Isso não muda os fatos mostrados pelos convidados. Não crie uma cortina de fumaça, não gere lixo, ruido de informação, irrelevâncias para que o importante fique escondido.
Vamos separar o que é irrelevante do que é importante. Você consegue fazer isso?
Especial: É tudo um assunto só!
Criei uma comunidade no Google Plus: É tudo um assunto só
http://plus.google.com/u/0/communities/113366052708941119914
Outro dia discutindo sobre as manifestações do dia 15, sobre crise do governo e a corrupção da Petrobrás eu perguntei a ele se tinha acompanhado a CPI da Dívida Pública. Então ele me respondeu: Eu lá estou falando de CPI?! Não me lembro de ter falado de CPI nenhuma! Estou falando da roubalheira... A minha intenção era dizer que apesar de ter durado mais de 9 meses e de ter uma importância ímpar nas finanças do país, a nossa grande mídia pouco citou que houve a CPI e a maioria da população ficou sem saber dela e do assunto... Portanto não quis fugir do assunto... é o mesmo assunto: é a política, é a mídia, é a corrupção, são as eleições, é a Petrobras, a auditoria da dívida pública, democracia, a falta de educação, falta de politização, compra de votos, proprina, reforma política, redemocratização da mídia, a Vale, o caso Equador, os Bancos, o mercado de notícias, o mensalão, o petrolão, o HSBC, a carga de impostos, a sonegação de impostos,a reforma tributária, a reforma agrária, os Assassinos Econômicos, os Blog sujos, o PIG, as Privatizações, a privataria, a Lava-Jato, a Satiagraha, o Banestado, o basômetro, o impostômetro, É tudo um assunto só!...
A dívida pública brasileira - Quem quer conversar sobre isso?
Escândalo da Petrobrás! Só tem ladrão! O valor de suas ações caíram 60%!! Onde está a verdade?
O tempo passa... O tempo voa... E a memória do brasileiro continua uma m#rd*
As empresas da Lava-jato = Os Verdadeiros proprietários do Brasil = Os Verdadeiros proprietários da mídia.
Desastre na Barragem Bento Rodrigues <=> Privatização da Vale do Rio Doce <=> Exploração do Nióbio
Sobre o mensalão: Eu tenho uma dúvida!
Trechos do Livro "Confissões de um Assassino Econômico" de John Perkins
Meias verdades (Democratização da mídia)Spotniks, o caso Equador e a história de Rafael Correa.
O caso grego: O fogo grego moderno que pode nos dar esperanças contra a ilegítima, odiosa, ilegal, inconstitucional e insustentável classe financeira.
O Mercado de notícias - Filme/Projeto do gaúcho Jorge Furtado
A mídia é o 4° ou o 1° poder da república? (Caso Panair, CPI Times-Life)Quem inventou o Brasil: Livro/Projeto de Franklin Martins (O ex-guerrilheiro ouve música)
Questão de opinião: Maioridade penal a partir de 16 anos: seria uma boa?
Questão de Opinião: Financiamento de campanha: Público X Privado X Empresarial.
Questão de opinião: Terceirização - Temos que garantir os direitos deles ou dela? (PL 4330) (PCL 30/2015)
Eduardo Cunha - Como o Brasil chegou a esse ponto?
As histórias do ex-marido da Patrícia Pillar
Luiz Flávio Gomes e sua "Cleptocracia"
Comentários políticos com Bob Fernandes.
Ricardo Boechat - Talvez seja ele o 14 que eu estou procurando...
Seminário Nacional - Não queremos nada radical: somente o que está na constituição.
Seminário de Pauta 2015 da CSB - É tudo um assunto só...
UniMérito - Assembleia Nacional Constituinte Popular e Ética - O Quarto Sistema do Mérito
Como o PT blindou o PSDB e se tornou alvo da PF e do MPF - É tudo um assunto só!
InterVozes - Coletivo Brasil de Comunicação Social
Ajuste Fiscal - Trabalhadores são chamados a pagar a conta mais uma vez
Resposta ao "Em defesa do PT"
Desastre em Mariana/MG - Diferenças na narrativa.
Sobre a Ditadura Militar e o Golpe de 64:
O Brasil Mudou. A Mídia não!
Dossiê Jango - Faz você lembrar de alguma coisa?
Comissão Nacional da Verdade - A história sendo escrita (pela primeira vez) por completo.
Luiz Carlos Prestes: Coluna, Olga, PCB, prisão, ALN, ilegalidade, guerra fria... Introdução ao Golpe de 64.
A WikiLeaks (no Brasil: A Publica) - Os EUA acompanhando a Ditadura Brasileira.
Sobre o caso HSBC (SwissLeaks):
Acompanhando o Caso HSBC I - Saiu a listagem mais esperadas: Os Políticos que estão nos arquivos.
Acompanhando o Caso HSBC II - Com a palavra os primeiros jornalistas que puseram as mãos na listagem.
Acompanhando o Caso HSBC III - Explicações da COAF, Receita federal e Banco Central.
Acompanhando o Caso HSBC V - Defina: O que é um paraíso fiscal? Eles estão ligados a que países?
Acompanhando o Caso HSBC VI - Pausa para avisar aos bandidos: "Estamos atrás de vocês!"...
Acompanhando o Caso HSBC VII - Crime de evasão de divisa será a saída para a Punição e a repatriação dos recursos
Acompanhando o Caso HSBC VIII - Explicações do presidente do banco HSBC no Brasil
Acompanhando o Caso HSBC IX - A CPI sangra de morte e está agonizando...
Acompanhando o Caso HSBC X - Hervé Falciani desnuda "Modus-Operandis" da Lavagem de dinheiro da corrupção.
Sobre o caso Operação Zelotes (CARF):
Acompanhando a Operação Zelotes!
Acompanhando a Operação Zelotes II - Globo (RBS) e Dantas empacam as investigações! Entrevista com o procurador Frederico Paiva.
Acompanhando a Operação Zelotes III - Aberto a CPI do CARF - Vamos acompanhar!!Acompanhando a Operação Zelotes IV (CPI do CARF) - Apresentação da Polícia Federal, Explicação do Presidente do CARF e a denuncia do Ministério Público.
Acompanhando a Operação Zelotes V (CPI do CARF) - Vamos inverter a lógica das investigações?
Acompanhando a Operação Zelotes VI (CPI do CARF) - Silêncio, erro da polícia e acusado inocente depõe na 5ª reunião da CPI do CARF.
Acompanhando a Operação Zelotes VII (CPI do CARF) - Vamos começar a comparar as reportagens das revistas com as investigações...
Acompanhando a Operação Zelotes VIII (CPI do CARF) - Tem futebol no CARF também!...
Acompanhando a Operação Zelotes IX (CPI do CARF): R$1,4 Trilhões + R$0,6 Trilhões = R$2,0Trilhões. Sabe do que eu estou falando?
Acompanhando a Operação Zelotes X (CPI do CARF): No meio do silêncio, dois tucanos batem bico...
Acompanhando a Operação Zelotes XI (CPI do CARF): Tarólogo bocudo dá corpo à versão da Veja.Acompanhando a Operação Zelotes XII (CPI do CARF): Nem tudo é igual quando se pensa em como tudo deveria ser...
Acompanhando a Operação Zelotes XIII (CPI do CARF): APS fica calado. Meigan Sack fala um pouquinho. O Estadão está um passo a frente da comissão?
Acompanhando a Operação Zelotes XIV (CPI do CARF): Para de tumultuar, Estadão!
Acompanhando a Operação Zelotes XV (CPI do CARF): Juliano? Que Juliano que é esse? E esse Tio?
Acompanhando a Operação Zelotes XVI (CPI do CARF): Senhoras e senhores, Que comece o espetáculo!! ("Operação filhos de Odin")
Acompanhando a Operação Zelotes XVII (CPI do CARF): Trechos interessantes dos documentos sigilosos e vazados.
Sobre CBF/Globo/Corrupção no futebol/Acompanhando a CPI do Futebol:
KKK Lembra daquele desenho da motinha?! Kajuru, Kfouri, Kalil:
Eu te disse! Eu te disse! Mas eu te disse! Eu te disse! K K K
A prisão do Marin: FBI, DARF, GLOBO, CBF, PIG, MPF, PF... império Global da CBF... A sonegação do PIG... É Tudo um assunto só!!
Revolução no futebol brasileiro? O Fim da era Ricardo Teixeira.
Onde está a falsidade?? O caso Vladimir Herzog === Romário X Marin === Verdade X Caixa Preta da Ditadura
Videos com e sobre José Maria Marin - Caso José Maria MarinX Romário X Juca Kfouri (conta anonima do Justic Just )
Do apagão do futebol ao apagão da política: o Sistema é o mesmo
Acompanhando a CPI do Futebol - Será lúdico... mas espero que seja sério...
Acompanhando a CPI do Futebol II - As investigações anteriores valerão!
Acompanhando a CPI do Futebol III - Está escancarado: É tudo um assunto só!
Acompanhando a CPI do Futebol IV - Proposta do nobre senador: Que tal ficarmos só no futebol e esquecermos esse negócio de lavagem de dinheiro?!
Acompanhando a CPI do Futebol V - Andrew Jennings implora: "Dont give up"! (Não desistam)!Acompanhando a CPI do Futebol VI - O Romário é centro-avante ou um juiz?!
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