25/03/2015 - CPI - HSBC - CPI do HSBC vai ouvir Fernando Rodrigues, Francisco Otávio da Costa e Everardo Maciel
Memória Política (25/03/2015) - Na segunda reunião da CPI do HSBC o requerimento nº 4/2015 (http://goo.gl/WHi9UX), que convoca para uma audiência pública os jornalistas Fernando Rodrigues (UOL) e Francisco Otávio Archila da Costa (O Globo), além do ex-secretário da Receita Federal Everardo Maciel foi aprovado.
Com isso, a sessão de amanhã (26/03) ocorrerá em 2 partes, a primeira pela manhã, o relator Ricardo Ferraço (PMDB – ES) apresentará o plano de trabalho e na segunda parte (possivelmente a tarde) haverá a audiência pública com os convocados anteriormente citados.
Henry Hoyer foi citado por Paulo Roberto Costa em sua delação premiada
Empresário do Rio teve conta no HSBC da Suíça revelada pelo SwissLeaks
CPI do HSBC no Senado ouviu nesta 5ª feira jornalistas do UOL e do “Globo''
A CPI do HSBC, instalada no Senado para investigar as contas mantidas por brasileiros no banco HSBC na Suíça, decidiu nesta 5ª feira (26.mar.2015) convocar para depor o empresário Henry Hoyer de Carvalho, apontado como substituto do doleiro Alberto Youssef no esquema de desvios de recursos na Petrobras.
Hoyer, que desenvolve suas atividades no Rio, foi citado em fevereiro em depoimentos tomados pela Operação Lava Jato. Ele teria sucedido Youssef na função de repassador de propinas a políticos ligados ao Partido Progressista –a legenda que mais teve integrantes citados pelo Ministério Público até agora no escândalo da Petrobras.
Nos documentos do HSBC em Genebra, Henry Hoyer aparece como titular da conta secreta 7835HH. O saldo está zerado em 2006 e 2007, período ao qual os dados bancários se referem. Sua conta suíça existiu por um breve período: a abertura foi em 20 de julho de 1989; o encerramento, em 29 de agosto de 1990.
No termo de sua delação premiada, Paulo Roberto Costa descreve Hoyer como o “operador financeiro do PP que sucedeu [a] Alberto Youssef”. Costa compromete-se a apresentar provas que possam sustentar essa afirmação, “especialmente a sua relação [de Hoyer] com contratos da Petrobras e empreiteiras, e a relação destas com o PP”.
Num outro trecho do seu depoimento, Costa relata ter ido a “uma reunião na casa de Henry Hoyer, da qual também participaram Ciro Nogueira, Agnaldo Ribeiro, Arthur de Lira e Eduardo da Fonte”.
A CPI também aprovou a convocação do ex-secretário de Obras de Niterói, José Roberto Vinagre Mocarzel, que teve seu nome relacionado a conta no HSBC da Suíça. Mocarzel era braço direito do ex-prefeito de Niterói pelo PDT Jorge Roberto Silveira, também vinculado a conta na agência do banco em Genebra.
Mocarzel é servidor de carreira da Superintendência de Desportos do Estado do Rio de Janeiro, mas está cedido ao gabinete do deputado estadual Paulo Ramos (PSOL-RJ). Segundo o Portal da Transparência, seu salário bruto atual é de R$ 8.502,00.
Acesso aos dados do HSBC
A sessão da CPI do HSBC desta 5ª feira ouviu os jornalistas Fernando Rodrigues, do UOL e membro do ICIJ, e Chico Otávio, do “Globo'', sobre a análise dos dados de correntistas brasileiros relacionados a contas do banco na Suíça.
Em 2014, o ICIJ firmou uma parceria com o jornal francês “Le Monde” para investigar o caso. No Brasil, o UOL e o “Globo'' têm exclusividade na apuração.
O pedido foi negado por Fernando Rodrigues –o ICIJ adotou como diretriz não entregar as listas completas em nenhum país envolvido na cobertura do SwissLeaks.
Fernando Rodrigues também ponderou que o risco de uma lista em posse do Congresso vazar não deve ser menosprezado, pela dinâmica das comissões parlamentares de inquérito. Ele sugeriu que o acervo de dados seja solicitado oficialmente ao governo da França, que detém as informações extraídas do HSBC de Genebra por um ex-funcionário do banco.
Depoimentos
Na próxima 4ª feira (1º.abr.2015), a CPI ouvirá o secretário da Receita Federal, Jorge Rachid, e Antonio Gustavo Rodrigues, presidente do Conselho de Controle de Atividades Financeiras, vinculado ao Ministério da Fazenda.
A CPI também decidiu convidar Anthero de Moraes Meirelles, diretor de fiscalização do BC, Ricardo Andrade Saadi, diretor do Departamento de Recuperação de Ativos e Cooperação Jurídica Internacional do Ministério da Justiça, e Murilo Portugal, presidente da Febraban (Federação Brasileira de Bancos), para falarem sobre o vazamento de dados do HSBC da Suíça e providências para recuperar recursos eventualmente sonegados ou enviados para o exterior de maneira ilegal.
Sigilo fiscal e bancárioO senador Randolfe Rodrigues (PSOL-AP) solicitou ao presidente da CPI, senador Paulo Rocha (PT-BA) a quebra de sigilo fiscal e bancário de pessoas citadas em reportagens do UOL e do “Globo'' sobre o SwissLeaks. Rocha disse que os requerimentos de quebra de sigilo deverão ser apreciado numa fase posterior dos trabalhos da comissão.
Os parlamentares da CPI do HSBC vão pedir ao governo francês acesso aos dados de quase nove mil brasileiros que tinham contas na agência de Genebra. Nesta quinta-feira (26), a comissão ouviu dois jornalistas que têm a lista, mas não compartilham as informações.
Caiu o Ministro da Educação...
Isso para a pátria educadora (???) deveria ser o maior dos problemas...
Num estado/governo imerso na total corrupção imagina o que esse ministro da educação fez para ter caído em menos de três meses de governo!...
Ele não foi educado! Ele foi mal-educado!
Isso para o ministro da educação é maior dos pecados! Maior que roubar o dinheiro da merendinha dos alunos (Olhe aqui ou aqui).
O que será que esse mal-educado que participa de um governo ladrão fez?
Sabe? Não? Vou fingir que não sabe:
Ele disse a verdade!
Ah!... a Verdade.... O que seria a verdade? Lembra da história do Elefante?
Ele falou numa universidade no Pará que:
"Tem lá [na Câmara] uns 400 deputados, 300 deputados que quanto pior melhor para eles. Eles querem é que o governo esteja frágil porque é a forma de eles achacarem mais, tomarem mais, tirarem mais dele, aprovarem as emendas impositivas." Ele disse isso no final de fevereiro e uma semana depois o áudio completo foi divulgado no blog do Josias no Uol para todo o mundo: http://josiasdesouza.blogosfera.uol.com.br/2015/03/04/camara-tem-uns-400-300-deputados-achacadores-diz-ministro-cid-gomes/ É... ele é mal educado mesmo... Sabe aquele quadro do Fantástico chamado de "Super-sincero" feito pelo Luiz Fernando Guimarães? Pois é... os dois são tão mal-educados da mesma forma!... O presidente da câmara dos deputados não gostou da declaração que não se fez nem na cara e nem pelas costa... E o chamou de mal-educado (pode conferir) e o convocou para se explicar na câmara... eu imagino que ele imaginou que ele não diria uma coisa dessas na frente de todo mundo não é?!... Ninguém imaginou que ele iria chegar na câmara dos deputados na frente de todos e explicar exatamente o que ele quis dizer. O que se imaginou era que ele iria se retratar e pedir desculpas e dizer que não era bem aquilo e ficar no disse-me-disse. Até o irmão dele, o Ciro Gomes, ex- da Patrícia Pillar (que eu tenho um post inteiro sobre ele) imaginou que era isso que aconteceria!
"Falar a verdade neste País, especialmente, nestes tempos, custa muito caro. Mas acho que esse preço tem que ser pago, porque quem faz história não são os pilantras que hoje dominam a cena nacional e sim os homens que não se abatem diante dos constrangimentos", afirmou. Acontece que os planos de todos foram por água a baixo, pois ele falou: "Eu não tenho mais idade. Eu não tenho direito de negar a tantos quanto nesses 20 anos de vida pública. Eu não tenho como negar aquilo que pessoalmente, de maneira reservada, falei no gabinete do reitor.” E explicou tim-tim por tim-tim o que ele quis dizer... na cara de todo mundo! É assim que vocês funcionam! A galera ficou em alvoroço! Muita gente falou: Eu não sou assim não!!! Ele chegou a apontar o dedo para o presidente e dizer que prefere ser chamado de mal-educado do que ser suspeito de roubar a república...
Se eu contar ninguém acredita! Então vejam vocês mesmos...
Desse caos todo, destaco a palavra do Chico Alencar resume o que tudo o que aconteceu...
E ele saiu de lá para perder o cargo de ministro da educação...
No dia seguinte o seu irmão falou que a corrupção venceu a verdade...
Pouco depois de ver o irmão ser demitido por ter chamado os deputados de achacadores, Ivo Gomes,secretário das Cidades do Ceará e irmão de Cid Gomes, resolveu atacar a presidente Dilma.
“Pronto, galera do impeachment. Não precisa mais pedi-lo. Dilma prostra-se. Quem manda no Brasil é o PMDB. A corrupção venceu a verdade”, postou em sua página nas redes sociais.
Usando a hastag #cidmerepresenta, Ivo, irmão de Cid e Ciro Gomes, publicou ainda vídeo do discurso do agora ex-ministro da Educação na Câmara dos Deputados, quando instou os deputados da base aliada a “largar o osso”.
Também do Pros, Ivo já havia criticado os presidentes da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB), e do Senado, o também peemedebista Renan Calheiros, ao chamá-los de “picaretas contumazes” quando seus nomes apareceram na lista dos políticos sob investigação na Lava Jato.
Antes mesmo de o irmão deixar a Educação, o ex-ministro Ciro Gomes (Pros) afirmou que falar a verdade no Brasil “custa muito caro”.
“Falar a verdade neste país, especialmente nestes tempos, custa muito caro. Mas acho que esse preço tem que ser pago porque quem faz história não são os pilantras que dominam a cena nacional, e sim os homens que não se abatem diante dos constrangimentos”, afirmou em entrevista ao blog do Eliomar de Lima, no jornal “O Povo”.
Ciro afirmou ainda que “qualquer governo que não queira cair tem que prestar atenção com muita humildade no recado das ruas”.“O que é preciso entender é que jamais se viu multidões desse tamanho se movimentarem se não houver uma razão real. E essas razões reais o governo precisa ter a sensibilidade, a modéstia, a humildade e a competência para entender”, disse.
O governador Camilo Santana, do PT, não se pronunciou sobre as críticas que seu secretário fez a presidente.
O petista, inclusive, lamentou a saída de Cid Gomes do governo Dilma. “Perde o Ceará, perde o Brasil e, principalmente, perde a educação brasileira”,disse Camilo, durante visita a Quixeramobim.
Antes, na cidade de Tauá, o petista afirmou que o discurso de de seu antecessor “foi um momento histórico”.
E essa história lembrou muito outra que aconteceu no final do ano passado com o empresário tucano Ricardo Semler (empresário inteligente e preparado, que assim como o Ciro Gomes foi estudar lá nos Estados Unidos)... Ele disse a verdade e não sofreu muitas punições... Acho que o que liberta, prende, solta, comanda tudo não é a verdade... é outra coisa mais palpável... mais verde que a verdade...
Em entrevista, empresário tucano reafirma sua percepção de
que “nunca se roubou tão pouco” no Brasil e estende a responsabilidade
do problema para o setor privado. “Eu quero ver alguém vender pra uma
grande montadora no Brasil sem dar propina para um diretor de compras”,
questionou
“A corrupção é muito mais endêmica do que parece, não é um problema
‘só’ brasileiro. E não é um problema público, é um problema privado
enorme”.
A declaração é de Ricardo Semler, empresário filiado ao PSDB, em
entrevista concedida ao programa Diálogos com Mário Sérgio Conti,
exibida na noite desta quinta-feira (26) na Globo News. Em novembro de
2014, Semler já havia ido na contramão da cobertura noticiosa da mídia
tradicional quando, em artigo publicado no jornal Folha de S. Paulo,
afirmou que “nunca se roubou tão pouco no Brasil”, fazendo alusão a uma
“santa hipocrisia” da elite em relação às denúncias na Petrobras.
Agora, voltou à carga analisando a questão da corrupção no país e no
mundo.
Na entrevista, Semler falou a respeito da percepção que as pessoas em
geral têm, de que a corrupção no Brasil alcança índices escandalosos,
fazendo um paralelo com a visão sobre a violência. “Nunca se matou tão
pouco. Se voltar pra Guerra Civil espanhola, [com] Franco são 21
milhões de pessoas; Segunda Guerra Mundial, Primeira Guerra Mundial,
Guerra dos 30 Anos, Guerra dos Cem Anos… Nunca morreu tão pouca gente.
No entanto, esse ‘atacado’ das grandes guerras está no ‘varejo’”,
explica. “E a internet, a facilidade de comunicação, faz com que tudo
fique óbvio e conhecido por todo o mundo”, pontua, fazendo a comparação:
“Com a corrupção é a mesma coisa, ela era no ‘atacado’. Quando eu
listasse pra você o xá do Irã, Idi Amin Dada, estou falando de 10, 15,
20 bilhões de dólares pra cada pessoa. Não estou defendendo, mas o que
quero dizer é que agora estamos em um momento em que aparece muito [a corrupção] e que veio pro varejo, o que é um grande problema.”
O empresário tenta dimensionar o problema da corrupção, afirmando não
só que não se trata de um problema tipicamente brasileiro, como também
não é novo. “Há 20 anos roubava-se um percentual sobre todos os barris
de petróleo que vinham para o Brasil. Se fizesse uma investigação hoje,
queria saber com as empreiteiras como foi a construção de Itaipu,
Transamazônica, Brasília… Os números hoje são pequenos, mas não são
defensáveis”, afirma, criticando a postura do PT no governo em seguida.
“O PT enfiou os pés pelas mãos ao achar que precisava jogar o jogo do
Brasil do jeito que se joga porque senão não tinha chance. É uma pena,
porque o PT era a última esperança de vir alguém e dizer ‘não vou jogar
desse jeito’. Mas não quer dizer que o roubo está aumentando, ele está
no varejo, está na internet e então aparece ‘pra burro’.”
Embora o foco da mídia de uma forma geral seja a ação de agentes
públicos, Semler afirma que a corrupção é algo comum também no âmbito
privado. “Quem olhar a iniciativa privada, porque se diz ‘isso é uma
coisa pública, esses políticos, Brasília…’. Eu quero ver alguém vender
pra uma grande montadora no Brasil sem dar propina para um diretor de
compras, que é de uma empresa multinacional alemã, americana…. Não vende
pra muitas delas. Propina pro comprador, negócio privado. Pra grandes
redes de supermercado, vai lá e pede pra botar seu produto na gôndola
mais perto. Vender prótese para hospital particular, os grandes nomes do
Brasil, não vende sem corrupção”, diz.
A circunscrição do problema também estaria equivocada já que, segundo
o empresário, trata-se de um fenômeno global que atinge países como
China, Rússia e Estados Unidos, ainda que de formas distintas. “No tempo
Bush, Dick Cheney, Halliburton, 800 bilhões de dólares em armamentos
comprados dos amigos… Agora, eles [EUA] estão no atacado, então você vai pra Miami, dirige, e o guarda de trânsito não te pede nada. Porque [a corrupção] é lá em cima, na hora que o cara vende armamento pra um país inteiro pra destruir o Afeganistão.”
De acordo com Semler, a corrupção estaria relacionada com a
desigualdade e a submissão das pessoas em relação ao poder do dinheiro.
“Quando se pensa um pouco, de onde vem a corrupção? Do desejo de ter o
dinheiro que é necessário para a pirâmide social. Hoje, se eu
conseguisse convidar as 85 pessoas certas para um coquetel lá em casa,
os 85 mais ricos do mundo, eu teria gente que tem mais patrimônio que
2,2 bilhões de pessoas no planeta. Há uma coisa profundamente errada
nisso”, pondera. “Achamos que moramos em um mundo cada vez democrático,
mas a verdade é que a gente vive em uma monarquia e somos todos súditos
do ‘King Cash’, o ‘Rei Grana’. Agora, dinheiro é tudo, e se dinheiro é
tudo, a corrupção tende a aumentar de forma capilar, no varejo. Por isso
que digo que o valor que se rouba tenho certeza que é menor, mas tem
muito mais gente interessada no seu quinhão desta corrupção.”
Para Semler, este cenário só teria chance de ser alterado caso haja
uma mudança na educação, que ainda é baseada em um modelo fordista
segundo sua avaliação. “A resposta, pra mim, está no jardim de infância,
infelizmente demora um pouco. O fato é que nós estamos em um sistema
educacional – que estamos tentando melhorar, mas ele é ruim em qualquer
lugar do mundo – baseado numa linha de montagem do Henry Ford em 1908
que diz ‘preciso passar um milhão de pessoas pela escola e fornecer para
a indústria’”, argumenta. “Mas aquele emprego já acabou. Nós só
tínhamos a cabeça pra manter a informação, hoje toda a informação está
disponível em trinta segundos no Google, o que estamos fazendo treinando
a cabeça das pessoas? Está na hora de, no jardim de infância, a gente
parar pra pensar no que está certo, no que está errado, quais são as
questões fundamentais de vida em sociedade, cidadania etc. É isso que
vai resolver o problema da corrupção logo, logo, em trinta, quarenta,
cinquenta anos. Não vai ser em dois meses.”
Ciro e Cid Gomes podem crescer com guerra PT-PSDB
Irmãos podem se dedicar a projeto livres da crise de Dilma
Num cenário de guerra mortal entre PT e PSDB, não pode ser descartado o surgimento de uma surpresa política. Depois do confronto na Câmara dos Deputados, o ex-ministro Cid Gomes (Educação) e o irmão Ciro Gomes (Pros-CE) podem se dedicar a um projeto político e eleitoral sem que estejam aprisionados à crise do governo Dilma.
Para uma fatia expressiva da opinião pública, as avaliações apimentadas de Cid e Ciro sobre a política brasileira podem ter apelo. Não é improvável que Ciro Gomes, que também já governou o Ceará como Cid e que já foi ministro nos governos Itamar e Lula, possa tentar novamente uma candidatura presidencial em 2018. O próprio Cid também poderia ser candidato.
Do ponto de vista da imagem pública, Cid sai engrandecido do episódio. Eduardo Cunha sai arranhado publicamente, mas ganha do ponto de vista político, pois conseguiu a demissão de um ministro. Já a Câmara perde, porque ouviu um sermão dado da tribuna.
Cid Gomes foi o maior vencedor do episódio de ontem. Eduardo Cunha é um dos políticos mais poderosos do país. Cid o enfrentou de peito aberto no dia em que o Datafolha mostrou que não apenas a popularidade da presidente Dilma havia despencado, mas também que a imagem do Congresso estava no chão. Apenas 9% dos entrevistados pelo Datafolha consideram o desempenho dos deputados e senadores ótimo ou bom. É um resultado pior do que os 13% de ótimo ou bom do governo Dilma. E 50% avaliam como ruim ou péssimo o trabalho do Congresso.
Portanto, o ex-ministro da Educação colocou o dedo na ferida. A declaração dele que produziu esse confronto com a Câmara foi a seguinte: “Tem lá uns 400 deputados, 300 deputados, que quanto pior, melhor para eles. (…) Eles querem é que o governo esteja frágil porque é a forma de eles achacarem mais, tomarem mais, tirarem mais dele, aprovarem as emendas impositivas”.
A palavra achaque foi usada no contexto clássico do “é dando que se recebe” praticado no Congresso. No dicionário Houaiss, achaque significa molestar, acusar, mas também roubar alguém sob ameaça ou extorquir dinheiro de uma pessoa. No entanto, na forma usada por Cid, é difícil discordar de que ela retrata o que acontece na relação entre um Executivo fraco e um Legislativo forte.
Cid Gomes e o irmão Ciro Gomes são críticos do PMDB e avaliaram que não valia a pena continuar num governo cada vez mais dominado por peemedebistas. Sem uma retratação, que nunca quis fazer, Cid sabia que Dilma não teria outra saída. Por isso, já chegou no Palácio do Planalto pedindo demissão.
O episódio ilustra como a presidente Dilma Rousseff se isolou politicamente e passou a depender do PMDB. Para o governo, o principal efeito deverá ser uma reforma ministerial na qual os peemedebistas sairão fortalecidos.
A presidente sempre precisou do PMDB para governar. Era algo que estava claro desde o final da campanha eleitoral do ano passado, quando ela teve dificuldade para se reeleger. Nenhum presidente gosta de ficar dependente demais de um partido. E Dilma cometeu um erro de avaliação: achou que poderia enfraquecer o PMDB.
Ela já estava fraca demais para fazer essa manobra e, mesmo assim, cometeu o erro de enfrentar o partido. A nomeação de Cid Gomes para o Ministério da Educação fazia parte de um plano para fortalecer o Pros a ponto de criar novas forças que pudessem fazer um contraponto ao PMDB na base de apoio do governo no Congresso.
A indicação de Gilberto Kassab para a pasta das Cidades tinha o mesmo objetivo. Com Kassab no PSD e Cid no Pros, Dilma imaginou que poderia enfrentar o PMDB. Teve uma derrota retumbante. A estratégia se mostrou irrealista.
Ontem, Dilma teve de ver o presidente da Câmara, Eduardo Cunha, anunciar a demissão de um ministro de Estado. No presidencialismo, isso simboliza como a presidente perdeu poder devido aos seus próprios equívocos.
Quatro Cegos e a Avaliação de um Elefante. Como cada um o vê?
Esta fábula do folclore Indu que segue abaixo é clássica e mostra como
cada indivíduo que vê as coisas somente do seu ponto de vista pode
pensar estar certo, no entanto pode concluir estar errado quando vê as
coisas por outro lado, de outro ponto de vista. Quando ouvimos todos os
lados envolvidos em uma situação e outros pontos de vista, podemos tirar
uma conclusão mais eficaz e completa de uma situação. A empatia é fator
preponderante.
Muitas vezes ouvimos alguém nos contar
uma “história”, ou uma determinada situação ocorrida. Mas quando ouvimos
só um ponto de vista, quando ouvimos apenas um lado da questão, ocorre o
inevitável: concluímos erradamente. Veja a Estória que segue:
Certo dia, um príncipe indiano mandou
chamar um grupo de cegos de nascença e os reuniu no pátio do palácio. Ao
mesmo tempo, mandou trazer um elefante e o colocou diante do grupo. Em
seguida, conduzindo-os pela mão, foi levando os cegos até o elefante
para que o apalpassem. Um apalpava a barriga, outro a cauda, outro a
orelha, outro a tromba, outro uma das pernas. Quando todos os cegos
tinham apalpado o animal, o príncipe ordenou que cada um explicasse aos
outros como era o elefante, então, o que tinha apalpado a barriga, disse
que o elefante era como uma enorme panela.
O que tinha apalpado a cauda até os
pelos da extremidade discordou e disse que o elefante se parecia mais
com uma vassoura. “Nada disso”, interrompeu o que tinha apalpado a
orelha. “Se alguma coisa se parece é com um grande leque aberto”. O que
apalpara a tromba deu uma risada e interferiu: “Vocês estão por fora. O
elefante tem a forma, as ondulações e a flexibilidade de uma mangueira
de água…”. “Essa não”, replicou o que apalpara a perna, “ele é redondo
como uma grande mangueira, mas não tem nada de ondulações nem de
flexibilidade, é rígido como um poste…”. Os cegos se envolveram
numa discussão sem fim, cada um querendo provar que os outros estavam
errados, e que o certo era o que ele dizia. Evidentemente cada
um se apoiava na sua própria experiência e não conseguia entender como
os demais podiam afirmar o que afirmavam. O príncipe deixou-os falar
para ver se chegavam a um acordo, mas quando percebeu que eram incapazes
de aceitar que os outros podiam ter tido outras experiências, ordenou
que se calassem. “O elefante é tudo isso que vocês falaram.”, Explicou.
“Tudo isso que cada um de vocês percebeu é só uma parte do elefante. Não
devem negar o que os outros perceberam. Deveriam juntar as
experiências de todos e tentar imaginar como a parte que cada um apalpou
se une com as outras para formar esse todo que é o elefante.”
Portanto amigo leitor, muito cuidado
quando você ouvir alguém te contar uma historinha, ela pode estar
totalmente equivocada. Se você quer saber mesmo da verdade e sem
pré-conceitos e parcialidade então ouça todos os lados possíveis, quanto
mais “cegos” você ouvir melhor será a tua conclusão de como é um
“elefante”, no final junte todas as partes. A propósito não é assim que
se faz em uma investigação?
Ou será que um detetive só escuta um
lado e pronto. Basta! Já pode dar como encerrado o caso? Na verdade os
juízes ouvem todos os lados antes de tomar uma decisão em um processo e
caso as partes não se completem ele se vê em aporia.
Quando eu conto esta fábula em minhas
palestras, eu as conto de uma maneira um pouco diferente e divertida.
Apresento quatro cegos que vão conhecer um elefante pela primeira vez,
um deles o apalpa pelo corpo e o descreve como uma parede, outro apalpa o
rabinho do elefante e o vê como uma cobra, um terceiro segura na enorme
pata do elefante e o vê como um tronco de árvore, e ultimo ceguinho vai
segurar a tromba do elefante e o que ele acha que parece? Bem diga aí… O
que parece? Deixa de ter uma mente poluída hem? Esse ceguinho diz que a
tromba parece uma mangueira bem grande. É, cada um vê o que quer…
Depois eu ainda pergunto para a platéia…
O que faz mais barulho: uma Banda ou a Bunda desse Elefante? Bem esta
parte deixa para as palestras.
Quem é “cego”?
Muitos dirão: “cego é aquele que não quer ver”. Eu vou mais além. Cego
não é apenas aquele que não quer ver, pois aquele que não quer ver, não
vê porque não quer e dessa maneira é um “cego consciente de sua
cegueira”. O pior cego é aquele que pensa estar enxergando, mas no fundo
não vê o que “pensa” ver, ele está em um mundo de “fábulas” onde a
“realidade” é uma coisa bem diferente… O cego, e agora me refiro mesmo
ao “deficiente visual”, enxerga muito mais do que muitos que possuem sua
visão plena, pois eles enxergam com o coração, enxergam através de
outros sentidos, diferentemente dos que têm todos os sentidos. Estes não
conseguem desenvolver essa verdadeira visão…
É interessante lembrarmos que são
conhecidos cinco sentidos e que a visão é apenas um destes sentidos. Os
outros são: a Audição, o Olfato, o Paladar e o Tato. Sabe-se também que
alguns desenvolvem uns sentidos mais do que os outros, desta maneira é
normal que quem não tenha bem apurado certo sentido terá os outros ou um
dos outros muito melhor apurado que a média das pessoas.
As empresas e as demais instituições
necessitam de pessoas, e a partir do momento que se sabe que as pessoas
são a parte mais importante de uma empresa, elas devem ser valorizadas.
Qualquer empresa valoriza a capacidade de uma pessoa em sua tarefa, em
sua atribuição. As empresas que valorizam a fala, por
exemplo, buscam ou treinam quem melhor tenha esta aptidão e certamente
será uma pessoa que tenha uma boa audição também, pois quem fala bem,
via de regra, ouve bem. Neste caso o deficiente visual deve levar alguma
vantagem, pois desenvolve melhor sua audição e, portanto tem mais
atenção aos sons do ambiente. Leva vantagem também quando o foco estiver
em qualquer dos outros sentidos, pois certamente ele os terá mais bem
desenvolvidos, seja a Audição, como falamos, seja o Olfato, o Paladar ou
e principalmente o Tato.
Todos os sentidos no fundo se resumem ao tato, além do tato propriamente dito, temos os sons que se propagam no ar e vêm tocar
nossos tímpanos, temos o paladar que é sentido através do tato químico
dos alimentos com as “papilas gustativas”; o olfato vem da mesma maneira
química pelo ar tocar nosso sentido olfativo; a visão por fim funciona
da mesma maneira as ondas e partículas da luz tocam nossas retinas.
Portanto o tato é o nosso único sentido.
Quando falamos da Programação
Neurolinguística lembramos de imediato os tipos de pessoas que podemos
conhecer, estas basicamente se dividem em três grupos: as pessoas Visuais (que têm predominância na visão); as Auditivas (que tem mais atenção na audição); e as Cinestésicas
(as que usam mais o tato, emoções e sensações). Há pessoas que se
mesclam nestas três categorias, tendo um equilíbrio entre elas, mas o
normal é que haja uma predominância em um dos sentidos.
Por fim gostaria de concluir dizendo
que certamente há outros sentidos que ainda não são conhecidos da
ciência e para estes não se sabe ainda como é que se “enxerga”; dessa
maneira quem pode ou poderá desenvolvê-lo melhor? Podemos chamá-lo de
“sexto sentido” ou “primeiro sentido”. Talvez o verdadeiro sentido aí
esteja e seja ele o próprio sentido da existência e da Vida.
O que é a Verdade?
No
início da história da Filosofia, os filósofos começaram a se perguntar
sobre as mais diversas questões que permeiam o pensamento humano. Uma
delas é sobre a verdade. O que é a Verdade? Platão inaugura seu pensamento sobre a verdade afirmando: “Verdadeiro é o discurso que diz as coisas como são; falso aquele que as diz como não são”. É a partir daí que começou a se formar a problemática em torno da verdade. No dicionário Aurélio encontra-se a seguinte definição de verdade: “Conformidade com o real”.
Talvez merecesse um comentário mais amplo, a afirmação acima de Platão,
mas partindo do conceito dado pelo dicionário pode-se chegar as
seguintes conclusões: Não existe uma verdade cujo sujeito possa ser o seu detentor;
a Filosofia chegou a distinguir cinco conceitos fundamentais da
verdade: a verdade como correspondência, como revelação, como
conformidade a uma regra, como coerência e como utilidade. Falar-se-á um
pouco de cada uma. A verdade como correspondência diz respeito à
afirmação platônica que foi citado no inicio deste texto. É a verdade
que garante a realidade, ou seja, o objeto falado é apresentado como ele
é. Aristóteles diz que: “Negar aquilo que é, e afirmar aquilo que não é, é falso, enquanto afirmar o que é e negar o que não é, é verdade”. Essa definição de verdade é a mais antiga e divulgada. A
concepção de verdade, sob o aspecto da revelação, surge num tempo em
que empirismo, metafísica e teologia apresentaram novas formas de se
entender a realidade. Trata-se de uma verdade que sob a luz empirista se
revelou ao homem por meio das sensações, e sob a perspectiva metafísica
ou teológica mostrou o verdadeiro por meio de um Ser supremo, Deus, que
evidencia a essência das coisas. A conformidade apresenta uma
verdade que se adapta a uma regra ou um conceito. E esta noção de
conformidade foi usada pela primeira vez por Platão: “... tudo o que me parece de acordo com este, considero verdadeiro,...” e retornando a história, Santo Agostinho afirma: “existe, sobre a nossa mente, uma lei que se chama verdade”. Em suma, a verdade, no sentido da conformidade, deve-se adequar a uma regra ou conceito. Já
na metade do século XIX, surgiu no movimento idealista inglês, a noção
de verdade como coerência. Essa idéia de coerência foi difundida pelo
filósofo Bradley. Ele critica o mundo da experiência humana partindo da
idéia de que “o princípio de que o que é contraditório, não pode ser real”, isso o fez aceitar que “a verdade é coerência perfeita”. Por fim, achou-se o pressuposto de verdade como utilidade, formulada primeiramente por Nietzsche: “Verdadeiro
não significa em geral senão o que é apto à conservação da humanidade. O
que me deixa sem vida quando acredito nele não é a verdade para mim, é
uma relação arbitrária e ilegítima do meu ser com as coisas externas”.
A preocupação é que a verdade como utilidade seja algo que faça bem
toda a humanidade. O que não é de práxis para a conservação do bem,
podemos dizer que é verdade? Toda essa investigação sobre a verdade
limita muito esse tema. A verdade possui inúmeros significados,
dependendo da pessoa que a defina. Ela continuará sendo uma das questões
mais abordadas nestes últimos tempos. Estamos em um mundo de grandes
transformações. Muitas ideologias são nos apresentadas como verdades
inquebrantáveis. Somos forçados a acreditar na mídia, na política e na
manifestação religiosa. Isso acontece de uma maneira inconsciente. O
que nos libertará de toda essa prisão é nossa atitude como sujeitos
formadores de consciência crítica. A questão é ir afundo sobre aquilo
que nos é apresentado. Fugir do senso comum e criar opiniões próprias.
Depende de você encarar isso como verdade.
Outro dia discutindo sobre as manifestações do dia 15, sobre crise do governo e a corrupção da Petrobrás eu perguntei a ele se tinha acompanhado a CPI da Dívida Pública. Então ele me respondeu: Eu lá estou falando de CPI?! Não me lembro de ter falado de CPI nenhuma! Estou falando da roubalheira... A minha intenção era dizer que apesar de ter durado mais de 9 meses e de ter uma importância impar nas finanças do país, a nossa grande mídia pouco citou que houve a CPI e a maioria da população ficou sem saber dela e do assunto... Portanto não quis fugir do assunto... é o mesmo assunto: é a política, é a mídia, é a corrupção, são as eleições, é a Petrobras, a auditoria da dívida pública, democracia, a falta de educação, falta de politização, compra de votos, proprina, reforma política, redemocratização da mídia, a Vale, o caso Equador, os Bancos, o mercado de notícias, o mensalão, o petrolão, o HSBC, a carga de impostos, a sonegação de impostos,a reforma tributária, a reforma agrária, os Assassinos Econômicos, os Blog sujos, o PIG, as Privatizações, a privataria, a Lava-Jato, a Satiagraha, o basômetro, o impostômetro, É tudo um assunto só!...
Pra entender
Basta um tapa num cigarro
Uma olhada no mapa do Brasil
Uma caminhada por qualquer caminho
Um carinho qualquer
Basta ver o que não se enxerga
O que só se enxerga nos olhos de
uma mulher
Basta olhar pro que acontece
Esteja onde estiver
Pra entender
Pra entender
Nada disso é tudo
Tudo isso é fundamental
Pra entender
Basta a cara e a coragem
A cor, o corpo,o coração
A cor, o corpo, o coração
Uma canção da banda preferida
Uma descida ao porão
Seis pilhas pr'o meu rádio
Seis minutos pra canção
Basta olhar pro o que acontece
Aconteça o que acontecer
Pra entender, pra entender
Nada disso é tudo
Tudo isso é fundamental
Pra entender
Basta uma noite de insônia
Um sonho que não tem fim
Um filme sem muita graça
Uma praça sem muito sol
Seis cordas pra guitarra
Seis sentidos na mesma direção
Seiscentos anos de estudo
Ou seis segundos de atenção
Pra entender
Pra entender
Nada disso é tudo
Próximos tópicos (não sei quando e poderão aparecer outros antes) para a Comunidade "É tudo um assunto só":
O Golpe de 64 e a ditadura militar.
A WikiLeaks (Promessa cumprida)
A Comissão da verdade (Promessa cumprida)
Rafael Correia e o caso Equador
A Operação Satiagraha
Você diz isso porque nunca ouviu o Olavo Bilac!!