Isso para a pátria educadora (???) deveria ser o maior dos problemas...
Num estado/governo imerso na total corrupção imagina o que esse ministro da educação fez para ter caído em menos de três meses de governo!...
Ele não foi educado! Ele foi mal-educado!
Isso para o ministro da educação é maior dos pecados! Maior que roubar o dinheiro da merendinha dos alunos (Olhe aqui ou aqui).
O que será que esse mal-educado que participa de um governo ladrão fez?
Sabe? Não? Vou fingir que não sabe:
Ele disse a verdade!
Ah!... a Verdade.... O que seria a verdade? Lembra da história do Elefante?
Ele falou numa universidade no Pará que:
"Tem lá [na Câmara] uns 400 deputados, 300 deputados que quanto pior melhor para eles. Eles querem é que o governo esteja frágil porque é a forma de eles achacarem mais, tomarem mais, tirarem mais dele, aprovarem as emendas impositivas."
Ele disse isso no final de fevereiro e uma semana depois o áudio completo foi divulgado no blog do Josias no Uol para todo o mundo:
http://josiasdesouza.blogosfera.uol.com.br/2015/03/04/camara-tem-uns-400-300-deputados-achacadores-diz-ministro-cid-gomes/
É... ele é mal educado mesmo... Sabe aquele quadro do Fantástico chamado de "Super-sincero" feito pelo Luiz Fernando Guimarães? Pois é... os dois são tão mal-educados da mesma forma!...
O presidente da câmara dos deputados não gostou da declaração que não se fez nem na cara e nem pelas costa... E o chamou de mal-educado (pode conferir) e o convocou para se explicar na câmara... eu imagino que ele imaginou que ele não diria uma coisa dessas na frente de todo mundo não é?!...
Ninguém imaginou que ele iria chegar na câmara dos deputados na frente de todos e explicar exatamente o que ele quis dizer. O que se imaginou era que ele iria se retratar e pedir desculpas e dizer que não era bem aquilo e ficar no disse-me-disse.
Até o irmão dele, o Ciro Gomes, ex- da Patrícia Pillar (que eu tenho um post inteiro sobre ele)
imaginou que era isso que aconteceria!
"Falar a verdade neste País, especialmente, nestes tempos, custa muito caro. Mas acho que esse preço tem que ser pago, porque quem faz história não são os pilantras que hoje dominam a cena nacional e sim os homens que não se abatem diante dos constrangimentos", afirmou.
Acontece que os planos de todos foram por água a baixo, pois ele falou:
"Eu não tenho mais idade. Eu não tenho direito de negar a tantos quanto nesses 20 anos de vida pública. Eu não tenho como negar aquilo que pessoalmente, de maneira reservada, falei no gabinete do reitor.”
E explicou tim-tim por tim-tim o que ele quis dizer... na cara de todo mundo! É assim que vocês funcionam! A galera ficou em alvoroço! Muita gente falou: Eu não sou assim não!!!
Ele chegou a apontar o dedo para o presidente e dizer que prefere ser chamado de mal-educado do que ser suspeito de roubar a república...
Se eu contar ninguém acredita! Então vejam vocês mesmos...
Desse caos todo, destaco a palavra do Chico Alencar resume o que tudo o que aconteceu...
E ele saiu de lá para perder o cargo de ministro da educação...
No dia seguinte o seu irmão falou que a corrupção venceu a verdade...
http://www1.folha.uol.com.br/poder/2015/03/1605420-a-corrupcao-venceu-a-verdade-diz-irmao-de-cid-gomes.shtml
Pouco depois de ver o irmão ser demitido por ter chamado os deputados de achacadores, Ivo Gomes, secretário das Cidades do Ceará e irmão de Cid Gomes, resolveu atacar a presidente Dilma.
“Pronto, galera do impeachment. Não precisa mais pedi-lo. Dilma prostra-se. Quem manda no Brasil é o PMDB. A corrupção venceu a verdade”, postou em sua página nas redes sociais.
Usando a hastag #cidmerepresenta, Ivo, irmão de Cid e Ciro Gomes, publicou ainda vídeo do discurso do agora ex-ministro da Educação na Câmara dos Deputados, quando instou os deputados da base aliada a “largar o osso”.
Também do Pros, Ivo já havia criticado os presidentes da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB), e do Senado, o também peemedebista Renan Calheiros, ao chamá-los de “picaretas contumazes” quando seus nomes apareceram na lista dos políticos sob investigação na Lava Jato.
Antes mesmo de o irmão deixar a Educação, o ex-ministro Ciro Gomes (Pros) afirmou que falar a verdade no Brasil “custa muito caro”.
“Falar a verdade neste país, especialmente nestes tempos, custa muito caro. Mas acho que esse preço tem que ser pago porque quem faz história não são os pilantras que dominam a cena nacional, e sim os homens que não se abatem diante dos constrangimentos”, afirmou em entrevista ao blog do Eliomar de Lima, no jornal “O Povo”.
Ciro afirmou ainda que “qualquer governo que não queira cair tem que prestar atenção com muita humildade no recado das ruas”. “O que é preciso entender é que jamais se viu multidões desse tamanho se movimentarem se não houver uma razão real. E essas razões reais o governo precisa ter a sensibilidade, a modéstia, a humildade e a competência para entender”, disse.
O governador Camilo Santana, do PT, não se pronunciou sobre as críticas que seu secretário fez a presidente.
O petista, inclusive, lamentou a saída de Cid Gomes do governo Dilma. “Perde o Ceará, perde o Brasil e, principalmente, perde a educação brasileira”, disse Camilo, durante visita a Quixeramobim.
Antes, na cidade de Tauá, o petista afirmou que o discurso de de seu antecessor “foi um momento histórico”.
É... a Bíblia diz que a verdade liberta...
Será?
O que libertou o Daniel Dantas não foi a verdade.
E essa história lembrou muito outra que aconteceu no final do ano passado com o empresário tucano Ricardo Semler (empresário inteligente e preparado, que assim como o Ciro Gomes foi estudar lá nos Estados Unidos)... Ele disse a verdade e não sofreu muitas punições... Acho que o que liberta, prende, solta, comanda tudo não é a verdade... é outra coisa mais palpável... mais verde que a verdade...
http://www1.folha.uol.com.br/opiniao/2014/11/1551226-ricardo-semler-nunca-se-roubou-tao-pouco.shtml
Em entrevista, empresário tucano reafirma sua percepção de que “nunca se roubou tão pouco” no Brasil e estende a responsabilidade do problema para o setor privado. “Eu quero ver alguém vender pra uma grande montadora no Brasil sem dar propina para um diretor de compras”, questionou
“A corrupção é muito mais endêmica do que parece, não é um problema ‘só’ brasileiro. E não é um problema público, é um problema privado enorme”.
A declaração é de Ricardo Semler, empresário filiado ao PSDB, em entrevista concedida ao programa Diálogos com Mário Sérgio Conti, exibida na noite desta quinta-feira (26) na Globo News. Em novembro de 2014, Semler já havia ido na contramão da cobertura noticiosa da mídia tradicional quando, em artigo publicado no jornal Folha de S. Paulo, afirmou que “nunca se roubou tão pouco no Brasil”, fazendo alusão a uma “santa hipocrisia” da elite em relação às denúncias na Petrobras. Agora, voltou à carga analisando a questão da corrupção no país e no mundo.
Na entrevista, Semler falou a respeito da percepção que as pessoas em geral têm, de que a corrupção no Brasil alcança índices escandalosos, fazendo um paralelo com a visão sobre a violência. “Nunca se matou tão pouco. Se voltar pra Guerra Civil espanhola, [com] Franco são 21 milhões de pessoas; Segunda Guerra Mundial, Primeira Guerra Mundial, Guerra dos 30 Anos, Guerra dos Cem Anos… Nunca morreu tão pouca gente. No entanto, esse ‘atacado’ das grandes guerras está no ‘varejo’”, explica. “E a internet, a facilidade de comunicação, faz com que tudo fique óbvio e conhecido por todo o mundo”, pontua, fazendo a comparação: “Com a corrupção é a mesma coisa, ela era no ‘atacado’. Quando eu listasse pra você o xá do Irã, Idi Amin Dada, estou falando de 10, 15, 20 bilhões de dólares pra cada pessoa. Não estou defendendo, mas o que quero dizer é que agora estamos em um momento em que aparece muito [a corrupção] e que veio pro varejo, o que é um grande problema.”
O empresário tenta dimensionar o problema da corrupção, afirmando não só que não se trata de um problema tipicamente brasileiro, como também não é novo. “Há 20 anos roubava-se um percentual sobre todos os barris de petróleo que vinham para o Brasil. Se fizesse uma investigação hoje, queria saber com as empreiteiras como foi a construção de Itaipu, Transamazônica, Brasília… Os números hoje são pequenos, mas não são defensáveis”, afirma, criticando a postura do PT no governo em seguida. “O PT enfiou os pés pelas mãos ao achar que precisava jogar o jogo do Brasil do jeito que se joga porque senão não tinha chance. É uma pena, porque o PT era a última esperança de vir alguém e dizer ‘não vou jogar desse jeito’. Mas não quer dizer que o roubo está aumentando, ele está no varejo, está na internet e então aparece ‘pra burro’.”
Embora o foco da mídia de uma forma geral seja a ação de agentes públicos, Semler afirma que a corrupção é algo comum também no âmbito privado. “Quem olhar a iniciativa privada, porque se diz ‘isso é uma coisa pública, esses políticos, Brasília…’. Eu quero ver alguém vender pra uma grande montadora no Brasil sem dar propina para um diretor de compras, que é de uma empresa multinacional alemã, americana…. Não vende pra muitas delas. Propina pro comprador, negócio privado. Pra grandes redes de supermercado, vai lá e pede pra botar seu produto na gôndola mais perto. Vender prótese para hospital particular, os grandes nomes do Brasil, não vende sem corrupção”, diz.
A circunscrição do problema também estaria equivocada já que, segundo o empresário, trata-se de um fenômeno global que atinge países como China, Rússia e Estados Unidos, ainda que de formas distintas. “No tempo Bush, Dick Cheney, Halliburton, 800 bilhões de dólares em armamentos comprados dos amigos… Agora, eles [EUA] estão no atacado, então você vai pra Miami, dirige, e o guarda de trânsito não te pede nada. Porque [a corrupção] é lá em cima, na hora que o cara vende armamento pra um país inteiro pra destruir o Afeganistão.”
De acordo com Semler, a corrupção estaria relacionada com a desigualdade e a submissão das pessoas em relação ao poder do dinheiro. “Quando se pensa um pouco, de onde vem a corrupção? Do desejo de ter o dinheiro que é necessário para a pirâmide social. Hoje, se eu conseguisse convidar as 85 pessoas certas para um coquetel lá em casa, os 85 mais ricos do mundo, eu teria gente que tem mais patrimônio que 2,2 bilhões de pessoas no planeta. Há uma coisa profundamente errada nisso”, pondera. “Achamos que moramos em um mundo cada vez democrático, mas a verdade é que a gente vive em uma monarquia e somos todos súditos do ‘King Cash’, o ‘Rei Grana’. Agora, dinheiro é tudo, e se dinheiro é tudo, a corrupção tende a aumentar de forma capilar, no varejo. Por isso que digo que o valor que se rouba tenho certeza que é menor, mas tem muito mais gente interessada no seu quinhão desta corrupção.”
Para Semler, este cenário só teria chance de ser alterado caso haja uma mudança na educação, que ainda é baseada em um modelo fordista segundo sua avaliação. “A resposta, pra mim, está no jardim de infância, infelizmente demora um pouco. O fato é que nós estamos em um sistema educacional – que estamos tentando melhorar, mas ele é ruim em qualquer lugar do mundo – baseado numa linha de montagem do Henry Ford em 1908 que diz ‘preciso passar um milhão de pessoas pela escola e fornecer para a indústria’”, argumenta. “Mas aquele emprego já acabou. Nós só tínhamos a cabeça pra manter a informação, hoje toda a informação está disponível em trinta segundos no Google, o que estamos fazendo treinando a cabeça das pessoas? Está na hora de, no jardim de infância, a gente parar pra pensar no que está certo, no que está errado, quais são as questões fundamentais de vida em sociedade, cidadania etc. É isso que vai resolver o problema da corrupção logo, logo, em trinta, quarenta, cinquenta anos. Não vai ser em dois meses.”
Ciro e Cid Gomes podem crescer com guerra PT-PSDB
Irmãos podem se dedicar a projeto livres da crise de Dilma
Num cenário de guerra mortal entre PT e PSDB, não pode ser descartado o surgimento de uma surpresa política. Depois do confronto na Câmara dos Deputados, o ex-ministro Cid Gomes (Educação) e o irmão Ciro Gomes (Pros-CE) podem se dedicar a um projeto político e eleitoral sem que estejam aprisionados à crise do governo Dilma.
Para uma fatia expressiva da opinião pública, as avaliações apimentadas de Cid e Ciro sobre a política brasileira podem ter apelo. Não é improvável que Ciro Gomes, que também já governou o Ceará como Cid e que já foi ministro nos governos Itamar e Lula, possa tentar novamente uma candidatura presidencial em 2018. O próprio Cid também poderia ser candidato.
Do ponto de vista da imagem pública, Cid sai engrandecido do episódio. Eduardo Cunha sai arranhado publicamente, mas ganha do ponto de vista político, pois conseguiu a demissão de um ministro. Já a Câmara perde, porque ouviu um sermão dado da tribuna.
Cid Gomes foi o maior vencedor do episódio de ontem. Eduardo Cunha é um dos políticos mais poderosos do país. Cid o enfrentou de peito aberto no dia em que o Datafolha mostrou que não apenas a popularidade da presidente Dilma havia despencado, mas também que a imagem do Congresso estava no chão. Apenas 9% dos entrevistados pelo Datafolha consideram o desempenho dos deputados e senadores ótimo ou bom. É um resultado pior do que os 13% de ótimo ou bom do governo Dilma. E 50% avaliam como ruim ou péssimo o trabalho do Congresso.
Portanto, o ex-ministro da Educação colocou o dedo na ferida. A declaração dele que produziu esse confronto com a Câmara foi a seguinte: “Tem lá uns 400 deputados, 300 deputados, que quanto pior, melhor para eles. (…) Eles querem é que o governo esteja frágil porque é a forma de eles achacarem mais, tomarem mais, tirarem mais dele, aprovarem as emendas impositivas”.
A palavra achaque foi usada no contexto clássico do “é dando que se recebe” praticado no Congresso. No dicionário Houaiss, achaque significa molestar, acusar, mas também roubar alguém sob ameaça ou extorquir dinheiro de uma pessoa. No entanto, na forma usada por Cid, é difícil discordar de que ela retrata o que acontece na relação entre um Executivo fraco e um Legislativo forte.
Cid Gomes e o irmão Ciro Gomes são críticos do PMDB e avaliaram que não valia a pena continuar num governo cada vez mais dominado por peemedebistas. Sem uma retratação, que nunca quis fazer, Cid sabia que Dilma não teria outra saída. Por isso, já chegou no Palácio do Planalto pedindo demissão.
O episódio ilustra como a presidente Dilma Rousseff se isolou politicamente e passou a depender do PMDB. Para o governo, o principal efeito deverá ser uma reforma ministerial na qual os peemedebistas sairão fortalecidos.
A presidente sempre precisou do PMDB para governar. Era algo que estava claro desde o final da campanha eleitoral do ano passado, quando ela teve dificuldade para se reeleger. Nenhum presidente gosta de ficar dependente demais de um partido. E Dilma cometeu um erro de avaliação: achou que poderia enfraquecer o PMDB.
Ela já estava fraca demais para fazer essa manobra e, mesmo assim, cometeu o erro de enfrentar o partido. A nomeação de Cid Gomes para o Ministério da Educação fazia parte de um plano para fortalecer o Pros a ponto de criar novas forças que pudessem fazer um contraponto ao PMDB na base de apoio do governo no Congresso.
A indicação de Gilberto Kassab para a pasta das Cidades tinha o mesmo objetivo. Com Kassab no PSD e Cid no Pros, Dilma imaginou que poderia enfrentar o PMDB. Teve uma derrota retumbante. A estratégia se mostrou irrealista.
Ontem, Dilma teve de ver o presidente da Câmara, Eduardo Cunha, anunciar a demissão de um ministro de Estado. No presidencialismo, isso simboliza como a presidente perdeu poder devido aos seus próprios equívocos.
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