Quatro Cegos e a Avaliação de um Elefante. Como cada um o vê?
Esta fábula do folclore Indu que segue abaixo é clássica e mostra como
cada indivíduo que vê as coisas somente do seu ponto de vista pode
pensar estar certo, no entanto pode concluir estar errado quando vê as
coisas por outro lado, de outro ponto de vista. Quando ouvimos todos os
lados envolvidos em uma situação e outros pontos de vista, podemos tirar
uma conclusão mais eficaz e completa de uma situação. A empatia é fator
preponderante.
Muitas vezes ouvimos alguém nos contar
uma “história”, ou uma determinada situação ocorrida. Mas quando ouvimos
só um ponto de vista, quando ouvimos apenas um lado da questão, ocorre o
inevitável: concluímos erradamente. Veja a Estória que segue:
Certo dia, um príncipe indiano mandou
chamar um grupo de cegos de nascença e os reuniu no pátio do palácio. Ao
mesmo tempo, mandou trazer um elefante e o colocou diante do grupo. Em
seguida, conduzindo-os pela mão, foi levando os cegos até o elefante
para que o apalpassem. Um apalpava a barriga, outro a cauda, outro a
orelha, outro a tromba, outro uma das pernas. Quando todos os cegos
tinham apalpado o animal, o príncipe ordenou que cada um explicasse aos
outros como era o elefante, então, o que tinha apalpado a barriga, disse
que o elefante era como uma enorme panela.
O que tinha apalpado a cauda até os
pelos da extremidade discordou e disse que o elefante se parecia mais
com uma vassoura. “Nada disso”, interrompeu o que tinha apalpado a
orelha. “Se alguma coisa se parece é com um grande leque aberto”. O que
apalpara a tromba deu uma risada e interferiu: “Vocês estão por fora. O
elefante tem a forma, as ondulações e a flexibilidade de uma mangueira
de água…”. “Essa não”, replicou o que apalpara a perna, “ele é redondo
como uma grande mangueira, mas não tem nada de ondulações nem de
flexibilidade, é rígido como um poste…”. Os cegos se envolveram
numa discussão sem fim, cada um querendo provar que os outros estavam
errados, e que o certo era o que ele dizia. Evidentemente cada
um se apoiava na sua própria experiência e não conseguia entender como
os demais podiam afirmar o que afirmavam. O príncipe deixou-os falar
para ver se chegavam a um acordo, mas quando percebeu que eram incapazes
de aceitar que os outros podiam ter tido outras experiências, ordenou
que se calassem. “O elefante é tudo isso que vocês falaram.”, Explicou.
“Tudo isso que cada um de vocês percebeu é só uma parte do elefante. Não
devem negar o que os outros perceberam. Deveriam juntar as
experiências de todos e tentar imaginar como a parte que cada um apalpou
se une com as outras para formar esse todo que é o elefante.”
Portanto amigo leitor, muito cuidado
quando você ouvir alguém te contar uma historinha, ela pode estar
totalmente equivocada. Se você quer saber mesmo da verdade e sem
pré-conceitos e parcialidade então ouça todos os lados possíveis, quanto
mais “cegos” você ouvir melhor será a tua conclusão de como é um
“elefante”, no final junte todas as partes. A propósito não é assim que
se faz em uma investigação?
Ou será que um detetive só escuta um
lado e pronto. Basta! Já pode dar como encerrado o caso? Na verdade os
juízes ouvem todos os lados antes de tomar uma decisão em um processo e
caso as partes não se completem ele se vê em aporia.
Quando eu conto esta fábula em minhas
palestras, eu as conto de uma maneira um pouco diferente e divertida.
Apresento quatro cegos que vão conhecer um elefante pela primeira vez,
um deles o apalpa pelo corpo e o descreve como uma parede, outro apalpa o
rabinho do elefante e o vê como uma cobra, um terceiro segura na enorme
pata do elefante e o vê como um tronco de árvore, e ultimo ceguinho vai
segurar a tromba do elefante e o que ele acha que parece? Bem diga aí… O
que parece? Deixa de ter uma mente poluída hem? Esse ceguinho diz que a
tromba parece uma mangueira bem grande. É, cada um vê o que quer…
Depois eu ainda pergunto para a platéia…
O que faz mais barulho: uma Banda ou a Bunda desse Elefante? Bem esta
parte deixa para as palestras.
Quem é “cego”?
Muitos dirão: “cego é aquele que não quer ver”. Eu vou mais além. Cego
não é apenas aquele que não quer ver, pois aquele que não quer ver, não
vê porque não quer e dessa maneira é um “cego consciente de sua
cegueira”. O pior cego é aquele que pensa estar enxergando, mas no fundo
não vê o que “pensa” ver, ele está em um mundo de “fábulas” onde a
“realidade” é uma coisa bem diferente… O cego, e agora me refiro mesmo
ao “deficiente visual”, enxerga muito mais do que muitos que possuem sua
visão plena, pois eles enxergam com o coração, enxergam através de
outros sentidos, diferentemente dos que têm todos os sentidos. Estes não
conseguem desenvolver essa verdadeira visão…
É interessante lembrarmos que são
conhecidos cinco sentidos e que a visão é apenas um destes sentidos. Os
outros são: a Audição, o Olfato, o Paladar e o Tato. Sabe-se também que
alguns desenvolvem uns sentidos mais do que os outros, desta maneira é
normal que quem não tenha bem apurado certo sentido terá os outros ou um
dos outros muito melhor apurado que a média das pessoas.
As empresas e as demais instituições
necessitam de pessoas, e a partir do momento que se sabe que as pessoas
são a parte mais importante de uma empresa, elas devem ser valorizadas.
Qualquer empresa valoriza a capacidade de uma pessoa em sua tarefa, em
sua atribuição. As empresas que valorizam a fala, por
exemplo, buscam ou treinam quem melhor tenha esta aptidão e certamente
será uma pessoa que tenha uma boa audição também, pois quem fala bem,
via de regra, ouve bem. Neste caso o deficiente visual deve levar alguma
vantagem, pois desenvolve melhor sua audição e, portanto tem mais
atenção aos sons do ambiente. Leva vantagem também quando o foco estiver
em qualquer dos outros sentidos, pois certamente ele os terá mais bem
desenvolvidos, seja a Audição, como falamos, seja o Olfato, o Paladar ou
e principalmente o Tato.
Todos os sentidos no fundo se resumem ao tato, além do tato propriamente dito, temos os sons que se propagam no ar e vêm tocar
nossos tímpanos, temos o paladar que é sentido através do tato químico
dos alimentos com as “papilas gustativas”; o olfato vem da mesma maneira
química pelo ar tocar nosso sentido olfativo; a visão por fim funciona
da mesma maneira as ondas e partículas da luz tocam nossas retinas.
Portanto o tato é o nosso único sentido.
Quando falamos da Programação
Neurolinguística lembramos de imediato os tipos de pessoas que podemos
conhecer, estas basicamente se dividem em três grupos: as pessoas Visuais (que têm predominância na visão); as Auditivas (que tem mais atenção na audição); e as Cinestésicas
(as que usam mais o tato, emoções e sensações). Há pessoas que se
mesclam nestas três categorias, tendo um equilíbrio entre elas, mas o
normal é que haja uma predominância em um dos sentidos.
Por fim gostaria de concluir dizendo
que certamente há outros sentidos que ainda não são conhecidos da
ciência e para estes não se sabe ainda como é que se “enxerga”; dessa
maneira quem pode ou poderá desenvolvê-lo melhor? Podemos chamá-lo de
“sexto sentido” ou “primeiro sentido”. Talvez o verdadeiro sentido aí
esteja e seja ele o próprio sentido da existência e da Vida.
O que é a Verdade?
No
início da história da Filosofia, os filósofos começaram a se perguntar
sobre as mais diversas questões que permeiam o pensamento humano. Uma
delas é sobre a verdade. O que é a Verdade?
Platão inaugura seu pensamento sobre a verdade afirmando: “Verdadeiro é o discurso que diz as coisas como são; falso aquele que as diz como não são”. É a partir daí que começou a se formar a problemática em torno da verdade.
No dicionário Aurélio encontra-se a seguinte definição de verdade: “Conformidade com o real”. Talvez merecesse um comentário mais amplo, a afirmação acima de Platão, mas partindo do conceito dado pelo dicionário pode-se chegar as seguintes conclusões: Não existe uma verdade cujo sujeito possa ser o seu detentor; a Filosofia chegou a distinguir cinco conceitos fundamentais da verdade: a verdade como correspondência, como revelação, como conformidade a uma regra, como coerência e como utilidade. Falar-se-á um pouco de cada uma.
A verdade como correspondência diz respeito à afirmação platônica que foi citado no inicio deste texto. É a verdade que garante a realidade, ou seja, o objeto falado é apresentado como ele é. Aristóteles diz que: “Negar aquilo que é, e afirmar aquilo que não é, é falso, enquanto afirmar o que é e negar o que não é, é verdade”. Essa definição de verdade é a mais antiga e divulgada.
A concepção de verdade, sob o aspecto da revelação, surge num tempo em que empirismo, metafísica e teologia apresentaram novas formas de se entender a realidade. Trata-se de uma verdade que sob a luz empirista se revelou ao homem por meio das sensações, e sob a perspectiva metafísica ou teológica mostrou o verdadeiro por meio de um Ser supremo, Deus, que evidencia a essência das coisas.
A conformidade apresenta uma verdade que se adapta a uma regra ou um conceito. E esta noção de conformidade foi usada pela primeira vez por Platão: “... tudo o que me parece de acordo com este, considero verdadeiro,...” e retornando a história, Santo Agostinho afirma: “existe, sobre a nossa mente, uma lei que se chama verdade”. Em suma, a verdade, no sentido da conformidade, deve-se adequar a uma regra ou conceito.
Já na metade do século XIX, surgiu no movimento idealista inglês, a noção de verdade como coerência. Essa idéia de coerência foi difundida pelo filósofo Bradley. Ele critica o mundo da experiência humana partindo da idéia de que “o princípio de que o que é contraditório, não pode ser real”, isso o fez aceitar que “a verdade é coerência perfeita”.
Por fim, achou-se o pressuposto de verdade como utilidade, formulada primeiramente por Nietzsche: “Verdadeiro não significa em geral senão o que é apto à conservação da humanidade. O que me deixa sem vida quando acredito nele não é a verdade para mim, é uma relação arbitrária e ilegítima do meu ser com as coisas externas”. A preocupação é que a verdade como utilidade seja algo que faça bem toda a humanidade. O que não é de práxis para a conservação do bem, podemos dizer que é verdade?
Toda essa investigação sobre a verdade limita muito esse tema. A verdade possui inúmeros significados, dependendo da pessoa que a defina. Ela continuará sendo uma das questões mais abordadas nestes últimos tempos.
Estamos em um mundo de grandes transformações. Muitas ideologias são nos apresentadas como verdades inquebrantáveis. Somos forçados a acreditar na mídia, na política e na manifestação religiosa. Isso acontece de uma maneira inconsciente.
O que nos libertará de toda essa prisão é nossa atitude como sujeitos formadores de consciência crítica. A questão é ir afundo sobre aquilo que nos é apresentado. Fugir do senso comum e criar opiniões próprias. Depende de você encarar isso como verdade.
Platão inaugura seu pensamento sobre a verdade afirmando: “Verdadeiro é o discurso que diz as coisas como são; falso aquele que as diz como não são”. É a partir daí que começou a se formar a problemática em torno da verdade.
No dicionário Aurélio encontra-se a seguinte definição de verdade: “Conformidade com o real”. Talvez merecesse um comentário mais amplo, a afirmação acima de Platão, mas partindo do conceito dado pelo dicionário pode-se chegar as seguintes conclusões: Não existe uma verdade cujo sujeito possa ser o seu detentor; a Filosofia chegou a distinguir cinco conceitos fundamentais da verdade: a verdade como correspondência, como revelação, como conformidade a uma regra, como coerência e como utilidade. Falar-se-á um pouco de cada uma.
A verdade como correspondência diz respeito à afirmação platônica que foi citado no inicio deste texto. É a verdade que garante a realidade, ou seja, o objeto falado é apresentado como ele é. Aristóteles diz que: “Negar aquilo que é, e afirmar aquilo que não é, é falso, enquanto afirmar o que é e negar o que não é, é verdade”. Essa definição de verdade é a mais antiga e divulgada.
A concepção de verdade, sob o aspecto da revelação, surge num tempo em que empirismo, metafísica e teologia apresentaram novas formas de se entender a realidade. Trata-se de uma verdade que sob a luz empirista se revelou ao homem por meio das sensações, e sob a perspectiva metafísica ou teológica mostrou o verdadeiro por meio de um Ser supremo, Deus, que evidencia a essência das coisas.
A conformidade apresenta uma verdade que se adapta a uma regra ou um conceito. E esta noção de conformidade foi usada pela primeira vez por Platão: “... tudo o que me parece de acordo com este, considero verdadeiro,...” e retornando a história, Santo Agostinho afirma: “existe, sobre a nossa mente, uma lei que se chama verdade”. Em suma, a verdade, no sentido da conformidade, deve-se adequar a uma regra ou conceito.
Já na metade do século XIX, surgiu no movimento idealista inglês, a noção de verdade como coerência. Essa idéia de coerência foi difundida pelo filósofo Bradley. Ele critica o mundo da experiência humana partindo da idéia de que “o princípio de que o que é contraditório, não pode ser real”, isso o fez aceitar que “a verdade é coerência perfeita”.
Por fim, achou-se o pressuposto de verdade como utilidade, formulada primeiramente por Nietzsche: “Verdadeiro não significa em geral senão o que é apto à conservação da humanidade. O que me deixa sem vida quando acredito nele não é a verdade para mim, é uma relação arbitrária e ilegítima do meu ser com as coisas externas”. A preocupação é que a verdade como utilidade seja algo que faça bem toda a humanidade. O que não é de práxis para a conservação do bem, podemos dizer que é verdade?
Toda essa investigação sobre a verdade limita muito esse tema. A verdade possui inúmeros significados, dependendo da pessoa que a defina. Ela continuará sendo uma das questões mais abordadas nestes últimos tempos.
Estamos em um mundo de grandes transformações. Muitas ideologias são nos apresentadas como verdades inquebrantáveis. Somos forçados a acreditar na mídia, na política e na manifestação religiosa. Isso acontece de uma maneira inconsciente.
O que nos libertará de toda essa prisão é nossa atitude como sujeitos formadores de consciência crítica. A questão é ir afundo sobre aquilo que nos é apresentado. Fugir do senso comum e criar opiniões próprias. Depende de você encarar isso como verdade.
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