Percebam como É tudo um assunto só!
Como o PT blindou o PSDB e se tornou alvo da PF e do MPF
qui 25/06/2015 - 12:25 Por Luis Nassif
De como o governo Lula profissionalizou a PF mas não a política
Mais do que questões partidárias, a
motivação maior da Operação Lava Jato (Escândalo da Petrobrás! Só tem ladrão! O valor de suas ações caíram 60%!! Onde está a verdade?) é a revanche de duas operações
anteriores que foram sacrificadas pelo jogo político: a Satiagraha e a
Castelo de Areia. E é um exemplo eloquente dos erros de Lula e do PT em
relação à Polícia Federal.
No primeiro governo Lula, o Ministro
Márcio Thomas Bastos mudou a face da PF e do combate ao crime organizado
no país. O reaparelhamento da PF, a criação da Sisbin (Sistema
Brasileiro de Inteligência), o preparo de procuradores e policiais
federais para, junto com técnicos da Receita e do Banco Central,
entender os becos intrincados do sistema financeiro, tudo isso fez parte
de um processo que mudou o patamar de competência tanto da PF quanto do
MPF.
Tinha-se, agora, pela primeira vez no
país um sistema de combate ao crime organizado e, ao lado, um modelo
político ancestral trafegando na zona cinzenta da legalidade, cujos
exemplos anteriores foram as revelações trazidas pelas CPIs do Banestado
e dos Precatórios.
Estimulados, os agentes e procuradores
saíram a campo para enfrentar o maior desafio criminal brasileiro:
desbastar a zona cinzenta onde circulavam recursos do narcotráfico, de
doleiros, de corrupção pública e privada, de esquentamento de dinheiro,
das jogadas financeiras, e por onde passavam as intrincadas relações
entre política e negócios que estavam na base da governabilidade do
país.
Quando calhava de delegados e
procuradores encontrarem um juiz justiceiro de primeira instância,
colocava-se em xeque todo o sistema de blindagem historicamente
praticado no país.
Duas das mais expressivas operações - a Satiagraha e a Castelos de Areia - pegavam o coração da máquina tucana.
A primeira centrava fogo em Daniel Dantas(Sobre o mensalão: Eu tenho uma dúvida!), do Banco Opportunity, principal beneficiário do processo de
privatização, sócio da filha de José Serra, administrador dos fundos do
Instituto Fernando Henrique Cardoso, pessoalmente favorecido por ele,
quando presidente da República, em episódios que se tornaram públicos -
como seu jantar no Palácio do Alvorada, cuja sobremesa foi a cabeça de
dirigentes de fundos de pensão que se opunham a ele.
A segunda, a Castelo de Areia, pegava na
veia os acordos de empreiteiras com os governos José Serra e Geraldo
Alckmin. Quem leu o inquérito garantia haver provas robustas, inclusive,
dos acertos para tirar das costas dos presidentes de empreiteiras a
responsabilidade criminal pelas mortes no acidente com o Metrô.
Satiagraha foi abortada pela ação
conjunta do Ministro Gilmar Mendes - defendendo o seu grupo político - e
do próprio Lula, afastando Paulo Lacerda da Abin e os policiais que
conduziam a operação, depois dos factoides plantados pela Veja e por
Gilmar. E também devido às investidas da operação sobre José Dirceu.
Foi a primeira chaga aberta nas relações da PF com o PT e Lula.
No caso da Castelo de Areia, a alegação
foi de que a investigação começou a partir de uma denúncia anônima.
Especialistas que analisaram o inquérito, do lado das empreiteiras,
admitem que não havia erro processual. O inquérito era formalmente
perfeito. Terminou no STJ de forma estranha, negociado pelo ex-Ministro
Márcio Thomas Bastos, na condição de advogado da Camargo Correia.
Foi assim que o PT, através de seus
Ministros e criminalistas, livrou o PSDB dos seus dois maiores pepinos,
mas ficou com uma conta alta espetada nas costas.
A revanche veio no pacto da Lava Jato,
entre PF, MPF e o sucessor de Fausto De Sanctis: Sérgio Moro - que teve
papel central não apenas na Lava Jato mas na AP 470, do mensalão, como
assessor da Ministra Rosa Weber.
A rebelião da primeira instância
A anulação da Satiagraha e da Castelo de
Areia nos tribunais superiores produziu intensa revolta entre juízes de
primeira instância, MPF e PF.
Tome-se o caso da Satiagraha.
A lei diz que decisão de juiz de
primeira instância precisa passar primeiro pela segunda e terceira
instância até chegar ao STF (Supremo Tribunal Federal). No controvertido
episódio da concessão de dois habeas corpus, Gilmar Mendes atropelou a
lei e as próprias decisões do juiz Fausto De Sanctis e mandou soltar os
detidos.
Houve abusos, sim. O show midiático com a
TV Globo(O Mercado de notícias - Filme/Projeto do gaúcho Jorge Furtado), a prisão do ex-prefeito Celso Pitta, já doente terminal e
outros. Mas também foi divulgada uma conversa de Dantas afirmando que o
desafio seria passar pela primeira instância, pois nas instâncias
superiores havia "facilidades".
Conseguiu não apenas os dois HCs de
Gilmar, como sua participação em dos factoides criados para a revista
Veja e, depois, trancar a ação no STJ (Superior Tribunal de Justiça), de
onde até hoje não saiu.
Todo o desgaste da Satiagraha e da
Castelo de Areia, perante a opinião pública transformou-se em blindagem
para a Lava Jato. Com o agravante de, no Ministério da Justiça,
encontrar-se o mais inodoro Ministro da história da República.
Se os alvos fossem tucanos e o Ministro
relator do STF Gilmar Mendes, não haveria problemas. Gilmar atropelaria a
lei e concederia os HCs. E o Ministro Cardozo agiria valentemente em
nome do “republicanismo”.
Agora, tem-se na relatoria do STF um
Ministro técnico, formalista, sem vinculações partidárias. No Ministério
da Justiça, um Ministro anódino, incapaz de conter os abusos “em nome
do republicanismo”. Na Procuradoria Geral da República, um procurador
geral empenhado com a sua reeleição tendo como principal opositor um
colega que critica sua "leniência" (!!!) na Lava Jato. Finalmente, uma
imprensa que ajudou a liquidar com a Satiagraha pelas mesmas razões que,
hoje em dia, defende a Lava Jato (As empresas da Lava-jato = Os Verdadeiros proprietários do Brasil = Os Verdadeiros proprietários da mídia.).
Como é um jogo de poder, procuradores,
delegados, Moro não se pejam em montar alianças com grupos de midia
claramente engajados no jogo de interesses políticos e comerciais,
alguns deles em aliança com o crime organizado.
O jogo poderia ter se equilibrado um
pouco se o PGR aplicasse a lei e atuasse contra vazamentos de inquéritos
sigilosos ou pelo menos aceitasse a denúncia contra Aécio Neves. Seria
uma maneira de mostrar isenção e impedir a exploração política do
episódio.
Mas hoje em dia a corporação MPF é
fundamentalmente anti-PT. A ponto de fechar os olhos quando um ex-PGR,
Antonio Fernandes dos Santos, livrou Dantas do mensalão e, logo depois,
aposentado, ganhou um mega-contrato da Brasil Telecom, quando ainda
controlada pelo banqueiro.
Enfim, o PT colhe o que plantou. E o PSDB planta o que não colheu.
Especial: É tudo um assunto só!
Criei uma comunidade no Google Plus: É tudo um assunto só
http://plus.google.com/u/0/communities/113366052708941119914
Outro dia discutindo sobre as manifestações do dia 15, sobre crise do governo e a corrupção da Petrobrás eu perguntei a ele se tinha acompanhado a CPI da Dívida Pública. Então ele me respondeu: Eu lá estou falando de CPI?! Não me lembro de ter falado de CPI nenhuma! Estou falando da roubalheira... A minha intenção era dizer que apesar de ter durado mais de 9 meses e de ter uma importância impar nas finanças do país, a nossa grande mídia pouco citou que houve a CPI e a maioria da população ficou sem saber dela e do assunto... Portanto não quis fugir do assunto... é o mesmo assunto: é a política, é a mídia, é a corrupção, são as eleições, é a Petrobras, a auditoria da dívida pública, democracia, a falta de educação, falta de politização, compra de votos, proprina, reforma política, redemocratização da mídia, a Vale, o caso Equador, os Bancos, o mercado de notícias, o mensalão, o petrolão, o HSBC, a carga de impostos, a sonegação de impostos,a reforma tributária, a reforma agrária, os Assassinos Econômicos, os Blog sujos, o PIG, as Privatizações, a privataria, a Lava-Jato, a Satiagraha, o basômetro, o impostômetro, É tudo um assunto só!...
A dívida pública brasileira - Quem quer conversar sobre isso?
Escândalo da Petrobrás! Só tem ladrão! O valor de suas ações caíram 60%!! Onde está a verdade?
O tempo passa... O tempo voa... E a memória do brasileiro continua uma m#rd*
As empresas da Lava-jato = Os Verdadeiros proprietários do Brasil = Os Verdadeiros proprietários da mídia.
Sobre o mensalão: Eu tenho uma dúvida!
Trechos do Livro "Confissões de um Assassino Econômico" de John Perkins
O caso grego: O fogo grego moderno que pode nos dar esperanças contra a ilegítima, odiosa, ilegal, inconstitucional e insustentável classe financeira.
Ajuste Fiscal - Trabalhadores são chamados a pagar a conta mais uma vez
O Mercado de notícias - Filme/Projeto do gaúcho Jorge Furtado
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Luiz Flávio Gomes e sua "Cleptocracia"
Comentários políticos com Bob Fernandes.
Ricardo Boechat - Talvez seja ele o 14 que eu estou procurando...
Sobre a Ditadura Militar e o Golpe de 64:
Dossiê Jango - Faz você lembrar de alguma coisa?
Comissão Nacional da Verdade - A história sendo escrita (pela primeira vez) por completo.
Luiz Carlos Prestes: Coluna, Olga, PCB, prisão, ALN, ilegalidade, guerra fria... Introdução ao Golpe de 64.
A WikiLeaks (no Brasil: A Publica) - Os EUA acompanhando a Ditadura Brasileira.
Sobre o caso HSBC (SwissLeaks):
Acompanhando o Caso HSBC I - Saiu a listagem mais esperadas: Os Políticos que estão nos arquivos.
Acompanhando o Caso HSBC II - Com a palavra os primeiros jornalistas que puseram as mãos na listagem.
Acompanhando o Caso HSBC III - Explicações da COAF, Receita federal e Banco Central.
Acompanhando o Caso HSBC V - Defina: O que é um paraíso fiscal? Eles estão ligados a que países?
Acompanhando o Caso HSBC VI - Pausa para avisar aos bandidos: "Estamos atrás de vocês!"...
Acompanhando o Caso HSBC VII - Crime de evasão de divisa será a saída para a Punição e a repatriação dos recursos
Acompanhando o Caso HSBC VIII - Explicações do presidente do banco HSBC no Brasil
Sobre o caso Operação Zelotes (CARF):
Acompanhando a Operação Zelotes!
Acompanhando a Operação Zelotes II - Globo (RBS) e Dantas empacam as investigações! Entrevista com o procurador Frederico Paiva.
Acompanhando a Operação Zelotes IV (CPI do CARF) - Apresentação da Polícia Federal, Explicação do Presidente do CARF e a denuncia do Ministério Público.
Acompanhando a Operação Zelotes V (CPI do CARF) - Vamos inverter a lógica das investigações?
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