O que vem por aí
Não espere por grandes novidades
tecnológicas para 2013, mas sim pela consolidação de produtos e serviços
já oferecidos. Mobilidade, ultrabook, privacidade e ataques são
palavras que muito se ouvirão no correr do ano
Publicação - Jornal Estado de Minas - 27/12/2012 - Caderno Inform@tica - Repórteres Silas Scalioni e Shirley Pacelli
Depois que o usuário descobriu o conforto e a
praticidade da mobilidade, ficou difícil imaginar um mundo sem evoluções
e novidades para o segmento. Tudo começou com a plataforma móvel da
Apple, adotada em massa por seus consumidores, ganhou maior impulso
quando a Google introduziu no mercado o Android e, agora, com o
recém-lançamento do Windows 8, tudo caminha para fazer dos dispositivos
móveis aparelhos indispensáveis na vida das pessoas. Isso, inclusive, já
foi levantado pelo Instituto de Pesquisas Gartner, que põe a mobilidade
no topo das principais tendências de TI para o ano que vem.
O
Gartner revela, por exemplo, que os celulares vão ultrapassar os PCs no
mundo todo como dispositivo de acesso à web. Será cada vez mais comum
profissionais utilizarem dispositivos móveis em funções que exigem
mobilidade sob responsabilidade da empresa em que trabalham. E até 2015,
de acordo com o instituto, a venda de tablets vai atingir cerca de 50%
da de laptop, sendo que a plataforma Windows provavelmente ficará em
terceiro lugar na preferência dos usuários, atrás do Android e do iOs.
Apesar
de a mobilidade ser a palavra de ordem para os próximos anos, a verdade
é que poucas novidades estão previstas em equipamentos para 2013.
Avanços mesmo, praticamente só no que se refere aos ultrabooks, um
conceito de computação pessoal criado pela Intel e que aos poucos parece
dominar o mercado de PCs móveis. Quando os preços caírem, isso se
tornará ainda mais real. E os ultrabooks chegarão a 2013 com muito mais
modelos com tela sensível ao toque e outros na forma de conversíveis, ou
seja, que podem funcionar como tablets e notebooks. Outros tipos de
comando, como por voz e por gestos, também passarão a integrar tais
equipamentos.
INTERNET No tecniquês das
previsões de especialistas para a tecnologia em 2013 está, claro, o
cloud computing, os Big Datas, os ataques DDoS e os malwares
androidianos. Mas, para além desse universo, a farsa de anonimato e,
consequentemente, de privacidade na rede pode ter o seu fim decretado no
novo ano. O fortalecimento da inteligência coletiva se encarrega de
desvendar cada vilão anônimo da rede: do internauta que praticou
bullying a uma jovem que acabou se suicidando, até a golpista que sumiu
com o dinheiro das clientes de um bazar on-line. Pode ser que, em 2013, a
consciência dos internautas aflore e eles percebam que é possível
utilizar a rede no que ela tem de melhor, que é a colaboração de cada
indivíduo para criar algo novo e melhor.
Os conversíveis estão chegando
O ano de 2013 será da consolidação dos
ultrabooks, que vão vir em modelos que podem funcionar como notebooks e
tablets. Para demais dispositivos móveis, poucas novidades
Mobilidade é a
palavra da moda e vai ditar as tendências em equipamentos para 2013.
Mas, com exceção dos ultrabooks, que prometem apresentar coisas
verdadeiramente novas, possivelmente não veremos quase nada que possa se
dizer realmente inovador em equipamentos. Desde que a Intel criou e
investiu nessa categoria de computadores, no ano passado, uma nova forma
de ver a computação pessoal passou a inspirar fabricantes. Tanto que
apenas alguns meses depois de apresentados (foi na Consummer Electronics
Show, feira realizada em Las Vegas – EUA – em janeiro), mais de 140
modelos foram desenvolvidos ao redor do mundo, muitos já presentes no
Brasil. É aí que vão estar as grandes inovações de 2013.
Para a
Intel, a grande tendência para 2013 é a universalização das novas
interfaces, em especial tecnologias de toque, reconhecimento de gestos e
sensores. “Os dispositivos que contam com essas tecnologias – entre
eles tablets, smartphones e ultrabooks – vão se destacar ainda mais
diante de outros tipos de equipamentos e vão se tornar muito presentes
na vida das pessoas”, afirma a gerente de Produto Ultrabook para a
América Latina da Intel, Wanda Linguevis, ressaltando que o toque de
tela, que já é realidade consolidada em smartphones e tablets, vai
passar a ser quase que um recurso obrigatório nas próximas gerações de
ultrabooks.
NOVA EXPERIÊNCIA Mas as novidades
desses novos computadores não vão parar por aí. O ano que vem será
marcado também pela presença dos chamados ultrabooks conversíveis. São
modelos equipados com a terceira geração dos processadores Intel Core e
que, graças à chegada ao mercado do sistema operacional Windows 8,
lançado em outubro, vão, de acordo com a empresa de chips, criar uma
grande evolução na experiência computacional. O próprio presidente da
Microsoft Brasil, Michel Levy, afirmou em entrevista exclusiva ao
Informátic@ algumas semanas atrás que uma nova geração de ultrabooks com
Windows 8 iria já a partir de 2013 abrir um novo tipo de relacionamento
entre o usuário e a máquina.
“Ultrabooks conversíveis são
modelos que podem funcionar tanto como um notebook fino quanto como um
tablet. A possibilidade de utilizar os recursos do Windows 8, com telas
sensíveis ao toque, abre caminho para uma série de novas utilizações”,
afirma Wanda Linguevis. “Na década de 90, a combinação Pentium com
Windows 95 foi revolucionária. Agora, estamos vendo outro grande salto
da computação pessoal se materializar. A experiência da tela sensivel ao
toque, o alto poder computacional, os recursos de segurança e a
economia de energia dos processadores de terceira geração da família
Core são bases dessa revolução implementada pelo Windows 8. Essa será
mesmo a grande novidade que vai se consolidar em 2013”, completa.
AINDA MAIS POTÊNCIA
Pelo
jeito, a performance dos ultrabooks ainda vai ganhar novos fôlegos em
2013. Isso porque em breve eles vão receber a quarta geração da família
do processador Intel Core, de 22nm. E, de acordo com os especialistas,
quando isso ocorrer (inclusive com outros PCs), tais chips vão oferecer
suporte para a Intel HD graphics (placas de vídeo da empresa), novas
instruções para criptografia e aumento do desempenho, novas
funcionalidades de segurança baseadas em hardware e processadores
capazes de funcionar em estados de baixo consumo, possibilitando uma
maior duração da bateria. Para estimular ainda mais a inovação para a
computação móvel, segundo Wanda Linguevis, os novos chips de baixa
potência da Intel baseados na microarquitetura Haswell vão ampliar os
planos de mobilidade da empresa, operando inicialmente com cerca de 10
watts para habilitar designs mais finos e leves para ultrabooks, tablets
e designs conversíveis com melhor desempenho e maior duração da
bateria.
VITRINE
Finos, leves e potentes
Enquanto
não chega a nova geração que poderá, inclusive, trabalhar tanto como
notebooks quanto como tablets, conheça oito modelos de ultrabooks
presentes no mercado brasileiro e que são interessantes opções para quem
pretende viver uma boa experiência em computação pessoal:
Le novo Yoga
» Fabricante: Le Novo
» Sistema operacional: Windows 8
» Armazenamento: HD-128GB SSD
» Memória: 4GB
» Cor: prata
» Preço: R$ 8.999
Acer S7-391-9604
» Fabricante: Acer
» Sistema operacional: Windows 8
» Armazenamento: HD-128 GB SSD
» Memória: 4GB
» Cor: branca
» Preços: R$ 4.999 (com Corel i5) e R$ 5.499 (com Corel i7)
Acer M5-481T-6417
» Fabricante: Acer
» Sistema operacional: Windows 8
» Armazenamento: HD-500GB
» Memória: 6GB
» Cor: prata
» Preço: R$ 3.299
Samsung NP900X3D-AD1
» Fabricante: Samsung
» Sistema operacional: Windows 8 (64-bit)
» Armazenamento: HD-128 GB SSD SATA
» Memória: 4GB DDR3
» Cor: prata
» Preço: R$ 3.999
Ultrabook F3
» Fabricante: Digibrás/CCE Info
» Sistema operacional: Windows 8
» Armazenamento: HD-500GB HD + 32 SSD
» Memória: 4GB
» Cor: prata (alumínio)
» Preço: R$ 1.899
HP Envy 4-1150
» Fabricante: HP
» Sistema operacional: Windows 8 Pro
» Armazenamento: HD-500GB + SSD 32GB
» Memória: 4GB
» Cor: preta
» Preço: R$ 3.299
Sony SVT13115FBS
» Fabricante: Sony
» Sistema operacional: Windows 7 Premium
» Armazenamento: HD-320GB HDD-32GB SSD
» Memória: 4GB RAM
» Cor: prata
» Preço: R$ 2.999
T13 Touch
» Fabricante: Sony
» Sistema Operacional: Windows 8
» Armazenamento: HD 320GB HDD-32GBSSD
» Memória: 4GB RAM
» Cor: prata
» Tela: 13” touchscreen
» Preço sugerido: R$ 3.899
2013 pede mais cuidado na rede
Vão cair de vez as farsas de anonimato e
privacidade na internet. Dispositivos Android se tornarão os queridinhos
dos cibercriminosos na caça aos usuários mais desatentos
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Perfil Sala Maria, no Facebook, deu golpe em 40 vítimas com contas no site de relacionamento |
Se,
enfim, passamos pelas previsões apocalípticas maias, é hora de
anunciar, para o ano que vem, o fim de duas lendas do universo digital: o
anonimato e a privacidade na rede. Este ano, vários sinais desfizeram a
forte ilusão, que habitava o imaginário popular, da existência desses
dois elementos. Nem mesmo a Titia Shame, conhecida como detonadora
master de blogueiras de moda no Brasil, passou ilesa por 2012. Em julho,
um erro de sincronização das contas do Twitter e Instagram revelou a
mineira Priscilla Rezende à websfera, depois de passar quase um ano no
anonimato. Do alto da inteligência, cuidado e organização, própria dos
grupos de hackers, um dos líderes do LulzSec – Héctor Xavier Monsegur, o
Sabu – também foi descoberto. Por meio dele, outros cinco hackers
caíram na rede do FBI, a polícia federal norte-americana.
Para
Wanderson Castilho, especialista em crimes eletrônicos e autor do livro
Manual do detetive virtual, nunca houve anonimato na rede. “As pessoas
tinham essa falsa ilusão devido à pouca experiência no mundo virtual,
não pela eficácia da rede em garanti-lo”, explica. Castilho acredita que
os internautas começaram a tomar consciência de que nada pode ficar
escondido na web, principalmente, pela maior divulgação de casos em que
não só foi possível identificar como também punir o sujeito envolvido na
ação. Por isso, está havendo uma emigração dos cibercriminosos: “As
pessoas cometiam os crimes virtuais com os próprios mouses, agora elas
podem contratar empresas idôneas para cometer o ato”, complementa.
Segundo ele, há companhias que vendem pacotes de difamação por até R$ 60
mil.
O especialista acredita que a popularidade das redes
sociais, além dos sites de buscas, tem ajudado a descobrir os
misteriosos pela internet. Os próprios usuários fazem uma busca de
informações sobre aqueles que os ofenderam. Neste Natal, houve um caso
intrigante de pessoas que foram enganadas pela dona de um bazar de
vendas on-line. Uma mulher abriu um perfil no Facebook, chamado Sala
Maria, em que divulgava a venda de artigos, como eletrônicos, balanços,
piscinas e bonecas, trazidos direto de Lisboa (Portugal). Depois de
pegar o dinheiro das clientes, ela não postou as encomendas, a maioria,
presentes de Natal, e deletou a página. As cerca de 40 vítimas criaram o
blog Golpe Natal Sala Maria (golpenatalsalamaria.blogspot.com.br) para
reunir e trocar informações sobre a golpista. Juntas, as mulheres
descobriram toda uma rede de suspeitos. É a inteligência coletiva sendo
executada.
TERMOS DA DISCÓRIDA Na última semana,
uma insurreição surgiu contra o Instagram, após o anúncio do novo termo
de uso do aplicativo. O problema? De acordo com o texto, o serviço
poderia vender as fotos dos usuários para empresas de publicidade e não
pagar nada por isso. Assim, além de não respeitar os limites de
privacidade, desconsiderava os direitos de imagem. O burburinho foi
tamanho na internet, que a empresa voltou atrás e disse que os termos
foram escritos de maneira incorreta e que, na verdade, só colocaria
publicidade ao redor do conteúdo, como já ocorre com o Facebook.
Antes
disso, a rede de Zuckerberg, que fazia votações sobre os termos de uso
dos dados recolhidos desde 2009, resolveu mudar seu método. Segundo o
site, o processo era capaz de contabilizar a quantidade de votos, não a
qualidade das opiniões vindas dos usuários. Agora, eles planejam
implementar novos canais de interação. Resta saber se eles serão tão
ineficazes quanto a antiga votação.
O Google, claro, campeão
quando o assunto é recolher dados dos clientes, atualizou sua política
de privacidade no início do ano. Pela primeira vez, o tema despertou
discussões até no Congresso brasileiro, pois unificava os dados de todos
nos mais de 60 produtos e serviços. Dessa forma, além do resultado
personalizado, haveria mais informações em poder da empresa.
Para
Victor Haikal, especialista em direito digital do PPP Advogados, o
Google não passou a fazer nada do que já fazia antes. O problema,
segundo ele, é que as pessoas assinam os termos sem dar a devida
atenção. “Há uma proteção à privacidade, mas não é taxativa. Protege o
direito, mas cabe a cada pessoa fazer o próprio controle. Há pessoas que
colocam fotos e vídeos no Facebook e deixam o perfil aberto, por
exemplo”, explica. Ele alerta que as pessoas têm o poder sobre o que
postam, mas depois que está na rede quase não é mais possível.
Para
ele, afirmar que não existe privacidade na web é um pouco arriscado. O
que tem ocorrido, nos últimos anos, é uma maior exposição na internet.
Haikal ainda lembra que a coleta de dados dos usuários por servidores de
e-mail, redes sociais e outras aplicações é a moeda de troca deles.
“Costumo dizer que almoço grátis não existe”, brinca. Segundo o
especialista, se você não quer ser alvo, o ideal é que não contrate
esses serviços, pois a invasão de privacidade não é considerada crime no
Brasil, a não ser que seja violação de correspondência. “A Lei Carolina
Dieckmann seria a punição mais próxima disso, mas só vale se quebrar um
sistema de segurança já existente”, ressalva. Infelizmente, conceituar
privacidade, para legislar sobre a invasão dela, é uma tarefa árdua. Ele
lembra que o conceito se transforma ao longo do tempo, e o que valia
para o século 19 pode ser desatualizado para os tempos atuais.
Os androidianos que se cuidem
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Fábio Assolini justifica o maior índice de ataques à plataforma da Google devido à liberdade que oferece |
Se
os vilões estão na berlinda com o fim do anonimato na rede, eles
ganharam mais um nicho de disseminações de vírus: os dispositivos
móveis, especialmente os da plataforma Android. A Kaspersky verificou
que 99% dos malwares detectados durante o ano foram criados para o
sistema operacional móvel do Google, totalizando mais de 35 mil
programas maliciosos – número seis vezes maior do que o do ano passado.
Segundo Fábio Assolini, analista de malware da Kaspersky Lab no Brasil,
existem vários motivos para o direcionamento do ataque. Entre eles está a
liberdade da plataforma, que oferece diferentes marcas, aparelhos mais
baratos, tornando-o líder de vendas e de mercado. “Hoje, mais de 60% dos
dispositivos rodam Android”, detalha.
Com tamanha abertura em
seu sistema, o usuário pode instalar softwares que sejam oferecidos fora
da loja oficial. E, mesmo baixando aplicativos do Google Play, você
continua vulnerável, apesar da recente instalação do Bouncer, sistema
automatizado de verificação dos programas antes de fornecê-los aos
clientes. Segundo uma pesquisa de uma universidade norte-americana, a
tecnologia só detecta 15% dos aplicativos mal-intencionados na
plataforma.
E o que, afinal, fazem esses vírus nos smartphones?
Roubam seus créditos. O malware predileto dos criminosos é o que se
instala no celular e dispara dois a três SMSs para os chamados números
premiados. De repente, a pessoa percebe que tem menos R$ 4,99 e vai
cobrar respostas da operadora, que, nesse caso, realmente não é a
responsável. Outra tendência apontada pela Kaspersky são os vírus do
tipo Drive by download, que se instala no dispositivo, só de a pessoa
entrar no site. Depois de adquirir o código malicioso, seu celular pode
ser usado para enviar spams ou torpedos com links suspeitos para os seus
contatos.
Algumas dessas pragas são silenciosas, outras dão
vários sinais, como consumo exagerado do plano de dados ou travamento do
celular. Para se safar dos criminosos digitais, não há como fugir dos
antivírus. Há diversas opções gratuitas na loja do Google
(http://bit.ly/UfWFv4).
HACKTIVISMO De sites de
bancos a instituições do governo, muitos portais sofreram o ataque de
negação de serviço (Distributed Denial of Service- DDoS) em 2012. Muito
comum fora do Brasil, esse tipo de crime ganhou força este ano no país e
deverá se tornar mas efetivo em 2013. A maioria das ações são
realizadas em respostas a resoluções oficiais que são rechaçadas por
determinados grupos da sociedade. O maior ataque DDoS do ano: a operação
#OpWeeksPayment, de autoria dos Anonymous, derrubou o acesso ao
internet banking de cinco empresas, por horas. O grupo reivindicava mais
transparência na rede e muitos dos computadores usados no ataque, os
chamados zumbis, participaram da ação com o conhecimento dos seus
proprietários. No ano que vem, cada polêmica sobre o universo virtual
pode causar uma nova manifestação.
5 Tendências virtuais para o ano que vem1) Fim da farsa do anonimato
2) Mais exposição, menos privacidade
3) Grande disseminação de vírus para aparelhos Android
4) Ataques DDoS como forma de manifesto
5) Punição mais frequente para crimes on-line
O que mais reserva o mercado
Apesar de não
apresentar nada de muito inovador, 2013 trará, entretanto, algumas
novidades nos segmentos de smartphones e tablets e algumas disputas
interessantes. Na briga pelo mercado de smartphones, os maiores rivais
continuarão sendo Samsung e Apple. A fabricante coreana está na frente
no desenvolvimento de telas de Oled (LEDs orgânicos) flexíveis, que
apresentam mais densidade de pixels por polegada (imagens mais
perfeitas), menor consumo de energia, são mais finas e apresentam menos
chances de quebrar por serem flexíveis. Atualmente 90% de todas as telas
de Oled vendidas no mundo são fabricadas pela Samsung (sim, até a tela
do iPad 3 é produzida pela Samsung).
A Google está desenvolvendo
em sua divisão de celulares, comprada da Motorola, um smartphone
conhecido internamente pelo nome de “X Phone”, que, dando asas à
imaginação, poderá ameaçar a disputa Apple x Samsung. Apesar de serem
apenas indícios, possivelmente será uma boa novidade para 2013.
A
tendência para o ano que vem no geral são os smartphones quad-cores
(com quatro núcleos de processamento), como o LG Nexus 4. A Nokia deverá
continuar perdendo a fatia de mercado com o Windows Phone 8, mesmo
tendo uma queda de preços em seus aparelhos e trazendo a novidade de
carregadores sem fio, principalmente pelo fato de o Android continuar
dominando o mercado de sistemas operacionais móveis. O iPhone 5 está
agradando aos consumidores de Apple, mas poderá dar lugar mais para o
segundo semestre para uma nova versão (a Apple faz isso todo ano e não
deverá ser diferente).
Se haverá grandes lançamentos em
smartphones em 2013, a resposta ficará por conta das fabricantes, mas
com certeza a tela Oled flexível da Samsung se consolidará como a grande
evolução.
TABLETS Na área de tablets, o Android
vai continuar reinando e dominando o mercado. A empresa Asus tem
lançado os tablets Android de maior velocidade, como o Asus Transformer
PAD, e de maiores resoluções de tela. Será um ano de mais disputas, mas
para definir quem é que vai vender mais tablets equipados com o sistema
operacional da Google.
Similar aos ultrabooks, a Microsoft está
dando dicas que uma nova versão do tablet Microsoft Surface está vindo.
Seria o Surface Pro 64 bits que, caso se comprove seu desenvolvimento,
com certeza será o tablet mais poderoso e rápido do mercado, utilizando
Windows 8 versão PRO. Pelas informações vazadas, ele virá ainda com uma
caneta e com saída de vídeo para monitores de alta resolução (e mesmo
para telas enormes). Sem dúvida, se for lançado, vai causar impacto
positivo no mercado em 2013.
TVS Uma das áreas
com muitos lançamentos e novidades deverá ser, como sempre, a área das
Smart TVs. Vários teclados wireless e USB serão disponibilizados, como
muitos tipos de webcam para serem utilizadas na chamada sala da TV. O
usuário vai ter muito mais liberdade para usar a TV, a internet,
trabalhar com fotos, vídeos e comunicações. A LG está se desligando da
Google TV e já surgem informações de que poderá utilizar o Open Webos
(da HP) nas próximas Smart TVs. A Samsung, que já trabalha com o Google
TV, também deverá lançar TVs com o ambiente Bada (sistema operacional da
fabricante), que já está presente em alguns de seus smartphones.
Trata-se de um ambiente mais simples e que deverá concorrer diretamente
com a Apple TV (que é muito simples e sem grandes atrativos para
consumidores sofisticados).
Fim da Intel, Google no poder: Dez previsões tecnológicas para 2013
Publicação: Site IDGNow - Ashleigh Allsopp, Macworld / Reino Unido 13 de dezembro de 2012
De carros autodirigíveis a TVs conectadas à
Internet, o editor da Strategic News Service revela o que ele espera
para o setor de tecnologia no próximo ano
O especialista em tecnologia e editor do
Strategic News Service,
Mark Anderson, revelou suas dez previsões para 2013. Entre elas, o
crescente domínio de dispositivos tablet, o fim da Intel, TVs conectadas
à Internet, carros sem motoristas e o aumento dos e-Books.
O site de notícias - lido por líderes da indústria, incluindo Bill
Gates e Steve Ballmer -, é descrito como "o canal de previsões mais
preciso de computação e telecomunicações, visto por líderes mundiais da
indústria."
Anderson espera que os tablets dominem o mercado global de
computadores no próximo ano. "Esta categoria de dispositivos assume seu
lugar de direito como o maior segmento de mercado de dispositivos de
computação", escreveu.
O especialista também previu que a fabricante de chips Intel, que
atualmente fornece processadores para a Apple, se tornará
"gradativamente irrelevante no mundo da computação em geral".
"Dispositivos móveis e fabricantes de chips móveis - lideradas pela
Qualcomm e ARM - são os novos William e Kate (príncipes ingleses)",
acrescentou. Relatórios recentes sugerem que a Apple está procurando
maneiras de abandonar os chips Intel em futuros Macs e substituí-los com
seus próprios chips ARM, como os produzidos para iPhones e iPads.
TVs conectadasA terceira previsão da lista de
Anderson é de que as televisões vão evoluir e passarão a se conectar à
Internet. Há rumores de que a empresa de Cupertino está trabalhando em
um empreendimento para a indústria de televisão, com um avançado set-top
box ou talvez até mesmo em televisores com a marca da maçã.
O CEO da Apple, Tim Cook,
disse em entrevista à NBC que
essa é uma área de "grande interesse" para a empresa, porque
atualmente, quando ele assiste televisão em casa, sente "como se eu
tivesse voltado no tempo em 20, 30 anos."
A quarta previsão de Anderson é que a briga entre o 4G LTE (Long Term
Evolution) e a fibra óptica definirá o modelo de negócio de
telecomunicações para a próxima década. "Os clientes que optarem pela
banda larga LTE em regiões servidas por DSL (Digital Subscriber Line, ou
transmissão digital de dados)
pagarão mais e ganharão
mais, mas aqueles que escolherem LTE em regiões servidas por fibra
pagarão mais para a banda larga sem fio, mas receberão cada vez menos",
escreveu.
De acordo com Anderson, o Google se tornará a próxima Apple em 2013.
"O Facebook é cansativo e intrometido, a Apple não é a mesma sem o
Steve, a Microsoft é a Microsoft e a Amazon é o único adversário",
disse. "Os esforços do Google em e-mail, vídeo, smartphones, mapas e
carros autônomos abrirão novos caminhos em longo prazo, com muito mais a
ser feito."
"Com todas suas muitas falhas, a empresa provou que pode encontrar e
capinar terrenos novos", ele continuou. "Em termos de criatividade, o
Google se torna a próxima Apple. Agora ele deve aprender sobre suporte
ao produto ou corre o risco de perder tudo para os concorrentes.
O Google atualizou nesta semana seu aplicativo de pesquisas para
Android, para competir com a app Passbook do iOS 6, e adicionou
funcionalidades melhoradas de pesquisa de voz para rivalizar com a Siri.
Também é esperado que a Apple perca fatia de mercado para os tablets
Android em 2016, de acordo com um relatório recente da IDC.
"O carro sem motorista vira um projeto sério e competitivo globalmente,
com vários novos estados e países adiantando leis
para permitir que ele ande normalmente, e grandes marcas desenvolvendo
seriamente todas as características que um dia o levarão à aceitação
comum", Anderson prevê. No início deste ano, Mickey Drexler, membro do
conselho da Apple, revelou que
Steve Jobs queria criar um 'iCar'.
e-books em altaTambém na lista de previsões de
Anderson está a ascensão dos eBooks. "As vendas totais de livros
eletrônicos, em dólar, irá bater as vendas dos livros físicos em 2013,
quando suas taxas de crescimento serão superiores a 30%, enquanto os
e-books continuam seu caminho em direção à dominação do mercado."
Empresas de TI podem passar por um ano difícil, diz Anderson. "O ano
de 2013 parece ser mais defensivo, com exceção do segmento de segurança,
sem grande adoção do Windows 8 pelas empresas e nada mais de
interessante acontecendo", disse ele.
A penúltima previsão do top 10 de Anderson é a de que os esforços dos
"hacktivistas" adquirirão um papel importante e permanente na
transparência política, "passando do nível de mero 'aborrecimento' para
se tornar uma importante parte da política internacional e da segurança
em longo prazo."
Finalmente, Anderson acha que a segurança da cadeia de suprimentos
(supply chain) se tornará um fator importante na aquisição de tecnologia
globais. "Começando pelos produtos
da Huwaei que podem
representar risco à segurança,
a sensação de desconforto por parte das nações que desenvolvem
tecnologias cresce. E isso tem um efeito direto na fatia de mercado das
fabricantes nos países que podem priorizar sua infraestrutura de
segurança em vez do melhor preço", explica. "O reconhecimento de que as
cadeias de fornecimento de hoje são todas virtualmente comprometidas
levará a relocalizações de fábricas e a um novo conjunto de
oportunidades de negócios para fabricantes de componentes que estão em
sua terra natal”.
Nove previsões da indústria de tecnologia para 2013
Apostas incluem TV da Apple, iPhone mini, fusões e reestruturações de vários segmentos
ThinkStock
Todo
mundo gosta de previsões, e elas são divertidas de fazer e de ler. Como
a maioria das pessoas nem se lembra delas depois de um ano, não há
muita razão para não sacar a bola de cristal e começar a ver o futuro.
Veja
a seguir as nove análises de Adnaan Ahmad, especialista em tecnologia
do banco Berenberg Capital Markets, para o próximo ano. As previsões do
especialista eram longas, portanto, aqui você encontrará uma versão
resumida.
1. A indústria de aparelhos móveis passará por consolidação e saídas potenciais
Os
ganhadores serão Samsung, Qualcomm e MediaTek, e os perdedores,
ST-Ericsson, Marvell, Broadcom e Spreadtrum. “Escala é importante, dado a
pesquisa e o desenvolvimento necessários para investir na próxima
geração de tecnologias, integrações e processos", diz Ahmad. Ele
acrescenta que as brigas por patentes entre a Samsung e a Apple estão
fazendo com que as empresas repensem a fusão. A Apple deu o sinal verde
para a empresa taiwanesa Semiconductor assumir a produção dos
processadores. Isso deixa a Samsung "com um buraco na capacidade de
produção ". Logo, a Samsung expandirá seu papel como fabricante de
chips.
2. Intel vai licenciar a tecnologia Cortex da ARM
O
analista vê isso como positivo para a ARM (empresa britânica de
processadores), mas não tanto para a Intel, a AMD, a Qualcomm e
Broadcom, a ST-Ericsson e a Nvidia. A Intel investiu muito em pesquisa
para se unir ao ecossistema de processadores para tablets e smartphones.
Mas Ahmad aponta que a empresa não está vendo o volume de suas vendas
crescer. Na sua opinião, a Intel está perdendo a batalha de arquitetura
dos processadores para a ARM e tem agora três opções: tentar alcançar a
concorrente, licenciar a plataforma da ARM e competir com outras ou se
tornar uma fundição.
3. A Samsung monopolizará o mercado de modems
Isso seria bom para a Samsung, mas prejudicial para a Qualcomm, Broadcm, ST-Ericsson, Via e Intel.
4. Apple lançará o MacBook Air com funcionalidade iOS
“Visto
que entre 85% e 90% da receita da Apple está fixada no sistema
operacional iOS, faz todo sentido implementá-lo na sua linha de
MacBook”, afirma Ahmad. O analista acredita que esse momento chegará em
2013. Isso não quer dizer que o sistema OSX será abandonado, mas, como a
empresa sempre prezou pela simplicidade, é provável que adote apenas
uma plataforma.
5. A indústria de infraestrutura de telecomunicações passará por nova reestruturação, saídas e consolidação
Será
interessante para as empresas em geral, menos para Ericsson, Huawei,
Nokia-Siemens, ZTE e Alcatel-Lucent. "Os chineses podem adquirir as
ações da Nokia Siemens Networks ou da Alcatel-Lucent. Os problemas são
os impasses políticos e de segurança em relação aos contratos; e os
investidores asiáticos aprenderam com o desastre da BenQ-Siemens. Se
eles conseguirem essas ações, vão querer receber em dinheiro e pedir
garantias reais do governo de que poderão reduzir drasticamente o número
de funcionários”, afirma o analista.
6. Huawei assinará um acordo de distribuição com a IBM
Seria
bom para a Huawei, mas não para Cisco, a Hewlett-Packard e Juniper. “A
IBM trabalha com a Huawei, empresa de tecnologia da informação, desde o
começo em consultoria de gestão e, mais recentemente, com promoção de
projetos. O próximo passo entre as duas será um golpe para a Cisco e a
Juniper”, diz Ahmad.
7. A indústria de telefonia móvel verá mais saídas, fusões, aquisições e reestruturações
A
Apple e a Samsung saem como evidentes ganhadores, enquanto Research in
Motion, Nokia, HTC, LG, Sony Mobile, a unidade da Motorola do Google,
ZTE e empresas japonesas da área perdem. Diz Ahmad: “O futuro não é
promissor já que a maioria dos investidores em telefonia móvel ao redor
do mundo está perdendo dinheiro. A Apple e a Samsung representam por
volta de 50% dos smartphones. Esperamos que o que está fraco enfraqueça
mais.”
8. Apple lançará o iPhone mini no meio do ano
A
ganhadora é a Apple, claro. Quem não gostará: Research in Motion,
Nokia, HTC, LG, Google’s Motorola Mobility e Sony. "É inevitável que a
Apple lance um iPhone de custo mais baixo em 2013 para aproveitar a
crescente massa de compradores. Notamos que há mais de 150 milhões de
assinantes na Europa em contratos pré-pagos que a Apple não aborda hoje
", afirma o especialista. "A questão que a Apple enfrenta é de
crescimento. Visto que a tecnologia representa de 20% a 25% do mercado
global de ações e que os smartphones da Apple são na faixa de 15% a 20%,
a empresa só pode crescer mais 5% nesta categoria mercado, a menos que
baixe os preços dos produtos ou desenvolva uma solução nova."
9. A Apple lançará TVs inteligentes na segunda metade de 2013
Seria
muito bom para a Apple e para a ARM, mas ruim para as fabricantes de
TV. Ahmad acha que a questão é como a empresa vai se diferenciar de
outros fabricantes de televisores. "A Apple pode, obviamente,
implementar algumas de suas características de design diferenciados para
a TV, mas os mais recentes lançamentos de Samsung, LG e até mesmo Sony
são muito atraentes", diz.
"Assim, a diferenciação
poderia vir por meio de uma combinação de hardware, software e serviços .
Ou seja, a base de assinantes do iOS é, obviamente, o mercado-alvo
inicial para esse produto, mas para ganhar mais consumidores, a empresa
precisa oferecer um serviço único e diferenciado."