Bom, quem acompanha o blog vê que esse assunto não é novidade...
Vejam os posts do blog em 2012, 2013 e 2014:
Revolução no futebol brasileiro? O Fim da era Ricardo Teixeira.
Videos com e sobre José Maria Marin - Caso José Maria MarinX Romário X Juca Kfouri (conta anonima do Justic Just )
Do apagão do futebol ao apagão da política: o Sistema é o mesmo
Agora vamos dar continuidade a essa história...
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Sucessor de Ricardo Teixeira, Marin é preso pela FBI na Suíça!!
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Marin e mais seis são detidos por corrupção na Fifa em operação do FBI
Uma operação liderada pelo FBI deteve sete dirigentes de alto escalão,
sob a acusação de corrupção em entidades ligadas à Fifa. Entre eles está
José Maria Marin, ex-presidente da CBF, que deixou o cargo há menos de
dois meses. A dois dias da eleição para a presidência da entidade máxima
do futebol, autoridades suíças - em parceria com a agência dos EUA -
adentraram o hotel cinco estrelas em Zurique em que estes cartolas
estavam hospedados e fizeram as detenções, de acordo com nota oficial do
Departamento de Justiça norte-americano.
Os detidos no Baur au Lac Hotel serão extraditados para os Estados Unidos, para dar seguimento na investigação. Segundo o comunicado do Departamento de Justiça, um total de 14 réus são acusados de extorsão, fraude, lavagem de dinheiro, entre outras irregularidades.
"A acusação alega que a corrupção é desenfreada, sistêmica, e que está enraizada aqui nos Estados Unidos", disse procuradora-geral da Justiça norte-americana Loretta Lynch. "Os réus (são acusados) de participação em um esquema de 24 anos para enriquecer a eles próprios através da corrupção no futebol internacional."
A investigação aponta suborno de US$ 150 milhões (cerca de R$ 450 milhões) em questões ligadas a transmissão de jogos e direitos de marketing do futebol na América do Sul e Estados Unidos.
"A maioria dos esquemas investigados diz respeito a solicitação e recebimento de propinas por autoridades do futebol vindas de executivos de marketing, em conexão com a comercialização de direitos de imagem e marketing de várias partidas e campeonatos, incluindo as Eliminatórias da Concacaf, a Copa Ouro da Concacaf, a Liga dos Campeões da Concacaf, a Copa América da Conmebol, a Copa Libertadores da Conmebol e a Copa do Brasil, que é organizada pela CBF. Outros esquemas citados dizem respeito a propinas em conexão com o patrocínio da CBF dado por uma grande marca de material esportivo, a seleção da sede da Copa de 2010 e a eleição presidencial da Fifa em 2011", diz a nota do Departamento de Justiça, claramente citando a Nike.
Os outros dirigentes detidos em Zurique são Jeffrey Webb (presidente da Concacaf), Eduardo Li (presidente da Federação Costarriquenha), Julio Rocha, Costas Takkas, Rafael Esquivel e Eugenio Figueiredo (ex-presidente da Conmebol). A sede da Concacaf, nos EUA passará pela execução de um mandado de busca, em Miami.
Além disso, membros do Ministério Público da Suíça recolheram documentos e dados eletrônicos na sede principal da Fifa, em Zurique. Além disso, o órgão anunciou que abriu um processo criminal por suspeitas de gestão desleal e lavagem de dinheiro em relação com a escolha das sedes da Copa do Mundo de 2018 e 2022.
A nota oficial do Departamento de Justiça dos Estados Unidos informa ainda que, em outra fase da investigação, o empresário brasileiro J. Hawilla concordou em pagar US$ 150 milhões, valores referentes a fraudes, desvios e lavagem de dinheiro. Desse montante, Hawilla devolveu US$ 25 milhões em dezembro de 2014. O empresário é dono da Traffic, agência detentora de direitos de transmissão e parceira da CBF.
Apesar do escândalo, a eleição para presidência da Fifa ocorrerá normalmente. Walter de Gregorio, diretor de comunicações da Fifa, afirmou que o congresso da entidade, marcado para sexta-feira (29), será realizado como planejado, bem como o pleito programado.
As autoridades suíças relataram que os detidos devem ser extraditados para os Estados Unidos, onde a procuradoria de Nova York os investiga pelo recebimento de propinas desde o começo da década de 1990 até os dias de hoje.
Os detidos nesta quarta-feira participavam de uma série de atividades na sede mundial da Fifa, que são uma prévia do congresso da entidade, que deverá escolher nesta sexta-feira seu presidente para os próximos quatro anos. A reeleição do atual presidente, o suíço Joseph Blatter, para um quinto mandato, era dada como praticamente certa, mas os acontecimentos de hoje podem alterar essa situação.
Os agentes responsáveis pela operação pertencem ao corpo da Polícia Cantonal de Zurique e chegaram ao luxuoso hotel durante a madrugada, vestidos à paisana, com trajes civis. Após apresentaram as ordens judiciais pertinentes, receberam as chaves dos quartos respectivos. A detenção ocorreu sem maiores problemas e os sete membros da Fifa serão interrogados hoje mesmo pela polícia.
Os dirigentes são acusados de envolvimento em um esquema de corrupção através do qual "delegados da Fifa e outros de organizações dependentes receberam propinas e comissões - de representantes de meios de comunicação e de empresas de marketing esportivo - que somam mais de US$ 100 milhões", segundo o Ministério suíço.
Em troca, os agentes corruptores "recebiam direitos midiáticos, de publicidade e patrocínio em torneios de futebol na América Latina".
Segundo o pedido de detenção dos Estados Unidos, esses crimes foram preparados e estipulados nesse país, enquanto os pagamentos foram realizados através de bancos norte-americanos. O acordo e os preparativos para a realização desta operação foram feitos nos Estados Unidos.
"Esta prática engloba pelo menos duas gerações de autoridades do futebol. E isso lesou profundamente uma grande quantidade de vítimas, das ligas jovens e países em desenvolvimento que deveriam se beneficiar dos ganhos gerados pela comercialização dos direitos das partidas negociadas aos torcedores, que dão valor a esses direitos. A ação de hoje deixa claro que o Departamento de Justiça pretende acabar com qualquer prática de corrupção e trazer os corruptos à Justiça - e estamos abertos para trabalhar com outros países neste esforço", detalhou a procuradora-geral da Justiça norte-americana Loretta Lynch.
O Ministério de Justiça e Polícia da Suíça indicaram que o procedimento será simplificado para aqueles que estiverem de acordo com sua extradição. Nesse caso, as autoridades suíças a aprovarão imediatamente.
Se os envolvidos se opuserem, então será solicitado aos Estados Unidos que apresentem um pedido formal de extradição no prazo de 40 dias, como determina o tratado bilateral entre os dois países.
"Certamente é um momento difícil para nós", disse o porta-voz Walter De Gregorio. "Mas isto é bom para a Fifa. Confirma que estamos no caminho certo. Dói. Não é fácil. Mas é a maneira certa de seguir", acrescentou. Blatter não está entre os detidos ou indiciados até o momento.
Após o escândalo que terminou na prisão de José Maria Marín e mais seis executivos da Fifa na Suíça,
nesta quarta-feira, o senador Romário comemorou a detenção do opositor e
desafeto declarado. Em audiência pública no Senado, ele parabenizou o
FBI e pediu que o atual presidente da CBF, Marco Polo Del Nero, deixe o
cargo.
"Espero que a investigação que repercuta definitivamente limpar o futebol desses corruptos, como Marco Polo Del Nero. A situação do futebol brasileiro é culpa dessas pessoas, que não estão nem um pouco interessadas em ajudar. Só pensam no dinheiro", completou.
Del Nero, porém, não foi citado em nenhuma investigação até agora. Ele se pronunciou sobre o caso, defendendo José Maria Marín, seu aliado, e colocando a culpa nos contratos suspeitos da Copa do Mundo de 2014, que estão sendo investigados pelo Departamento de Justiça dos Estados Unidos, em Ricardo Teixeira, ex-mandatário da CBF.
"São contratos firmados antes da administração do Marín, não tem nada firmado após. Eu conheço esses contratos", disse Del Nero.
Entenda o caso
A dois dias da eleição para a presidência, um terremoto sacode a Fifa. Na madrugada desta quarta-feira, horário brasileiro, uma operação especial das autoridades suíças, sob liderança do FBI, prendeu sete executivos importantes da entidade sob a acusação de corrupção, entre eles José Maria Marin, ex-presidente da CBF. O grupo dos detidos será extraditado para os Estados Unidos a fim de uma maior investigação sobre o assunto na federação mais importante do futebol mundial.
Segundo nota oficial do Departamento de Justiça norte-americano, 14 réus são acusados de extorsão, fraude e conspiração para lavagem de dinheiro, entre outros delitos, em um "esquema de 24 anos para enriquecer através da corrupção no futebol". Sete deles foram presos na Suíça. Além de Marin, Jeffrey Webb, Eduardo Li, Julio Rocha, Costas Takkas, Eugenio Figueredo e Rafael Esquivel. Um mandado de busca também será executado na sede da Concacaf, em Miami, nos EUA.
O brasileiro J.Hawilla, dono da Traffic, conhecida empresa de marketing esportivo, é um dos réus que se declararam culpados, assim como duas empresas de seu grupo, a Traffic Sports International Inc. and Traffic Sports USA Inc. Em dezembro de 2014, segundo a justiça dos EUA, ele concordou em pagar mais de 151 milhões de dólares, sendo que US$ 25 mi foram pagos na ocasião. As acusações são de extorsão, fraude eletrônica, lavagem de dinheiro e obstrução de justiça.
Além de Hawilla, também se declararam culpados o norte-americano Charles Blazer, ex-secretário-geral da Concacaf e ex-representante dos EUA no Comitê Executivo da Fifa; Daryan e Daryll Warner, filhos do ex-presidente da Fifa Jack Warner.
O primeiro é mais conhecido do grande público. Hawilla é o dono da Traffic, renomada empresa de marketing esportivo brasileira. Na investigação conduzida pelo FBI, ele é um dos quatro que já se declararam culpados de acusações que incluem extorsão, fraude e conspiração para lavagem de dinheiro, entre outros delitos.
No dia 12 de dezembro de 2014, segundo informa a justiça norte-americana, Hawilla se declarou culpado das acusações de extorsão, fraude eletrônica, lavagem de dinheiro e obstrução de justiça e concordou em pagar multa de 151 milhões de dólares (mais de R$ 450 milhões), sendo que US$ 25 mi (R$ 66,2 mi na cotação da época) foram acertados no ato.
Cinco meses mais tarde, em 14 de maio de 2015, duas empresas do grupo Traffic, de Hawilla, a Traffic Sports USA Inc. e Traffic Sports International Inc. também se declararam culpadas da acusação de conspiração para fraude. São as únicas pessoas jurídicas citadas como acusadas no documento da justiça dos EUA.
Antes disso, em julho e outubro de 2013, Daryll e Daryan Warner, filhos do ex-presidente da Concacaf Jack Warner, já haviam admitido culpa - o segundo também pagou multa, de 1,1 milhão de dólares (R$ 2,9 mi). Em novembro de 2013, Charles Blazer, ex-secretário-geral da Concacaf e ex-representante dos EUA no Comitê Executivo da Fifa, se tornou o quarto investigado a se declarar culpado - seu pagamento foi superior a US$ 1,9 milhão (R$ 5 mi).
Segundo o FBI, "todo o dinheiro pago pelos réus está sendo mantido em reserva para garantir sua disponibilidade para satisfazer qualquer ordem de restituição que entre na sentença, para o benefício de quaisquer pessoas ou entidades que se qualificam como vítimas de crimes dos réus sob a lei federal" norte-americana.
José Lázaro Margulies - O outro brasileiro citado como acusado no escândalo é proprietário de empresas de transmissão de eventos esportivos. No relatório, é citada a "Valente Corp. and Somerton Ltd.". Ele, supostamente, "serviu como um intermediário para facilitar pagamentos ilícitos entre os executivos de marketing esportivo e autoridades do futebol".
Policiais invadiram hotel cinco estrelas de Zurique e detiveram sete dirigentes da entidade. O ex-presidente da CBF José Maria Marin é um dos detidos
A polícia da Suíça prendeu nesta quarta-feira nove dirigentes da Fifa a pedido da justiça dos EUA sob a acusação de corrupção e diversos outros crimes. Os suspeitos foram detidos num hotel em Zurique e poderão ser extraditados para os Estados Unidos. O departamento de justiça americano confirmou que o ex-presidente da CBF, José Maria Marin, foi um dos detidos. O Departamento Federal de Justiça suíço informou que está questionando os dirigentes sobre a votação para escolha das sedes das Copas de 2018 e 2022.
Delegados de quase todas federações de futebol estão em Zurique para o congresso da Fifa marcado para esta sexta-feira – no qual Joseph Blatter tentaria buscar seu quinto mandato como presidente da entidade. O porta-voz da Fifa, Walter de Gregorio, disse que Blatter não está entre os acusados.
- Ele não está envolvido de modo algum – disse.
Segundo o jornal, as acusações baseadas numa investigação do FBI que começou em 2011 apontam corrupção generalizada na Fifa nas últimas duas décadas – envolvendo a disputa pelo direito de sediar as Copas da Rússia (2018) e Catar (2022) – além de contratos de marketing e televisionamento.
(…)
Em tempo: o atual presidente da CBF, ilustre sucessor do Marin, é um ex-presidente da Federação Paulista, o Marco Polo del Nero.
Em tempo2: o Presidente da delegação do Brasil à Copa América é o João Dória Jr, o do jatinho do FHC.
Em tempo3: como se sabe, a CBF vendeu a escalação da seleção brasileira, segundo o Estadão.
Em tempo4: o Mino Carta diria assim: é tudo a mesma sopa !
Os comparsas:
O Cafezinho acaba de ter acesso a uma investigação da Receita Federal sobre uma sonegação milionária da Rede Globo. Trata-se de um processo concluído em 2006, que resultou num auto de infração assinado pela Delegacia da Receita Federal referente à sonegação de R$ 183,14 milhões, em valores não atualizados. Somando juros e multa, já definidos pelo fisco, o valor que a Globo devia ao contribuinte brasileiro em 2006 sobe a R$ 615 milhões. Alguém calcule o quanto isso dá hoje.
A fraude da Globo se deu durante o governo Fernando Henrique Cardoso, numa operação tipicamente tucana, com uso de paraíso fiscal. A emissora disfarçou a compra dos direitos de transmissão dos jogos da Copa do Mundo de 2002 como investimentos em participação societária no exterior. O réu do processo é o cidadão José Roberto Marinho, CPF número 374.224.487-68, proprietário da empresa acusada de sonegação.
Esconder dólares na cueca é coisa de petista aloprado. Se não há provas para o mensalão petista, ou antes, se há provas que o dinheiro da Visanet foi licitamente usado em publicidade, o mensalão da Globo é generoso em documentos que provam sua existência. Mais especificamente, 12 documentos, todos mostrados ao fim do post. Uso o termo mensalão porque a Globo também cultiva seu lobby no congresso. Também usa dinheiro e influência para aprovar ou bloquear leis. O processo correu até o momento em segredo de justiça, já que, no Brasil, apenas documentos relativos a petistas são alvo de vazamento. Tudo que se relaciona à Globo, à Dantas, ao PSDB, permanece quase sempre sob sete chaves. Mesmo quando vem à tôna, a operação para abafar as investigações sempre é bem sucedida. Vide a inércia da Procuradoria em investigar a privataria tucana, e do STF em levar adiante o julgamento do mensalão “mineiro”.
Pedimos encarecidamente ao Ministério Publico, mais que nunca empoderado pelas manifestações de rua, que investigue a sonegação da Globo, exija o ressarcimento dos cofres públicos e peça a condenação dos responsáveis.
O sindicato nacional dos auditores fiscais estima que a sonegação no Brasil totaliza mais de R$ 400 bilhões. Deste total, as organizações Globo respondem por um percentual significativo.
A informação reforça a ideia de que o plebiscito que governo e congresso enviarão ao povo deve incluir a democratização da mídia. O Brasil não pode continuar refém de um monopólio que não contente em lesar o povo sonegando e manipulando informações, também o rouba na forma de crimes contra o fisco.
Os detidos no Baur au Lac Hotel serão extraditados para os Estados Unidos, para dar seguimento na investigação. Segundo o comunicado do Departamento de Justiça, um total de 14 réus são acusados de extorsão, fraude, lavagem de dinheiro, entre outras irregularidades.
"A acusação alega que a corrupção é desenfreada, sistêmica, e que está enraizada aqui nos Estados Unidos", disse procuradora-geral da Justiça norte-americana Loretta Lynch. "Os réus (são acusados) de participação em um esquema de 24 anos para enriquecer a eles próprios através da corrupção no futebol internacional."
A investigação aponta suborno de US$ 150 milhões (cerca de R$ 450 milhões) em questões ligadas a transmissão de jogos e direitos de marketing do futebol na América do Sul e Estados Unidos.
"A maioria dos esquemas investigados diz respeito a solicitação e recebimento de propinas por autoridades do futebol vindas de executivos de marketing, em conexão com a comercialização de direitos de imagem e marketing de várias partidas e campeonatos, incluindo as Eliminatórias da Concacaf, a Copa Ouro da Concacaf, a Liga dos Campeões da Concacaf, a Copa América da Conmebol, a Copa Libertadores da Conmebol e a Copa do Brasil, que é organizada pela CBF. Outros esquemas citados dizem respeito a propinas em conexão com o patrocínio da CBF dado por uma grande marca de material esportivo, a seleção da sede da Copa de 2010 e a eleição presidencial da Fifa em 2011", diz a nota do Departamento de Justiça, claramente citando a Nike.
Os outros dirigentes detidos em Zurique são Jeffrey Webb (presidente da Concacaf), Eduardo Li (presidente da Federação Costarriquenha), Julio Rocha, Costas Takkas, Rafael Esquivel e Eugenio Figueiredo (ex-presidente da Conmebol). A sede da Concacaf, nos EUA passará pela execução de um mandado de busca, em Miami.
Além disso, membros do Ministério Público da Suíça recolheram documentos e dados eletrônicos na sede principal da Fifa, em Zurique. Além disso, o órgão anunciou que abriu um processo criminal por suspeitas de gestão desleal e lavagem de dinheiro em relação com a escolha das sedes da Copa do Mundo de 2018 e 2022.
A nota oficial do Departamento de Justiça dos Estados Unidos informa ainda que, em outra fase da investigação, o empresário brasileiro J. Hawilla concordou em pagar US$ 150 milhões, valores referentes a fraudes, desvios e lavagem de dinheiro. Desse montante, Hawilla devolveu US$ 25 milhões em dezembro de 2014. O empresário é dono da Traffic, agência detentora de direitos de transmissão e parceira da CBF.
Apesar do escândalo, a eleição para presidência da Fifa ocorrerá normalmente. Walter de Gregorio, diretor de comunicações da Fifa, afirmou que o congresso da entidade, marcado para sexta-feira (29), será realizado como planejado, bem como o pleito programado.
As autoridades suíças relataram que os detidos devem ser extraditados para os Estados Unidos, onde a procuradoria de Nova York os investiga pelo recebimento de propinas desde o começo da década de 1990 até os dias de hoje.
Os detidos nesta quarta-feira participavam de uma série de atividades na sede mundial da Fifa, que são uma prévia do congresso da entidade, que deverá escolher nesta sexta-feira seu presidente para os próximos quatro anos. A reeleição do atual presidente, o suíço Joseph Blatter, para um quinto mandato, era dada como praticamente certa, mas os acontecimentos de hoje podem alterar essa situação.
Os agentes responsáveis pela operação pertencem ao corpo da Polícia Cantonal de Zurique e chegaram ao luxuoso hotel durante a madrugada, vestidos à paisana, com trajes civis. Após apresentaram as ordens judiciais pertinentes, receberam as chaves dos quartos respectivos. A detenção ocorreu sem maiores problemas e os sete membros da Fifa serão interrogados hoje mesmo pela polícia.
Os dirigentes são acusados de envolvimento em um esquema de corrupção através do qual "delegados da Fifa e outros de organizações dependentes receberam propinas e comissões - de representantes de meios de comunicação e de empresas de marketing esportivo - que somam mais de US$ 100 milhões", segundo o Ministério suíço.
Em troca, os agentes corruptores "recebiam direitos midiáticos, de publicidade e patrocínio em torneios de futebol na América Latina".
Segundo o pedido de detenção dos Estados Unidos, esses crimes foram preparados e estipulados nesse país, enquanto os pagamentos foram realizados através de bancos norte-americanos. O acordo e os preparativos para a realização desta operação foram feitos nos Estados Unidos.
"Esta prática engloba pelo menos duas gerações de autoridades do futebol. E isso lesou profundamente uma grande quantidade de vítimas, das ligas jovens e países em desenvolvimento que deveriam se beneficiar dos ganhos gerados pela comercialização dos direitos das partidas negociadas aos torcedores, que dão valor a esses direitos. A ação de hoje deixa claro que o Departamento de Justiça pretende acabar com qualquer prática de corrupção e trazer os corruptos à Justiça - e estamos abertos para trabalhar com outros países neste esforço", detalhou a procuradora-geral da Justiça norte-americana Loretta Lynch.
O Ministério de Justiça e Polícia da Suíça indicaram que o procedimento será simplificado para aqueles que estiverem de acordo com sua extradição. Nesse caso, as autoridades suíças a aprovarão imediatamente.
Se os envolvidos se opuserem, então será solicitado aos Estados Unidos que apresentem um pedido formal de extradição no prazo de 40 dias, como determina o tratado bilateral entre os dois países.
Fifa se posiciona
A Fifa chamou as prisões de "um momento difícil", mas disse que o presidente Joseph Blatter não vai sair do cargo e as próximas Copas do Mundo vão continuar como planejadas na Rússia e Catar."Certamente é um momento difícil para nós", disse o porta-voz Walter De Gregorio. "Mas isto é bom para a Fifa. Confirma que estamos no caminho certo. Dói. Não é fácil. Mas é a maneira certa de seguir", acrescentou. Blatter não está entre os detidos ou indiciados até o momento.
DETIDO:
José Maria Marin (83, Brasil) foi presidente da CBF e do Comitê
Organizador da Copa de 2014. Estava no hotel em Zurique junto a outros
dirigentes ligados à Fifa quando foi detido, com mais seis pessoas. O
caso investiga corrupção na venda de direitos de marketing e transmissão
e cita Copa do Brasil. O contrato da CBF com a Nike também está sob
investigação
DETIDO:
Jeffrey Webb (50, ilhas Cayman) é atual vice-presidente e membro do
comitê executivo da Fifa, presidente da Concacaf, presidente da União
Caribenha de Futebol e da Associação de Futebol das Ilhas Cayman
DETIDO:
Eduardo Li (56, Costa Rica), à direita, é membro eleito do comitê
executivo da Fifa, membro do comitê executivo da Concacaf e presidente
da Federação Costarriquenha de Futebol
DETIDO:
Rafael Esquivel (68, Venezuela) é membro do comitê executivo da
Conmebol e presidente da Federação Venezuelana de Futebol
DETIDO:
Eugenio Figueiredo (83, Uruguai) é atualmente vice-presidente da Fifa e
membro do comitê executivo. Ex-presidente da Conmebol e presidente da
federação uruguaia de futebol
DETIDO: Julio Rocha Lopez (64, Nicarágua) é oficial de desenvolvimento da Fifa e presidente da federação de futebol da Nicarágua
INVESTIGADO:
Jack Warner (72, Trinidad e Tobago), era presidente da Concacaf, mas
deixou o cargo por conta de caso de corrupção em 2011. É
ex-vice-presidente da Fifa e membro do comitê executivo
INVESTIGADO:
Nicolás Leoz (86, paraguaio), erx-membro do comitê executivo da Fifa e
ex-presidente da Conmebol de 1986 a 2013. Ele deixou os cargos alegando
problemas de saúde. Não está entre os detidos.
INVESTIGADO:
Aaron Davidson (44, dos EUA), à esquerda, é presidente da Traffic
Sports USA e dirige clubes de futebol no Brasil, em Portugal e nos EUA,
além de ter parcerias com muitos outros, como o Manchester United.
INVESTIGADO:
José Margulies (75, Brasil) é mandatário nas empresas Valente Corp. e
Somerton Ltd. Investigado por supostamente ser intermediário para
facilitar pagamentos de executivos das empresas aos dirigentes
INVESTIGADO:
Alejandro Burzaco (50, Argentina) é controlador principal da Torneos y
Competencias S.A., empresa de marketing esportivo com base na Argentina
que deteve os direitos de transmissão da Copa de 2006 no país
CULPADO:
José Hawilla (71, Brasil) é dono da Traffic, empresa de marketing
esportivo. Duas empresas de seu grupo foram investigadas e se declararam
culpadas da acusações de conspiração para cometer fraude. Ele já
prometeu devolver US$ 151 milhões
CULPADO:
Charles Chuck Blazer (70, EUA) é ex-secretário-geral da Concacaf.
Trabalhou também no comitê executivo da Fifa, como representante dos
EUA. Em novembro de 2013, declarou-se culpado em outra fase deste caso,
por conspiração, fraude e lavagem de dinheiro, entre outros. Ele já
devolveu US$ 1,9 milhão, e ainda terá de pagar mais, quando for
determinada a sentença
Mais
nomes: Costas Takkas foi DETIDO. Ele é ex-secretário-feral da
confederação de futebol das ilhas Cayman e é ligado ao presidente da
Concacaf. Daryll Warner e Daryan Warner, filhos de Jack Warner estão na
lista dos CULPADOS por fraude, lavagem de dinheiro e outras
irregularidades. Daryan devolveu US$ 1,1 milhão e concordou em pagar uma
segunda parcela quando sua sentença for anunciada. Hugo and Mariano
Jinkis são INVESTIGADOS por irregularidades no controle da Full Play
Group S.A., empresa argentina de marketing esportivo.
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Isso não é novidade... tudo já conhecíamos... Veja esse livro "O Lado sujo do futebol" lançado ano pasado, pelo mesmo autor de "A privataria Tucana" e com prefácio do Romário.
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O Romário, ex-atacante da seleção brasileira, atual senado da república comemora!!
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Romário festeja prisão de Marín: 'É o início de um grande futuro para o futebol'
"Espero que a investigação que repercuta definitivamente limpar o futebol desses corruptos, como Marco Polo Del Nero. A situação do futebol brasileiro é culpa dessas pessoas, que não estão nem um pouco interessadas em ajudar. Só pensam no dinheiro", completou.
Del Nero, porém, não foi citado em nenhuma investigação até agora. Ele se pronunciou sobre o caso, defendendo José Maria Marín, seu aliado, e colocando a culpa nos contratos suspeitos da Copa do Mundo de 2014, que estão sendo investigados pelo Departamento de Justiça dos Estados Unidos, em Ricardo Teixeira, ex-mandatário da CBF.
"São contratos firmados antes da administração do Marín, não tem nada firmado após. Eu conheço esses contratos", disse Del Nero.
Entenda o caso
A dois dias da eleição para a presidência, um terremoto sacode a Fifa. Na madrugada desta quarta-feira, horário brasileiro, uma operação especial das autoridades suíças, sob liderança do FBI, prendeu sete executivos importantes da entidade sob a acusação de corrupção, entre eles José Maria Marin, ex-presidente da CBF. O grupo dos detidos será extraditado para os Estados Unidos a fim de uma maior investigação sobre o assunto na federação mais importante do futebol mundial.
Segundo nota oficial do Departamento de Justiça norte-americano, 14 réus são acusados de extorsão, fraude e conspiração para lavagem de dinheiro, entre outros delitos, em um "esquema de 24 anos para enriquecer através da corrupção no futebol". Sete deles foram presos na Suíça. Além de Marin, Jeffrey Webb, Eduardo Li, Julio Rocha, Costas Takkas, Eugenio Figueredo e Rafael Esquivel. Um mandado de busca também será executado na sede da Concacaf, em Miami, nos EUA.
O brasileiro J.Hawilla, dono da Traffic, conhecida empresa de marketing esportivo, é um dos réus que se declararam culpados, assim como duas empresas de seu grupo, a Traffic Sports International Inc. and Traffic Sports USA Inc. Em dezembro de 2014, segundo a justiça dos EUA, ele concordou em pagar mais de 151 milhões de dólares, sendo que US$ 25 mi foram pagos na ocasião. As acusações são de extorsão, fraude eletrônica, lavagem de dinheiro e obstrução de justiça.
Além de Hawilla, também se declararam culpados o norte-americano Charles Blazer, ex-secretário-geral da Concacaf e ex-representante dos EUA no Comitê Executivo da Fifa; Daryan e Daryll Warner, filhos do ex-presidente da Fifa Jack Warner.
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O dono da Traffic foi um dos presos e confessa a culpa!!
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Escândalo na Fifa: brasileiro dono da Traffic admitiu culpa e concordou pagar R$ 450 milhões
Gazeta Press
O
escândalo que abalou a Fifa na manhã desta quarta-feira tem três
brasileiros envolvidos. O ex-presidente da CBF José Maria Marin é um dos
sete executivos da entidade que foram presos na Suíça, mas não é o
único acusado pela Justiça norte-americana no caso: os empresários J.
Hawilla e José Lázaro Margulies também são citados.O primeiro é mais conhecido do grande público. Hawilla é o dono da Traffic, renomada empresa de marketing esportivo brasileira. Na investigação conduzida pelo FBI, ele é um dos quatro que já se declararam culpados de acusações que incluem extorsão, fraude e conspiração para lavagem de dinheiro, entre outros delitos.
No dia 12 de dezembro de 2014, segundo informa a justiça norte-americana, Hawilla se declarou culpado das acusações de extorsão, fraude eletrônica, lavagem de dinheiro e obstrução de justiça e concordou em pagar multa de 151 milhões de dólares (mais de R$ 450 milhões), sendo que US$ 25 mi (R$ 66,2 mi na cotação da época) foram acertados no ato.
Cinco meses mais tarde, em 14 de maio de 2015, duas empresas do grupo Traffic, de Hawilla, a Traffic Sports USA Inc. e Traffic Sports International Inc. também se declararam culpadas da acusação de conspiração para fraude. São as únicas pessoas jurídicas citadas como acusadas no documento da justiça dos EUA.
Antes disso, em julho e outubro de 2013, Daryll e Daryan Warner, filhos do ex-presidente da Concacaf Jack Warner, já haviam admitido culpa - o segundo também pagou multa, de 1,1 milhão de dólares (R$ 2,9 mi). Em novembro de 2013, Charles Blazer, ex-secretário-geral da Concacaf e ex-representante dos EUA no Comitê Executivo da Fifa, se tornou o quarto investigado a se declarar culpado - seu pagamento foi superior a US$ 1,9 milhão (R$ 5 mi).
Segundo o FBI, "todo o dinheiro pago pelos réus está sendo mantido em reserva para garantir sua disponibilidade para satisfazer qualquer ordem de restituição que entre na sentença, para o benefício de quaisquer pessoas ou entidades que se qualificam como vítimas de crimes dos réus sob a lei federal" norte-americana.
José Lázaro Margulies - O outro brasileiro citado como acusado no escândalo é proprietário de empresas de transmissão de eventos esportivos. No relatório, é citada a "Valente Corp. and Somerton Ltd.". Ele, supostamente, "serviu como um intermediário para facilitar pagamentos ilícitos entre os executivos de marketing esportivo e autoridades do futebol".
Polícia suíça prende Marin e outros dirigentes da Fifa em Zurique
Policiais invadiram hotel cinco estrelas de Zurique e detiveram sete dirigentes da entidade. O ex-presidente da CBF José Maria Marin é um dos detidos
A polícia da Suíça prendeu nesta quarta-feira nove dirigentes da Fifa a pedido da justiça dos EUA sob a acusação de corrupção e diversos outros crimes. Os suspeitos foram detidos num hotel em Zurique e poderão ser extraditados para os Estados Unidos. O departamento de justiça americano confirmou que o ex-presidente da CBF, José Maria Marin, foi um dos detidos. O Departamento Federal de Justiça suíço informou que está questionando os dirigentes sobre a votação para escolha das sedes das Copas de 2018 e 2022.
Delegados de quase todas federações de futebol estão em Zurique para o congresso da Fifa marcado para esta sexta-feira – no qual Joseph Blatter tentaria buscar seu quinto mandato como presidente da entidade. O porta-voz da Fifa, Walter de Gregorio, disse que Blatter não está entre os acusados.
- Ele não está envolvido de modo algum – disse.
Segundo o jornal, as acusações baseadas numa investigação do FBI que começou em 2011 apontam corrupção generalizada na Fifa nas últimas duas décadas – envolvendo a disputa pelo direito de sediar as Copas da Rússia (2018) e Catar (2022) – além de contratos de marketing e televisionamento.
(…)
Em tempo: o atual presidente da CBF, ilustre sucessor do Marin, é um ex-presidente da Federação Paulista, o Marco Polo del Nero.
Em tempo2: o Presidente da delegação do Brasil à Copa América é o João Dória Jr, o do jatinho do FHC.
Em tempo3: como se sabe, a CBF vendeu a escalação da seleção brasileira, segundo o Estadão.
Em tempo4: o Mino Carta diria assim: é tudo a mesma sopa !
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Esse que está sendo preso mereceu essa reportagem do "O Globo" em 2010!!
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J. Hawilla, o dono do nosso futebol
Os comparsas:
Teixeira, Havelange e Marinho
Livro revela o lado sujo do futebol brasileiro e a conexão com a exclusividade da Globo.
A capa da revista Carta Capital desta
semana dá notícia do livro “O lado sujo do futebol”, de Amaury Ribeiro
Jr, autor do best-seller “Privataria Tucana”, Leandro Cipoloni e Luiz Carlos Azenha, ambos da TV Record, e Tony Chastinet, que foi da Record e hoje está na Band.
O livro chega às livrarias neste sábado e foi editado pela Planeta.
O livro já teria encomendas que chegam a 15 mil exemplares.
Além de descrever as maracutaias em família – Havelange, o sogra, Teixeira, o genro, a ex-mulher e a amante – vai às origens da ligação com a Globo Overseas.
E aos contratos de exclusividade para transmitir a Copa – que a Globo hoje boicota.
Daí, surge a evasão fiscal que criou o movimento de âmbito nacional – “mostra o DARF”- , de efeitos mais concretos do que as “manifestações contra a Copa”- clique aqui para ler “assim, dá pra ter duas copas !”.
Leia a seguir sublime momento que descreve a ligação ente Roberto Marinho e Havelange:
Quando Ricardo Teixeira assumiu a CBF, em 1989, a TV Globo já mandava no futebol. E no País. No final daquele ano, a emissora conseguiu manipular a primeira eleição presidencial após a redemocratização do Brasil. Ao longo da campanha, favoreceu o candidato Fernando Collor de Mello, sócio da Globo em Alagoas, onde tinha sido governador. Com apoio da grande imprensa e do empresariado, Collor foi ao segundo turno contra o ex-metalúrgico Luiz Inácio Lula da Silva. No dia seguinte ao debate final da campanha, transmitido pela emissora, a direção determinou que o “Jornal Nacional”, principal telejornal do país, exibisse uma edição favorável a Collor. O “caçador de marajás”, como o político era conhecido em Alagoas, foi eleito.
Ao neófito cartola, portanto, era prudente fazer a política de boa vizinhança – ou, em português claro, rezar a cartilha da família Marinho. O mais importante, àquela altura, era não mexer na galinha dos ovos de ouro: os direitos de transmissão dos jogos da seleção brasileira. Desde 1978, quando deu aquela mãozinha para João Havelange na transmissão do Mundial da Argentina, a Globo detinha os jogos da Copa do Mundo. O sogro já havia instruído seu pupilo de que a parceria com a família era antiga – e deveria ser cuidada com carinho.
A aproximação havia começado dois anos antes, no início de 1976, para tratar da transmissão da Copa. A pedido de Havelange, Roberto Marinho e o seu então superintendente de Produção e Programação, José Bonifácio de Oliveira Sobrinho, o Boni, receberam o presidente da Fifa para um almoço na sede da emissora, no Rio. Em sua biografia, Havelange descreve Marinho como “um homem de personalidade e palavra”. A recíproca desse carinho ficou marcada na memória do cartola por um episódio que ocorreu muitos anos depois. Em 1994, um amigo de Havelange e Boni foi preso: o bicheiro Castor de Andrade. Acusado de contravenção, Castor esteve foragido até ser preso no meio do Salão do Automóvel de São Paulo, disfarçado com bigode postiço e peruca preta.
Naquela época, o diretor da Globo e o presidente da Fifa eram mais que amigos: “Tenho no Boni um irmão mais novo”, definiu o cartola. Os três viviam grudados. Boni ficou próximo de Castor pelo samba – o bicheiro, morto em abril de 1997, foi patrono da Mocidade Independente de Padre Miguel e ajudou a criar a Liga das Escolas de Samba do Rio. Havelange conheceu Castor no futebol, como já contamos, como patrono do Bangu – e se tornaram amigos do peito: reportagem do próprio jornal “O Globo”, de 9 de abril de 1994, chamou o presidente da Fifa de “avalista moral de Castor” e lembrou que, segundo o Ministério Público, o cartola apareceu na lista de propinas do bicheiro – que andava com um “atestado de idoneidade” assinado de próprio punho pelo presidente da Fifa.
Quando o bicheiro foi preso, a dupla foi ao presídio prestar solidariedade. “Doutor Roberto” descobriu, pela imprensa, a visita de seu diretor a um contrabandista num presídio e ficou incomodado. No livro sobre a vida de Havelange o episódio é narrado assim:
“Assim que soube, Roberto Marinho chamou Boni à sua sala, no décimo andar da sede da TV Globo:
– Boni, eu estou muito aborrecido com o fato de você ter ido visitar o Castor.
– Mas, doutor Roberto…
– Não precisa explicar, não. Eu sei que você foi lá por causa do Carnaval.
– Eu não fui lá por causa do Carnaval, não, doutor Roberto. Eu fui pra lá por causa do João Havelange.
– Bom, então pelo menos nós temos aí uma boa desculpa pra eu não me zangar com você. Eu adoro o João Havelange.”
Foi nesse ambiente do “tudo junto e misturado” que o cartola Ricardo Teixeira foi formado. Ganhou blindagem de todos os lados. Era protegido, bajulado, paparicado. Até o dia em que mexeu onde não devia. Já seguro de si, com mais de uma década no comando da CBF, resolveu crescer os olhos sobre os direitos de transmissão da seleção brasileira.
(Clique nas imagens para ampliar e facilitar a leitura.)
O livro chega às livrarias neste sábado e foi editado pela Planeta.
O livro já teria encomendas que chegam a 15 mil exemplares.
Além de descrever as maracutaias em família – Havelange, o sogra, Teixeira, o genro, a ex-mulher e a amante – vai às origens da ligação com a Globo Overseas.
E aos contratos de exclusividade para transmitir a Copa – que a Globo hoje boicota.
Daí, surge a evasão fiscal que criou o movimento de âmbito nacional – “mostra o DARF”- , de efeitos mais concretos do que as “manifestações contra a Copa”- clique aqui para ler “assim, dá pra ter duas copas !”.
Leia a seguir sublime momento que descreve a ligação ente Roberto Marinho e Havelange:
Quando Ricardo Teixeira assumiu a CBF, em 1989, a TV Globo já mandava no futebol. E no País. No final daquele ano, a emissora conseguiu manipular a primeira eleição presidencial após a redemocratização do Brasil. Ao longo da campanha, favoreceu o candidato Fernando Collor de Mello, sócio da Globo em Alagoas, onde tinha sido governador. Com apoio da grande imprensa e do empresariado, Collor foi ao segundo turno contra o ex-metalúrgico Luiz Inácio Lula da Silva. No dia seguinte ao debate final da campanha, transmitido pela emissora, a direção determinou que o “Jornal Nacional”, principal telejornal do país, exibisse uma edição favorável a Collor. O “caçador de marajás”, como o político era conhecido em Alagoas, foi eleito.
Ao neófito cartola, portanto, era prudente fazer a política de boa vizinhança – ou, em português claro, rezar a cartilha da família Marinho. O mais importante, àquela altura, era não mexer na galinha dos ovos de ouro: os direitos de transmissão dos jogos da seleção brasileira. Desde 1978, quando deu aquela mãozinha para João Havelange na transmissão do Mundial da Argentina, a Globo detinha os jogos da Copa do Mundo. O sogro já havia instruído seu pupilo de que a parceria com a família era antiga – e deveria ser cuidada com carinho.
A aproximação havia começado dois anos antes, no início de 1976, para tratar da transmissão da Copa. A pedido de Havelange, Roberto Marinho e o seu então superintendente de Produção e Programação, José Bonifácio de Oliveira Sobrinho, o Boni, receberam o presidente da Fifa para um almoço na sede da emissora, no Rio. Em sua biografia, Havelange descreve Marinho como “um homem de personalidade e palavra”. A recíproca desse carinho ficou marcada na memória do cartola por um episódio que ocorreu muitos anos depois. Em 1994, um amigo de Havelange e Boni foi preso: o bicheiro Castor de Andrade. Acusado de contravenção, Castor esteve foragido até ser preso no meio do Salão do Automóvel de São Paulo, disfarçado com bigode postiço e peruca preta.
Naquela época, o diretor da Globo e o presidente da Fifa eram mais que amigos: “Tenho no Boni um irmão mais novo”, definiu o cartola. Os três viviam grudados. Boni ficou próximo de Castor pelo samba – o bicheiro, morto em abril de 1997, foi patrono da Mocidade Independente de Padre Miguel e ajudou a criar a Liga das Escolas de Samba do Rio. Havelange conheceu Castor no futebol, como já contamos, como patrono do Bangu – e se tornaram amigos do peito: reportagem do próprio jornal “O Globo”, de 9 de abril de 1994, chamou o presidente da Fifa de “avalista moral de Castor” e lembrou que, segundo o Ministério Público, o cartola apareceu na lista de propinas do bicheiro – que andava com um “atestado de idoneidade” assinado de próprio punho pelo presidente da Fifa.
Quando o bicheiro foi preso, a dupla foi ao presídio prestar solidariedade. “Doutor Roberto” descobriu, pela imprensa, a visita de seu diretor a um contrabandista num presídio e ficou incomodado. No livro sobre a vida de Havelange o episódio é narrado assim:
“Assim que soube, Roberto Marinho chamou Boni à sua sala, no décimo andar da sede da TV Globo:
– Boni, eu estou muito aborrecido com o fato de você ter ido visitar o Castor.
– Mas, doutor Roberto…
– Não precisa explicar, não. Eu sei que você foi lá por causa do Carnaval.
– Eu não fui lá por causa do Carnaval, não, doutor Roberto. Eu fui pra lá por causa do João Havelange.
– Bom, então pelo menos nós temos aí uma boa desculpa pra eu não me zangar com você. Eu adoro o João Havelange.”
Foi nesse ambiente do “tudo junto e misturado” que o cartola Ricardo Teixeira foi formado. Ganhou blindagem de todos os lados. Era protegido, bajulado, paparicado. Até o dia em que mexeu onde não devia. Já seguro de si, com mais de uma década no comando da CBF, resolveu crescer os olhos sobre os direitos de transmissão da seleção brasileira.
(Clique nas imagens para ampliar e facilitar a leitura.)
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A palavra do Bom Senso F.C.
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A
partir da prisão de Marin e da renúncia de Blatter, o Torcedor, a
comunidade do futebol e a sociedade brasileira cobram mudanças reais no
modelo de gestão da Confederação Brasileira de Futebol.
O
Bom Senso FC reitera a público as propostas de mudanças estatutárias
que visam democratizar a CBF e iniciar o processo de renovação
reivindicado pelos torcedores, por ídolos do nosso futebol e por amplas
parcelas da mídia e da sociedade.
1) limitação de mandatos, permitindo apenas 1 (uma) reeleição à Presidência da entidade;
2)
Democratização das instâncias de decisão da CBF, como o Colégio
Eleitoral, a Assembleia Geral e os Conselhos Técnicos, garantindo
direito proporcional de voto aos atletas, técnicos e gestores;
3) direito a voto a todos os clubes participantes do Campeonato Brasileiro, de todas as divisões, na Assembleia Geral da CBF;
4)
diminuição da cláusula de barreira: apoio de 1 (uma) Federação ou de 1
(um) clube para inscrição de chapas à Presidência da CBF;
5) adoção das medidas de Fair Play Financeiro previstas no texto original da MP 671; e
6) banimento do esporte de todos os envolvidos com escândalos de corrupção.
Pelo
posicionamento público dos dirigentes da CBF e pelas informações
obtidas pela imprensa, não acreditamos que a Assembleia Geral da próxima
quinta-feira, dia 11, sob o comando de Marco Polo Del Nero, aprove
essas medidas democratizantes.
Diante
disso, defendemos a renúncia imediata do presidente Del Nero ao seu
cargo e convocação de novas eleições para a CBF até o final do ano, já
com as propostas de mudanças estatutárias em curso.
Bom Senso Futebol Clube,
por um futebol melhor para todos
por um futebol melhor para todos
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E aqui os pagadores de propina... de onde eles tiraram o dinheiro...
É claro! Do seu(meu, nosso) bolso!
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Globo sonegou Imposto de Renda.
A Dilma vai cobrar ?
A sonegação foi feita com o emprego de paraísos fiscais. A PF do Cardozo vai pra cima?E o Gurgel?
O Conversa Afiada dá parabéns ao Miguel do Rosário.
Também o ansioso blogueiro tentou ter acesso às informações sobre a atividade sonegadora de um dos filhos do Roberto Marinho – eles não têm nome próprio.
Depois de inúmeras tentativas, deu com os burros n’água.
O Ministério da Fazenda e a Receita foram impenetráveis, intransparentes.
Se o sonegador fosse o Lula … talvez fosse diferente.
Em nome “das ruas” vazaria tudo …
Com a Globo, bem, com a Globo, só mesmo o Miguel !
Boa, Miguel !
Também o ansioso blogueiro tentou ter acesso às informações sobre a atividade sonegadora de um dos filhos do Roberto Marinho – eles não têm nome próprio.
Depois de inúmeras tentativas, deu com os burros n’água.
O Ministério da Fazenda e a Receita foram impenetráveis, intransparentes.
Se o sonegador fosse o Lula … talvez fosse diferente.
Em nome “das ruas” vazaria tudo …
Com a Globo, bem, com a Globo, só mesmo o Miguel !
Boa, Miguel !
Bomba! O mensalão da Globo!
O Cafezinho acaba de ter acesso a uma investigação da Receita Federal sobre uma sonegação milionária da Rede Globo. Trata-se de um processo concluído em 2006, que resultou num auto de infração assinado pela Delegacia da Receita Federal referente à sonegação de R$ 183,14 milhões, em valores não atualizados. Somando juros e multa, já definidos pelo fisco, o valor que a Globo devia ao contribuinte brasileiro em 2006 sobe a R$ 615 milhões. Alguém calcule o quanto isso dá hoje.
A fraude da Globo se deu durante o governo Fernando Henrique Cardoso, numa operação tipicamente tucana, com uso de paraíso fiscal. A emissora disfarçou a compra dos direitos de transmissão dos jogos da Copa do Mundo de 2002 como investimentos em participação societária no exterior. O réu do processo é o cidadão José Roberto Marinho, CPF número 374.224.487-68, proprietário da empresa acusada de sonegação.
Esconder dólares na cueca é coisa de petista aloprado. Se não há provas para o mensalão petista, ou antes, se há provas que o dinheiro da Visanet foi licitamente usado em publicidade, o mensalão da Globo é generoso em documentos que provam sua existência. Mais especificamente, 12 documentos, todos mostrados ao fim do post. Uso o termo mensalão porque a Globo também cultiva seu lobby no congresso. Também usa dinheiro e influência para aprovar ou bloquear leis. O processo correu até o momento em segredo de justiça, já que, no Brasil, apenas documentos relativos a petistas são alvo de vazamento. Tudo que se relaciona à Globo, à Dantas, ao PSDB, permanece quase sempre sob sete chaves. Mesmo quando vem à tôna, a operação para abafar as investigações sempre é bem sucedida. Vide a inércia da Procuradoria em investigar a privataria tucana, e do STF em levar adiante o julgamento do mensalão “mineiro”.
Pedimos encarecidamente ao Ministério Publico, mais que nunca empoderado pelas manifestações de rua, que investigue a sonegação da Globo, exija o ressarcimento dos cofres públicos e peça a condenação dos responsáveis.
O sindicato nacional dos auditores fiscais estima que a sonegação no Brasil totaliza mais de R$ 400 bilhões. Deste total, as organizações Globo respondem por um percentual significativo.
A informação reforça a ideia de que o plebiscito que governo e congresso enviarão ao povo deve incluir a democratização da mídia. O Brasil não pode continuar refém de um monopólio que não contente em lesar o povo sonegando e manipulando informações, também o rouba na forma de crimes contra o fisco.
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