Marin e mais seis são detidos por corrupção na Fifa em operação do FBI
Uma operação liderada pelo FBI deteve sete dirigentes de alto escalão,
sob a acusação de corrupção em entidades ligadas à Fifa. Entre eles está
José Maria Marin, ex-presidente da CBF, que deixou o cargo há menos de
dois meses. A dois dias da eleição para a presidência da entidade máxima
do futebol, autoridades suíças - em parceria com a agência dos EUA -
adentraram o hotel cinco estrelas em Zurique em que estes cartolas
estavam hospedados e fizeram as detenções, de acordo com nota oficial do
Departamento de Justiça norte-americano.
Os detidos no Baur au Lac Hotel serão extraditados para os Estados
Unidos, para dar seguimento na investigação. Segundo o comunicado do
Departamento de Justiça, um total de 14 réus são acusados de extorsão,
fraude, lavagem de dinheiro, entre outras irregularidades.
"A acusação alega que a corrupção é desenfreada, sistêmica, e que está
enraizada aqui nos Estados Unidos", disse procuradora-geral da Justiça
norte-americana Loretta Lynch. "Os réus (são acusados) de participação
em um esquema de 24 anos para enriquecer a eles próprios através da
corrupção no futebol internacional."
A investigação aponta suborno de US$ 150 milhões (cerca de R$ 450
milhões) em questões ligadas a transmissão de jogos e direitos de
marketing do futebol na América do Sul e Estados Unidos.
"A maioria dos esquemas investigados diz respeito a solicitação e
recebimento de propinas por autoridades do futebol vindas de executivos
de marketing, em conexão com a comercialização de direitos de imagem e
marketing de várias partidas e campeonatos, incluindo as Eliminatórias
da Concacaf, a Copa Ouro da Concacaf, a Liga dos Campeões da Concacaf, a
Copa América da Conmebol, a Copa Libertadores da Conmebol e a Copa do
Brasil, que é organizada pela CBF. Outros esquemas citados dizem
respeito a propinas em conexão com o patrocínio da CBF dado por uma
grande marca de material esportivo, a seleção da sede da Copa de 2010 e a
eleição presidencial da Fifa em 2011", diz a nota do Departamento de
Justiça, claramente citando a Nike.
Os outros dirigentes detidos em Zurique são Jeffrey Webb (presidente da
Concacaf), Eduardo Li (presidente da Federação Costarriquenha), Julio
Rocha, Costas Takkas, Rafael Esquivel e Eugenio Figueiredo
(ex-presidente da Conmebol). A sede da Concacaf, nos EUA passará pela
execução de um mandado de busca, em Miami.
Além disso, membros do Ministério Público da Suíça recolheram
documentos e dados eletrônicos na sede principal da Fifa, em Zurique.
Além disso, o órgão anunciou que abriu um processo criminal por
suspeitas de gestão desleal e lavagem de dinheiro em relação com a
escolha das sedes da Copa do Mundo de 2018 e 2022.
A nota oficial do Departamento de Justiça dos Estados Unidos informa
ainda que, em outra fase da investigação, o empresário brasileiro J.
Hawilla concordou em pagar US$ 150 milhões, valores referentes a
fraudes, desvios e lavagem de dinheiro. Desse montante, Hawilla devolveu
US$ 25 milhões em dezembro de 2014. O empresário é dono da Traffic,
agência detentora de direitos de transmissão e parceira da CBF.
Apesar do escândalo, a eleição para presidência da Fifa ocorrerá
normalmente. Walter de Gregorio, diretor de comunicações da Fifa,
afirmou que o congresso da entidade, marcado para sexta-feira (29), será
realizado como planejado, bem como o pleito programado.
As autoridades suíças relataram que os detidos devem ser extraditados
para os Estados Unidos, onde a procuradoria de Nova York os investiga
pelo recebimento de propinas desde o começo da década de 1990 até os
dias de hoje.
Os detidos nesta quarta-feira participavam de uma série de atividades
na sede mundial da Fifa, que são uma prévia do congresso da entidade,
que deverá escolher nesta sexta-feira seu presidente para os próximos
quatro anos. A reeleição do atual presidente, o suíço Joseph Blatter,
para um quinto mandato, era dada como praticamente certa, mas os
acontecimentos de hoje podem alterar essa situação.
Os agentes responsáveis pela operação pertencem ao corpo da Polícia
Cantonal de Zurique e chegaram ao luxuoso hotel durante a madrugada,
vestidos à paisana, com trajes civis. Após apresentaram as ordens
judiciais pertinentes, receberam as chaves dos quartos respectivos. A
detenção ocorreu sem maiores problemas e os sete membros da Fifa serão
interrogados hoje mesmo pela polícia.
Os dirigentes são acusados de envolvimento em um esquema de corrupção
através do qual "delegados da Fifa e outros de organizações dependentes
receberam propinas e comissões - de representantes de meios de
comunicação e de empresas de marketing esportivo - que somam mais de US$
100 milhões", segundo o Ministério suíço.
Em troca, os agentes corruptores "recebiam direitos midiáticos, de
publicidade e patrocínio em torneios de futebol na América Latina".
Segundo o pedido de detenção dos Estados Unidos, esses crimes foram
preparados e estipulados nesse país, enquanto os pagamentos foram
realizados através de bancos norte-americanos. O acordo e os
preparativos para a realização desta operação foram feitos nos Estados
Unidos.
"Esta prática engloba pelo menos duas gerações de autoridades do
futebol. E isso lesou profundamente uma grande quantidade de vítimas,
das ligas jovens e países em desenvolvimento que deveriam se beneficiar
dos ganhos gerados pela comercialização dos direitos das partidas
negociadas aos torcedores, que dão valor a esses direitos. A ação de
hoje deixa claro que o Departamento de Justiça pretende acabar com
qualquer prática de corrupção e trazer os corruptos à Justiça - e
estamos abertos para trabalhar com outros países neste esforço",
detalhou a procuradora-geral da Justiça norte-americana Loretta Lynch.
O Ministério de Justiça e Polícia da Suíça indicaram que o procedimento
será simplificado para aqueles que estiverem de acordo com sua
extradição. Nesse caso, as autoridades suíças a aprovarão imediatamente.
Se os envolvidos se opuserem, então será solicitado aos Estados Unidos
que apresentem um pedido formal de extradição no prazo de 40 dias, como
determina o tratado bilateral entre os dois países.
Fifa se posiciona
A Fifa chamou as prisões de "um momento difícil", mas disse que o
presidente Joseph Blatter não vai sair do cargo e as próximas Copas do
Mundo vão continuar como planejadas na Rússia e Catar.
"Certamente é um momento difícil para nós", disse o porta-voz Walter De
Gregorio. "Mas isto é bom para a Fifa. Confirma que estamos no caminho
certo. Dói. Não é fácil. Mas é a maneira certa de seguir", acrescentou.
Blatter não está entre os detidos ou indiciados até o momento.
Conheça os envolvidos no caso de corrupção que abala a Fifa
DETIDO:
José Maria Marin (83, Brasil) foi presidente da CBF e do Comitê
Organizador da Copa de 2014. Estava no hotel em Zurique junto a outros
dirigentes ligados à Fifa quando foi detido, com mais seis pessoas. O
caso investiga corrupção na venda de direitos de marketing e transmissão
e cita Copa do Brasil. O contrato da CBF com a Nike também está sob
investigação
DETIDO:
Jeffrey Webb (50, ilhas Cayman) é atual vice-presidente e membro do
comitê executivo da Fifa, presidente da Concacaf, presidente da União
Caribenha de Futebol e da Associação de Futebol das Ilhas Cayman
DETIDO:
Eduardo Li (56, Costa Rica), à direita, é membro eleito do comitê
executivo da Fifa, membro do comitê executivo da Concacaf e presidente
da Federação Costarriquenha de Futebol
DETIDO:
Rafael Esquivel (68, Venezuela) é membro do comitê executivo da
Conmebol e presidente da Federação Venezuelana de Futebol
DETIDO:
Eugenio Figueiredo (83, Uruguai) é atualmente vice-presidente da Fifa e
membro do comitê executivo. Ex-presidente da Conmebol e presidente da
federação uruguaia de futebol
DETIDO: Julio Rocha Lopez (64, Nicarágua) é oficial de desenvolvimento da Fifa e presidente da federação de futebol da Nicarágua
INVESTIGADO:
Jack Warner (72, Trinidad e Tobago), era presidente da Concacaf, mas
deixou o cargo por conta de caso de corrupção em 2011. É
ex-vice-presidente da Fifa e membro do comitê executivo
INVESTIGADO:
Nicolás Leoz (86, paraguaio), erx-membro do comitê executivo da Fifa e
ex-presidente da Conmebol de 1986 a 2013. Ele deixou os cargos alegando
problemas de saúde. Não está entre os detidos.
INVESTIGADO:
Aaron Davidson (44, dos EUA), à esquerda, é presidente da Traffic
Sports USA e dirige clubes de futebol no Brasil, em Portugal e nos EUA,
além de ter parcerias com muitos outros, como o Manchester United.
INVESTIGADO:
José Margulies (75, Brasil) é mandatário nas empresas Valente Corp. e
Somerton Ltd. Investigado por supostamente ser intermediário para
facilitar pagamentos de executivos das empresas aos dirigentes
INVESTIGADO:
Alejandro Burzaco (50, Argentina) é controlador principal da Torneos y
Competencias S.A., empresa de marketing esportivo com base na Argentina
que deteve os direitos de transmissão da Copa de 2006 no país
CULPADO:
José Hawilla (71, Brasil) é dono da Traffic, empresa de marketing
esportivo. Duas empresas de seu grupo foram investigadas e se declararam
culpadas da acusações de conspiração para cometer fraude. Ele já
prometeu devolver US$ 151 milhões
CULPADO:
Charles Chuck Blazer (70, EUA) é ex-secretário-geral da Concacaf.
Trabalhou também no comitê executivo da Fifa, como representante dos
EUA. Em novembro de 2013, declarou-se culpado em outra fase deste caso,
por conspiração, fraude e lavagem de dinheiro, entre outros. Ele já
devolveu US$ 1,9 milhão, e ainda terá de pagar mais, quando for
determinada a sentença
Mais
nomes: Costas Takkas foi DETIDO. Ele é ex-secretário-feral da
confederação de futebol das ilhas Cayman e é ligado ao presidente da
Concacaf. Daryll Warner e Daryan Warner, filhos de Jack Warner estão na
lista dos CULPADOS por fraude, lavagem de dinheiro e outras
irregularidades. Daryan devolveu US$ 1,1 milhão e concordou em pagar uma
segunda parcela quando sua sentença for anunciada. Hugo and Mariano
Jinkis são INVESTIGADOS por irregularidades no controle da Full Play
Group S.A., empresa argentina de marketing esportivo.
Isso não é novidade... tudo já conhecíamos... Veja esse livro "O Lado sujo do futebol" lançado ano pasado, pelo mesmo autor de "A privataria Tucana" e com prefácio do Romário.
Romário festeja prisão de Marín: 'É o início de um grande futuro para o futebol'
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Após prisão de Marin, Romário faz pronunciamento no Senado; assista
Após o escândalo que terminou na prisão de José Maria Marín e mais seis executivos da Fifa na Suíça,
nesta quarta-feira, o senador Romário comemorou a detenção do opositor e
desafeto declarado. Em audiência pública no Senado, ele parabenizou o
FBI e pediu que o atual presidente da CBF, Marco Polo Del Nero, deixe o
cargo.
"Espero
que a investigação que repercuta definitivamente limpar o futebol desses
corruptos, como Marco Polo Del Nero. A situação do futebol brasileiro é
culpa dessas pessoas, que não estão nem um pouco interessadas em
ajudar. Só pensam no dinheiro", completou.
Del Nero, porém, não
foi citado em nenhuma investigação até agora. Ele se pronunciou sobre o
caso, defendendo José Maria Marín, seu aliado, e colocando a culpa nos
contratos suspeitos da Copa do Mundo de 2014, que estão sendo
investigados pelo Departamento de Justiça dos Estados Unidos, em Ricardo
Teixeira, ex-mandatário da CBF.
"São contratos firmados antes da administração do Marín, não tem nada firmado após. Eu conheço esses contratos", disse Del Nero.
Entenda o caso
A
dois dias da eleição para a presidência, um terremoto sacode a Fifa. Na
madrugada desta quarta-feira, horário brasileiro, uma operação especial
das autoridades suíças, sob liderança do FBI, prendeu sete executivos
importantes da entidade sob a acusação de corrupção, entre eles José
Maria Marin, ex-presidente da CBF. O grupo dos detidos será extraditado
para os Estados Unidos a fim de uma maior investigação sobre o assunto
na federação mais importante do futebol mundial.
Segundo nota
oficial do Departamento de Justiça norte-americano, 14 réus são acusados
de extorsão, fraude e conspiração para lavagem de dinheiro, entre
outros delitos, em um "esquema de 24 anos para enriquecer através da
corrupção no futebol". Sete deles foram presos na Suíça. Além de Marin,
Jeffrey Webb, Eduardo Li, Julio Rocha, Costas Takkas, Eugenio Figueredo e
Rafael Esquivel. Um mandado de busca também será executado na sede da
Concacaf, em Miami, nos EUA.
O brasileiro J.Hawilla, dono da
Traffic, conhecida empresa de marketing esportivo, é um dos réus que se
declararam culpados, assim como duas empresas de seu grupo, a Traffic Sports International Inc. and Traffic Sports USA Inc.
Em dezembro de 2014, segundo a justiça dos EUA, ele concordou em pagar
mais de 151 milhões de dólares, sendo que US$ 25 mi foram pagos na
ocasião. As acusações são de extorsão, fraude eletrônica, lavagem de
dinheiro e obstrução de justiça.
Além de Hawilla, também se
declararam culpados o norte-americano Charles Blazer,
ex-secretário-geral da Concacaf e ex-representante dos EUA no Comitê
Executivo da Fifa; Daryan e Daryll Warner, filhos do ex-presidente da
Fifa Jack Warner.
Escândalo na Fifa: brasileiro dono da Traffic admitiu culpa e concordou pagar R$ 450 milhões
ESPN.com.br
Gazeta Press
Brasileiro José Hawilla, dono da Traffic, é um dos que admitiram culpa em escândalo da Fifa
O
escândalo que abalou a Fifa na manhã desta quarta-feira tem três
brasileiros envolvidos. O ex-presidente da CBF José Maria Marin é um dos
sete executivos da entidade que foram presos na Suíça, mas não é o
único acusado pela Justiça norte-americana no caso: os empresários J.
Hawilla e José Lázaro Margulies também são citados.
O primeiro é mais conhecido do grande público. Hawilla é o
dono da Traffic, renomada empresa de marketing esportivo brasileira. Na
investigação conduzida pelo FBI, ele é um dos quatro que já se
declararam culpados de acusações que incluem extorsão, fraude e
conspiração para lavagem de dinheiro, entre outros delitos.
No dia
12 de dezembro de 2014, segundo informa a justiça norte-americana,
Hawilla se declarou culpado das acusações de extorsão, fraude
eletrônica, lavagem de dinheiro e obstrução de justiça e concordou em
pagar multa de 151 milhões de dólares (mais de R$ 450 milhões), sendo
que US$ 25 mi (R$ 66,2 mi na cotação da época) foram acertados no ato.
Cinco
meses mais tarde, em 14 de maio de 2015, duas empresas do grupo
Traffic, de Hawilla, a Traffic Sports USA Inc. e Traffic Sports
International Inc. também se declararam culpadas da acusação de
conspiração para fraude. São as únicas pessoas jurídicas citadas como
acusadas no documento da justiça dos EUA.
Antes disso, em julho e
outubro de 2013, Daryll e Daryan Warner, filhos do ex-presidente da
Concacaf Jack Warner, já haviam admitido culpa - o segundo também pagou
multa, de 1,1 milhão de dólares (R$ 2,9 mi). Em novembro de 2013,
Charles Blazer, ex-secretário-geral da Concacaf e ex-representante dos
EUA no Comitê Executivo da Fifa, se tornou o quarto investigado a se
declarar culpado - seu pagamento foi superior a US$ 1,9 milhão (R$ 5
mi).
Segundo o FBI, "todo o dinheiro pago pelos réus está sendo
mantido em reserva para garantir sua disponibilidade para satisfazer
qualquer ordem de restituição que entre na sentença, para o benefício de
quaisquer pessoas ou entidades que se qualificam como vítimas de crimes
dos réus sob a lei federal" norte-americana. José Lázaro Margulies -
O outro brasileiro citado como acusado no escândalo é proprietário de
empresas de transmissão de eventos esportivos. No relatório, é citada a
"Valente Corp. and Somerton Ltd.". Ele, supostamente, "serviu como um
intermediário para facilitar pagamentos ilícitos entre os executivos de
marketing esportivo e autoridades do futebol".
Polícia suíça prende Marin e outros dirigentes da Fifa em Zurique
Policiais invadiram hotel cinco estrelas de Zurique e
detiveram sete dirigentes da entidade. O ex-presidente da CBF José Maria
Marin é um dos detidos A polícia da Suíça
prendeu nesta quarta-feira nove dirigentes da Fifa a pedido da justiça
dos EUA sob a acusação de corrupção e diversos outros crimes. Os
suspeitos foram detidos num hotel em Zurique e poderão ser extraditados
para os Estados Unidos. O departamento de justiça americano confirmou
que o ex-presidente da CBF, José Maria Marin, foi um dos detidos. O
Departamento Federal de Justiça suíço informou que está questionando os
dirigentes sobre a votação para escolha das sedes das Copas de 2018 e
2022.
Delegados de quase todas federações de futebol estão em
Zurique para o congresso da Fifa marcado para esta sexta-feira – no qual
Joseph Blatter tentaria buscar seu quinto mandato como presidente da
entidade. O porta-voz da Fifa, Walter de Gregorio, disse que Blatter não
está entre os acusados.
- Ele não está envolvido de modo algum – disse.
Segundo
o jornal, as acusações baseadas numa investigação do FBI que começou em
2011 apontam corrupção generalizada na Fifa nas últimas duas décadas –
envolvendo a disputa pelo direito de sediar as Copas da Rússia (2018) e
Catar (2022) – além de contratos de marketing e televisionamento.
(…)
Em tempo: o atual presidente da CBF, ilustre sucessor do Marin, é um ex-presidente da Federação Paulista, o Marco Polo del Nero.
Em tempo2: o Presidente da delegação do Brasil à Copa América é o João Dória Jr, o do jatinho do FHC.
J. Hawilla, jornalista e empresário Crédito: Michel Filho -
SÃO PAULO
- No dia 17 de maio, o fundador e dono da Traffic Sports, José Hawilla (ou J.
Hawilla, como prefere ser chamado), reuniu nos salões do exclusivo hotel
Unique, em São Paulo, cerca de 300 pessoas para comemorar os 30 anos daquela
que é considerada a maior empresa de marketing esportivo do Brasil. Esqueça, no
entanto, a mistura de pagodeiros, marias-chuteiras e subcelebridades que dão o
tom de nove entre dez festinhas de jogadores do esporte.
A festa
misturou nomes de peso do futebol paulista e brasileiro, como o presidente da
Confederação Brasileira de Futebol (CBF), Ricardo Teixeira; o jogador Ronaldo;
o rei Pelé; e a cúpula de grandes clubes. Até a liderança do PSDB paulista - os
pré-candidatos Geraldo Alckmin, Gilberto Kassab e Aloysio Nunes Ferreira -
estavam por lá.
Uma
figura polêmica
Entre um
drinque e outro, Ronaldo e Teixeira, desafetos desde a Copa de 2006, fizeram
até as pazes para delírio da imprensa especializada. O centro das atenções,
porém, era mesmo J. Hawilla, um ex-repórter de rádio e ex-vendedor de cachorros
quentes que virou o maior empresário de futebol do país, alvo de elogios de uns
(muitos) e críticas de outros (a maioria de forma anônima).
De
empresa de publicidade em pontos de ônibus, fundada em 1980, a Traffic é hoje
um império do setor esportivo. Os negócios incluem a administração dos direitos
de TV e patrocínio de 15 torneios de futebol (como Copa América e
Libertadores); a administração de direitos econômicos (passe) e de publicidade
de 90 jogadores (Alan e Conca, do Fluminense, Hernanes e Fernandinho, do São
Paulo, entre outros); uma academia de futebol para menores carentes; a
produtora de conteúdo para mídia TV7; a gerência de times no país (o seu
próprio, Desportivo Brasil) e no exterior (Miami F.C., nos EUA, e Estoril, em
Portugal), além de um grupo de mídia com o jornal "Diário de S.
Paulo", a TV TEM (afiliada à TV Globo) e a rede Bom Dia - de jornais em
sete cidades no interior paulista.
Na festa
no Unique, Hawilla só recebeu elogios. Pelé lembrou os tempos do Cosmos, nos
EUA, e lamentou não ter cursado Marketing esportivo em vez de Educação Física:
- Se
tivesse feito, talvez estivesse trabalhando com ele.
Ricardo
Teixeira - apontado pelo polêmico Eurico Miranda, ex-presidente do Vasco, como
sócio de Hawilla, o que é desmentido veementemente pelo próprio - agradeceu ao
empresário por ajudar a profissionalizar o futebol brasileiro:
- Quando
assumi a CBF, em 1989, a Traffic foi a primeira a trazer patrocínio para a
entidade que não fosse do governo.
Fora
dali, alguns dirigentes de futebol não estão tão certos.
-
Profissionalização, para J. Hawilla, não significa romper com o que há de pior
no futebol. Ele usa e abusa das relações pessoais para lucrar onde pode,
especialmente em maquinações com cartolas com ambições de poder - disse um
dirigente.
A mais
recente delas envolve a suposta candidatura de Kleber Leite, ex-dirigente do
Flamengo, para a presidência do Clube dos 13 com o apoio de Ricardo Teixeira,
cuja meta, por sua vez, seria a presidência da Fifa.
Alheio às
fofocas, J. Hawilla rejeita o título de homem mais poderoso do futebol
nacional, ainda que alegue não saber o quanto sua empresa fatura (estima-se
algo como US$ 500 milhões).
- Mesmo
que você trabalhe honestamente, com transparência e dignidade, como sempre foi
feito aqui, eles falam. Uma meia dúzia de jornalistas esportivos. Acho que é
mais inveja e rancor, porque, no fundo, eles querem profissionalização e sabem
que trabalhamos bem - diz ele em sua ampla sala na sede da Traffic, uma casa de
arquitetura moderna no Jardim Paulistano, zona leste da capital.
Filho de
uma família dona de um laticínio em São José do Rio Preto, ele começou a
carreira na década de 60 como repórter de rádio no interior de São Paulo.
Mudou-se para a capital em 1967 para trabalhar na rádio e TV Bandeirantes. Em
meados da década de 70, começou como repórter na TV Globo (indicado pela
jornalista Marília Gabriela, diz ele), onde chegou a apresentador do
"Globo Esporte" e acabou afastado por cem dias em 1979, após liderar
uma greve:
- Aqueles
três meses desempregado, com um filho de seis meses, foram um divisor de águas.
Jamais estive mentalmente preparado para ficar sem emprego. Jurei a mim mesmo
que teria um negócio e nunca mais dependeria de ninguém.
Recontratado
pela Globo, levava vida dupla. De dia, apresentava o programa. De noite,
buscava emplacar como empreendedor. Formado em Direito, tentou advogar; foi
dono de uma pequena empresa de publicidade; chegou a ter 30 carrinhos de
cachorro quente até que, em 1980, comprou a Traffic, uma empresa de anúncios de
pontos de ônibus, por algo como R$ 15 mil. Na época, percebeu um novo filão de
negócios: a comercialização de anúncios em placas ao redor do campo em
estádios:
- No
Brasil, era um bagunça. O cara dava dois sacos de cimento para o São Paulo e
colocava por um ano a placa lá no Morumbi. Quando vi isso, transformei a
Traffic numa empresa de publicidade de campo de futebol. Chegamos a ter 25
estádios. Todo jogo do Brasileiro era nosso. Aquilo dava um tremendo de um
poder e ganhamos muito dinheiro.
Em 1982,
pediu demissão da Globo e passou a se dedicar em tempo integral à Traffic. Os
contatos com a CBF começaram aí. Hawilla sugeriu ao então presidente Giulitte
Coutinho que exigisse os estádios limpos e que apenas a entidade vendesse as
placas. Logo a empresa gerenciava direitos de transmissão, patrocínio para
torneios e, mais recentemente, passes e contratos de publicidade de jogadores.
Aos poucos, foi montando também um braço de mídia. A fórmula - eventos,
jogadores e mídia - é a alma de seu negócio esportivo, segundo ele.
Casado há
33 anos com Eliane e pai de três filhos - Stefano, de 30 anos, Renata, de 28, e
Rafael, de 25 (os homens trabalham com ele) -, Hawilla tem opiniões próprias e
não esconde o que pensa sobre o atraso no futebol brasileiro. Os clubes estão
endividados por incompetência gerencial de seus dirigentes:
- Os
dirigentes são tão atrasados, que até hoje não sabem o real valor do que têm em
mãos. O Manchester tem seis milhões de torcedores e fatura bilhões. Já o
Corinthians tem 24 milhões e o Flamengo, 26 milhões e não faturam. Porque o
Manchester tem os torcedores no computador deles. Aqui, os nossos times não têm
um torcedor catalogado. Os clubes só sobrevivem porque as receitas explodiram.
Seleção é
debate nacional
Hawilla
não defende mais contratos como o que celebrou em 1996 entre a Nike e a seleção
brasileira (e que terminou alvo de uma CPI no Congresso) como padrão de
negócios para o futebol brasileiro. Para ele, a solução está nos fundos e nos
clubes de investimento (como os dois da Traffic) que compram e vendem jogadores
para os clubes, deixando para os dirigentes a administração em si. E se defende
das acusações de que essa fórmula deixa os times dependente dos agentes:
- O
futuro são fundos que se formam para comprar jogadores e reforçar um time. Não
tem nada mais claro e limpo do que isso. Não temos um homem na comissão
técnica, não pedimos para pôr, para tirar este ou aquele jogador. Se o time é
campeão, todos saem ganhando.
J.
Hawilla considera a seleção de Dunga fraca, mas pensa que escalar uma seleção é
um debate nacional em que todos acham que têm razão. A Copa do Mundo em 2014 no
Brasil, diz ele, será benéfica para o país, que acabará fazendo tudo o que foi
exigido pela Fifa. Ele teme somente o estado dos aeroportos e concorda com o
técnico Carlos Alberto Parreira quanto à reforma de estádios velhos:
- É
melhor construir novo do que gastar reformando velho. A reforma do estádio do
São Paulo vai ser de R$ 450 milhões. Com isso, faz-se um estádio novo. Porque o
Engenhão, que teve mil problemas, fizeram por R$ 380 milhões. O erro foi ter
anunciado que ficaria em R$ 60 milhões.
Livro revela o lado sujo do futebol brasileiro e a conexão com a exclusividade da Globo.
A capa da revista Carta Capital desta
semana dá notícia do livro “O lado sujo do futebol”, de Amaury Ribeiro
Jr, autor do best-seller “Privataria Tucana”, Leandro Cipoloni e Luiz Carlos Azenha, ambos da TV Record, e Tony Chastinet, que foi da Record e hoje está na Band.
O livro chega às livrarias neste sábado e foi editado pela Planeta.
O livro já teria encomendas que chegam a 15 mil exemplares.
Além
de descrever as maracutaias em família – Havelange, o sogra, Teixeira, o
genro, a ex-mulher e a amante – vai às origens da ligação com a Globo Overseas.
E aos contratos de exclusividade para transmitir a Copa – que a Globo hoje boicota.
Daí,
surge a evasão fiscal que criou o movimento de âmbito nacional –
“mostra o DARF”- , de efeitos mais concretos do que as “manifestações
contra a Copa”- clique aqui para ler “assim, dá pra ter duas copas !”.
Leia a seguir sublime momento que descreve a ligação ente Roberto Marinho e Havelange:
Quando
Ricardo Teixeira assumiu a CBF, em 1989, a TV Globo já mandava no
futebol. E no País. No final daquele ano, a emissora conseguiu manipular
a primeira eleição presidencial após a redemocratização do Brasil. Ao
longo da campanha, favoreceu o candidato Fernando Collor de Mello, sócio
da Globo em Alagoas, onde tinha sido governador. Com apoio da grande
imprensa e do empresariado, Collor foi ao segundo turno contra o
ex-metalúrgico Luiz Inácio Lula da Silva. No dia seguinte ao debate
final da campanha, transmitido pela emissora, a direção determinou que o
“Jornal Nacional”, principal telejornal do país, exibisse uma edição
favorável a Collor. O “caçador de marajás”, como o político era
conhecido em Alagoas, foi eleito.
Ao neófito cartola, portanto,
era prudente fazer a política de boa vizinhança – ou, em português
claro, rezar a cartilha da família Marinho. O mais importante, àquela
altura, era não mexer na galinha dos ovos de ouro: os direitos de
transmissão dos jogos da seleção brasileira. Desde 1978, quando deu
aquela mãozinha para João Havelange na transmissão do Mundial da
Argentina, a Globo detinha os jogos da Copa do Mundo. O sogro já havia
instruído seu pupilo de que a parceria com a família era antiga – e
deveria ser cuidada com carinho.
A aproximação havia começado
dois anos antes, no início de 1976, para tratar da transmissão da Copa. A
pedido de Havelange, Roberto Marinho e o seu então superintendente de
Produção e Programação, José Bonifácio de Oliveira Sobrinho, o Boni,
receberam o presidente da Fifa para um almoço na sede da emissora, no
Rio. Em sua biografia, Havelange descreve Marinho como “um homem de
personalidade e palavra”. A recíproca desse carinho ficou marcada na
memória do cartola por um episódio que ocorreu muitos anos depois. Em
1994, um amigo de Havelange e Boni foi preso: o bicheiro Castor de
Andrade. Acusado de contravenção, Castor esteve foragido até ser preso
no meio do Salão do Automóvel de São Paulo, disfarçado com bigode
postiço e peruca preta.
Naquela época, o diretor da Globo e o
presidente da Fifa eram mais que amigos: “Tenho no Boni um irmão mais
novo”, definiu o cartola. Os três viviam grudados. Boni ficou próximo de
Castor pelo samba – o bicheiro, morto em abril de 1997, foi patrono da
Mocidade Independente de Padre Miguel e ajudou a criar a Liga das
Escolas de Samba do Rio. Havelange conheceu Castor no futebol, como já
contamos, como patrono do Bangu – e se tornaram amigos do peito:
reportagem do próprio jornal “O Globo”, de 9 de abril de 1994, chamou o
presidente da Fifa de “avalista moral de Castor” e lembrou que, segundo o
Ministério Público, o cartola apareceu na lista de propinas do bicheiro
– que andava com um “atestado de idoneidade” assinado de próprio punho
pelo presidente da Fifa.
Quando o bicheiro foi preso, a dupla foi
ao presídio prestar solidariedade. “Doutor Roberto” descobriu, pela
imprensa, a visita de seu diretor a um contrabandista num presídio e
ficou incomodado. No livro sobre a vida de Havelange o episódio é
narrado assim:
“Assim que soube, Roberto Marinho chamou Boni à sua sala, no décimo andar da sede da TV Globo:
– Boni, eu estou muito aborrecido com o fato de você ter ido visitar o Castor.
– Mas, doutor Roberto…
– Não precisa explicar, não. Eu sei que você foi lá por causa do Carnaval.
– Eu não fui lá por causa do Carnaval, não, doutor Roberto. Eu fui pra lá por causa do João Havelange.
– Bom, então pelo menos nós temos aí uma boa desculpa pra eu não me zangar com você. Eu adoro o João Havelange.”
Foi
nesse ambiente do “tudo junto e misturado” que o cartola Ricardo
Teixeira foi formado. Ganhou blindagem de todos os lados. Era protegido,
bajulado, paparicado. Até o dia em que mexeu onde não devia. Já seguro
de si, com mais de uma década no comando da CBF, resolveu crescer os
olhos sobre os direitos de transmissão da seleção brasileira.
(Clique nas imagens para ampliar e facilitar a leitura.)
A
partir da prisão de Marin e da renúncia de Blatter, o Torcedor, a
comunidade do futebol e a sociedade brasileira cobram mudanças reais no
modelo de gestão da Confederação Brasileira de Futebol.
O
Bom Senso FC reitera a público as propostas de mudanças estatutárias
que visam democratizar a CBF e iniciar o processo de renovação
reivindicado pelos torcedores, por ídolos do nosso futebol e por amplas
parcelas da mídia e da sociedade.
1) limitação de mandatos, permitindo apenas 1 (uma) reeleição à Presidência da entidade;
2)
Democratização das instâncias de decisão da CBF, como o Colégio
Eleitoral, a Assembleia Geral e os Conselhos Técnicos, garantindo
direito proporcional de voto aos atletas, técnicos e gestores;
3) direito a voto a todos os clubes participantes do Campeonato Brasileiro, de todas as divisões, na Assembleia Geral da CBF;
4)
diminuição da cláusula de barreira: apoio de 1 (uma) Federação ou de 1
(um) clube para inscrição de chapas à Presidência da CBF;
5) adoção das medidas de Fair Play Financeiro previstas no texto original da MP 671; e
6) banimento do esporte de todos os envolvidos com escândalos de corrupção.
Pelo
posicionamento público dos dirigentes da CBF e pelas informações
obtidas pela imprensa, não acreditamos que a Assembleia Geral da próxima
quinta-feira, dia 11, sob o comando de Marco Polo Del Nero, aprove
essas medidas democratizantes.
Diante
disso, defendemos a renúncia imediata do presidente Del Nero ao seu
cargo e convocação de novas eleições para a CBF até o final do ano, já
com as propostas de mudanças estatutárias em curso.
Bom Senso Futebol Clube,
por um futebol melhor para todos
A sonegação foi feita com o emprego de paraísos fiscais. A PF do Cardozo vai pra cima?E o Gurgel?
O Conversa Afiada dá parabéns ao Miguel do Rosário.
Também
o ansioso blogueiro tentou ter acesso às informações sobre a atividade
sonegadora de um dos filhos do Roberto Marinho – eles não têm nome
próprio.
Depois de inúmeras tentativas, deu com os burros n’água.
O Ministério da Fazenda e a Receita foram impenetráveis, intransparentes.
Se o sonegador fosse o Lula … talvez fosse diferente.
Em nome “das ruas” vazaria tudo …
Com a Globo, bem, com a Globo, só mesmo o Miguel !
Boa, Miguel !
Bomba! O mensalão da Globo!
O Cafezinho acaba de ter
acesso a uma investigação da Receita Federal sobre uma sonegação
milionária da Rede Globo. Trata-se de um processo concluído em 2006, que
resultou num auto de infração assinado pela Delegacia da Receita
Federal referente à sonegação de R$ 183,14 milhões, em valores não
atualizados. Somando juros e multa, já definidos pelo fisco, o valor que
a Globo devia ao contribuinte brasileiro em 2006 sobe a R$ 615 milhões.
Alguém calcule o quanto isso dá hoje.
A fraude da Globo se deu
durante o governo Fernando Henrique Cardoso, numa operação tipicamente
tucana, com uso de paraíso fiscal. A emissora disfarçou a compra dos
direitos de transmissão dos jogos da Copa do Mundo de 2002 como
investimentos em participação societária no exterior. O réu do processo
é o cidadão José Roberto Marinho, CPF número 374.224.487-68,
proprietário da empresa acusada de sonegação.
Esconder dólares na
cueca é coisa de petista aloprado. Se não há provas para o mensalão
petista, ou antes, se há provas que o dinheiro da Visanet foi
licitamente usado em publicidade, o mensalão da Globo é generoso em
documentos que provam sua existência. Mais especificamente, 12
documentos, todos mostrados ao fim do post. Uso o termo mensalão porque a
Globo também cultiva seu lobby no congresso. Também usa dinheiro e
influência para aprovar ou bloquear leis. O processo correu até o
momento em segredo de justiça, já que, no Brasil, apenas documentos
relativos a petistas são alvo de vazamento. Tudo que se relaciona à
Globo, à Dantas, ao PSDB, permanece quase sempre sob sete chaves. Mesmo
quando vem à tôna, a operação para abafar as investigações sempre é bem
sucedida. Vide a inércia da Procuradoria em investigar a privataria
tucana, e do STF em levar adiante o julgamento do mensalão “mineiro”.
Pedimos
encarecidamente ao Ministério Publico, mais que nunca empoderado pelas
manifestações de rua, que investigue a sonegação da Globo, exija o
ressarcimento dos cofres públicos e peça a condenação dos responsáveis.
O
sindicato nacional dos auditores fiscais estima que a sonegação no
Brasil totaliza mais de R$ 400 bilhões. Deste total, as organizações
Globo respondem por um percentual significativo.
A informação
reforça a ideia de que o plebiscito que governo e congresso enviarão ao
povo deve incluir a democratização da mídia. O Brasil não pode continuar
refém de um monopólio que não contente em lesar o povo sonegando e
manipulando informações, também o rouba na forma de crimes contra o
fisco.
Outro dia discutindo sobre as manifestações do dia 15, sobre crise do governo e a corrupção da Petrobrás eu perguntei a ele se tinha acompanhado a CPI da Dívida Pública. Então ele me respondeu: Eu lá estou falando de CPI?! Não me lembro de ter falado de CPI nenhuma! Estou falando da roubalheira... A minha intenção era dizer que apesar de ter durado mais de 9 meses e de ter uma importância impar nas finanças do país, a nossa grande mídia pouco citou que houve a CPI e a maioria da população ficou sem saber dela e do assunto... Portanto não quis fugir do assunto... é o mesmo assunto: é a política, é a mídia, é a corrupção, são as eleições, é a Petrobras, a auditoria da dívida pública, democracia, a falta de educação, falta de politização, compra de votos, proprina, reforma política, redemocratização da mídia, a Vale, o caso Equador, os Bancos, o mercado de notícias, o mensalão, o petrolão, o HSBC, a carga de impostos, a sonegação de impostos,a reforma tributária, a reforma agrária, os Assassinos Econômicos, os Blog sujos, o PIG, as Privatizações, a privataria, a Lava-Jato, a Satiagraha, o basômetro, o impostômetro, É tudo um assunto só!...
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