Rifa - Poema de Clarice Lispector
Rifa-se um coração quase novo. Um coração idealista. Um coração como poucos. Um coração à moda antiga. Um coração moleque que insiste em pregar peças no seu usuário. Rifa-se um coração que na realidade está um pouco usado, meio calejado, muito machucado e que teima em alimentar sonhos, e cultivar ilusões. Um pouco inconseqüente que nunca desiste de acreditar nas pessoas. Um leviano e precipitado, coração que acha que Tim Maia estava certo quando escreveu... "não quero dinheiro, eu quero amor sincero, é isso que eu espero...". Um idealista... Um verdadeiro sonhador... Rifa-se um coração que nunca aprende. Que não endurece, e mantém sempre viva a esperança de ser feliz, sendo simples e natural. Um coração insensato que comanda o racional sendo louco o suficiente para se apaixonar. Um furioso suicida que vive procurando relações e emoções verdadeiras. Rifa-se um coração que insiste em cometer sempre os mesmos erros. Esse coração que erra, briga, se expõe. Perde o juízo por completo em nome de causas e paixões. Sai do sério e, às vezes revê suas posições arrependido de palavras e gestos. Este coração tantas vezes incompreendido. Tantas vezes provocado. Tantas vezes impulsivo. Rifa-se este desequilibrado emocional que, abre sorrisos tão largos que quase dá pra engolir as orelhas, mas que também arranca lágrimas e faz murchar o rosto. Um coração para ser alugado, ou mesmo utilizado por quem gosta de emoções fortes. Um órgão abestado indicado apenas para quem quer viver intensamente e, contra indicado para os que apenas pretendem passar pela vida matando o tempo, defendendo-se das emoções. Rifa-se um coração tão inocente que se mostra sem armaduras e deixa louco o seu usuário. Um coração que quando parar de bater ouvirá o seu usuário dizer para São Pedro na hora da prestação de contas: " O Senhor poder conferir", eu fiz tudo certo, só errei quando coloquei sentimento. Só fiz bobagens e me dei mal quando ouvi este louco coração de criança que insiste em não endurecer e, se recusa a envelhecer". Rifa-se um coração, ou mesmo troca-se por outro que tenha um pouco mais de juízo. Um órgão mais fiel ao seu usuário. Um amigo do peito que não maltrate tanto o ser que o abriga. Um coração que não seja tão inconseqüente. Rifa-se um coração cego, surdo e mudo, mas que incomoda um bocado. Um verdadeiro caçador de aventuras que, ainda não foi adotado, provavelmente, por se recusar a cultivar ares selvagens ou racionais, por não querer perder o estilo. Oferece-se um coração vadio, sem raça, sem pedigree. Um simples coração humano. Um impulsivo membro de comportamento até meio ultrapassado. Um modelo cheio de defeitos que, mesmo estando fora do mercado, faz questão de não se modernizar, mas vez por outra, constrange o corpo que o domina. Um velho coração que convence seu usuário a publicar seus segredos e, a ter a petulância de se aventurar como poeta.
Dia Internacional da Mulher
uma vida dedicada ao outro Há 32 anos Sônia Bitencourt Vieira faz do cuidado com o ser humano o motivo de sua existência. Inúmeras crianças, jovens e adultos encontram na jovial senhora o apoio para todas as horas
Publicação Jornal Estado de Minas 08/03/2012 Repórter Arnaldo Viana
Graças ao empenho de Sônia Bitencourt, várias gerações já passaram pelo Centro Educacional Maria Salomé |
Somos mais de 6 bilhões de seres no planeta. Todos temos alguma necessidade especial. Se não é física, é de ordem econômica, social, espiritual moral ou política. Quem nos socorre? Eventualmente, um amigo, uma amiga; o companheiro, a companheira; ou um parente. Isso eventualmente. E sempre, qualquer hora, em qualquer dia? Só as raras pessoas também especiais, que vivem o mundo de todo mundo. Indo atrás de uma dessas raridades, encontramos Sônia Bitencourt Vieira, um senhora jovial de 71 anos, que, de tão envolvida com o próximo, precisou de um tempo para redescobrir a própria identidade.
No universo de Sônia há crianças que chegaram a ela carentes de boa alimentação, educação e lazer; há jovens e adultos necessitados de fé, calor humano e de orientação para se reencontrar ou para não cair em desespero diante das mazelas deste mundo. Viúva, mãe de quatro filhos - três mulheres e um homem -, com seis netos e um bisneto, não aparenta ter 71 anos e nem tem receio de revelar a idade. "Sem problema, estou na ativa." Dona de casa desde que se casou, sentiu, um dia, necessidade de ser útil não apenas à família. E foi atrás de pessoas. "Eu sentia um vazio e precisava preenchê-lo."
Ela mora numa casa modesta, mas agradável, em Santa Luzia, Grande BH, com a cadela Mel e o irrequieto Chuí, cachorro de pouco mais de um quilo de raça indefinida, o guardião do quintal. "Os chamo de a dama e o vagabundo", diz com um agradável sorriso. "Nasci em BH e morava no Barreiro. Há 44 anos, quando me mudei para Santa Luzia, senti essa vontade. Pensei: 'Deus não me criou para ser somente dona de casa'. E fui atrás das pessoas, das mais necessitadas. Juntei crianças e adultos. Nos encontrávamos na rua mesmo e levávamos uma mensagem de consolo e de esperança. Aos poucos, foi chegando gente, chegando gente, e não demorou para formarmos um grupo de auxílio."
Doação
Com tantas pessoas envolvidas, era preciso um espaço digno para se reunir. Quatro anos depois, ou há quatro décadas, nascia, no bairro luziense de Nossa Senhora das Graças, a Casa de Caridade Espírita Nosso Lar. Sônia é espírita, kardecista. O terreno, o marido, que era funcionário administrativo da Usiminas, comprou e pagou com sacrifício. O material foi doado e as paredes erguidas em mutirão. Aos sábados é servido um sopão, das 9h às 11h30, e há reuniões com as famílias. Além das mensagens, há cursos, principalmente para gestantes. Durante a semana, as crianças passam o dia na Creche Maria Salomé, no Bairro Boa Esperança. Lá, elas têm educação, orientação espiritual e cívica, alimentação e lazer . "Ganhamos o imóvel em 1980, e novamente em mutirão fizemos as adaptações necessárias. Hoje, cuidamos de mais de 80 crianças."
Para atender o número cada vez maior de pessoas, foram grupos de apoio com coordenadores e por pessoas treinadas. "Além disso, participo como voluntária de uma oficina de costura. Fazemos travesseiros, tapetes e outros utensílios, tudo com material doado. Hoje meu universo espiritual é cheio de pessoas. Atendemos crianças, filhas de pessoas que estiveram e que ainda estão conosco. A gente recebe mais do que dá. Hoje eu me sinto viva, aquele vazio desapareceu. Na verdade, encontrei nas pessoas necessitadas o que eu precisava. Que bom encontrar uma pessoa na rua para nos dizer: 'Como me fez bem aquele presentinho que vocês me deram quando nada tinha ou nada ganhava'."
Nancy dos Santos Torres, de 51, funcionária de uma academia em Santa Luzia, conhece bem as ações de Sônia Bitencourt. "Tenho dois filhos, um de 30 anos e outro de 25, e uma filha de 21. Todos foram criados na creche de dona Sônia. É muito difícil para mim expressar o que ela representa. Na homenagem feita a ela há pouco tempo na Casa de Caridade Espírita Nosso Lar, eles foram agradecê-la e ela chorou. Dona Sônia faz parte da minha família, da minha vida. Cada dia que ela vive é uma mensagem para mim."
Reencontro em Compostela
Sônia passou a se realizar no sorriso das pessoas que ajudou. Assim, aos poucos, foi perdendo a identidade. "Aos 58 anos, senti necessidade de me reencontrar, descobrir quem realmente era." Por meio de um genro, agente de viagens, soube que um padre recrutava voluntários para trabalhar como hospitaleira nos caminhos de Santiago de Compostela. Sônia enviou uma mensagem contendo seu perfil e foi aprovada. Com a ajuda do genro para custear a viagem, embarcou para a Espanha. Mas, em vez de se redescobrir, achou foi mais trabalho para ajudar o próximo.
"Não sei falar uma palavra de inglês. Mal, mal arranho um portunhol.Fiquei em uma das hospedarias, cozinhando e lavando para os peregrinos, e me saí muito bem com alemães, japoneses, gente de todas as partes do mundo. Em me comunicava com eles com as mãos, com o coração. O coração é universal." Foram dois meses de dedicação. "Eles queriam que ficasse mais, mas meu marido e meus filhos não deixaram. Não ficariam sem mim."
Quando fez 60 anos, Sônia resolveu voltar a Santiago de Compostela, dessa vez como peregrina. "De um percurso de 800 quilômetros, caminhei 780 e fiz o restante de ônibus porque não aguentava mais andar. Aí, sim, me reencontrei. Descobri uma mulher alegre, com muita vontade de viver. Hoje, além de ajudar as pessoas, faço hidroginástica, toco teclado..." A força de Sônia vem da persistência. "Se recebo uma mãe que sofre com um filho ou um marido drogado, digo a ela para não desistir nunca. E tenho exemplos de pessoas que se recuperaram porque não foram abandonadas".
A política do café com prosa
Nos últimos 36 anos, Sônia Borges Moreira Gomes teve um balcão privilegiado em plena Praça Sete para ouvir e até apertar a mão dos principais candidatos em campanha em BH
Publicação Jornal Estado de Minas 08/03/2012 Repórter Alice Maciel
Soninha, como é mais conhecida, diz que mesmo fora do período de campanha eleitoral, a política é o assunto predominante dos clientes |
Nascida no Bairro Salgado Filho, Região Oeste de Belo Horizonte, a balconista chegou ao café nos últimos anos da ditadura militar, em 1976, quando só homens frequentavam o local. Soninha tinha 18 anos. A participação das mulheres na política cresceu, o movimento feminista ganhou força e o perfil dos clientes do café também mudou. Nas eleições de 2010, num fato inédito, Soninha atendeu duas fortes candidatas à Presidência: Dilma e Marina Silva. “Tivemos de sair correndo pelo Centro da cidade para comprar um chá de camomila para a Marina porque ela não toma café”, conta. Ela diz que em dias de campanha o local fica cheio e é dificil conversar e até ouvir o que os políticos dizem. Apesar de não ter trocado palavras com Dilma, Soninha garante ter, de longe, percebido a força da presidente, que pediu a ela um café preto com adoçante. “As mulheres são o sexo forte e não o frágil e a presidente está mostrando isso na política. Eu, por exemplo, pago as minhas contas e cuido da casa sozinha”, ressaltou.
Apesar de afirmar gostar muito de Dilma e do ex-presidente Lula, que para Soninha melhoraram a qualidade de vida dos pobres, é com Aécio Neves que a balconista queria tomar um café. Com açúcar, como ele prefere. Aécio ia ao Café Nice todos os sábados quando era deputado, acompanhado dos ex-ministros Leopoldo Bessone (PTB) – da Reforma de Desenvolvimento Agrário no governo José Sarney – e Pimenta da Veiga (PSDB), das Comunicações do governo Fernando Henrique Cardoso. Na última eleição, quando o tucano concorreu ao senado, Soninha apertou a mão dele e disse que o queria na presidência. Aécio respondeu: “Não vou sair candidato dessa vez, mas na próxima vou concorrer à presidência”. Soninha conta que não era comum, na época de Tancredo, Ulysses e Collor os políticos conversarem ou até cumprimentarem as atendentes. “Isso mudou. Eles agora apertam a nossa mão, às vezes dão uma palavrinha, um sorriso”, compara.
Do lado de fora Soninha é viúva e tem duas filhas, Carla, de 28 anos, e Sandra, que completa 25 hoje. Ela pega no batente às 6:30h e deixa o serviço às 15h. Além de servir café, fica uma hora no caixa, durante a troca de turno dos chefes. A reportagem chegou quase na hora do almoço, quando ela atendia um cliente. “Espere um pouco que converso com vocês aqui mesmo. Deixa eu só tomar o meu remédio (ela usa insulina para controlar o diabetes)”, pediu. Um pouco desconfiada, como todo mineiro, Soninha só se soltou depois de quase uma hora de entrevista quando voltou ao fundo do estabelecimento, tirou o uniforme e a touca e passou batom para tirar fotos.
A balconista contou que depois que tira a roupa do Café Nice também deixa os políticos e a política para trás. “Não acompanho muito de fora daqui”, disse. Hoje, o parlamentar mais assíduo –“ frequenta diariamente o café” – é o vereador Alberto Rodrigues (PV), com quem ela gosta de conversar sobre futebol “Fala-se muito de política aqui. Tem muita gente que entende. Às vezes as discussões são acaloradas, quase sai briga”, afirma, acrescentando que muitos assessores parlamentares se entregam ao debate depois de sorver o tradicional cafezinho.
Prata da casa
Na parede do Café Nice, entre fotos de ex-presidentes, ex-governadores e ex-prefeitos, destaca-se a imagem da ex-vereadora de Belo Horizonte Ana Paschoal (PT). Diferentemente das outras fotos, onde os políticos aparecem tomando café, Ana está atrás do balcão, de uniforme. Ela trabalhou no estabelecimento, que funciona há 73 anos, de 1964 a 1970. Os ex-colegas contam que foi lá que Ana Paschoal começou a se interessar pela política e conheceu pessoas influentes no meio que a ajudaram a se candidatar à Câmara Municipal, onde foi vereadora de 2001 a 2008. Antes de assumir o cargo, com a ajuda de amigos que conheceu no café, Ana voltou a estudar e trabalhou em creches comunitárias. Hoje ela é diretora da Ceasa Minas.
Michel Temer e Dilma marcaram presença no segundo turno de 2010 |
Frases para o Dia da Mulher
Uma mulher bonita não é aquela de quem se elogiam as
pernas ou os braços, mas aquela cuja inteira aparência é de tal beleza
que não deixa possibilidades para admirar as partes isoladas.
Sêneca
Fragilidade, o teu nome é mulher!
William Shakespeare
A história da mulher é a história da pior tirania que o mundo conheceu: a tirania do mais fraco sobre o mais forte.
Oscar Wilde
A mulher que se preocupa em evidenciar a sua beleza anuncia ela própria que não tem outro maior mérito.
Julie Lespinasse
O coração da mulher, como muitos instrumentos depende de quem o toca.
Saint Prosper
A mulher mais idiota pode dominar um sábio. Mas é preciso uma mulher extremamente sábia para dominar um idiota.
Rudyard Kipling
Não se nasce mulher: torna-se.
Simone de Beauvoir
A mulher é o negro do mundo. A mulher é a escrava dos
escravos. Se ela tenta ser livre, tu dizes que ela não te ama. Se ela
pensa, tu dizes que ela quer ser homem.
John Lennon
Um diplomata é aquele que se lembra sempre do aniversário de uma mulher, mas nunca da sua idade.
Robert Frost
Não se ama duas vezes a mesma mulher.
Machado de Assis
A mulher é uma substância tal, que, por mais que a estudes, sempre encontrarás nela alguma coisa totalmente nova.
Léon Tolstoi
Demasiada maquilhagem e muito pouca roupa para vestir é sempre um sinal de desespero para a mulher.
Oscar Wilde
A mulher é como a tua sombra: se corres atrás dela, ela correrá à tua frente, se corres à frente dela, ela vem atrás de ti.
Alfred de Musset
Difícil é amar uma mulher e simultaneamente fazer alguma coisa com juízo.
Léon Tolstoi
Uma mulher bonita e fiel é tão rara como a tradução
perfeita de um poema. Geralmente, a tradução não é bonita se é fiel e
não é fiel se é bonita.
William Maugham
Mesmo a mulher mais sincera esconde algum segredo no fundo do seu coração.
Emmanuel Kant
Nádegas é importantíssimo. Grave, porém, é o problema das saboneteiras. Uma mulher sem saboneteiras é como um rio sem pontes.
Vinícius de Moraes
Mulher: a mais nua das carnes vivas e aquela cujo brilho é o mais suave.
Antoine de Saint-Exupéry
A mulher que quer rejeitar responde apenas não. A mulher que explica quer que a convençam.
Alfred de Musset
Deus criou a mulher de uma costela, de um osso torto. Se
procurares endireitá-la, quebrará. Tenham pois paciência com as
mulheres.
Maomé
A mulher aprende a odiar na medida em que desaprende - de encantar.
Friedrich Nietzsche
A mulher é um efeito deslumbrante da natureza.
Arthur Schopenhauer
O arqueólogo é o melhor marido que uma mulher pode ter; quanto mais velha ela fica, mais interesse ele tem por ela.
Agatha Christie
A beleza da mulher deve avaliar-se não pelas proporções do corpo, mas pelo efeito que estas produzem.
Anne Lambert
A mulher deve ser lentamente decifrada, como o enigma que é: encanto a encanto.
Coelho Neto
A prostituta só enlouquece excepcionalmente. A mulher
honesta, sim, é que, devorada pelos próprios escrúpulos, está sempre no
limite, na implacável fronteira.
Nelson Rodrigues
Nada é tão flexível como a língua da mulher, nada é tão
pérfido como os seus remorsos, nada é mais terrível do que a sua
maldade, nada é mais sensível do que as suas lágrimas.
Plutarco
Uma mulher nua seria menos perigosa do que é uma saia habilmente exibida, que cobre tudo e, ao mesmo tempo, deixa tudo à vista.
Honoré de Balzac
A mulher será sempre o perigo de todos os paraísos.
Paul Claudel
Na sua primeira paixão, a mulher ama o seu amante; em todas as outras, do que ela gosta é do amor.
George [Lord] Byron
A natureza deu tanto poder à mulher que a lei, por prudência, deu-lhes pouco.
Samuel Johnson
Uma das grandes dificuldades da vida é adivinhar qual é o desejo de uma mulher.
Italo Svevo
A mulher não é um génio, é um elemento decorativo. Não tem nada para dizer, mas di-lo tão lindamente.
Oscar Wilde
É mais fácil morrer por uma mulher do que viver com ela.
George [Lord] Byron
A duração de uma paixão é proporcional à resistência original da mulher.
Honoré de Balzac
Beleza é o poder pelo qual uma mulher encanta o amante e aterroriza o marido.
Ambrose Bierce
Onde não intervém o amor ou o ódio, a mulher sai-se mediocremente.
Friedrich Nietzsche
A mulher mais ciumenta é talvez a que mais facilmente
atraiçoa o marido e menos tolera que ele a atraiçoe. Porque o ciúme é a
afirmação de um direito de propriedade. E esse direito reforça-se com a
traição dela e diminui-se com a dele.
Vergílio Ferreira
Se o Diabo entendesse de mulher, não tinha rabo nem chifre.
Stanislaw Ponte Preta
Não te gabes de ser adorado por uma mulher que se adora muito.
PitágorasDia Internacional da Mulher 2012
Nesta quinta no dia 8 de março de o mundo comemora o Dia Internacional da Mulher de 2012!
A data marca manifestações feitas pelas mulheres russas por melhores condições de trabalho e contra a entrada da Rússia na primeira guerra mundial. Foi uma data que marcou o início da Revolução de 1917, fato histórico deste país.
Depois disto, o Dia Internacional da Mulher foi devidamente celebrado pela primeira vez em 1909, nos Estados Unidos. Em 1910 a primeira conferência internacional de mulheres aconteceu na cidade de Copenhaga, quando foi aprovada a idéia de instituir uma data para ser o dia Internacional da Mulher. A data não foi definida e no seguinte a data de celebração foi o dia 19 de março, sendo celebrado em cidades da Áustria, Alemanha, Dinamarca e Suíça.
Quando a Tchecoslováquia integrava o Bloco Soviético nos anos de 1948 a 1989, a celebração do Dia Internacional da Mulher era apoiada pelo Partido Comunista e era então usado como simples mas poderoso instrumento de propaganda do partido com o objetivo de convencer as mulheres de que considerava as necessidades das mulheres ao definir e pensar políticas sociais. Tal celebração ritualística do partido no Dia Internacional da Mulher tornou-se estereotipada com o tempo. Todo dia 8 de março as mulheres ganhavam uma flor ou alguma outra lembrancinha do chefe. Com o tempo a data foi ganhando um caráter de piada e acabou sendo ridicularizada até mesmo no cinema e na TV o que fez com que propósito original da celebração se perdesse totalmente.
No mundo ocidental, o Dia Internacional da Mulher teve comemorações durante as décadas de 1910 e 1920. Depois, o Dia Internacional da Mulher caiu no esquecimento e só foi voltou à ativa devido ao movimento feminista, já na década de 1960, sendo, então, adotado pelas Nações Unidas, em 1977.
GENEBRA (Notícias da OIT) - As mulheres constituem cerca de 43 por
cento da mão de obra agrícola nos países em desenvolvimento e mais de 70
por cento da força de trabalho em algumas economias baseadas
fundamentalmente na agricultura. Além de trabalhar como agricultoras,
trabalhadoras assalariadas e empresárias, as mulheres rurais também
assumem, de maneira desproporcional, a responsabilidade do cuidado das
crianças e dos idosos. Pelas múltiplas funções que realizam, desempenham
um papel fundamental em prol do desenvolvimento rural, diz o
Diretor-Geral da Organização Internacional do Trabalho (OIT), Juan
Somavia, em mensagem alusiva ao Dia Internacional da Mulher.
O tema escolhido pela OIT para este ano é “Empoderar a Mulher Rural e Eliminar a Pobreza e a Fome” . A mensagem ressalta que “as mulheres rurais percebem uma remuneração inferior à dos homens e frequentemente ficam para trás no acesso à educação, na formação, na tecnologia e na mobilidade”. Mesmo assim, levando em conta o tempo que dedicam ao trabalho remunerado e ao não remunerado, suas jornadas de trabalho são maiores do que as dos homens. Grande parte do trabalho que realizam continua sem reconhecimento, porque não é pago e se circunscreve ao âmbito doméstico.
Para comemorar o Dia Internacional da Mulher, o Escritório da OIT no Brasil preparou uma série de documentos relativos ao tema. Nos links abaixo, temos acesso a uma entrevista de Jane Hodges, Diretora do Escritório de Gênero da OIT, à mensagem de Juan Somavia, informações sobre a situação das mulheres que exercem atividades no meio rural e a um índice de publicações do Programa de Promoção da Igualdade de Gênero e Raça no Mundo do Trabalho do Escritório da OIT no Brasil.
Publicação Jornal Estado de Minas: 08/03/2012 repórter Thaís Pacheco
A programação do Sempre um papo deste ano começa hoje e a convidada é Fernanda Takai. Ela aproveita para lançar seu segundo livro de crônicas, A mulher que não queria acreditar. A coletânea é resultado de seleção de textos publicados nos jornais Estado de Minas e Correio Braziliense entre 2008 e 2011.
O primeiro livro de Takai, Nunca subestime uma mulherzinha, reunia crônicas publicadas nas mesmas colunas entre 2005 e 2007. De acordo com ela, a nova edição reúne textos melhores. “Quem leu os dois pôde perceber que melhorei um pouco. O texto ficou mais fluido, mais solto. Acho que encontrei uma voz escrevendo. É mais consistente”, diz Fernanda Takai.
A percepção dessa mudança não é apenas pessoal. “É uma conclusão minha baseada nos e-mails que recebi enquanto ainda escrevia. Antes, os leitores escreviam de forma espaçada, a cada três meses. Nos últimos tempos, recebia e-mails de 15 em 15 dias de leitores dizendo que gostaram e se identificaram”, lembra a cantora, compositora e escritora. A primeira coluna foi publicada em 1º de maio de 2005 e a última, em 1º maio de 2011.
Apesar de ter sido lançada em agosto do ano passado, a vocalista do Pato Fu conta que só agora começa a trabalhar a publicação. “O livro ainda não teve vida porque eu estava correndo para caramba com o Pato Fu e fazendo várias coisas com outros artistas. Estava sem tempo para essa rodada de entrevistas, viagens, autógrafos, feira de livro ou bate-papo. Deixei para fazer tudo isso quando estivesse mais tranquila”, conta.
O momento chegou. A data escolhida foi mera coincidência. Mas, por fim, tanto Fernanda Takai quanto o pessoal do Sempre um papo acharam boa a ideia de o lançamento ocorrer no Dia Internacional da Mulher. “É um livro de mulherzinha, no bom sentido, de mulher baixinha que sou. Ao longo dos anos, fui aprendendo a conviver com todos os meus lados diferentes, de dona de casa, mãe, cantora, fazendo coluna para o jornal, depois rádio e um monte de outras coisas que nem sabia que dava conta de fazer”, celebra.
Fernanda acredita que espelha a realidade das mulheres em geral, com “jornada tripla”, com trabalho, casa, filhos ou namorados, pais e bichos de estimação.
A mulher que não queria acreditar
Lançamento do livro de Fernanda Takai, hoje, às 19h, no Teatro Ney Soares do Uni-BH, Rua Diamantina 463, Lagoinha. Entrada franca. Informações: (31) 3261-1501 e www.sempreumpapo.com.br.
Memória
Veterana
O peso da responsabilidade de inaugurar a programação anual do Sempre um papo não é fardo para Fernanda Takai. Habituê do evento, lembra-se de já ter passado por momentos mais tensos, como a primeira aparição, em 1998, apresentando outra vertente além dos livros, a da música.
“Sou freguesa do Sempre um papo. Quando Afonso Borges (organizador) me convidou pela primeira vez, era uma das primeiras vezes que ele abria para bandas de rock”, lembra Fernanda. Na época, o Pato Fu divulgava seu quarto disco, Televisão de cachorro. Ela falou para uma plateia lotada sobre música e o disco novo. “Achei interessante ele abrir essa exceção pra gente. Afonso disse que o fez porque nossas letras são boas”, se diverte Fernanda. Fernanda Takai participou do programa em 2008, em BH; em 2009, em Sete Lagoas e São Paulo, para o lançamento do livro Nunca subestime uma mulherzinha.
Com o Pato Fu, esteve em 1998, com Televisão de cachorro e, em 2005, lançando o disco Toda cura para todo mal.
No site www.sempreumpapo.com.br
é possível assistir às gravações e ver fotos de Fernanda escritora e Fernanda vocalista do Pato Fu.
Publicação Estado de Minas 08/03/2012 Reporter Bertha Maakaroun
A
corregedora nacional de Justiça, Eliana Calmon, disse nesta
quarta-feira em Belo Horizonte que as varas Maria da Penha estão
abandonadas em todos os tribunais de Justiça do país. Segundo ela, toda a
primeira instância da Justiça brasileira está sucateada. Mas são as
varas especializadas em processos de violência doméstica contra a mulher
as mais afetadas. "As varas Maria da Penha sofrem muito. O que depende
só do juiz ele faz. Mas o que depende de apoio logístico nem sempre é
feito", afirmou em referência à estrutura necessária para o
funcionamento dessas varas previstas na Lei Maria da Penha.
Calmon participou da Conferência Internacional de Advogadas e Mulheres de Carreira Jurídica, que se encerra hoje, no Palácio das Artes. Em sua palestra, a ministra do Superior Tribunal de Justiça (STJ) voltou a criticar o órgão por sua interpretação da Lei Maria da Penha, que pune a violência doméstica contra a mulher. "Pasmem que o STJ foi capaz de dizer que não podia aplicar a lei, porque ela terminava por desigualar aquilo que a legislação penal havia igualado, que são os crimes de baixo potencial ofensivo", afirmou.
A ministra justificou que se trata de uma lei de caráter excepcional, criada para solucionar um problema social dos mais graves. "O STJ foi capaz de dar essa interpretação, ou seja, o mundo jurídico ainda ignora muitas vezes essa diferença que existe entre os grupos da sociedade, que para terem igual acesso ao direito, precisam da ação afirmativa, isso é, precisam ser tratados de forma diferente", acrescentou.
Em entrevista coletiva, Eliana Calmon anunciou inspeção em 22 tribunais de Justiça do país, inclusive o de Minas, a começar por São Paulo. O procedimento consiste na análise da evolução patrimonial de magistrados e da folha de pagamento dos tribunais. Segundo ela, será analisado o contracheque, o Imposto de Renda, o cadastro das ações de improbidade administrativa e os mandados de prisão, além do pagamento dos precatórios. Calmon assinalou que no caso do TJ de Minas Gerais é grande a organização do pagamento dos precatórios. "Vou inclusive pedir ajuda aqui para solucionar o problema no Tribunal de Justiça de São Paulo."
Eliana Calmon voltou a criticar as férias de 60 dias da magistratura. "No momento em que encontramos férias vendidas, fica difícil sustentar que são necessárias porque os juízes estão cansados", afirmou. Ela também aproveitou para rebater a Associação dos Juízes Federais (Ajufe), que condenou as suas declarações de que os juízes muitas vezes querem segurança como uma mordomia para mostrar aos outros que são importantes. "As associações estão cumprindo um papel, que é o papel de defesa exacerbada da magistratura. No momento em que estão em processo eletivo, há quatro chapas, com dificuldade de composição, eles têm de ter mote, uma plataforma", afirmou. "Me parece que nas minhas falas, uma linguagem muito direta e talvez palavras muito duras às vezes, encontram bom motivo para fazer disso plataforma política", arrematou.
A data marca manifestações feitas pelas mulheres russas por melhores condições de trabalho e contra a entrada da Rússia na primeira guerra mundial. Foi uma data que marcou o início da Revolução de 1917, fato histórico deste país.
Depois disto, o Dia Internacional da Mulher foi devidamente celebrado pela primeira vez em 1909, nos Estados Unidos. Em 1910 a primeira conferência internacional de mulheres aconteceu na cidade de Copenhaga, quando foi aprovada a idéia de instituir uma data para ser o dia Internacional da Mulher. A data não foi definida e no seguinte a data de celebração foi o dia 19 de março, sendo celebrado em cidades da Áustria, Alemanha, Dinamarca e Suíça.
Quando a Tchecoslováquia integrava o Bloco Soviético nos anos de 1948 a 1989, a celebração do Dia Internacional da Mulher era apoiada pelo Partido Comunista e era então usado como simples mas poderoso instrumento de propaganda do partido com o objetivo de convencer as mulheres de que considerava as necessidades das mulheres ao definir e pensar políticas sociais. Tal celebração ritualística do partido no Dia Internacional da Mulher tornou-se estereotipada com o tempo. Todo dia 8 de março as mulheres ganhavam uma flor ou alguma outra lembrancinha do chefe. Com o tempo a data foi ganhando um caráter de piada e acabou sendo ridicularizada até mesmo no cinema e na TV o que fez com que propósito original da celebração se perdesse totalmente.
No mundo ocidental, o Dia Internacional da Mulher teve comemorações durante as décadas de 1910 e 1920. Depois, o Dia Internacional da Mulher caiu no esquecimento e só foi voltou à ativa devido ao movimento feminista, já na década de 1960, sendo, então, adotado pelas Nações Unidas, em 1977.
Dia Internacional da Mulher 2012
O tema escolhido pela OIT para este ano é “Empoderar a Mulher Rural e Eliminar a Pobreza e a Fome” . A mensagem ressalta que “as mulheres rurais percebem uma remuneração inferior à dos homens e frequentemente ficam para trás no acesso à educação, na formação, na tecnologia e na mobilidade”. Mesmo assim, levando em conta o tempo que dedicam ao trabalho remunerado e ao não remunerado, suas jornadas de trabalho são maiores do que as dos homens. Grande parte do trabalho que realizam continua sem reconhecimento, porque não é pago e se circunscreve ao âmbito doméstico.
Para comemorar o Dia Internacional da Mulher, o Escritório da OIT no Brasil preparou uma série de documentos relativos ao tema. Nos links abaixo, temos acesso a uma entrevista de Jane Hodges, Diretora do Escritório de Gênero da OIT, à mensagem de Juan Somavia, informações sobre a situação das mulheres que exercem atividades no meio rural e a um índice de publicações do Programa de Promoção da Igualdade de Gênero e Raça no Mundo do Trabalho do Escritório da OIT no Brasil.
Histórias de mulher
Fernanda Takai lança hoje seu segundo livro de crônicas publicadas no Estado de Minas e no
Correio Braziliense. Evento abre o Sempre um papo, às 19h, no Teatro Ney Soares, do Uni-BH
Fernanda Takai compara o novo trabalho com o anterior e garante que seu texto está melhor |
A programação do Sempre um papo deste ano começa hoje e a convidada é Fernanda Takai. Ela aproveita para lançar seu segundo livro de crônicas, A mulher que não queria acreditar. A coletânea é resultado de seleção de textos publicados nos jornais Estado de Minas e Correio Braziliense entre 2008 e 2011.
O primeiro livro de Takai, Nunca subestime uma mulherzinha, reunia crônicas publicadas nas mesmas colunas entre 2005 e 2007. De acordo com ela, a nova edição reúne textos melhores. “Quem leu os dois pôde perceber que melhorei um pouco. O texto ficou mais fluido, mais solto. Acho que encontrei uma voz escrevendo. É mais consistente”, diz Fernanda Takai.
A percepção dessa mudança não é apenas pessoal. “É uma conclusão minha baseada nos e-mails que recebi enquanto ainda escrevia. Antes, os leitores escreviam de forma espaçada, a cada três meses. Nos últimos tempos, recebia e-mails de 15 em 15 dias de leitores dizendo que gostaram e se identificaram”, lembra a cantora, compositora e escritora. A primeira coluna foi publicada em 1º de maio de 2005 e a última, em 1º maio de 2011.
Apesar de ter sido lançada em agosto do ano passado, a vocalista do Pato Fu conta que só agora começa a trabalhar a publicação. “O livro ainda não teve vida porque eu estava correndo para caramba com o Pato Fu e fazendo várias coisas com outros artistas. Estava sem tempo para essa rodada de entrevistas, viagens, autógrafos, feira de livro ou bate-papo. Deixei para fazer tudo isso quando estivesse mais tranquila”, conta.
O momento chegou. A data escolhida foi mera coincidência. Mas, por fim, tanto Fernanda Takai quanto o pessoal do Sempre um papo acharam boa a ideia de o lançamento ocorrer no Dia Internacional da Mulher. “É um livro de mulherzinha, no bom sentido, de mulher baixinha que sou. Ao longo dos anos, fui aprendendo a conviver com todos os meus lados diferentes, de dona de casa, mãe, cantora, fazendo coluna para o jornal, depois rádio e um monte de outras coisas que nem sabia que dava conta de fazer”, celebra.
Fernanda acredita que espelha a realidade das mulheres em geral, com “jornada tripla”, com trabalho, casa, filhos ou namorados, pais e bichos de estimação.
A mulher que não queria acreditar
Lançamento do livro de Fernanda Takai, hoje, às 19h, no Teatro Ney Soares do Uni-BH, Rua Diamantina 463, Lagoinha. Entrada franca. Informações: (31) 3261-1501 e www.sempreumpapo.com.br.
Memória
Veterana
O peso da responsabilidade de inaugurar a programação anual do Sempre um papo não é fardo para Fernanda Takai. Habituê do evento, lembra-se de já ter passado por momentos mais tensos, como a primeira aparição, em 1998, apresentando outra vertente além dos livros, a da música.
“Sou freguesa do Sempre um papo. Quando Afonso Borges (organizador) me convidou pela primeira vez, era uma das primeiras vezes que ele abria para bandas de rock”, lembra Fernanda. Na época, o Pato Fu divulgava seu quarto disco, Televisão de cachorro. Ela falou para uma plateia lotada sobre música e o disco novo. “Achei interessante ele abrir essa exceção pra gente. Afonso disse que o fez porque nossas letras são boas”, se diverte Fernanda. Fernanda Takai participou do programa em 2008, em BH; em 2009, em Sete Lagoas e São Paulo, para o lançamento do livro Nunca subestime uma mulherzinha.
Com o Pato Fu, esteve em 1998, com Televisão de cachorro e, em 2005, lançando o disco Toda cura para todo mal.
No site www.sempreumpapo.com.br
é possível assistir às gravações e ver fotos de Fernanda escritora e Fernanda vocalista do Pato Fu.
Eliana Calmon critica abandono das varas que julgam violência doméstica
Publicação Estado de Minas 08/03/2012 Reporter Bertha Maakaroun
Corregedora do CNJ, Eliana Calmon |
Calmon participou da Conferência Internacional de Advogadas e Mulheres de Carreira Jurídica, que se encerra hoje, no Palácio das Artes. Em sua palestra, a ministra do Superior Tribunal de Justiça (STJ) voltou a criticar o órgão por sua interpretação da Lei Maria da Penha, que pune a violência doméstica contra a mulher. "Pasmem que o STJ foi capaz de dizer que não podia aplicar a lei, porque ela terminava por desigualar aquilo que a legislação penal havia igualado, que são os crimes de baixo potencial ofensivo", afirmou.
A ministra justificou que se trata de uma lei de caráter excepcional, criada para solucionar um problema social dos mais graves. "O STJ foi capaz de dar essa interpretação, ou seja, o mundo jurídico ainda ignora muitas vezes essa diferença que existe entre os grupos da sociedade, que para terem igual acesso ao direito, precisam da ação afirmativa, isso é, precisam ser tratados de forma diferente", acrescentou.
Em entrevista coletiva, Eliana Calmon anunciou inspeção em 22 tribunais de Justiça do país, inclusive o de Minas, a começar por São Paulo. O procedimento consiste na análise da evolução patrimonial de magistrados e da folha de pagamento dos tribunais. Segundo ela, será analisado o contracheque, o Imposto de Renda, o cadastro das ações de improbidade administrativa e os mandados de prisão, além do pagamento dos precatórios. Calmon assinalou que no caso do TJ de Minas Gerais é grande a organização do pagamento dos precatórios. "Vou inclusive pedir ajuda aqui para solucionar o problema no Tribunal de Justiça de São Paulo."
Eliana Calmon voltou a criticar as férias de 60 dias da magistratura. "No momento em que encontramos férias vendidas, fica difícil sustentar que são necessárias porque os juízes estão cansados", afirmou. Ela também aproveitou para rebater a Associação dos Juízes Federais (Ajufe), que condenou as suas declarações de que os juízes muitas vezes querem segurança como uma mordomia para mostrar aos outros que são importantes. "As associações estão cumprindo um papel, que é o papel de defesa exacerbada da magistratura. No momento em que estão em processo eletivo, há quatro chapas, com dificuldade de composição, eles têm de ter mote, uma plataforma", afirmou. "Me parece que nas minhas falas, uma linguagem muito direta e talvez palavras muito duras às vezes, encontram bom motivo para fazer disso plataforma política", arrematou.
Com licença poética, de Adélia Prado
08 de Março de 2012 por José Lino | Categorias: Texto de Abertura do Programa Rádio Vivo
Quando nasci um anjo esbelto,
desses que tocam trombeta, anunciou:
vai carregar bandeira.
Cargo muito pesado pra mulher,
esta espécie ainda envergonhada.
Aceito os subterfúgios que me cabem,
sem precisar mentir.
Não sou tão feia que não possa casar,
acho o Rio de Janeiro uma beleza e
ora sim, ora não, creio em parto sem dor.
Mas o que sinto escrevo. Cumpro a sina.
Inauguro linhagens, fundo reinos
– dor não é amargura.
Minha tristeza não tem pedigree,
já a minha vontade de alegria,
sua raiz vai ao meu mil avô.
Vai ser coxo na vida é maldição pra homem.
Mulher é desdobrável. Eu sou.
desses que tocam trombeta, anunciou:
vai carregar bandeira.
Cargo muito pesado pra mulher,
esta espécie ainda envergonhada.
Aceito os subterfúgios que me cabem,
sem precisar mentir.
Não sou tão feia que não possa casar,
acho o Rio de Janeiro uma beleza e
ora sim, ora não, creio em parto sem dor.
Mas o que sinto escrevo. Cumpro a sina.
Inauguro linhagens, fundo reinos
– dor não é amargura.
Minha tristeza não tem pedigree,
já a minha vontade de alegria,
sua raiz vai ao meu mil avô.
Vai ser coxo na vida é maldição pra homem.
Mulher é desdobrável. Eu sou.
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