Piovani: posso te contar umas coisas que vi nas redações?
“Vivi dentro do monstro e conheço suas entranhas”
Os mais novos vão imaginar que falo do tempo dos dinossauros. É quase isso mas não chega a tanto. Não existia controle remoto. Para se comentar em roda de amigos sobre algum programa da TV que você não queria assumir que estava vendo, saia-se invariavelmente com essa, tão preconceituosa quanto mentirosa: “passei pelo quarto da empregada, ela tava vendo isso e aí…”. Sílvio Santos era o personagem mais presente nesse clássico do enrustimento. Hoje é até chique, símbolo do trash engraçado, falar que deu uma olhada no “Patrão”. Naquele tempo só assim para não ser engolido: falando que passou e ouviu de esguelha.
O tempo passou e a lorota se modernizou na velocidade da tecnologia. O relato da passagem pelo canal do Abravanel não precisa mais dar uma volta na casa. Ou de qualquer outro programa que não se queira assumir. “Zapear” é a palavra que substituiu o bate-volta nas dependências proletariadas. “Estava zapeando e…”.
Pois muito bem: “estava zapeando dia desses e…” vi Luana Piovani dando entrevista em um programa de Pedro Bial em canal por assinatura. Não se passa pela visão de Luana Piovani sem sossegar o zap dois minutos, naquela curiosidade velho-babona de dar uma geral. Conhecida por ser metralhadora giratória, ainda que os tiros não cheguem a ir além das páginas de TV e fofoca, a loura discorria sobre tudo. E não há qualquer preconceito aqui. A atriz costuma ser até mais interessante do que a média de sua geração de atores.
Mas quando a metralhadora dela alcançou o tema “política”, lembrei-me de uma conversa que tinha tido há pouco tempo com um bom ator dessa geração, onde expressei que, vendo a participação da classe artística na cena política nacional no momento, era um choque ver o despreparo da mesma para entender como se produzem as narrativas, como se constrói uma narrativa única. E relatei o quanto, nessa hora, lembro-me com alguma/bastante saudade de Ruth Escobar, Gianfrancesco Guarnieri, Vianinha, Cacilda e tantos outros.
Luana não se fez de rogada diante do Bial. Falou sobre seus colegas artistas que se posicionavam contra o golpe com a convicção de quem questiona a ignorância alheia. “Os fatos estão aí. Me dá a impressão de que todos estão hipnotizados”, afirmou sobre tais artistas.
Pois devo te contar, Luana. Não é bem assim. Como disse usando o verso do poeta e revolucionário José Marti, vivi dentro do monstro mais tempo da minha vida do que em qualquer outra atividade. E é bem possível que um dia tenha que voltar, embora pareça que eles também não querem muito…
Como qualquer jornalista que exerce o ofício, por isso tudo, conhecendo as entranhas. Dos mais diferentes meios, se quiser dá uma passada lá na seção do “Sobre o autor” e constate. E acho que a essa altura tenho algum embasamento para falar sobre esse como funciona.
Como não é o caso de fazer nenhuma tese de doutorado (ao menos aqui, mas espero que isso venha a ser feito um dia), tentarei te explicar brevemente sobre as coisas que vi, sobre como são as coisas…
Antes disso, creio que vale te falar sobre o historiador inglês Edward Carr, autor da definição “que fatos históricos são como peixes no mar e historiadores são pescadores seletivos”, que escolhem os peixes que querem. Vale palavra por palavra para o jornalismo. E em uma situação como a do Brasil, da forma como se exerce jornalismo aqui, muito mais seletivos são nossos pescadores. Portanto, embora o tom usados na afirmação “os fatos estão aí” pareça de superioridade intelectual, lamento informar que “os fatos não estão aí”. Ao menos como deveriam estar. Acho que posso ajudar a te explicar como os fatos estão aí, que fatos, como estão…
Meu primeiro choque nas entranhas foi ainda nas fraldas do estágio. Era a foto de um preto e pobre que ia para a primeira página. Não houve muito pudor para se explicar porque aquela foto estava caindo e não seria publicada. Tinha nascido morta em seu clique: queriam “gente bonita”. Assim, valendo a concepção dos que comandam, automaticamente um preto e pobre está fora. Claro que como leitor e cidadão não tinha ilusões de que era muito diferente, mas constatar in loco é sempre mais chocante. Preto e pobre só segunda-feira, naquela primeira página que fala sobre o arrastão da praia, e mostra um monte deles com a cabeça contra a parede e a polícia revistando e lá no texto tem os números comprovando como é necessária a revista antes que os vândalos cheguem até a praia. Ou em foto de rebelião de presídio, né?
Logo depois desse choque de realidade, me mandaram fazer uma matéria sobre as barbaridades que os motoristas de ônibus cometiam no dia a dia do trânsito da cidade. Era pra pegar um bloquinho, ir atrás do piloto vendo quantos pontos ele devia perder na carteira em uma viagem só e depois, com o número do ônibus a identificar, ouvir a empresa sobre. Algo como um X-9 de uma viagem rodoviária, mas só da parte fraca e ouvindo os empresários (delatando). Argumentei que a pauta de verdade eram as empresas de ônibus, que essas sim eram uma máfia, que não podíamos fazer uma matéria com o pobre-diabo e aquela turma ficar de boazinha. Sem muito sucesso. O autor da pauta e ordem ainda está por aí. Pelo que escuto, vai nas reuniões do sindicato ouvir e repassar tudo pro patrão. Será? É possível.
Por sorte veio para me salvar daquilo aquela frase que o velho pai passou repetindo minha infância e adolescência até que entrasse por osmose: “meu filho, princípios a gente não negocia, mesmo que para isso tenha que ir carregar cimento no cais do porto”. Era só um estagiário, não tinha caixa pra aquele arroubo, pra recusar pauta logo na largada e ainda mais por aqueles motivos. Mas ordem de pai é sempre maior. Por um desses anjos que nos protegem, o chefe acima a quem comunicaram a ousadia do principiante era o José Luiz Alcantara, reconhecido boa praça e boa alma, que fingiu não ver o que rolava e arrumou logo outro assunto pro estagiário ir cobrir. Era para a carreira ter ficado ali mas quis o destino ter esse anjo no começo da caminhada. Assim, segui sem desobedecer o mandamento do pai e sem sair. Mas olhando o que veio depois, acho mesmo que gastei os anjos de proteção na profissão logo na largada, ali com o Zé Luis…
Vi muitas assim, vi muita coisa. Quem sabe um dia boto tudo num livro. Sempre acho muita pretensão alguém achar que pode escrever um livro, mas se tivesse certo afinal, não teríamos livros. Acho que já tenho um título para contar minhas desventuras na imprensa brasileira. E acho ainda que é bom, provavelmente melhor do que o resto. Se um dia sair, vai se chamar “Diário de Pyongyang – no coração da imprensa brasileira”. Talvez também um pouco exagerado, mas ao ver essas breves coisas que quero contar, Luana, vai ver que é exagero mesmo ma non troppo. Vi muita matéria sair da página quando tava pronta pra rodar ou para ir ao ar, vi matéria ser reescrita totalmente para se ajustar ao gosto dos amigos do Rei, vi cabeças pedidas, perdi a minha tantas vezes que virou folclore, vi a tal da “reco”, aquela matéria que vem por ordem de cima atender a coisas e pessoas inacreditáveis, vi o mais sem pudor dos colegas ter pudor, até ele, em assinar uma reco dessas, vi tanta coisa…
Recomendo com ênfase a leitura do texto “O Macarthismo brasileiro e a espiral do silêncio”, do jornalista, professor e escritor Felipe Pena. Vale palavra por palavra e trata sobre como funciona essa máquina de ir tirando do mapa toda e qualquer voz dissonante. É isso que estamos vivendo, cara Luana. As pessoas vão sumindo, sendo sumidas. Não mais o sumiço literal daqueles tempos, como Gil relata poeticamente, mas sumindo porque ele quer. Ele, o sistema. Aquele que é f…
Tudo isso não quer dizer que não tem muita gente boa nessas redações todas que vivi. Muita gente da maior honestidade e coragem. Gente que, como ouvi de um grande amigo uma vez, cumpre o que ele dizia: “tem que entrar aqui na carvoaria de branco todos os dias e ao fim do dia sair com a roupa intacta”. Conheci o melhor e o pior do ser humano. Como aliás acho que é em qualquer ramo. Conheci muita gente travando o bom combate nas entranhas do monstro, anonimamente, saindo de branco todos os dias. É fundamental esclarecer isso. Generalizar, rotular, é algo inaceitável.
Da mesma forma que te conto existir um outro tipo.Bem curioso. Que se antecipa quando o assunto é a nossa liberdade de imprensa e o que existe de verdade em falar de liberdade de imprensa por aqui. Tal tipo sempre pula e avisa: “Nunca me censuraram em nada”. E com tal testemunho pessoal, dando o aval de quem também vive nas entranhas, encerra o assunto, afinal, como discutir com quem pode dizer como funciona por dentro? O que tal tipo não conta é que nunca censuraram ele porque ele nunca propôs nada que pudesse vir a ser vetado. Nunca se desgastou. A isso chamamos de autocensura, a prática e estratégia de sobrevivência mais comum e frequente em nossas redações.
Na prática, quero mesmo ser bem didático para te explicar que realmente não basta ler os jornais ou ver televisão para ver o que está acontecendo. Que muito mais do que isso, é preciso entender o que e porque sai nos jornais (entenda-se sempre como impressos, internet, tv). Com as exceções de sempre, de profissionais e de reportagens que fogem a esse padrão.
Nosso modo de fazer de notícias é meio assim: não chega a ter língua, é um beijo técnico
Acho que em primeiro lugar você deve entender o coração de tudo, a alma do negócio. Se você, mais do que merecidamente consagrada atriz fosse explicar didaticamente como se representa algo, como se finge, que exemplo usaria? Quem sabe o tal beijo técnico? Pronto. Parece que é, mas, pelo que sabemos, não é bem assim, né? Não chega a ter língua pelo que dizem, né?
Pois é, nosso modo de fazer de notícias é meio assim: não chega a ter língua, é um beijo técnico. Fazemos um jornalismo sem língua, tal e qual um beijo técnico de novela. Parece que é, mas não é. Te explico de novo e volto ao lugar onde estava ao prometer contar onde acontece o drible, onde fingimos dar o beijo mas não damos: é na pauta, Luana. A sacanagem, se me permite a má palavra, e acho que permite porque você também é meio desbocada, a sacanagem não necessariamente é feita na reportagem publicada. A sacanagem é feita na pauta. Na escolha da pauta para ser mais exato. Mais ou menos como deve ser em Pyongyang. Assim, na escolha da pauta se ganha o jogo. Se eu escolho dez pautas pra detonar quem eu quero detonar e nenhuma para explodir o meu bandido de estimação, o amigo leitor no dia seguinte vai presumir o que? “Puxa, olha quanto escândalo aquele sujeito”. E o outro, poupado na pauta, segue incólume. Por isso vai aparecer alguém e dizer o que você disse: “basta ler o jornal para saber”…
As matérias em si podem ser bem feitas. Exatas. E aí, algum incauto vai dizer: “mas aí não dá para ir contra. Como se contesta o que está na matéria? Basta ler ou ver a matéria…”. É verdade. É meia verdade. Porque se você só tem reportagem sobre aqueles e não para todo mundo, é meia verdade achar que basta ler ou ver, né?
Na verdade, Luana, por falar em escândalo, só me ocorre nessas horas Ângela Ro Ro. “O grande escândalo sou eu”, tão lindamente como sempre cantado por ela (a letra é Caetano?). O grande escândalo, no caso, é a nossa imprensa. Posso te dar mil exemplos disso que descrevo, de como se ganha o jogo na pauta. Sendo ainda mais didático: sabe aquele prefeito que não é o “da casa”, essa expressão tão cínica quanto verdadeira? Pois bem. Esse que “não é da casa”, terá um cobertura implacável de sua gestão. Como aquele jornal que botou três setoristas durante uma gestão que não era muito simpática e no dia seguinte que um “da casa” assumiu, apareceu com uma imensa novidade, uma revolução onde anunciava: “está antiquado esse negócio de setorista de prefeitura. Vamos abolir isso. Os três vão tocar outras coisas e quando tiver algo, vemos isso”. Será que é só ler, Luana?
Inventou-se uma instituição que é uma jabuticaba sem comparação. A “Pluralidade à Brasileira” de nossa imprensa
Há uma outra coisa que quero te contar a partir dessa revelação de que a sacanagem se faz na hora de escolher a pauta. Como o anticorpo disso, para não ter risco de descobrirem esse segredo, é feito o seguinte: inventou-se uma instituição que é uma jabuticaba sem comparação. A “Pluralidade à Brasileira” de nossa imprensa. Funciona assim: como nenhum outro país do mundo, temos hoje uma imprensa baseada em opinião. Colunistas aos borbotões, a dar com pau. Olha pro lado tem um, olha pro outro lado, também tem. Muitos já constataram essa faceta de nossa imprensa e chamaram isso de colunismo. É isso. Mas faltou explicar a razão para isso, né?
E é exatamente por isso. Porque a sacanagem se faz na pauta, o que interessa se leva no rodo na escolha da pauta. O resto é inofensivo. Não mata ninguém. Tem muita coisa boa e outras tantas ruins. Mas o que importa? Mesmo que nossa pluralidade à brasileira não seja assim tão plural e seja uns 100 contra Veríssimo ou perto disso, ainda que fosse 50 x 50 não importaria. Afinal, se você lê o Duvivier, o Cuenca, você vai ler e gostar deles. Se você lê o Merval, bem, além de herói, você vai gostar dele e ponto. Ou os outros cem colunistas ali afinados. Assim é opinião, cada um tem a sua e não dói nada. O que dói nessa história é jornalismo. Entenda-se por jornalismo: reportagem. Pau pereira é reportagem. O resto é flozô. Bom flozô em muitos casos, mas…flozô. O que pode mudar o mundo pelo jornalismo é reportagem, boa reportagem. Ou você já viu algum Watergate por causa de um colunista? Ou foi e sempre será na reportagem?
E não existe aqui menosprezo com “Opinião”. Mesmo essa Agência Sportlight de Jornalismo Investigativo tem lá sua seção de opinião. Estão bem demarcados os espaços: “Opinião” é um, “Reportagem” é outro, cada qual com seu selo. Gosto de escrever no “Opinião”. Por vezes dá até mais audiência. Mas sei que se algo explosivo acontecer por aqui, será na parte de “Reportagem”.
E é por essa sacanagem que não investimos em jornalismo. Por essa acertada que damos antes na pauta, por essa certeza que enganamos o bobo na casca do ovo com nossa “pluralidade á brasileira”.
Verdade que temos alguns casos que nem se tenta disfarçar, né? Sabe aquele jornal noturno de um canal por assinatura? Estou certo de que, nesse caso, meu exagero não é exagero. Nem em Pyongyang existe algo parecido! Como pode uma bancada que nunca discordou, que sempre tem o mesmo tom, que sempre aponta para o mesmo lado? O que é aquilo, meu deus? Nem na Fox News americana tem algo parecido nem no “Jornal das 22h” de Pyongyang. Um ambiente tão contaminado que permitiu a um deles, babando, dizer que Ustra e Marighella eram criminosos da mesma ordem. E ninguém contestou. Um show de horror que só Angêla Ro Ro é capaz de cantar. O grande escândalo somos nós realmente. A imprensa brasileira. Duvido que no noturno de Pyongyang tenha aquele jogral de gente excitada dando sempre o mesmo tom (estão sempre excitados, né?). E depois vão para casa e dormem em paz? Diz aí, Greenwald: “Aqueles que prosperam dentro da estrutura de uma grande empresa tendem a ter mais inclinação a agradar do que a subverter o poder institucional” (in “Sem Lugar Para se Esconder, editora Primeira Pessoa).
Como disse na “Apresentação” dessa Agência Sportlight, como pode não termos equipes de jornalismo investigativo nas redações? Como pode não termos uma matéria em tempos da maior investigação de corrupção da história, uma sequer, fruto de investigação? Só vazamento, só vazamento…Que, como sabemos, são seletivos. Tão seletivos que corre a lenda (bem fundamentada) que na porta de um sujeito lá de Brasília, desses que falam muito quando na verdade deviam falar pelos autos, tem fila do vazamento lá pela quinta-feira. As grandes revistas, os jornais…E aí o vazamento estoura sempre pro mesmo lado. Entende, Luana? Será que é só ler o jornal, musa das musas?
Falam em dinheiro para ter uma equipe investigando, em custos. Argumento mais desonesto não há. Caro é não ter notícia boa. A longo prazo o seu leitor some e os cartolas das redações vão ficar discutindo porque a circulação tá diminuindo, porque os acessos estão parando…Nesses congressos da vida, nessas viagens pra falar e ouvir sobre jornalismo mundo afora, tenho visto algumas coisas espetaculares. Jornalismo de primeira, cara Piovani. Sabe onde? Na Costa Rica, por exemplo. Uma equipe multidisciplinar, espetacular, dando alguns dos furos mais espetaculares do mundo. Fiz questão de ir lá entender o que acontecia, ver como faziam. Será que o jornal da Costa Rica tem mais dinheiro que os nossos?
Quer saber mais um? Poderiam ser vários mas ficaria chato. El Salvador tem gente fazendo jornalismo de orgulhar qualquer Carl Bernstein. El Salvador. Te parece com mais recursos do que nossas empresas? Assim, podemos presumir que é mais uma daquelas questões de vontade política apenas, né? E nossos figurões só tem olhos para o lado de cima no caso do globo terrestre também, só olham spotlights quando chega ao cinema e de países ricos. Desconhecem o quanto de espetacular está sendo feito por aí, pertinho da gente.
Espero que não corte os pulsos ao saber como funciona na verdade. Mais ou menos como cozinha de restaurante, reza aquela lenda. “Se você soubesse como se faz, não comia”. Você e aqueles seus colegas que bateram panela nas redes sociais e se fantasiaram de bloco de carnaval. De novo, que saudade de Ruth Escobar, Gianfrancesco Guarnieri, Vianinha, Cacilda e tantos outros… Te conto mais uma.
Antes de contar, como são tempos intolerantes, me permito a ressalva: se critico aquele jornalismo que cultiva bandidos de estimação, não poderia fazer o mesmo. Portanto, podem recolher as panelas antes de xingar essas mal traçadas. Como cidadão tenho minhas convicções, como tenho meu time. Mas nem por isso em minhas análises de futebol ignoro as mazelas do meu time. Assim é no jornalismo. Minhas convicções não podem fazer com o jornalismo seja seletivo. O pau pereira deve ser amplo, geral e irrestrito. As matérias iniciais dessa “Agência Sportlight de Jornalismo Investigativo” eram todas mostrando os imensos furos de convênios entre governos que deveriam ser progressistas e nossas instituições do esporte. Poderia citar outras tantas reportagens que fiz. Estatais em conluio corrupto com corruptos do esporte, roubo grande. E vem muito mais. Mas deve vir para todos os lados. Feita a ressalva, finalmente te conto mais uma.
Há pouco tempo atrás, uma jornalista falou das empresas de Fernando Henrique Cardoso no exterior. A relevância vinha do conhecimento de causa, pelo fato de terem tido um filho. Sabia do que falava. Aquilo me deixou com as duas pulgas da profissão atrás da orelha. Não me lembrava de uma geral nas coisas de FHC e família no jornalismo pátrio. Me propus a fazer por conta própria. O resultado foi assustador. O filho de FHC tinha uma empresa, sabe onde e de que? Uma offshore no Panamá e ligada ao ramo de petróleo. E com vínculos Odebrecht e Petrobras! Meu deus! Nunca ouvira falar que o filho de FHC era do ramo petroquímico. E continuo achando que não é. Então qual a razão daquela offshore? Consegui os documentos da offshore do filho de FHC no Panamá. Tinha também as relações societárias dele com um secretário corrupto do Macri. Imaginei que estava diante de uma bomba. Imaginei não, tinha e tenho certeza. Mas nossas redações não viram assim…
O passo seguinte foi partir para a publicação. Sabe o que aconteceu, Luana? Era sempre assim: falava sobre a matéria. O editor dizia que aquilo era espetacular. “Vamos dar”. E que daqui a pouco falaria comigo. Duas, três horas depois, ligavam ou mandavam e-mail constrangidos, que não ia sair, que achavam que…
Na quarta redação tentada (quarta, Luana!), perdi a paciência e falei o seguinte: “Faz o seguinte: onde tiver FHC, troca pelo nome de um outro aí que sempre tá nas páginas. E onde tiver o filho, troca pelo filho do outro. Será que publicam agora? Estou falando de offshore do filho de FHC no Panamá ligada ao ramo de Petróleo e com negócios com Odebrecht e Petrobras, entenderam?”. Por fim saiu aqui: http://www.cartacapital.com.br/revista/895/negocios-de-familia. Mesmo assim, nunca se viu uma linha sequer sobre isso em qualquer lugar.
Ora, se o cabelereiro de uma vira manchete por prova que “está nas nuvens”, como reportagem com documentos de offshore no Panamá é ignorado? (Creio que aqui vale o breve parêntesis: mesmo com a tradição do bizarro de nossa imprensa e do patético, não me lembro de algo tão vergonhoso e constrangedor como a reportagem, manchete do jornal, em que o “jornalista” fazia uma acusação a uma Presidenta da República e depois informava que as provas que sustentavam a tal acusação não eram mostradas ali porque “estavam nas nuvens”. Depois não entendem o clima de vale tudo reinante. Se posso fazer isso, tudo se pode). Tudo isso tem a ver com o tão falado “instituições funcionando”, com o estado democrático de direito. Ora, se inexiste a tal liberdade de imprensa, inexistem instituições funcionando, inexiste o estado democrático de direito. Então o ponto x do debate é se existe liberdade de imprensa aqui ou não. Aceito o debate com qualquer um. Escolham armas e locais. Só não me venham falar que “nunca me censuraram”. Já falamos sobre isso. Aliás, tenho tido o prazer de debater tal tema Brasil e mundo afora nos últimos anos em congressos e palestras. É só chegar.
Nessas linhas que vão se encerrando aqui, Luana, tentei contar da imprensa de modo geral. É mais ou menos assim em todas as áreas. Por vivência, acho que posso contar com mais detalhes ainda sobre como é no jornalismo esportivo. Antigamente, naqueles anos de chumbo, grandes jornalistas foram se refugiar nas páginas de esporte dos jornais para poder seguir com dignidade. Na verdade, para poder seguir, já que a parte de política tinha ficado irrespirável.Te conto que hoje morreriam sufocados em todas as áreas. Voltarei ao tema específico do jornalismo esportivo e suas impossibilidades nos dias atuais. Por incrível que pareça, no jornalismo esportivo as coisas pioraram e pioram muito a cada dia. Até a fresta de resistência heroica que Seu Zé Trajano carregava foi pro saco…
Quando falar disso, quero em breve republicar aqui nessa humilíssima trincheira um texto do maior repórter da Argentina e dos grandes do mundo, Ezequiel Fernandez Moores, ombreado no pioneirismo Sportlight do continente com Juca e mais outros poucos. Só para que se tenha a dimensão de quem é, foi o primeiro e o grande repórter a remexer, ainda durante a ditadura daquele país, nos porões da Copa de 78. Sua obra está nos anais da história do jornalismo. Em seu texto, Ezequiel fala sobre a vergonha que é a imprensa esportiva não investigar. Daqueles que me orgulho muito em poder chamar de grande amigo e com quem vou mantendo sempre o assunto em dia, repartindo as angústias cotidianas desse ofício sempre, não muito distintas nos dois países. Ezequiel me escreveu recentemente algumas palavras que carregam nossa angústia toda em duas linhas. Pela força, tomo a liberdade de tirá-las do privado: “Somos porquinhos da índia do que os novos donos do poder chamam de entretenimento. Nós dois já estamos mais curtidos, mas palavra que me dá uma pena enorme de milhares e milhares de meninos que seguem acreditando que o jornalismo segue sendo o que era”.
Por isso tudo, por uma vida toda dentro de redações, te pergunto: dá pra achar que basta ler ou ver jornal pra entender tudo o que tá rolando, que os fatos estão aí, Luana?
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FHC, seu filho e os negócios em família
por Lúcio de Castro — publicado 05/04/2016 06h22
Sócio de uma offshore no Panamá e ligado a suspeitos de corrupção, Paulo Henrique Cardoso prosperou à sombra do pai
Marcos Alves/Ag. O Globo
O clã ainda nos tempos de dona Ruth Cardoso
Os negócios da família do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso vão muito além das contas no exterior do patriarca investigadas pela Polícia Federal. Incluem também transações do filho Paulo Henrique com a Odebrecht, as offshore no Panamá e no Reino Unido, além de uma sociedade com o ex-braço direito do presidente argentino Mauricio Macri que se suicidou em meio a um escândalo de corrupção.
Paulo Henrique Cardoso manteve durante uma década negócios com a Braskem, uma sociedade entre a Odebrecht e a Petrobras, por meio da World Wide Partnership Importação e Exportação, empresa de comércio de produtos petroquímicos.
Embora PHC só conste como sócio da WWP a partir de 26 de outubro de 2004, dois anos depois do término do segundo mandato presidencial do pai, a WWP foi aberta em 31 de março de 1999, no auge do processo de abertura do setor no País que resultou na liderança da Odebrecht na indústria petroquímica.
A WWP assinou uma parceria com a Braskem para produzir resinas especiais de PVC no ano em que Paulo Henrique aparece oficialmente no quadro societário da companhia.
PHC tem também uma offshore no Panamá. Criada em 19 de novembro de 2011, a empresa tem os mesmos sócios e o mesmo nome da matriz paulista. Além disso, em sociedade com o pai abriu outra companhia, desta vez no Reino Unido, a Ibiuna LLP, datada de 30 de março de 2009. Ibiuna é uma referência à cidade no interior paulista onde fica a fazenda na qual o ex-presidente descansava durante o mandato.
FHC assinou em novembro de 1995 a emenda constitucional que acabou com o monopólio da Petrobras. No mesmo ano, a Odebrecht fundou a OPP Petroquímica. Em janeiro de 1998, FHC criou a Agência Nacional do Petróleo e entregou a presidência ao genro David Zylbersztajn. Um ano depois, nasce a WWP. No período, 27 empresas do ramo petroquímico foram privatizadas, com amplo financiamento do BNDES, o banco estatal de fomento.
Em 2002, a Odebrecht reuniu todas as empresas petroquímicas que havia adquirido sob o chapéu da Braskem. A Petrobras se tornaria sócia minoritária do empreendimento (a estatal anunciou a intenção de deixar o negócio neste ano). Em 2010, a Braskem deu início a um processo de internacionalização. No ano seguinte, a WWP abriu a offshore no Panamá.
Segundo documentos obtidos na Junta Comercial do Panamá, os sócios de PHC na offshore são Luiz Eduardo Ematne e Stephen Timothy Fitzpatrick. Ematne aparece como fundador da matriz brasileira em 31 de março de 1999. Em 24 de janeiro de 2001, o norte-americano Fitzpatrick ingressa na sociedade.
Ematne afirma não se lembrar de detalhes da WWP. Em uma conversa rápida por telefone, falou vagamente sobre a sociedade: “Não me lembro de quando ele (PHC) entra. Uns 8, 9, 10 anos. A empresa tem 12, 14 anos. Foi aberta há pouco tempo no Panamá, 2, 3 anos. É da área de tecnologia, distribuidora de resina. Existe empresa no Japão que comprou nossa tecnologia. Por isso abrimos empresa no Panamá. Constituída legalmente. Mas o Paulo já saiu na de lá também. O volume de vendas é nada”.
O empresário alegou estar em trânsito e sugeriu outra conversa mais tarde. Novamente procurado, mudou de ideia e foi taxativo: “Não vou mais falar. Não tenho obrigação de falar. Meu advogado me disse que não devo falar nada”.
O escritório panamenho Sucre, Arias e Reyes foi responsável pelo suporte na constituição da WWP no país. Na offshore, PHC aparece não só como sócio, mas tesoureiro. Consta seu endereço residencial em São Conrado, no Rio de Janeiro. O Sucre, Arias e Reyes é conhecido pela assistência na abertura de empresas de fachada para lavagem de dinheiro naquele paraíso fiscal.
Em 2005, em um dos mais rumorosos escândalos a envolver o Cartel de Cali, da Colômbia, o Departamento do Tesouro dos Estados Unidos apontou que as corporações usadas como lavanderia eram constituídas essencialmente por três bancas panamenhas, entre elas a Sucre, Arias e Reyes.
Em sua propaganda, o escritório ressalta a “agilidade para constituição das offshore que vão manejar contas bancárias, adquirir imóveis e proteger ativos”. Com os préstimos da Sucre, Arias e Reyes, a WWP teve seu registro assentado às 10h48 de 18 de novembro de 2011 e entrou no sistema de informática da repartição pública no dia seguinte.
No ano passado, a Polícia Federal identificou uma comunicação entre o Instituto FHC e a Braskem para acertar o pagamento de uma doação da petroquímica. De acordo com o e-mail que consta em laudo da PF, a secretária do Instituto FHC e um representante da Braskem combinaram a forma do desembolso. “Gostaria que você verificasse com a Braskem qual a melhor maneira para fazer a doação... Acho que a Braskem/Odebrecht já fez doações para a Fundação iFCH.”
A reportagem identificou a participação de PHC em nove empresas, três em sociedade com FHC. Uma delas é a offshore na Inglaterra, a Ibiuna LLP. No Brasil, pai e filho são sócios na Goytacazes Participações e na Córrego da Ponte, antiga parceria entre o ex-presidente e o ex-ministro Sérgio Motta.
Outras três são de “consultorias empresariais”: a Analiti(K), a Intrabase e a Corporate Idea, esta última criada juntamente com a irmã Luciana em 8 de agosto de 1997, quando o pai ainda estava no primeiro mandado.
Na Analiti(K), aberta em 23 de setembro de 2005, PHC teve como sócio um dos mais polêmicos personagens da recente história argentina, que cometeu suicídio em meio a uma série de denúncias de corrupção.
Apesar de estrangeiro, Gregorio Centurión tinha um CPF brasileiro. Amigo desde os bancos escolares de Mauricio Macri, comandou e foi o marqueteiro do atual presidente desde o mandato de deputado federal.
Centurión cuidou da comunicação de Macri na campanha à prefeitura de Buenos Aires e virou secretário de Comunicação Social da capital. Era o coração do chamado núcleo duro do “macrismo”. Antes disso, desempenhou funções vitais nas empresas da família.
No poder, Centurión dispensou as licitações para contratar empresas prestadoras de serviço entre os anos de 2009 e 2010. Ancorado na Lei nº 2.095 de Buenos Aires, contratava diretamente os fornecedores. Privilegiou grupos de comunicação ao pagar mais pelos anúncios para quem tinha dez vezes menos audiência.
Aplicou em ritmo frenético a estratégia de privilegiar empresas amigas enquanto a verba destinada à secretaria multiplicava-se a cada ano. O esquema funcionou até a deputada Rocio Sánchez Andía apresentar uma denúncia contra ele e outros dois secretários.
Em 25 de novembro de 2010, enquanto Macri estava em lua de mel por conta de um terceiro casamento, o juiz Gustavo Pierreti autorizou uma operação policial nas dependências da prefeitura. Os domínios de Centurión foram os principais alvos e dezenas de documentos acabaram apreendidos.
Os delitos de administração infiel em prejuízo da gestão pública, malversação de verbas, negociações incompatíveis e descumprimento dos deveres do funcionário público ganharam musculatura com as apreensões e o sócio de PHC entrou em depressão. Antes disso, Centurión estivera envolvido em escândalo de escutas ilegais.
Na noite de 19 de dezembro, o principal auxiliar de Macri disparou um tiro de escopeta contra a própria cabeça. Em 9 de junho de 2011, segundo o Diário Oficial do Estado de São Paulo de 26 do mesmo mês, os sócios da consultoria Analiti(K) se reuniram, em mesa presidida por PHC, para promover a “dissolução parcial da Sociedade e consequente redução do capital social, tendo em vista o falecimento do sócio Gregorio Centurión, ocorrido em 19 de dezembro de 2010”.
Em 2009, no auge dos negócios do parceiro Centurión com as rádios portenhas, PHC abriu a Rádio Holding Participações, uma “holding de instituições não financeiras”. Entre os sócios aparecem a americana ABC Ventura Corp, além de Jobelino Vitoriano Locateli e José Tavares de Lucena, representante no quadro societário de diversas empresas no País.
Em geral, afirmam especialistas, representantes como Locateli e Lucena servem para resguardar a identidade de quem não deseja aparecer diretamente em uma sociedade, normalmente estrangeiros.
Entre as sociedades representadas por Locateli está a Sport World Group, sócia da Traffic Sports World, que tem entre seus sócios o empresário J. Hawilla, em prisão domiciliar nos Estados Unidos por participação no escândalo da Fifa.
A Rádio Holdings chegou a ser mencionada no Congresso Nacional em 2011, por controlar a Itapema, então retransmissora da Rádio Disney, acusada de ser a verdadeira proprietária do canal, algo vedado pela lei, que só permite a participação de estrangeiros no capital de meios de comunicação até o limite de 30%.
Em fevereiro de 2012, FHC criou a Goytacazes Participações, com finalidade de “outras sociedades de participações”, em parceria com a filha Luciana. PHC ingressou no quadro societário em janeiro do ano seguinte.
A reportagem ouviu o Instituto FHC sobre as relações da WWP com a Braskem. “São empresas privadas legalmente constituídas e declaradas. Paulo Henrique não faz mais parte da WWP.” A reportagem informou para a assessoria do iFHC que, pelas bases de dados consultadas, tanto da Receita Federal quanto na Junta Comercial de São Paulo, a saída de PHC não constava até a presente data. O mesmo vale para o equivalente à Junta Comercial do Panamá.
Sobre a parceria com a empresa de Paulo Henrique Cardoso, a Braskem, por meio da assessoria de imprensa, enviou a seguinte nota para a consulta da reportagem: “A Braskem assinou acordo com a WWP em 2004, detentora exclusiva de tecnologia para a fabricação de resinas especiais de PVC. Por meio desse acordo, a Braskem produziu e distribuiu essas resinas voltadas para a aplicação de especialidades vinílicas até 2013, quando as relações comerciais foram encerradas. Como empresa privada, a Braskem seleciona suas tecnologias com foco em sua estratégia empresarial. Atualmente, a empresa possui pelo menos três dezenas de acordos assinados para uso de tecnologia de terceiros. O contrato assinado com a WWP representou menos de 0,01% do faturamento da companhia”.
Apenas para efeito de estimativa aproximada, tomando o ano de 2014, último a constar no site da Braskem com resultados financeiros ali publicados, a receita bruta no ano foi de 54,1 bilhões de reais e a receita líquida de 47,3 bilhões de reais.
Outras questões foram enviadas para PHC. Como a razão por só constar na WWP em 2004, após o governo do pai. E se confirmava a existência e participação da WWP no Panamá. Em caso de comprovação, a razão da empresa e se estava registrada na Receita Federal.
Através do iFHC, Paulo Henrique Cardoso limitou-se a dizer que “não faz parte mais da WWP e que a Ibiuna já foi encerrada. São negócios privados, todos devidamente declarados à Receita Federal”, ignorando o questionamento sobre a offshore do Panamá.
A reportagem perguntou também sobre Gregorio Centurión, se PHC conhecia as denúncias de corrupção do sócio. PHC ignorou as indagações sobre corrupção do ex-sócio. “Trata-se de empresa privada, com atuação regular e com todas as informações registradas na Junta Comercial de São Paulo.”
Indagado pela reportagem sobre a existência da Ibiuna, empresa no exterior em sociedade com o filho PHC, o ex-presidente FHC afirmou, através da assessoria de imprensa do Instituto FHC que “a empresa citada foi efetivamente aberta em Londres, para recebimento de proventos de palestras. Sempre foi devidamente declarada no Imposto de Renda. Foi encerrada em 2013. O saldo equivalente a 5,5 mil reais foi repatriado ao Brasil via Banco Central.”
Diante da resposta sobre o motivo da abertura da empresa, a reportagem pediu se era possível saber a data, contratantes e valores das palestras entre 2009 e 2013. A assessoria respondeu que “O iFHC é uma Fundação: está submetido à Curadoria de Fundações do Ministério Público de São Paulo, que audita as suas contas. A praxe sobre as palestras que o presidente faz, privadamente, é a de que quem as contrata divulga ou não os dados”.
A reportagem perguntou para PHC a razão para constar da sociedade com o pai na Ibiuna LLP, inscrita na Inglaterra, já que a empresa foi aberta para “recebimento de proventos de palestras” de FHC, sem resposta.
A Receita Federal não responde sobre casos específicos de registros de empresa. De acordo com a Receita Federal, “todas as pessoas jurídicas domiciliadas no Brasil, inclusive as equiparadas pela legislação do Imposto sobre a Renda, estão obrigadas a inscrever no CNPJ cada um de seus estabelecimentos localizados no Brasil ou no exterior, antes do início de suas atividades”.
Segundo o órgão, “em relação à Pessoa Jurídica que possui filial, sucursal, controlada ou coligada no exterior, a informação sobre as participações e os resultados apurados por essas participações no exterior são informados à Receita Federal por meio da Declaração de Informações Econômico-Fiscais da Pessoa Jurídica (DIPJ). A sanção pelo não cumprimento da obrigação relacionada à DIPJ é prevista legalmente”.
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Essa opinião e essa reportagem foram escritos por Lúcio de Castro, a opinião que cita a reportagem foi posta no seu Site/Blog "Agência Sportlight de Jornalismo Investigativo" http://agenciasportlight.com.br/
Lúcio de Castro participou como convidado da CPI do Futebol
Acompanhando a CPI do Futebol III - Está escancarado: É tudo um assunto só!
O Juca Kfouri na ocasião do seu lançamento fez a apresentação/indicação.
Agora, com o fim das duas CPIs do futebol, se eu voltar no assunto (ainda estou devendo uma postagem com a analise dos relatórios finais das CPIs ) devo voltar ao assunto futebol somente quando ele ou o Juca me derem motivo. ( O Kajuru agora vereador e o Kalil agora prefeito não deve mais voltar para o esporte tão cedo.)
Essa opinião do Lúcio de castro estou em dúvida se eu vou acrescentar nesse post:
Meias verdades (Democratização da mídia)
ou neste:
A mídia é o 4° ou o 1° poder da república? (Caso Panair, CPI Times-Life)
ou neste:
O Mercado de notícias - Filme/Projeto do gaúcho Jorge Furtado
ou neste:
Quem inventou o Brasil: Livro/Projeto de Franklin Martins (O ex-guerrilheiro ouve música)
ou neste:
InterVozes - Coletivo Brasil de Comunicação Social
ou neste:
Melhores imagens do dia "Feliz sem Globo" (#felizsemglobo)
ou neste:
Uma visão liberal sobre as grandes manifestações pelo país. (Os Oligopólios cartelizados)
Cabe em todos!
Vou colocar aqui a apresentação da "Agência Sportlight de Jornalismo Investigativo" escrita pelo Juca e pelo Lúcio e avisar que daqui para frente você tem mais um seguidor.
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Lúcio de Castro volta à trincheira
Juca Kfouri
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Apresentação
Passei a vida inteira procurando Martin Baron. Sem jamais chegar perto. Sonhei muitas vezes com aquela cena: um editor de jornal como aquele do Boston Globe, imortalizado em “Spotlight”, dizendo que a reportagem deveria demorar mais, se aprofundar, investigar quanto tempo fosse necessário, ir além. Mais do que isso, deixando suas lições ainda mais longe: que era preciso ir até o coração do sistema, fustigar o último andar do poder.
É exatamente essa busca inglória, esse fracasso tão Darcy Ribeiro (“meus fracassos são minhas vitórias. Detestaria estar no lugar de quem me venceu”) que me faz chegar até aqui, desembocar nessa trincheira virtual que tem a pretensão imensa e abusada de que eu seja o Martin Baron de mim mesmo.
“Meus fracassos são minhas vitórias. Detestaria estar no lugar de quem me venceu”, Darcy Ribeiro
A referência e inspiração no nome desta “Agência Sportlight de Jornalismo Investigativo” é tão óbvia que dispensa maiores explicações. E que mais obviamente ainda não tem nada a ver com fazer uma cobertura light do esporte. E sim ao “Spotlight” que tenta iluminar tudo aquilo que alguém quer esconder, função preponderante do jornalismo, e ao qual somei um “R”. Também óbvio trocadilho e jogo de palavra que indica a área primordial de atuação por onde nossa lanterna há de percorrer: o esporte brasileiro, com seus milhões de verba pública envolvidos sem mecanismos de controle, ou ainda os milhões privados mas de interesse público, blindados na promiscuidade que juntou igreja e estado em nosso jornalismo e fez com que eventos e jornalismo se tornassem uma coisa só. E aqui o dedo não aponta para um lado só. Sabe que essa é a realidade em todas as pontas. Ou plataformas, como queiram.
Precisaria de outras tantas vidas para dar conta de um por cento do que está embaixo do tapete das entidades de nosso esporte e a maior parte de seus capis. Mas de qualquer jeito serão tempos de uma imensa alegria. “Infinito enquanto dure”, com todas as impossibilidades encerradas nesse bloco do eu sozinho virtual que se abre, mas com todas as possibilidades de nadar contra esse corrente de águas quase paradas e insalubres que vai cada dia mais afogando nosso jornalismo. Com as óbvias e gloriosas exceções de sempre.
Pois estamos falando de um jornalismo cada dia mais de cócoras. E é essa imagem que mais me serve se alguém pedisse para enquadrar nossa profissão nessas terras nos dias de hoje: um jornalismo de cócoras.
Pode parecer exagero. Mas sempre ressalvando e exaltando as tais exceções de sempre, vamos lá: como se explica que o jornalismo do país que inventou e sistematizou a corrupção no esporte lá atrás, desde Havelange, e depois levou tais práticas a níveis jamais sonhados, (basta ver quem são os maiores protagonistas do escândalo da FIFA. Basta ver nossas confederações, basta ver as contas que não fecham dos grandes eventos, basta ver tanta coisa…), pois muito bem, como que nesse país não existe uma única equipe de investigação exclusiva em alguma redação para se ocupar disso?
É preciso ir além. E voltarei nos próximos dias aqui ao tema. Mas por hora deixo de aperitivo a reflexão nada nova: o que explica um país que atravessa a maior operação de investigação de corrupção da história, uma das maiores do mundo em todos os tempos, repito, o que explica que até aqui não termos durante todo esse tempo uma reportagem sequer fruto de apuração, investigação, e sim somente de vazamentos, o que obviamente deixa o jornalismo refém da seletividade. O que ele obviamente adora, diga-se de passagem.
Falávamos das honrosas exceções, e lembro-me de um dos grandes, Rubens Valente, repórter de primeiríssimo time, autor da primorosa investigação do livro “Operação Banqueiro”. No congresso da Associação Brasileira de Jornalismo Investigativo (ABRAJI), Rubens Valente foi claro: “As grandes redações do Brasil não incorporaram o modelo americano, com equipe e orçamento exclusivo para reportagens de fôlego que demandam meses de apuração. O jornalismo brasileiro tem vivido do voluntarismo. Não é possível conseguir uma grande história da Lava Jato assim”, como está em reportagem da Folha de São Paulo sobre o encontro. No mesmo dia, na sala ao lado, sem a mesma sofisticação de Rubens, eu dizia o mesmo com palavras um pouco mais rudes. Falava sobre o que era no fundo a vergonha de estar falando em um congresso de jornalismo investigativo em um país onde não existe jornalismo investigativo, salvo pelas exceções faladas e repetidas de franco-atiradores, por iniciativa e ímpeto desses.
“As grandes redações do Brasil não incorporaram o modelo americano, com equipe e orçamento exclusivo para reportagens de fôlego que demandam meses de apuração. O jornalismo brasileiro tem vivido do voluntarismo. Não é possível conseguir uma grande história da Lava Jato assim”, Rubens Valente
Que ninguém venha me falar em crise, custos. Como dito, voltarei ao tema e estou certo de que posso mostrar que tal aleijão do jornalismo pátrio é essa imensa falta de vontade de correr na bola mesmo. Essa preguiça de ir ao coração do sistema, de pagar pra ver, esse compromisso com o cinismo, essa opção permanente pelo poder e suas benesses.
Por isso tudo, essa Agência Sportlight, ainda que tenha como foco primordial a cobertura das mazelas do nosso esporte, não se limitará a isso.
Por isso tudo, essa Agência Sportlight, ainda que tenha como foco primordial a cobertura das mazelas do nosso esporte, não se limitará a isso. Talvez com menos frequência, mas feliz demais pela falta de limites, vamos “passear por geral” como se diz na minha mui amada São Sebastião do Rio de Janeiro. Mazelas, sujeira debaixo do tapete em qualquer área, grandes personagens, grandes histórias. Não há limites que o “R” acochambrado ali no meio do Sportlight talvez possa sugerir. O que existirá em cada palavra, cada vírgula, é essa imensa paixão. Pelo ofício, pela vida. E a vontade de deixar um modesto testemunho de um tempo, que no fim, certamente será muito próximo ao de Ernesto Cardenal, poeta e revolucionário: “E se hei de prestar um testemunho sobre a minha época será este: ela foi bárbara e primitiva. Porém poética”.
Há uma última mensagem nessa garrafa ao mar inicial. Nem só de reportagens, embora modalidade principal, pode se dar ao luxo um site que pretende alguma constância nas publicações. Afinal, reportagem de fôlego que se preze demanda algum tempo. Então estaremos por aqui também em resenhas. Falando de coisas mais amenas do esporte, análises, falando da vida, da minha aldeia, do mundo, do jogo de ontem, talvez até das duas linhas de quatro, do que for, do que vier, pro que der e vier… Sempre reparei que nunca fica muito claro o que é reportagem e o que é opinião. Assim, esse Sportlight terá claramente demarcado um espaço indicando “Reportagens” e outro para “Opiniões”. Com a mesma vontade de receber visita para leitura e a mesma carência de atenção e multiplicação, retuitadas e refacebokkadas, ferramentas que serão usadas apenas para republicação do conteúdo deste site.
E para não ir muito longe nesse papo inicial, se querem mesmo saber, estou certo de que esta “Agência Sportlight de Jornalismo Investigativo” tem tudo para dar errado. Para ser mais um fracasso. Mas fracasso digno de Darcy, como já citado. Com todos os limites éticos de possibilidades de financiamento e financiadores que uma empreitada jornalística possui, o fracasso é logo ali. Mas se tem tudo para dar errado, com muito orgulho, deixo uma confissão: entre tantos, terá sido o erro mais fascinante de minha vida quando chegar a hora de bater de frente com o muro das impossibilidades.
E então, com a cabeça erguida e orgulhoso por mais um fracasso, por ter vivido com total intensidade e amor este pedacinho de vida que aqui se inicia, vai restar a alegria desta “terrível coragem diante do grande medo, e esse medo infantil de ter pequenas coragens”, como no “Haver” do já citado poetinha. E vai ser hora do mergulho, daquele pôr do sol, do afago de quem a gente ama, do acorde de um sete cordas na roda de samba, daquele grito incontido à esquerda das tribunas do velho Maracanã…
Mas ainda falta um pouco para tudo isso, para mais esse inexorável fracasso. Para atrasar um pouco mais a chegada dele, adelante, compartilhe, espalhe a boa nova, avisa aí que a intenção é dar dor de cabeça aos de sempre. E como falei em pretensão lá em cima, sobre isso tudo aqui ser tão simples quanto pretensioso, esse modesto reportero deixa a última das já tantas citações, essa aqui de Belchior. A maior pretensão que um contador de histórias pode ter: “Quero é que esse canto torto feito faca corte a carne de vocês”. Que assim seja.
Nos vemos muito por aqui.
Muito obrigado,
Lúcio de Castro
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Especial: É tudo um assunto só!
Criei uma comunidade no Google Plus: É tudo um assunto só
http://plus.google.com/u/0/communities/113366052708941119914
Outro dia discutindo sobre as manifestações do dia 15, sobre crise do governo e a corrupção da Petrobrás eu perguntei a ele se tinha acompanhado a CPI da Dívida Pública. Então ele me respondeu: Eu lá estou falando de CPI?! Não me lembro de ter falado de CPI nenhuma! Estou falando da roubalheira... A minha intenção era dizer que apesar de ter durado mais de 9 meses e de ter uma importância ímpar nas finanças do país, a nossa grande mídia pouco citou que houve a CPI e a maioria da população ficou sem saber dela e do assunto... Portanto não quis fugir do assunto... é o mesmo assunto: é a política, é a mídia, é a corrupção, são as eleições, é a Petrobras, a auditoria da dívida pública, democracia, a falta de educação, falta de politização, compra de votos, proprina, reforma política, redemocratização da mídia, a Vale, o caso Equador, os Bancos, o mercado de notícias, o mensalão, o petrolão, o HSBC, a carga de impostos, a sonegação de impostos,a reforma tributária, a reforma agrária, os Assassinos Econômicos, os Blog sujos, o PIG, as Privatizações, a privataria, a Lava-Jato, a Satiagraha, o Banestado, o basômetro, o impostômetro, É tudo um assunto só!...
A dívida pública brasileira - Quem quer conversar sobre isso?
Escândalo da Petrobrás! Só tem ladrão! O valor de suas ações caíram 60%!! Onde está a verdade?
A revolução será digitalizada (Sobre o Panamá Papers)
O tempo passa... O tempo voa... E a memória do brasileiro continua uma m#rd*
As empresas da Lava-jato = Os Verdadeiros proprietários do Brasil = Os Verdadeiros proprietários da mídia.
Desastre na Barragem Bento Rodrigues <=> Privatização da Vale do Rio Doce <=> Exploração do Nióbio
Sobre o mensalão: Eu tenho uma dúvida!
Trechos do Livro "Confissões de um Assassino Econômico" de John Perkins
Meias verdades (Democratização da mídia)Spotniks, o caso Equador e a história de Rafael Correa.
O caso grego: O fogo grego moderno que pode nos dar esperanças contra a ilegítima, odiosa, ilegal, inconstitucional e insustentável classe financeira.
Seminário Nacional - Não queremos nada radical: somente o que está na constituição.
Seminário de Pauta 2015 da CSB - É tudo um assunto só...
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A PLS 204/2016, junto com a PEC 241-2016 vai nos transformar em Grécia e você aí preocupado com Cunha e Dilma?!
A PEC 241. Onde as máscaras caem.
Seminário "O petróleo, o Pré-Sal e a Petrobras" e Entrevista de Julian Assange.
O que tenho contra banqueiros?! Operações Compromissadas/Rentismo acima da produção
Uma visão liberal sobre as grandes manifestações pelo país. (Os Oligopólios cartelizados)
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A mídia é o 4° ou o 1° poder da república? (Caso Panair, CPI Times-Life)
O Mercado de notícias - Filme/Projeto do gaúcho Jorge Furtado
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Eugênio Aragão: Carta aberta a Rodrigo Janot (o caminho que o Ministério público vem trilhando)Luiz Flávio Gomes e sua "Cleptocracia"
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Sobre o caso Operação Zelotes (CARF):
Acompanhando a Operação Zelotes!
Acompanhando a Operação Zelotes II - Globo (RBS) e Dantas empacam as investigações! Entrevista com o procurador Frederico Paiva.
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Acompanhando a Operação Zelotes V (CPI do CARF) - Vamos inverter a lógica das investigações?
Acompanhando a Operação Zelotes VI (CPI do CARF) - Silêncio, erro da polícia e acusado inocente depõe na 5ª reunião da CPI do CARF.
Acompanhando a Operação Zelotes VII (CPI do CARF) - Vamos começar a comparar as reportagens das revistas com as investigações...
Acompanhando a Operação Zelotes VIII (CPI do CARF) - Tem futebol no CARF também!...
Acompanhando a Operação Zelotes IX (CPI do CARF): R$1,4 Trilhões + R$0,6 Trilhões = R$2,0Trilhões. Sabe do que eu estou falando?
Acompanhando a Operação Zelotes X (CPI do CARF): No meio do silêncio, dois tucanos batem bico...
Acompanhando a Operação Zelotes XII (CPI do CARF): Nem tudo é igual quando se pensa em como tudo deveria ser...
Acompanhando a Operação Zelotes XIII (CPI do CARF): APS fica calado. Meigan Sack fala um pouquinho. O Estadão está um passo a frente da comissão?
Acompanhando a Operação Zelotes XIV (CPI do CARF): Para de tumultuar, Estadão!
Acompanhando a Operação Zelotes XV (CPI do CARF): Juliano? Que Juliano que é esse? E esse Tio?
Acompanhando a Operação Zelotes XVI (CPI do CARF): Senhoras e senhores, Que comece o espetáculo!! ("Operação filhos de Odin")
Acompanhando a Operação Zelotes XVII (CPI do CARF): Trechos interessantes dos documentos sigilosos e vazados.
Acompanhando a Operação Zelotes XVIII (CPI do CARF): Esboço do relatório final - Ainda terão mais sugestões...
Acompanhando a Operação Zelotes XIX (CPI do CARF II): Melancólico fim da CPI do CARF. Início da CPI do CARF II
Acompanhando a Operação Zelotes XX (CPI do CARF II):Vamos poupar nossos empregos
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Acompanhando a CPI do Futebol XIII - O J. Awilla está doido! (Santa inocência!)
Acompanhando a CPI do Futebol XIV - Mais sobre nosso legislativo do que nosso futebol
Acompanhando o Governo Michel Temer
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