Gangues no ringue urbano
Terceira parte da franquia da Volition
abusa da customização de personagens e cenários e deixa ação ainda mais
real. Dublagem, minigames espalhados pelo jogo e o tom surrealista
garantem a diversão
Publicação - Estado de Minas 29/12/2011- Caderno de Informática.
Sem preocupação em ser politicamente correto, jogo promove a briga pelo poder sobre Steelport entre três grupos rivais, que podem recorrer a armas sofisticadas e disfarces para sobrepujar o inimigo |
Saints Row: the third, terceira parte da franquia desenvolvida pela Volition, é mais um exemplar do gênero. Após conquistar a cidade de Stilwater nos jogos anteriores, a gangue dos santos de Third Street resolve estender seus domínios até Steelport, dominada por três grupos rivais. Para isso, o jogador serve-se de uma infinidade de armas, veículos, trajes e disfarces, embrenhando-se em clubes noturnos, bocas de fumo e bordéis.
Nas ruas, a ação ganha ainda mais força graças à estrutura de jogo aberto. Dá para passar algumas boas horas criando o caos na cidade e resolvendo as missões paralelas. A cada tarefa realizada, como explodir zumbis ou causar o maior dano possível a si mesmo, o jogador ganha pontos de respeito (como um eufemismo para medo e terror) e dinheiro. E é com esses bônus que ele libera os menus de personalização do game. Esse, aliás, é um dos elementos-chave do título: é possível alterar todos os detalhes do personagem, incluindo gênero e constituição física. Lolitas sadomasoquistas, monstros azuis, senhores pelados e freiras com barriga de tanquinho são algumas das opções possíveis.
Além das alterações físicas, a variedade de veículos – da bicicleta ao tanque de guerra – e missões garante mais de 20 horas incansáveis de partida. Ao contrário do rival GTA, Saints Row aposta no visual multicolorido, com direito a detalhes em neon e trajes extravagantes. Nas últimas missões, é possível destravar fantasias de pelúcia e artigos de sex shop (que também servem como arma, mas não vamos estragar a surpresa).
A ação frenética entra em contraste com as irritantes cenas de corte, lentas e claramente mal produzidas. À exceção da cena de abertura, que apresenta a transferência da gangue para a nova cidade, todo o resto mostra-se dispensável. Aproveite para tomar água e alongar os músculos.
INTERATIVIDADE A interação com os personagens não controláveis não oferece nada muito substancial além de uma ou outra piada. Alguns recursos parecem promissores, como a modulação de voz ou as diferentes possibilidades de relacionamento com cada gangue, mas o resultado impacta pouco ou nada na jogabilidade real. A pouca variação estética dos cidadãos de Steelport evidencia uma capacidade gráfica limitada aos personagens principais e alguns cenários, mas insuficiente para criar uma ambientação completa.
O mesmo não se pode dizer dos elementos sonoros da Saints Row: the third. A dublagem é bem-sucedida e quase salva o texto fraco colocado na boca dos personagens. Os efeitos sonoros mostram-se bastante convincentes e de acordo com o clima de insanidade presente na trama. O tom surrealista aparece também nas diversas rádios selecionáveis durante o jogo, cujos conteúdos variam da música clássica à eletrônica (mais que isso, incluem talk-shows e programas que satirizam elementos da cultura pop). Em um dos minigames, por sinal, o jogador participa de um programa de televisão em que precisa aniquilar o maior número de pessoas da maneira mais “estilosa” possível. Genialmente sarcástico.
De pequenos trocadilhos e grandes ofensas ao politicamente correto, Saints Row: the third finalmente consegue distanciar a franquia dos demais títulos de mundo aberto. Sexo e violência, quando exibidos em separado, são suficientes para atrair os olhos atentos de jogadores (e jogadoras, por que não?) de diferentes idades e classes sociais. Quando combinados, então, a controvérsia e a diversão parecem estar garantidas. Pelo menos, até que os avós flagrem a ação na tela e tenham um ataque de hipertensão.
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Site Oficial: www.saintsrow.com/
Vídeos Oficiais
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Avaliação do Jogo no Site Baixaki
Em Saints Row: The Third, a Volition mostrou-se determinada a abandonar a posição de azarão entre os jogos de mundo aberto. Em primeiro lugar, no que diz respeito à qualidade gráfica — uma das reclamações mais recorrentes em relação aos primeiros dois jogos. Em vez de oferecer um título com gráficos tacanhos e requisitos técnicos avançados, a edição prévia da cidade de Stilwater — com geometrias cruas e texturas risíveis — foi abandonada por uma criação muito mais meticulosa.
Mas sim. A história continua como o mesmo pastiche descompromissado e hilário das versões anteriores. Você será novamente arremessado para dentro de um ambiente orgânico compostos de diversas gangues, todas engajadas em uma guerra perpétua pelas fatias do mercado “alternativo” de Stilwater. Entretanto, tudo, como sempre, ganha forma em imagens cartunescas e sem muita seriedade.
A Morning Star, por exemplo, é descrita simplesmente como “os cafetões do século XXI”; sujeitos que conseguiram transformar a prostituição em algo tremendamente lucrativo. Além de Loren, a organização responde também aos desmandos das empoladas irmãs De Winter. Já os Luchadores representam os músculos do jogo — sujeitos inspirados nos clássicos competidores da luta livre mexicana.
As suas armas em The Third vão do mais clássico e simplório até o mais tecnologicamente absurdo e destruidor. Embora, no início da história, você tenha à disposição apenas coisas mais singelas como escopetas, pistolas e rifles, as coisas ficam progressivamente mais interessantes conforma a trama avança. Entre as novidades, o jogo traz diversas tecnologias de patente militar, tais como o Laser Designator — semelhante ao Hammer of Dawn, de Gears of War — e um apetrecho que torna possível controlar quaisquer veículos remotamente.
Lançado em meados de 2006, o primeiro título da franquia Saints Row agradou em cheio ao público e crítica que buscava por um passatempo enquanto o novo GTA não chegava. Dois anos mais tarde, a continuação seguiu um caminho parecido, movimentando várias unidades apesar de entregar um jogo contestadamente inferior ao original.
Agora, a terceira edição da linha promete ir além. Saints Row: The Third revisa os conceitos da série — notadamente o esquema de ação em terceira pessoa com mundo aberto e forte ênfase na personalização — e eleva a franquia a um novo patamar, entregando a melhor edição de toda a franquia.
Aprovado
Do jeito que você quiserThe Third leva os conceitos de mundo aberto e personalização a patamares muito mais elevados. O título deixa o jogador à vontade para editar extensamente os personagens, veículos e até mesmo alguns elementos do cenário — com a ajuda de jatos, mísseis e lança-foguetes.
Essa liberdade criativa sempre foi um dos destaques da franquia Saints Row. O sistema de personalização é sem sombra de dúvida o maior destaque do jogo. Além de bem detalhada, com inúmeras opções para a edição, o esquema é simples e rende bons momentos, seja criando um modelo bem trabalhado ou uma aberração azul de cabelo púrpura e fantasia de animal felpudo.
O melhor de tudo é que essa personalização não se limita ao seu avatar. Suas armas e veículos também podem ser editados, criando arsenais letais e altamente estilizados.
Extravagante
Se as personalizações de Saints Row: The Third já eram exageradas é porque você não chegou a ver a história por trás de toda a ação. O tom exagerado permeia toda a narrativa; sexo, violência e muito humor ditam o ritmo das peripécias digitais.
Na verdade a trama não é nenhuma obra-prima, mas esse é o charme de Saints Row: The Third. O título não se leva a sério e você deve jogar exatamente sob essa perspectiva. A história é exagerada e a ação é frenética: as primeiras missões colocam você no meio de um assalto a banco, uma perseguição de helicópteros e um tiroteio em queda-livre.
“Respeita ai, mano!”
Nos jogos anteriores da franquia o andamento da campanha poderia ficar um pouco “engessado”, graças ao modo como o sistema de Respect (respeito) operava. Basicamente, você deveria realizar diferentes tarefas para ganhar respeito e poder desbloquear novas etapas da campanha. Isso significava que o jogador era obrigado a cumprir trabalhos pré-determinados, agradando ou não ao seu gosto.
Agora, tudo o que você fizer somará pontos de respeito e a progressão é muito mais flexível, permitindo que você realmente comande o compasso no qual tudo se desenrola. Entre os “afazeres” secundários que aumentam a sua reputação nas ruas estão algumas empreitadas verdadeiramente cômicas e totalmente inusitadas.
Um bom exemplo são as Mayhem Zones (zona de desordem) — que premiam o jogador pelo nível de caos criado no menor tempo possível — ou as Insurance Fraud (fraude de seguro), no qual o jogador deve cobrar indenizações por acidentes forjados por ele mesmo. O mix de criatividade e descontração rende uma jogabilidade ágil, variada e divertida.
O melhor de tudo é que você é muito bem recompensado pelos seus esforços. Quanto mais “respeito” adquirido, maior a gama de opções desbloqueadas no seu já robusto repertório de personalizações e edições de armas, equipamentos e personagem. Mesmo depois de terminada a campanha, você continuará jogando pelo simples prazer de habilitar todos os itens.
A gangue está em campo
The Third é divertido, mas fica ainda melhor quando você se junta a outro marginal para destruir a cidade em equipe. O modo multiplayer do jogo não é desprovido de problemas, mas amplia consideravelmente a jogabilidade.
Jogando ao lado de um colega, vocês podem espalhar terror pelas ruas de Steelport de diferentes maneiras: seja de forma independente ou em dupla. O multiplayer é independente e os dois personagens podem explorar o mapa livremente, ou se juntar e embarcar em missões ou atividades ilegais aleatórias.
Desordem e destruição são as palavras de ordem, correr pelas ruas espancando pessoas com falos gigantes de borracha é tão normal quanto passear com um tanque de neon disparando mísseis. Além dessas opções extremamente atraentes, você também poderá embarcar em modalidades competitivas, como o Cat and Mouse, no qual um jogador foge abordo de um carro, enquanto o outro o caça com um helicóptero militar.
Reprovado
Apesar dos pesaresSaints Row: The Third não é um jogo perfeito, porém suas imperfeições são facilmente camufladas pela estética exagerada, jogabilidade afiada e ação empolgante. Não há como negar que os visuais, apesar de estilizados, não são nada deslumbrantes. Além disso, a inteligência artificial dos habitantes de Steelport também não é das melhores.
Outro destaque negativo fica por conta dos glitches recorrentes e algumas questões de conexão no modo multiplayer. No entanto, os erros de programação e limitações visuais não prejudicam a jogabilidade.
São tantas possibilidades e a ação é tão intensa que você não ficará distraído com os problemas que normalmente dispersariam a atenção do jogador.
Vale a pena?
Saints Row: The Third entrega exatamente o que promete: sexo, violência e humor. O jogo não é uma obra-prima, mas não decepciona no que se propõem a fazer, ou seja, entreter. Cenários exagerados, personagens bizarros e muita ação garantem exatamente o que os jogadores esperam de um vídeo game, diversão.A jogabilidade bem trabalhada e as inúmeras opções de personalização são suficientes para prender qualquer jogador por horas a fio. Mesmo apresentando alguns problemas técnicos, não há como negar que Saints Row: The Third é a melhor edição da franquia e estabelece o modelo sobre o qual as futuras iterações deverão ser desenvolvidas.
Saints Row: The Third é uma parada obrigatória para todos os fãs de jogos de ação em terceira pessoa com mundo aberto.
Análise do Site Emula.com.br
Análise- Saints Row: The Third
Antigamente Saints Row era a cópia mais fiel de GTA, porém cada jogo tomou um rumo diferente , Grand Theft Auto foi em busca do realismo e história emocionante diferente de Saints Row que buscou a Insanidade e diversão ao extremo!
Em Saints Row The Third , os membros da gangue Saints se tornaram celebridades, com lojas, propagandas e muito mais! Você agora é o chefe absoluto da gangue, mas continua arriscando sua vida e participando das ”Missões”.
O Jogo começa com uma cena cômica, que na verdade era um comercial japonês dos Saints, após a propaganda temos uma pequena introdução ao personagem Josh Birk, um medroso que acredita estar atuando para os Saints, mas na verdade está roubando um Banco junto com Shaundi, Você e Johnny. Desde o começo o jogo apresenta uma história engraçada, com velhinhas assassinas, piadinhas e disfarçes toscos.
A Jogabilidade é boa, demora um pouco para acustumar-se pois no Xbox360 o botão LB faz com que o personagem corra, excluindo isso é leve, simples e agrádavel, é extremamente divertido fazer aqueles golpes loucos de forma simples, é necessário um pouco de destreza para mirar bem, mas nada que dificulte o jogo. Quase esqueço de uma das coisas mais legais do jogo, a costumização intensa, você pode costumizar tudo no seu personagem até seu ”sex appeal”. Quando quiser trocar de roupa, vá na loja mais próxima e desfrute da variedade de roupas, e se o problema é com o seu corpo vá fazer uma plástica na ”Image as Designed”.
Gráficos 8/10
Jogabilidade 8/10
Som 9/10
Online 8/10
História 9/10
Nota Final 8,5
Avaliação no Site UOL Games
Considerações
Com "The Third", "Saints Row" saiu da sombra de "GTA" e se estabeleceu como o melhor parque de diversões para maiores nos videogames. É um jogo que não pretende ser sério e arranca boas risadas enquanto mantém você entretido por muitas horas.Introdução
O primeiro "Saints Row" foi considerado, na época, o melhor clone de "GTA" já lançado. De lá para cá, o game da THQ adotou um estilo mais divertido de jogo do que o game da Rockstar, que culmina em "The Third", que é ao mesmo tempo um bom jogo de ação e um ótimo playground para maiores.Pontos Positivos
- Divertido e despretensioso Nos 2 primeiros "Saints Row" existia uma separação entre o enredo do jogo e o caos que reinava ao redor dos Saints, a gangue liderada pelo jogador. "The Third" joga a seriedade fora e abraça a loucura. A trama é divertida como uma comédia pastelão e os personagens se envolvem em situações bizarras o tempo todo.
- Personalização sem limites É você quem define a aparência, as roupas e trejeitos do seu personagem no jogo. As opções são muitas e dá para jogar com o típico "gangsta" ou partir para maluquices como uma enorme mulher barbada ou um fortão com marcas de biquini que corre pela cidade sem as calças, um zumbi ou tudo isso junto: uma mulher barbada zumbi que anda por aí sem muitos pudores.
- Uma nova cidade para dominar Steelport, cenário de "The Third", é uma cidade cheia de vida, com gente nas ruas, mais carros no trânsito e de uma forma geral, mais detalhada do que a cidade dos games anteriores. Também é o lar de várias gangues que disputam o território com os Saints, uma base militar, aeroporto e muitas outras surpresas.
- Trilha sonora O jogo capricha na trilha sonora, com várias estações de rádio, que vão do hip-hop contemporâneo e rock alternativo até música clássica e pop dos anos 80. Dá para passar um bom tempo percorrendo as ruas e atropelando pedestres enquanto curte as músicas do game.
- Tiroteios e "lucha libre" Os controles de "Saints Row: The Third" são bem executados e não importa a situação, eles funcionam de forma agradável: seja num tiroteio, dirigindo um carro, voando em um helicóptero ou em queda livre após saltar de um avião.
- Multiplayer cooperativo Entre as opções multiplayer do game, a mais divertida é o modo Whored. Você e um amigo enfrentam ondas de inimigos. É como o modo Horda de "Gears of War", mas com o estilo "Saints Row": em uma onda, você tem uma motoserra para abater zumbis, na seguinte, uma metralhadora e o inimigo é um mascote japonês gigante, ou precisa detonar luchadores usando um "dildo" gigante.
Os Saints tem status de celebridade pop em "The Third", participam de comerciais japoneses, tiram foto com as vítimas de seus assaltos e tem até lojas exclusivas com itens e roupas da gangue. O game explora a situação muito bem, seja nas missões ou nos diálogos hilários.
Sem a pretensão de ser uma obra marcante e cinematográfica, "Saints Row: The Third" se concentra em ser um bom jogo e cumprir seu objetivo imediato: divertir o jogador.
Durante o game, você pode mudar o visual visitando as muitas lojas da cidade, comprar novas roupas e até modificar um carro para deixá-lo mais parecido com seu próprio estilo pessoal.
Mesmo longe do realismo da Libert City de "GTA IV", Steelport é uma cidade bem feita e um ótimo cenário para as loucuras e galhofas de "Saints Row: The Third".
"The THird" é um bom jogo de tiro em terceira pessoa - nesse aspecto, é melhor do que "GTA IV" - e conforme você aprimora seu personagem, pode aprender golpes dignos de um "luchador" mexicano e aplicar tesouras voadoras e outros movimentos acrobáticos nos oponentes.
Pontos Negativos
- Exército de clones Algo que pode incomodar o jogador é a pouca variedade de inimigos - cada gangue tem uns poucos modelos de personagem, que se repetem aos montes.
- Falhas de programação Como todo jogo de mundo aberto, "Saints Row: The Third" apresenta uma boa dose de problemas de programação, que vão de colisão de objetos, personagens que ficam correndo no mesmo lugar, virados de cara para a parede até texturas e prédios inteiros que demoram muito para aparecer. Não é nada que estrague por completo a experiência, mas deixam o jogo longe da perfeição.
Em um jogo que permite a personalização completa do seu personagem, é uma pena que os oponentes sempre vistam o mesmo terno, a mesma máscara ou o mesmo vestido curto.
Os modelos humanos, de uma forma geral, poderiam ser mais trabalhados. Com exceção do herói e de seus amigos mais próximos, as pessoas são modelos bem simples.
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