1 ano : R$2.400,00 (R$200,00 mensais)
6 meses : R$1.350,00 (R$225,00 mensais)
3 meses : R$750,00 (R$250,00 mensais)
2 meses : R$550,00 (R$275,00 mensais)
1 mês : R$300,00
segunda-feira, 27 de fevereiro de 2012
Vencedores do Oscar 2012 - Melhores Reportagens
Estrelas de Hollywood são premiadas
Confira abaixo os vencedores do Oscar 2012: Melhor Filme: "O Artista" Melhor Diretor: Michel Hazanavicius - "O Artista" Melhor Ator: Jean Dujardin - "O Artista" Melhor Atriz: Meryl Streep - "A Dama de Ferro" Melhor Ator Coadjuvante: Christopher Plummer - "Toda Forma de Amor" Melhor Atriz Coadjuvante: Octavia Spencer - "Histórias Cruzadas" Melhor Filme Estrangeiro: "A Separação" - Irã Melhor Animação: "Rango" Melhor Documentário (longa-metragem): "Undefeated" Melhor Roteiro Adaptado: "Os Descendentes" Melhor Roteiro Original: "Meia-noite em Paris" Melhor Fotografia: "A Invenção de Hugo Cabret" Melhor Direção de Arte: "A Invenção de Hugo Cabret" Melhor Figurino: "O Artista" Melhor Maquiagem: "A Dama de Ferro" Melhor Edição: "Os homens que não amavam as mulheres" Melhor Edição de Som: "A Invenção de Hugo Cabret" Melhor Mixagem de Som: "A Invenção de Hugo Cabret" Melhor Efeitos Visuais: "A Invenção de Hugo Cabret" Melhor Trilha Sonora Original: "O Artista" Melhor Canção Original: "Man or Muppet" - "Os Muppets" Melhor Curta-metragem: "The Shore" Melhor Documentário (curta-metragem): "Saving Face" Melhor Curta-metragem de Animação: "The Fantastic Flying Books of Mr. Morris Lessmore"
Confira a seguir o Resumo dos filmes Vencedores Do Oscar 2012 - Site CineDica
1- O Artista
- 5 OSCARS - Melhor Filme, Melhor Diretor (Michel Hazanivicous), Melhor
Ator (Jean Dujardin), Melhor Trilha Sonora Original (Ludovic Bource),
Melhor Figurino
2- A Invenção de Hugo Cabret - 5 OSCARS - Melhor Fotografia, Melhor Direção de Arte, Melhores Efeitos Visuais, Melhor Edição de Som
3- A Dama de Ferro - 2 OSCARS - Melhor Atriz (Meryl Streep), Melhor Maquiagem
Vitória de O artista nas principais
categorias tem razões estéticas e sociológicas, mas mostra que na
indústria do cinema ninguém chega ao sucesso sem um bom lobby
Publicação: Jornal Estado de Minas 28/02/2012 Repórter Gracie Santos
Presente de aniversário antecipado. O famoso
homenzinho dourado que já escorregou da mão de conterrâneos de peso como
Jean Renoir (que teve apenas um Oscar honorífico em 1975) e François
Truffaut, certamente vai enfeitar o bolo de velas de Michel
Hazanavicius. O francês completa 45 anos em 29 de março com um feito
inédito: é o primeiro diretor premiado pela Academia de Artes e Ciências
Cinematográficas de Hollywood por uma produção em língua estrangeira.
Para abrilhantar ainda mais a festa, tanto a da entrega do Oscar na
noite de domingo, quanto a que o aniversariante deve estar preparando, O
artista, filme de Hazanavicius, também foi o primeiro em língua
estrangeira a vencer o prêmio principal do cinema americano. De quebra, o
ator Jean Dujardin somou a 11ª estatueta pela sua atuação no longa mudo
e em preto e branco sobre um artista do início do século que resiste (e
teme) à chegada do som ao set.
Deixar para trás pesos pesados
do cinema é algo, não? Afinal, o que deu em Hollywood? Ou melhor: o que
esse tal arrasa quarteirão O artista tem? Para o espectador, a resposta é
simples: é sessão nostalgia de luxo. Romântico, o filme de Michel
Hazanavicius tem delicadeza para abordar tema difícil e eterno, a
resistência às mudanças. George Valentin (personagem de Jean Dujardin)
aprendeu a fazer cinema mudo e teme pelo que as inovações tecnológicas
trarão (de bom e/ou ruim) à arte de interpretar. Relegado a segundo
plano, é tido como antiquado, ultrapassado e velho. Tudo isso narrado em
preto e branco e sem som, em ritmo surpreendente em tempos em que
estamos nos habituando à terceira dimensão e óculos esquisitos.
Para
a Academia de Hollywood, parece não ter sido difícil se render ao filme
de Hazanavicius. Tanto que lhe deu cinco estatuetas, quatro das mais
importantes: filme, diretor, ator e trilha sonora de Ludovic Bource –
num filme mudo, peça fundamental – além de figurino, de Mark Bridges.
Uma análise mais apurada do filme nos levará à inevitável conclusão: o
filme francês tem claro sotaque americano. Tudo bem que atores e diretor
são franceses, mas a história é americana, assim como as locações. Em
cena, os estúdios americanos que acabaram gerando Hollywood e tudo o
mais que gira em torno dela. Então, Hollywood fez nada menos que premiar
um filme francês que rende homenagem à sua história. Convenhamos que
ter seu passado trazido de volta à tela por mãos estrangeiras dá até um
peso a mais à poderosa indústria do cinema.
Ingenuidade seria
atribuir vitórias como a de O artista apenas a delicadezas, nostalgia,
coerência ou ao bom cinema. Por trás de um grande filme há sempre muito
lobby. De nada adianta ter méritos se não houver um grande nome, exímio
conhecedor do mercado e da indústria cinematográfica, para colocar o
filme certo, no lugar certo, na hora certa. No caso de O artista, o
vitorioso lobby tem dois responsáveis, os irmãos Bob e Harvey Weinstein,
ex-donos da Miramax.
Como declarou o produtor Thomas Langmann
depois da premiação: “Um mês antes de Cannes (onde o longa de Michel
Hazanavicius estreou, em 2011), pedi a Harvey Weinstein para ir à França
assistir a um filme de um diretor que ele não conhecia, com um elenco
que nunca tinha ouvido falar. E ele foi.” E continuou: "Eu vi em seus
olhos que ele realmente se importava com o filme, que realmente
acreditava que poderia talvez estar aqui hoje."
Outros
estrangeiros Desde a primeira edição do Oscar, em 1927 (a deste ano foi a
de número 84), oito filmes feitos em outros idiomas tentaram, em vão,
faturar o prêmio conquistado por O artista. O primeiro foi outro
francês: A grande ilusão (em 1938), de Jean Renoir. Depois veio o
inesquecível Z (1969), cult político do genial Costa Gavras (coprodução
franco-argelina). Também na poderosa lista Os emigrantes, do sueco Jan
Troell, em 1972; o indigesto e necessário Gritos e sussurros (1973), de
outro sueco, Ingmar Bergman; O carteiro e o poeta (1995), produção
italiana do diretor britânico Michael Radford baseada em livro do
chileno Antonio Skármeta e que tem o escritor Pablo Neruda como
personagem; o cultuado (e pró-América demais) A vida é bela (1998), do
italiano Roberto Benigni, além do então inovador O tigre e o dragão
(2000), do diretor Ang Lee, taiwanês radicado nos EUA; e por último o
emblemático Cartas de Iwo Jima (2005), do diretor americano Clint
Eastwood (filmado em japonês).
Pelo menos 27 diretores de filmes
estrangeiros foram indicados ao Oscar, sem sucesso. Caso marcante é o do
italiano Federico Fellini, com nada menos que quatro indicações: A doce
vida, 8 1/2, Satyricon e Amarcord, e o do sueco Ingmar Bergman: Gritos e
sussurros, Face a face e Fanny e Alexander. Na lista de gringos, o
brasileiro Fernando Meirelles (Cidade de Deus) e Pedro Almodóvar (Fale
com ela). Michel Hazanavicius iniciou a carreira na TV, no Canal Plus,
em 1988, dirigindo comerciais. Em 1993, escreveu e dirigiu seu primeiro
filme para a televisão, La classe américane. Tornou-se conhecido na
França por suas comédias e filmes de espionagem, um deles OSS 117, com o
ator Jean Dujardin, que divide a cena em O artista com Bérénice Bejo,
mulher de Hazanavicius. PERSONAGENS DA NOTÍCIA Bob e Harveyn Weinstein produtores e distribuidores
Eles têm a força A
bolsa de apostas em Hollywood começa a ferver bem antes que os pobres
mortais possam imaginar quem serão as bolas da vez na mais cobiçada
disputa do cinema, o Oscar. Se de um lado as grifes de alta-costura
tentam “vender” seus modelitos para o desfile no tapete vermelho, de
outro poderosos distribuidores valem-se de suas amizades com integrantes
da academia para emplacar filmes nos quais apostaram suas fichas. Com O
artista não foi diferente. Sucesso garantido é ter seu filme
distribuído ou produzido pela The Weinstein Company. Empresa de
propriedade de Bob e Harvey Weinstein foi a responsável por incensar
este ano, além do grande vencedor, A dama de ferro, W.E e Sete dias com
Marilyn. No currículo dos Weinstein há obras como O discurso do rei
(vencedor de 2011), Bastardos inglórios e a animação Persépolis. Famosos
por tirar leite de pedra, os irmãos (Harvey é queridinho dos artistas)
foram os fundadores da Miramax nos anos 1970 (a Disney comprou a empresa
em 1993) e conseguiram emplacar filmes como Shakespeare apaixonado, O
paciente inglês e Chicago, todos vencedores. Eles são conhecidos no meio
por terem dado “um empurrãozinho” em muita gente boa como Quentin
Tarantino e Robert Rodriguez, entre outros.
O importante é ter estilo
Publicação: Jornal Estado de Minas 28/02/2012 Repórter Mariana Peixoto
Angelina Jolie não se valorizou com o longo de Versace
Adequação
é a palavra de ordem para se dar bem no tapete vermelho. Não basta
somente um competente personal stylist para arrumar o melhor vestido. O
estilo é que vai ditar quem se dá bem ou mal na cerimônia mais filmada e
fotografada do mundo cinematográfico. Para o mal, o melhor exemplo da
noite da 84ª. premiação do Oscar vem de Angelina Jolie. O longo negro
Atelier Versace é incrível, só que mesmo sendo a mais bela, o que é
indiscutível, Jolie não tem estrutura corporal para portá-lo. O vestido
só fez realçar sua magreza e a fenda, deixando uma das pernas de fora (o
que ela fez questão de exibir em todas as fotos), só mostrou um gambito
que virou piada nas redes sociais.
Já Stacy Keibler foi mais
esperta. Ela sabe que tem função meramente decorativa. Então, tinha que
fazer jus ao título de namorada da vez de George Clooney. Escolheu um
vestido Marchesa em tom de dourado, um tomara que caia arrematado por
uma rosa. Ainda que não seja linda, estava a imagem da perfeição.
Dourado também foi a cor escolhida por Meryl Streep. Há 17 indicações e
três Oscar sabemos que seu gosto para roupas é inversamente proporcional
a seu talento. Não foi diferente dessa vez. O vestido era quase que uma
versão da estatueta que recebeu por sua interpretação de Margaret
Thatcher. A cor, pelo menos, lhe traz sorte. Foi também em dourado que a
atriz recebeu o Oscar, em 1983, por A escolha de Sofia.
No
quesito cor, duas predominaram: o branco e o vermelho. Gwyneth Paltrow
era a imagem do minimalismo, num longo branco Tom Ford. O cabelo louro
claríssimo, preso num rabo de cavalo, deixou sua imagem etérea em
demasia. Já Rooney Mara, que escolheu seu estiloso Givenchy na manhã da
cerimônia, também é magra demais e muito clarinha para o branco (tanto
que costuma usar mais o negro). Ficou por demais andrógina. Milla
Jovovich estava uma das mais bonitas (tudo adequado, cabelo, vestido,
maquiagem) num longo Elie Saab. Também linda, Shailene Woodley, a filha
mais velha de George Clooney em Os descendentes, estava superinadequada
em um Valentino totalmente fechado.
Joias Nas
cores quentes, Michelle Williams estava bem com um tomara que caia coral
Louis Vuitton. Emma Stone, a queridinha da vez, estava bonita num
vermelho Giambattista Valli que lembrou muito um Balenciaga que Nicole
Kidman usou no Oscar de 2007. Natalie Portman parecia mais uma debutante
num Dior vintage (ano 1954). Não combinava em nada com o fantástico
colar de brilhantes Harry Winston. Também de joias Harry Winston,
Jessica Chastain não pôde ousar nos brilhantes, já que carregava um
comentado Alexandre McQueen negro com brocado dourado. Fugiu do
lugar-comum.
Já num Carolina Herrera bem escuro, Tina Fey, com
um penteado moderno, foi, sem causar barulho, uma das mais faladas da
noite. Para o bem. Para o mal, ninguém vai conseguir superar a dupla
Jennifer Lopez e Cameron Diaz em versão piriguete. A primeira estava um
exagerado do mau gosto num vestido meio sereia, colado ao corpo,
transparente, de Zuhair Murad. Já a segunda apareceu num branco, também
bastante justo, Gucci. A cena no palco com as duas apresentando o prêmio
de melhor maquiagem e virando o popozão para a plateia foi um
constrangimento só.
Agora, é só alegria
Premiados do Oscar comemoram e Carlinhos
Brown, que ficou sem a estatueta, chega hoje ao Brasil. Ator francês
Jean Dujardin anuncia interesse em fazer filmes nos Estados Unidos
Meryl Streep e Jean Dujardin, vencedores dos
Oscars de melhor atriz e ator: a veterana e o estreante com a sensação
de dever cumprido
Uma vez com a estatueta em mãos, os vencedores
da 84ª premiação da Academia de Hollywood puderam dar vazão a tudo o
que passaram até chegar àquele momento. Bastante emocionado, o ator Jean
Dujardin disse que adoraria fazer outro filme mudo nos Estados Unidos,
mas que tem consciência de que sempre será um ator francês na América.
“Eu continuo na França”, afirmou. Diretor de O artista, Hazanavicius
comentou que depois da calorosa recepção que o longa-metragem recebeu
nos festivais de Toronto e de Nova York, ele já não se sentia mais um
francês nervoso tentando arrebatar Hollywood. “Vi que quando as pessoas
realmente apreciam o filme, não é tão difícil.”
Já Meryl Streep
disse que não acreditava que pudesse ganhar de novo. “Achei que estava
velha e cansada. Mas quando ouvi meu nome e fui para a luz, me senti
como uma criança de novo.” Um repórter britânico confirmou que a atriz
estava usando a marca de sapatos favorita de Margaret Thatcher.
Perguntou se ela iria comemorar o prêmio tomando uísque, como a Dama de
Ferro gostava de fazer. No que Streep respondeu: “Vou começar com
algumas doses e daí vamos ver se consigo andar nestes Ferragamos.”
Já
Christopher Plummer, o mais velho vencedor da estatueta, disse que é
adorável ter sido aceito. “Além do prazer de trabalhar na frente de uma
plateia ao vivo, (prêmios são) uma espécie de aceitação geral de seu
trabalho. É emocionante”, comentou o veterano ator, de 82 anos, que
venceu na categoria de coadjuvante pelo filme Toda forma de amor. Na
mesma categoria, Octavia Spencer, vencedora pelo drama Histórias
cruzadas, disse que iria comemorar com champanhe. “Só quero aproveitar
este momento porque nunca ocorreu comigo e Deus sabe que talvez possa
nunca mais ocorre de novo.”
De volta Sem o
Oscar, Carlinhos Brown desembarca hoje, às 8h, no aeroporto de Salvador.
Será recepcionado por meninos do Pracatum, projeto social que mantém no
Candeal. O músico baiano, que concorria ao lado de Sergio Mendes na
categoria melhor canção por Real in Rio, afirmou no Twitter, depois de
perder para Mar or Muppet, de Brent McKenzie. “É maravilhoso ser um
indicado e, ainda por cima, vice. Valeu a todos pela torcida. Foi uma
honra dividir esse momento com Sergio, Siedah e toda a equipe do Rio e
dos Muppets. A vida nos oferece oportunidades e, a melhor, é a de se
sentir amado pelo meu país.”
Oscar premia Michel Hazanavicius como troféu de Melhor diretor
Francês desbancou Woody Allen e Martin Scorsese
O
francês Michel Hazanavicius conquistou o Oscar de Melhor diretor por
seu trabalho com O artista. No palco, em um discurso de sotaque
carregadíssimo, ele declarou ser a pessoa mais feliz do mundo com o
prêmio e agradeceu até o cachorro que conquistou as plateias do mundo.
Ele desbancou Woody Allen (Meia-noite em Paris), Terrence Malick (A Árvore da Vida), Alexander Payne (Os Descendentes) e Martin Scorsese (A invenção de Hugo Cabret).
'O Artista' quebra barreiras e se torna grande vencedor do Oscar 2012 Publicação - Portal Terra - 27 de fevereiro de 2012 • 01h43
O elenco do longa francês reunido no palco do Teatro Kodak, onde ocorreu a 84ª edição da premiação Foto: AFP
Nunca na história do Oscar um filme de língua não inglesa
havia sido tão prestigiado. Mas, como regras servem para ser quebradas, o
francês O Artista derrubou barreiras, superou A Invenção de Hugo Cabret,
recordista em indicações da noite, e se sagrou o grande vencedor dos
prêmios da Academia de Ciências Cinematográficas neste domingo (26), em
Los Angeles, na Califórnia.
Filme mudo e em preto e branco que já havia conquistado prêmios
nas principais competições do cinema pré-Oscar, o longa de Michel
Hazavicius levou cinco estatuetas no total, sendo três entre as quatro
principais categorias da premiação: melhor filme, melhor ator (Jean
Dujardin) e melhor diretor (Michel Hazanavicius).
O Oscar 2012 também consagrou Meryl Streep, 62 anos, que recebeu
seu terceiro prêmio de melhor atriz por sua atuação como Margaret
Tatcher em A Dama de Ferro. A atriz norte-americana é a recordista em indicações ao Oscar, com 17 aparições.
Disputa acirrada
Apesar ter sido considerado favorito na premiação de 2012 desde antes do anúncio dos indicados, no dia 24 de janeiro, O Artista
teve um concorrente bastante forte na disputa, impedindo, assim, que
qualquer especialista cravasse qual seria o grande vencedor da noite. De
fato, A Invenção de Hugo Cabret não só foi indicado a mais categorias - 11 contra 10 - como iniciou a noite conquistando prêmio atrás de prêmio.
De cara, o filme em 3D dirigido por Martin Scorsese levou
estatuetas por fotografia e direção de arte. Na sequência, ainda vieram
os prêmios por efeitos visuais, som e edição de som - o último da
produção, que deixou a cerimônia com um total de cinco estatuetas.
O número de prêmios foi exatamente o mesmo do longa-metragem francês, mas as comparações param por aí. Se Hugo, com seu visual riquíssimo e enredo mais voltado para jovens, levou apenas prêmios técnicos, O Artista conquistou as estatuetas mais prestigiadas da noite - diretor, ator e filme, além de trilha-sonora e figurino.
Apesar de ser conhecida como uma premiação que reconhece
produções estrangeiras - e não apenas na categoria específica com esse
nome -, o Oscar nunca havia dado uma estatueta de melhor filme para um
trabalho francês. Tampouco quando se tratando de uma produção muda e em
preto e branco.
Nada de Carnaval
O samba de Carlinhos Brown não teve apelo suficiente diante dos membros
da Academia. A despeito de ter apenas um adversário na categoria canção
original, Real in Rio, parte da trilha-sonora da animação Rio, composta em parceria com Sergio Mendes, não conseguiu superar os simpáticos bonecos de Os Muppets - O Filme, fazendo o Brasil deixar a cerimônia do Oscar mais uma vez de mãos abanando.
No entanto, não parecia necessário o anúncio do prêmio para
ficar claro que Brown sairia derrotado do Teatro Kodak. Bem antes da
entrega da categoria, os personagens do longa-metragem da Walt Disney
Pictures Caco e Pinky dialogaram em frente às câmeras para dar um ar
mais descontraído ao evento - deixando clara a empatia dos organizadores
com eles.
Pouco depois, os comediantes Will Ferrel e Zach Galifianakis
subiram ao palco para entregar a estatueta de canção, dando clara ênfase
à produção dos fantoches.
Boas novas
Não foi só O Artista que ficou marcado pelo caráter de ineditismo
na 84ª edição do Oscar. Na categoria melhor ator coadjuvante, por
exemplo, Christopher Plummer, de 82 anos, recebeu a primeira estatueta
de sua vida após mais de cinco décadas dedicadas à profissão. Ele foi
honrado por sua atuação em Toda Forma de Amor.
Foi a categoria filme estrangeiro, no entanto, que viu os mais profundos rompimentos de barreiras da noite. A produção iraniana A Separação
conquistou a estatueta e se tornou a primeira do país a vencer no
evento. O drama familiar, que relata a ruptura de um casamento no Irã
contemporâneo, superou a produção polonesa In Darkness, que
aborda o holocausto judeu na II Guerra Mundial. O Irã, que vive período
de tensão com o Ocidente, já havia perdido um Oscar anos atrás, quando,
em 1998, viu Filhos do Paraíso ser derrotado para o italiano A Vida é Bela, de Roberto Benigni.
Outro fator curioso ocorreu logo no início da cerimônia, após o
anúncio de Octavia Spencer como vencedora do Oscar de melhor atriz
coadjuvante por sua atuação em Histórias Cruzadas. Ovacionada
pelo público, que a aplaudiu em pé, a artista de 41 anos subiu ao palco
aos prantos, sem sequer conseguir ler seu discurso de agradecimento. A
bela recepção de seus pares, aliada à surpresa de Spencer com o prêmio,
tornaram o momento um dos mais emocionantes da noite.
Oscar 2012 consagra o cinema mudo do filme ‘O artista’
27 Fev 2012 . 08:20 h . Agência O Globo
Indicada na categoria melhor canção original, “Real in
Rio”, composta por Carlinhos Brown, Sergio Mendes e Mikael Mutti para a
animação “Rio”, de Carlos Saldanha, perdeu para “Man or Muppet”, de “Os
Muppets”.
Rio de Janeiro - Celebração da era muda do
cinema, “O artista” (“The artist”), dirigido pelo francês Michel
Hazanavicius, conquistou o Oscar 2012 de melhor filme, entregue ontem no
Kodak Theatre, em Hollywood. Primeiro longa-metragem silencioso a
conquistar o prêmio máximo da Academia de Artes e Ciências
Cinematográficas desde a década de 1920, a produção franco-belga
contabilizou ainda os prêmios de melhor diretor, figurino, trilha sonora
e ator, dada ao maior galã da França na atualidade: Jean Dujardin.
Com
seu inglês cheio de sotaque, Dujardin sintetizou no palco a gratidão de
seus colegas ao dizer para uma multidão de americanos: “Eu amo o seu
país.” Indicada na categoria melhor canção original, “Real in Rio”,
composta por Carlinhos Brown, Sergio Mendes e Mikael Mutti para a
animação “Rio”, de Carlos Saldanha, perdeu para “Man or Muppet”, de “Os
Muppets”.
Em competição pela 17 vez em sua carreira, Meryl Streep
confirmou seu favoritismo e conquistou o Oscar de melhor atriz por “A
Dama de Ferro” (“The Iron Lady”), sua terceira estatueta. A
cinebiografia de Margaret Thatcher recebeu ainda o prêmio de melhor
maquiagem. “Quando ouvi meu nome ser chamado, parecia estar ouvindo a
metade da América dizer: ‘Ah! De novo’”, brincou Meryl.
Apresentada
pelo humorista Billy Crystal, a cerimônia do Oscar 2012 rendeu cinco
prêmios técnicos ao recordista em indicações: a superprodução “A
invenção de Hugo Cabret” (“Hugo”), de Martin Scorsese, que empatou com
“O artista” em número de vitórias. Na disputa por 11 prêmios, o longa de
Scorsese venceu nas categorias melhor fotografia, direção de arte,
edição de som, mixagem de som e efeitos especiais.
Indicado a
cinco estatuetas, “Os descendentes” (“The descendants”) contentou-se com
a de melhor roteiro adaptado, baseado no romance homônimo da escritora
Kaui Hart Hemmings. Sem ganhar Oscars desde 1987, Woody Allen venceu na
categoria melhor roteiro original por “Meia-noite em Paris” (“Midnight
in Paris”). Como de costume, Allen, avesso a premiações, não estava em
Hollywood para receber seu troféu.
Entre os coadjuvantes, Octavia
Spencer foi aplaudida de pé ao receber o Oscar por sua atuação em
“Histórias cruzadas”. A plateia do Kodak Theatre também aplaudiu em
massa quando o canadense Christopher Plummer, aos 82 anos, foi premiado
por “Toda forma de amor” (“Beginners”), comédia dramática lançada apenas
em DVD no Brasil. “Quando eu estava na barriga da minha mãe, já estava
ensaiando meu discurso de agradecimento à Academia”, brincou Plummer.
Na
categoria melhor filme estrangeiro, a Academia confirmou o favoritismo
do drama iraniano “A separação” (”Jodaeiye Nader az Simin”), de Asghar
Farhadi, onipresente em todas as premiações dos EUA.
Crítica: Oscar 2012 volta os olhos para o passado, mas por caminho tortuoso...
Jornal do BrasilPor Pedro Willmersdorf
Como
diz o bom e (nunca) velho ditado, a Academia de Artes e Ciências
Cinematográficas de Hollywood está mais perdida do que cego em tiroteio,
por conta da queda abrupta e veloz de seu prestígio ao longo dos
últimos 20 anos, inclusive com números problemáticos de audiência na TV
americana.
Em 2011, como tentativa de rejuvenescer a apresentação da cerimônia do Oscar, foram convidados James Franco e Anne Hathaway
como anfitriões. O resultado foi um conglomerado de equívocos que
transformou a noite de entrega das estatuetas em um dos episódios mais
trágicos da história da premiação. Era preciso mudar, pela 'enésima'
vez, a página...
Apostaram, então, na volta da tradição, com Billy Crystal (ocupando
o buraco deixado por Eddie Murphy, primeiro nome escolhido) à frente do
palco, em sua nona empreitada pelos Academy Awards. Como projeto final,
nasceu uma cerimônia deveras enxuta, ligeira, sem um quarto da gota de
glamour que os velhinhos organizadores da festa sempre fizeram questão
de derramar sobre nós durante décadas.
Até aí, um acerto: na
falta de um plano para ousar, apostar na tradição (em miúdos, o
feijão-com-arroz) é a melhor ideia. Mas, e quando a estratégia
transcende a estrutura de entrega do carequinha dourado e tange o
quesito de escolha dos vencedores?
'Celebrar a essência do
cinema'. Até a página dois, um belo conceito traçado pela Academia para
reforçar a ideia de que a inovação se esconde, muitas vezes, na
releitura do passado. Porém, pelo que pôde ser visto em mais uma edição
do Oscar, faltou esmero na hora do polimento da emoção: tivemos a noite
mais óbvia e enfadonha dos últimos tempos, muito por conta da estrada
que já saberíamos que estaria em nossa frente durante a viagem.
Se
conseguiu, com sucesso, lipoaspirar as gorduras de seu cerimonial,
apostando na força de sua tradição e prestígio (e nas piadas de um
eficiente Crystal), faltou à Academia o cuidado de não exagerar, mais
uma vez, na dose de autopromoção da sétima arte. 'O artista' e 'A
invenção de Hugo Cabret' levaram, juntos, dez prêmios para casa. Em
foco, o amor ao cinema. E também bocejos de quem acompanhou a tudo de
casa, como eu.
Nos bastidores do Oscar, os cliques da equipe de 'O artista', grande vencedor de uma noite morna...Não
assisti a nenhuma produção concorrente a Melhor Filme, portanto, não
julgo aqui a qualidade dos filmes indicados: o que questiono, como de
praxe em qualquer análise que envolva seres humanos, é a falta de
qualquer esboço de emoção durante uma premiação. Seja susto (com exceção
de Meryl Streep, que ainda se surpreende ao ser anunciada no Oscar), felicidade (como Christopher Plummer,
debutando no palco aos 82 anos), revolta ou recalque. O discurso final
do produtor de 'O artista' seria sonífero natural para qualquer paciente
diagnosticado com insônia no posto médico no Hollywood and Highland
Center, ex-Kodak Theatre.
Sinceramente, nem Uggie, o cãozinho do
filme mudo francês grande vencedor da noite, deve ter, sequer, balançado
o rabinho durante a noite, por conta do tédio... Parece que a Academia
tinha tudo para, enfim, emplacar uma nova fase de sua grande noite. Mas,
ao apostar no retorno da inocência dos tempos de outrora do cinema,
renovou os votos da mesmice dos tempos atuais. Por Pedro Willmersdorf
Redes sociais e jornais franceses
Publicação: Jornal Estado de Minas28/02/2012 Repórter Thaís Pacheco - Caderno Cultura
Manchete na versão eletrônica do Le Monde
Cumprindo
o papel, as redes sociais atuaram em tempo real. Na noite de domingo,
durante a cerimônia do Oscar, o único assunto em Twitters e Facebooks
era a premiação. Na manhã de ontem, a rede já havia se esvaziado do
tema.
Enquanto ainda havia a discussão, o público pareceu
concordar com a eleição. O músico e compositor mineiro Flávio Henrique,
por exemplo, gostou de ver O artista levar o prêmio de melhor filme.
Disse no Facebook: “Merecido o Oscar, a atriz é uma linda e o filme
trata acima de tudo da gratidão, assunto raro no meio artístico. Quem
não viu, veja”.
O pessoal da moda também ficou de olho no red
carpet. De vestido preto, pernas de fora e mãos dadas com o marido, Brad
Pitt, a atriz Angelina Jolie foi uma das mais comentadas no Face. O
perfil QDNG (que delícia gente) postou foto de Jolie que, em minutos,
foi compartilhada 78 vezes, teve 194 “curtir” e mais de 40 comentários
chamando a triz de “diva”, “maravilhosa” e outros elogios.
No
Twitter, uma vez que os assuntos são organizados por citação, até a
manhã de ontem, Carlinhos Brown ainda esteve nos mais citados, o
trending topics. A hashtag (ou assunto) #OSCARlinhosBrown era o segundo
da lista brasileira.
A opinião era quase unânime. Carlinhos Brown
merecia o prêmio e a academia não entregou porque nunca fará isso por
um brasileiro ou não americano, logo, não deveria nem indicar. Figuras
muito seguidas do Twitter, como Ivete Sangalo e Marcelo Tas, espalhavam a
hashtag #OSCARlinhosBrown para manter a torcida, mas não teve jeito.
Jornais franceses
No jornal francês Le Monde, o título da manchete era: "O artista: o
jamais visto para um filme francês em Hollywood”. Contava dos cinco
troféus ganhos no Oscar e afirmava: “Esta é a primeira vez que um filme
francês é tão bem-sucedido”.
Le Parisien deu destaque de capa ao
filme sob o título “Cinco prêmios da academia: um sucesso histórico para
Jean Dujardin e O artista”. O Le Progres também reforçou o feito
histórico, publicando “nunca um filme francês havia recebido tantos
troféus na cerimônia do Oscar”.
O Libération manteve a linha
editorial: “O artista recebe prêmios no Oscar para o filme de Michel
Hazanavicius, incluindo melhor filme e melhor ator para Jean Dujardin.
Nunca um filme francês triunfou tanto no exterior”.
A ironia fica
por conta dos comentários on-line dos leitores. “Bravo! Fantástico! É
uma glória para o cinema francês”, dizia um comentário logo acima de
outro, que registrava: “Isso é muito triste, quando você pensa em todos
os filmes franceses que não foram ao Oscar. Alguns, verdadeiras obras de
arte. Mas o bom marketing sempre substitui o mérito”.
Transmissão do Oscar 2012 teve audiência recorde nos EUA
A expectativa de ver um filme francês mudo e em preto e branco, que
pouca gente assistiu, levar os principais prêmios do Oscar, não impediu o
público americano de sintonizar em massa a atração. Mais de 39 milhões
de telespectadores assistiram à cerimônia na noite de domingo (26/2), um
aumento de cerca de 1,5 milhão em relação à festa de 2011.
A transmissão de mais de três horas foi assistida por uma média de
39,3 milhões de pessoas, de acordo com dados preliminares divulgados
nesta segunda-feira pela empresa Nielsen. A emissora ABC afirmou que
essa foi a segunda maior audiência da premiação do século, atrás apenas
da transmissão de 2007.
Apresentado pela nona vez pelo ator Billy Crystal, o espetáculo de
entrega do Oscar também concentrou toda a sua audiência na faixa etária
de 18 a 49 anos, priorizada pelos anunciantes, e atraiu mais mulheres do
que no ano passado, mostraram os dados.
A cerimônia anual da Academia de Artes e Ciências Cinematográficas é
tradicionalmente um dos eventos mais assistidos dos Estados Unidos, mas
os números caíram nos últimos anos, só despertando maior interesse
quando grandes produções, como “Avatar”, entram na disputa. Não por
acaso, a audiência mais alta de uma cerimônia foi em 1998 (55,2 milhões
de telespectadores), quando “Titanic” venceu o Oscar.
Mas, neste ano, a transmissão reverteu a tendência, deixando sua
audiência em pé de igualdade com o Grammy Awards, um dos eventos de
premiação mais populares da TV americana, que em fevereiro foi assistido
por 39,9 milhões de telespectadores, ainda sob o impacto e com as
homenagens à morte repentina da cantora Whitney Houston.
“O Artista”, que arrecadou apenas US$ 30 milhões nas bilheterias dos
Estados Unidos e do Canadá, foi o grande vencedor do domingo com cinco
troféus: Melhor Filme, Melhor Diretor para Michel Hazanavicius, Melhor
Ator para Jean Dujardin, Melhor Trilha Sonora e Melhor Figurino.
Traller de chamada para a cermonia do Oscar na ABC
Veja caricaturas e descubra os filmes que deram a seus protagonistas o Oscar de Melhor Ator
Você assistiu aos filmes que protagonizaram as últimas edições do
Oscar? Mesmo quando não ganham na categoria de Melhor Filme, alguns
longas se destacam pela bela interpretação de atores e atrizes. http://www.terra.com.br/diversao/infograficos/atores-oscar/
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